quarta-feira, 8 de julho de 2009

Prisões no regime comunista do Camboja

Ex-presos do Khmer Vermelho relatam horror dos 'campos da morte'

UOL Notícias

Reuters

Um ex-combatente do Khmer Vermelho nos anos 1970 contou a uma corte cambojana nesta quarta-feira como suspeitaram que ele era contra o regime de Pol Pot. Preso e espancado até ficar inconsciente, ele acordou embaixo de corpos em um buraco que servia de sepultura.

Phork Khan, de 57 anos, deu o depoimento ao testemunhar no julgamento de Duch, chefe do centro de interrogatório S-21 do Khmer Vermelho em Phnom Penh, que pode ser sentenciado à prisão perpétua se condenado por crimes de guerra, crimes contra a humanidade, tortura e homicídio.

Duch admitiu sua participação em milhares de mortes na prisão, mas diz que estava apenas cumprindo ordens. Ele também questionou a credibilidade de algumas das testemunhas.

Phork Khan afirmou que se tornou combatente em 1971. "Em Phnom Penh,em 1975, tomei parte na libertação", disse ele. "No começo eu estava bastante contente, mas depois de ver a remoção forçada de pessoas e os tiros indiscriminados contra pessoas por parte dos soldados do Khmer Vermelho, não fiquei satisfeito com essa mudança na situação."
Quando o regime começou a expurgar suspeitos de serem dissidentes, ele foi preso em 1978 e enviado para o S-21. "Eles amarraram minhas pernas e braços e me deixaram de cabeça para baixo. Fui chicoteado e não podia me mexer livremente. Eu mal podia suportar a agonia", contou ele.

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