segunda-feira, 31 de maio de 2010

Diplomacia de sonâmbulos

Por Olavo de Carvalho

Mídia Sem Máscara

Pergunto-me se alguém, no nosso governo, tem alguma compreensão do pano-de-fundo religioso, místico e esotérico das manobras do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad. A resposta é evidentemente "Não". A simples idéia de que em política a religião possa ser algo mais que um adorno -- ou disfarce -- publicitário é absolutamente inalcançável para os brucutus do Palácio do Planalto e para os galináceos engomados do Itamaraty. Toda vez que essa gente toma decisões em assuntos que pairam infinitamente acima de seus neurônios e arrastam o povo na direção de um destino que este compreende menos ainda, a liderança intelectual, política, empresarial e militar deste país deveria bater no peito e, genuflexa, recitar: Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. O Brasil está se transformando no instrumento mais passivo, bocó e inconseqüente de políticas internacionais desastrosas que, nas presentes condições, não podem sequer ser objeto de um debate público sério por absoluta falta de debatedores informados.

A ideologia dominante no mundo moderno apregoa que a sociedade política é uma realidade auto-subsistente, dentro da qual, e como parte subordinada da qual, existe um fenômeno chamado "crenças", cujo exercício o Estado, conforme lhe dê na telha, protege ou reprime.

Essa visão das coisas, hoje tida como dogma do senso comum, é diretamente contraditada pela realidade histórica. Não existe no universo um só Estado ou nação que não tenha surgido desde dentro das religiões, como capítulo fugaz da história dos seus antagonismos internos e externos. O elemento durável e decisivo na História são as religiões: o Estado, a nação e, no fim das contas, tudo o que hoje se denomina "política" são apenas a espuma na superfície de uma corrente que se constitui, em essência, da história das religiões, tomado o termo num sentido amplo que abrange os movimentos ocultistas e esotéricos, incluindo os que se travestem de materialistas e agnósticos (o marxismo é o exemplo mais nítido: leiam Marx and Satan, do pastor Richard Wurmbrand, e To Eliminate the Opiate, do rabino Marvin Antelman, e entenderão do que estou falando).

Obscurecido pela ilusão da "política", o predomínio absoluto do fator religioso na História mostrou uma vez mais sua força no instante em que o projeto de governo global, muito antes de se traduzir em medidas políticas concretas, teve de se constituir, já desde os anos 50, numa engenhoca espiritual que acabaria por tomar o nome de United Religions Initiative (cito uma vez mais Lee Penn, False Dawn: The United Religions Initiative, Globalism and the Quest for a One-World Religion, leitura obrigatória para quem quer que deseje entender o mundo de hoje).

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domingo, 30 de maio de 2010

Maquiando Marx para Diminuir sua Feiúra

Parlata

Por Mario Guerreiro

Em 1988, discursando em Berlim Ocidental, Ronald Reagan disse: “Mr. Gorbachov, tear down this wall!” (ponha abaixo este muro!), mas não foi o dirigente soviético que atendeu ao apelo do presidente americano O muro foi derrubado em 1989 pelas marretadas de berlinenses indignados e enfurecidos. E em 1991, ocorreu a dissolução do Império do Mal, a URSS, surgindo assim uma nova etapa da história com características assaz pitorescas.

O marxismo não morreu, porém recebeu um golpe fatal, fortalecido pela abertura parcial da caixa preta da União Soviética, de onde surgiram mais insetos nojentos e repelentes do que quando um desavisado resolveu abrir a mítica Boceta de Pandora. Apesar da contundência do referido golpe, o marxismo estrebuchante tem se recusado a morrer numa lenta agonia. No entanto, inócuas mezinhas e frenéticas pajelanças ainda tentam salvá-lo.

Várias foram as reações dos marxistas empedernidos, seus acólitos e incautos simpatizantes, mas quero me ater a apenas uma reação típica: a de tentar nos persuadir que o diabo não é tão feio quanto se pinta, ou seja: Marx não foi bem compreendido por seus seguidores. Seu pensamento foi distorcido por aqueles que o puseram em prática em seus países. Mas talvez se os respectivos regimes tivessem durado mais uns setenta anos, ele acabaria dando certo...

Essa sutil estratégia retórica inclui ainda a manobra de isentar as ideias de Marx da responsabilidade pelas inúmeras atrocidades políticas e mazelas econômicas nos países em que estas foram postas em prática e, ao mesmo tempo, escolher um bode expiatório qualquer para ocupar seu lugar.

Certa vez ouvi da boca de um papagaio repetidor de idéias a seguinte pérola dita com um ar solene: “Stalin destruiu o sonho de Lenin!”, como se o “homem de aço” – em russo, “Stalin” quer dizer exatamente isto e era o apelido de Josef Vissarionóvich Djugachvili – tivesse transformado o belo sonho de Vladmir Ílitch Uliánov, vulgo “Lenin”, num horrendo pesadelo.

Quando, na realidade, ele transformou o pesadelo de Lenin na mais estúpida, selvagem e cruel realidade social. Fato histórico fartamente documentado, entre outros livros, por S. Courtois et allia: Le Livre Noir du Communisme: crimes, terreur, répression. Paris. Robert Laffont. 1997 (Há tradução: O Livro Negro do Comunismo) e por F. Furet: O Passado de Uma Ilusão: ensaio sobre a idéia comunista no século XX. São Paulo. Siciliano. 1995.

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sábado, 29 de maio de 2010

LULA, O “BOM AMIGO” E “IRMÃO” DE AHMADINEJAD

Por Maria Lucia Victor Barbosa, socióloga

OpiniãoLivre.com.br

O presidente Lula da Silva possui como componentes de sua felicidade, primeiro, a fruição das delícias do poder nas quais ele imerge com aquele enorme prazer dos boas-vidas e, segundo, o contentamento que nunca cessa quando se tem uma paixão, sentimento que, aliás, se confunde com obsessão.

A paixão do presidente se concentra em uma meta, o poder, que uma vez conquistado deve ser mantido a qualquer custo. E ele está certo que conservará o domínio através de sua criação política, ou seja, da ex-ministra da casa Civil, Dilma Rousseff, sombra ainda desajeitada do chefe que o marketing e retoques físicos tentam corrigir e aprimorar.

Porém, Rousseff tem algo que nenhum candidato possui: a máquina estatal que fartamente distribui bondades e o padrinho Lula que está todo tempo ao seu lado e estará nos programas eleitorais gratuitos, quer dizer, no palanque eletrônico a partir do qual se consegue influenciar emoções e conquistar corações.

A proteção dada à afilhada é tão grande que é de se perguntar: se ela ganhar, quem governará de fato? A autoritária e dura senhora Rousseff ou o esperto Lula da Silva que concebeu um jeitinho bem brasileiro de obter o terceiro mandato sem se parecer demais com seu querido companheiro e ditador de fato da Venezuela, Hugo Chávez?

Mas o ambicioso Lula quer muito mais. Além de manter os cordéis internos do poder quer ser um dos senhores da “nova desordem mundial”. Para satisfazer sua flamejante paixão trabalham incessantemente assessores também interessados em conservar aqueles privilégios só permitidos aos que alcançam o cume iluminado da montanha dos poderosos.

Com relação à política externa, além da obsessão da diplomacia brasileira pelo assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, entraram em cena outras ambições: a chefia do Banco Mundial ou, principalmente, a secretária-geral da ONU. Afinal, com bons tradutores o presidente que mal fala português poderia continuar na ONU a contar piadas, fazer gracejos, dar mancadas, viajar bastante e, especialmente, abrir caminho para a “nova desordem mundial” ao lado de companheiros ditadores da pior espécie e ditos de esquerda, os mesmos com os quais ele tem se confraternizado.

A política externa brasileira tem sido uma sucessão de erros e fracassos, pois até agora o Brasil perdeu todos os cargos internacionais que pleiteou. Dirão alguns, que não é bem assim, pois pelo menos Lula da Silva tem sido bastante premiado. Contudo, dizem as más línguas, que tal sucesso é obtido por meios bastante custosos. Além do mais, não está muito claro se o encanto que países importantes sentiram inicialmente pelo folclórico Lula da Silva ainda se mantém.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Especialistas: acordo fracassou e Brasil sofrerá consequências

Por Claudia Andrade e Luciana Cobbuci
UOL Notícias

Ao intermediar um acordo com o Irã na área de energia nuclear, o Brasil assumiu um risco que pode trazer consequências desfavoráveis para um país que se coloca como "conciliador" no cenário internacional, segundo a análise feita por especialistas ouvidos pelo Terra. O problema apontado por eles é o considerado "fracasso" do acordo que, mal foi assinado, acabou rebatido pela afirmação iraniana de que continuaria a enriquecer urânio e pela declaração americana de que sanções contra o Irã continuavam sendo negociadas.

"O Brasil poderia ter assumido uma postura mais cautelosa, sem essa exposição toda. E, depois do resultado pífio, deveria ter humildade para reconhecer que tentou fazer o que podia, sem esconder o fracasso, sem insistir em um resultado positivo de um acordo que não vai valer", afirmou o cientista político Samuel Feldberg. "Isso desqualifica o Brasil como intermediário, como possível mediador para próximos conflitos. O País queimou cartucho".

"Nunca houve na diplomacia brasileira um fracasso como este. É um resultado tão desastroso que duvido que se repita", disse José Augusto Guilhon Albuquerque, do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da Universidade de São Paulo. "Eu desejo de que seja assim, porque vai ser muito grave se não se aprender nada depois disso".

Os dois especialistas da USP são céticos sobre a postura iraniana a respeito de seu programa nuclear e criticam o fato de o Brasil ter abandonado a neutralidade no episódio. "O Brasil fez coisa semelhante na questão de Honduras, no conflito entre Equador e Colômbia e agora: adotou um lado. Como pode resolver um conflito se adota um dos lados?", questiona Guilhon.

Na opinião de Feldberg, ao apoiar o Irã na mediação, o Brasil passa uma mensagem equivocada, assumindo uma postura maniqueísta. "De certa forma, o Brasil está dizendo que o Irã e nós somos os mesmos atores de um cenário dominado pelas mesmas potências, sem diferenciar que o Brasil é um jogador honesto e o Irã, não", afirmou.

Para Feldberg, o País não podia ter se comprometido com a causa iraniana a ponto de sair prejudicado da situação. "O Brasil pode estar numa posição privilegiada hoje, mas ainda somo um país marginal. Não temos por que competir com as grandes potências", afirmou.

"O Brasil tem seu próprio programa nuclear, faz enriquecimento de urânio, mas abandonou seu programa nuclear para fins militares há muito tempo. De alguma forma, isso cola em uma necessidade brasileira de deixar muito claro o seu direito de enriquecer urânio e de se comportar nesse meio com independência", disse.

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Sobram vagas em 67% das empresas

Por Renée Pereira

Estadão Online

A escassez de mão de obra especializada virou um tormento no dia a dia das grandes empresas. Depois de atingir a construção civil e a indústria naval, agora a falta de profissionais se espalha por setores como o automobilístico, ferroviário, moveleiro, siderurgia e metalurgia, transportes e serviços, aponta levantamento feito pela Fundação Dom Cabral com as 76 maiores companhias do País.

O trabalho mostra que 67% das empresas pesquisadas têm enfrentado dificuldade na contratação de funcionários, apesar dos 8 milhões de desempregados no Brasil. "Somos o país das disparidades: há dinheiro para investir, mas a mão de obra especializada está cada vez mais escassa", observa o professor Paulo Resende, responsável pelo levantamento.

Na avaliação dele, essa questão pode se transformar num gargalo perigoso - a exemplo das carências da infraestrutura - para o crescimento sustentável do País, acima de 5% ao ano na próxima década. Ele conta que encontrou casos de companhias que estão importando mão de obra de outras nações da América Latina. "No setor de petróleo, trazem profissionais da Venezuela; no Agronegócio, de Argentina, Uruguai e Paraguai."

A alternativa também tem sido estudada pela indústria de móveis, afirma o presidente do Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Estado do Paraná (Simov), Aurélio Sant’Anna. Há dez anos, qualquer pessoa poderia trabalhar em uma das nossas empresas. Hoje ele precisa saber ler manuais sofisticados e lidar mais com a eletrônica."

O empresário afirma que, em sua empresa, não consegue cumprir a meta de contratar apenas funcionários com ensino médio. Ele conta que tem demorado quase dois meses para preencher uma vaga e, mesmo assim, com profissional aquém do perfil desejado. "Hoje o jovem não está interessado em ser moveleiro. Temos uma boa encrenca para resolver pela frente. Por isso, há uma possibilidade de contratar pessoas da Argentina e do Uruguai."

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domingo, 23 de maio de 2010

Dilma reconhece a boa administração de FHC

Dilma admite sucesso de FHC

O TEMPO


No mesmo dia que a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberam outra multa da Justiça, a petista criticou o tucano José Serra sobre a autonomia do Banco Central e reconheceu que as conquistas que colocaram o Brasil no patamar que se encontra hoje são dos governos dos "últimos 20 anos e da sociedade". Ontem também o PSB decidiu pelo apoio à candidatura da ex-ministra.

Dilma participou do encontro com investidores chamado "A Eleição Presidencial Brasileira em 2010", promovido pela BM&FBovespa em Nova York. Em vários momentos, Dilma rebateu críticas feitas pelo pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, como no que se refere à autonomia do Banco Central, sem no entanto citá-lo. A ex-ministra disse que a autonomia do Banco Central (BC) foi importante na trajetória de estabilidade da economia brasileira.

Segundo ela, essa autonomia deve ser mantida pelo próximo governo. "Acho que o BC hoje tem uma situação extremamente virtuosa. Muitas vezes se fala que o Banco Central não é a Santa Sé. Mas acho que o Banco Central, dada a nossa fragilidade de conhecimento, consegue congregar o melhor nível de conhecimento que existe quando se olha para o mercado", avaliou. Serra, em entrevista recente, disse que a instituição "não é a Santa Sé" e não está "acima do bem e do mal".

Dilma reconheceu que as conquistas que colocaram o Brasil no patamar atual se devem também a governos anteriores. "Não vou sofismar. Eu não acho que o estágio atual da economia brasileira seja fruto apenas deste governo. Acho que ele é fruto de um processo de amadurecimento dos governos no Brasil e da própria sociedade", afirmou.

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sábado, 22 de maio de 2010

O crime compensa

O Estado de S.Paulo

Estadão Online

Não há como deixar de constatar o irrealismo da legislação eleitoral brasileira, que cria certas restrições a pretexto de proporcionar igualdade de oportunidades a todos quantos disputem mandatos eletivos, mas tem pouco ou nada que ver com a dinâmica do processo político. Assim, uma legislação detalhista acaba sendo paradoxalmente ambígua, cheia de indefinições e de limites imprecisos entre o que se pode e o que não se pode fazer.

Exemplo claro disso são as regras que distinguem a propaganda partidária em horário gratuito de rádio e televisão, e a propaganda eleitoral, propriamente dita. A propaganda partidária deve ter caráter institucional, distribuída pelos partidos durante os meses do ano (seja eleitoral ou não), enquanto o horário eleitoral se restringe aos meses que antecedem as eleições. Se aquela se destina a, genericamente, promover os partidos e seus programas, esta tem o objetivo de divulgar candidaturas específicas.

Ocorre, porém, que os partidos têm de referir-se a seus programas de governo ? já realizados ou por realizar ?, a seus líderes e, sobretudo, àqueles que julgam em condições de conduzir suas gestões públicas, a saber, seus candidatos. Pretender distinguir, claramente, quando um programa em horário gratuito está divulgando um partido ou está defendendo uma candidatura é um exercício fútil.

Pela terceira vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou o presidente Lula ? em R$ 5 mil ?, por entender que ele fez propaganda antecipada da candidata que escolheu para sua sucessão. A punição referiu-se a fatos ocorridos na inauguração, em 9 de fevereiro, da Universidade Federal de Teófilo Otoni, em Minais Gerais. Para 4 dos 7 ministros do TSE, Lula aproveitou indevidamente o evento para promover sua candidata. Já em março, o TSE multara o presidente Lula duas vezes ? no total de R$ 15 mil ? igualmente por propaganda não permitida em favor de Dilma Rousseff, durante eventos no Rio e em São Paulo. Na última quinta-feira o TSE decidiu que o Partido dos Trabalhadores (PT) deverá pagar R$ 20 mil de multa e a pré-candidata Dilma, R$ 5 mil, por "propaganda antecipada" ocorrida em dezembro. O curioso é que a punição ? que inclui a suspensão do programa partidário do PT no primeiro semestre de 2011 ? foi determinada pelo TSE uma hora e meia depois de já ter ido ao ar um outro programa partidário do PT que, escancaradamente, fez a propaganda eleitoral da pré-candidata Dilma. Durante todo o programa, que se destinava à divulgação exclusiva do partido, a sigla "PT" só foi citada uma vez.

Claro está que as punições determinadas pela Justiça Eleitoral são de peso financeiro irrisório para qualquer campanha eleitoral ? sabendo-se desde sempre que a pessoa física do punido não arcará jamais com essa despesa. Feito o cálculo custo-benefício, fica claro que é vantajoso transgredir a legislação eleitoral. O crime compensa, pois dá ao transgressor grande visibilidade eleitoral.

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Emir Sader americano

Por Olavo de Carvalho

Mídia Sem Máscara

Fortemente recomendado à minha leitura por um dos homens mais inteligentes que conheço, e aliás também mencionado em How The World Really Works de Alan B. Jones como um dos dez livros fundamentais para a compreensão da nova ordem global (v. http://www.olavodecarvalho.org/semana/061211dc.html), A Century of War: Anglo American Oil Politics and the New World Order, de William Engdahl (Pluto Press, 2004), foi uma decepção desde as primeiras páginas.

Sua tese fundamental é que praticamente tudo o que acontece de mau no mundo é obra da elite financeira americana - os Rockefeller e tutti quanti -, empenhada em expandir ilimitadamente o poderio dos EUA por meio do controle geopolítico de uma fonte essencial de energia: o petróleo.

Um lance decisivo dessa guerra de conquista universal, diz o autor, foi a invasão do Iraque, "parte da agenda americana pós-guerra-fria, em busca da 'dominação de pleno espectro'".

Um ano após a invasão de Bagdá, prossegue Engdahl, "tornou-se claro que a guerra pouco tinha a ver com a ameaça das armas de destruição em massa... ou com o proclamado esforço de 'levar a democracia' ao até então despótico Iraque".

"Tornou-se claro" para quem? Para quem tem o New York Times e a CNN como suas principais ou únicas fontes de informação, talvez. Para quem lê livros e sabe o que são documentos de fonte primária, não.

(1) A lista oficial das armas de destruição em massa encontradas no Iraque - suficientes, por si, para destruir muitas cidades americanas -, pode ser lida, junto com provas convincentes da existência das armas não encontradas, nas páginas 97-106 do livro Disinformation: 22 Media Myths that Undermine the War on Terror, de Richard Miniter (Regnery, 2005). "Praticamente - diz Miniter - nenhum dos críticos da guerra que estiveram envolvidos nos esforços para encontrar essas armas disse jamais não haver provas de que o Iraque as possuía." Foi evidentemente a mídia popular que, para fins de propaganda anti-guerra, colocou essa afirmação em bocas onde ela nunca esteve. A diferença entre dizer que nem todas as armas foram encontradas e que nenhuma foi encontrada é pelo menos tão decisiva quanto a diferença entre dizer "alguém opinou" e "tornou-se claro". Não é admissível que um estudioso profissional de assuntos militares ignore uma dessas diferenças ou, pior ainda, as duas.

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Anatomia do fracasso da política externa

Agencia O Globo
O Globo - 20/05/2010

As brechas no acordo fechado por Brasil e Turquia no Irã e, principalmente, a rápida reação das potências nucleares em apoio às sanções ao regime dos aiatolás revelam alguns aspectos estruturais da política de Brasília, seguida desde 2003. O governo Lula tem o legítimo e correto objetivo estratégico de aumentar a influência mundial do país. Mas o que aconteceu no Irã é trágico desse ponto de vista, ao demonstrar, em meio ao açodamento do governo brasileiro, o desejo de postergar a adoção de sanções ao país, forma de ajudar o regime ditatorial iraniano a ter armas nucleares.

Se o desastre coloca o Brasil ainda mais longe do assento de titular no Conselho de Segurança, do ponto de vista da intenção pessoal de Lula de se arvorar como liderança mundial de grande envergadura, ele é patético e vexaminoso. Pode-se dizer que a diplomacia do Itamaraty do B, devido a uma mistura de arrogância e autismo, ultrapassou a autonomia de voo e perdeu sustentação.

Lula mudou os rumos da política externa em busca de projeção do país, de abertura a novos aliados e mercados. Mas não o fez apenas com as poderosas armas da eficiência e do profissionalismo da diplomacia brasileira, consagrada pela moderação e equilíbrio. Lançou mão de uma forte dose de ideologia terceiromundista ultrapassada, com cheiro de esquerdismo do pósguerra, tendo como alvo prioritário hoje se vê o confronto sistemático com os interesses americanos.

Lula alçou voo no cenário mundial por sua trajetória política e desembaraço no trato dos assuntos externos e no contato com os outros líderes. Mas, a partir de certo ponto, quando o fator ideológico ultrapassou de vez o bom senso, começou a criar constrangimentos.

Ainda no início do primeiro mandato, a diplomacia brasileira fechou as portas à Alca (Acordo de Livre Comércio das Américas), uma proposta americana que o lulismo julgou ameaçadora. Não ocorreu ao governo brasileiro negociar para melhorar o projeto surgido em Washington. Brasília preferiu apostar tudo na Rodada de Doha de negociações multilaterais de comércio, sem sucesso. Ficou sem Alca e sem Doha.

Com o fracasso da rodada multilateral, o mundo acelerou o fechamento de acordos bilaterais, enquanto o Brasil ficou preso às suas concepções ideológicas. Também por ser do Mercosul, o país só pode fechar acordos em bloco. Na prática, fez-se apenas um, irrelevante, com Israel; e só agora se retomam negociações com a União Europeia. Além disso, o Brasil trabalha para que a Venezuela de Hugo Chávez se torne membro pleno do Mercosul, o que, no mínimo, inviabilizará qualquer negociação comercial que envolva os EUA, a maior economia do mundo.

Outra das consequências funestas desta política externa foi solapar as credenciais do Brasil como mediador confiável dos conflitos regionais, ao se trair ideologicamente no silêncio diante de novos crimes contra os direitos humanos em Cuba, na conivência com a tentativa de golpe bolivariano em Honduras e na militante conivência com o autoritarismo histriônico chavista em geral.

A política externa não constará do balanço dos melhores momentos da Era Lula.


quarta-feira, 19 de maio de 2010

PT quer apoiar Roseana Sarney no Maranhão

Por Vera Rosa

Estadão Online

Preocupada com o novo foco de incêndio político na campanha de Dilma Rousseff à Presidência, a cúpula do PT fará intervenção branca no Maranhão para obrigar o partido a apoiar a candidatura à reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB).

O primeiro passo do roteiro combinado com o Palácio do Planalto será suspender o Encontro Estadual do PT, marcado para sábado e domingo, sob o argumento de que haverá confronto entre as alas petistas. O último encontro, no dia 27 de março, havia aprovado a aliança com o deputado Flávio Dino (PC do B-MA) para a sucessão de Roseana.

Agora, a estratégia autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva consiste em empurrar a decisão sobre a chapa ao governo do Maranhão para o Diretório Nacional do PT, que vai se reunir em 12 de junho, véspera da convenção que homologará a candidatura de Dilma.

Sob pressão do Planalto, o diretório deverá dar sinal verde à coligação com Roseana, desmontando a parceria com o comunista Dino. Motivo: Lula quer palanque único para Dilma no Maranhão e alega que precisa do apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana.

Creolina. A manobra, porém, não ocorrerá sem traumas. "Pode ter morte no Maranhão", ameaçou o deputado Domingos Dutra (PT), que ocupou ontem a tribuna da Câmara para protestar contra a suspensão do encontro. "Se houver alguma tragédia lá, a responsabilidade será de Sarney, Roseana e da turma do PT que quer vender o partido."

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terça-feira, 18 de maio de 2010

Status da guerrilha junto ao governo cria dilema para agentes

Por Rodrigo Rangel - O Estado de S.Paulo

A Verdade Sufocada

Ninguém fala abertamente, mas a posição hesitante do governo brasileiro em relação às Farc coloca em situação difícil os órgãos de segurança que, de alguma maneira, esbarram nas ações da guerrilha por aqui. Os investigadores se veem diante de um incômodo dilema. Avançar ou não? E se o governo não gostar?

No caso da operação que resultou na prisão de José "Tatareto" Sánchez, a justificativa já estava pronta com antecedência: se superiores pedissem satisfações, era só dizer que o colombiano fora flagrado traficando em território brasileiro. "Ele não foi preso porque é das Farc, foi preso porque é traficante e eu estava no cumprimento de meu dever", afirmou ao Estado, sob a condição do anonimato, um investigador que atuou no caso.

A razão da preocupação é simples. Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Palácio do Planalto, o tema Farc é tabu. Brasília resiste firmemente às pressões de Bogotá e de Washington e não admite a possibilidade de classificar a guerrilha colombiana como organização terrorista. Em troca, as Farc dão mostras de que confiam no governo brasileiro: em duas oportunidades, a guerrilha aceitou que aeronaves militares do Brasil acompanhassem a Cruz Vermelha em delicadas missões de resgate de reféns na selva.

Para não entrar na briga, o governo argumenta que a guerrilha é um problema interno da Colômbia e que, por essa razão, não deve se intrometer.

O PT e a guerrilha já estiveram juntos no célebre Foro de São Paulo, conclave que reúne organizações de esquerda de toda a América Latina. É de lá a amizade que levou Raúl Reyes, número dois da guerrilha morto há dois anos num ataque militar da Colômbia, a escrever em 2003 ao recém-empossado Lula em busca de apoio para a causa das Farc. A mesma amizade permitia a Reyes manter contatos regulares via e-mail com alguns petistas, de dentro e de fora do governo.

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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Elite Culpada

Por Rodrigo Constantino

PARLATA

Nada como uma elite culpada. Normalmente fruto de um inconsciente complexo de culpa, muitos “intelectuais” herdeiros de grandes fortunas acabam destinando parte de sua herança para financiar movimentos contrários ao próprio dinheiro ou à propriedade privada. Em uma busca desesperada por aceitação popular, necessitando expiar este forte sentimento de culpa por ter tido tanta facilidade na vida, estes herdeiros muitas vezes atacam os alicerces daquilo que seus pais, que construíram o patrimônio familiar, representam. A vida sob a sombra do sucesso do pai fica insuportável. Desprezar o que o pai representa passa a ser uma saída covarde para esta insegurança. É preciso “matar” o pai simbolicamente para se ver livre!

Nada como uma elite culpada. Normalmente fruto de um inconsciente complexo de culpa, muitos “intelectuais” herdeiros de grandes fortunas acabam destinando parte de sua herança para financiar movimentos contrários ao próprio dinheiro ou à propriedade privada. Em uma busca desesperada por aceitação popular, necessitando expiar este forte sentimento de culpa por ter tido tanta facilidade na vida, estes herdeiros muitas vezes atacam os alicerces daquilo que seus pais, que construíram o patrimônio familiar, representam. A vida sob a sombra do sucesso do pai fica insuportável. Desprezar o que o pai representa passa a ser uma saída covarde para esta insegurança. É preciso “matar” o pai simbolicamente para se ver livre!

Talvez isso possa nos ajudar a compreender tantos herdeiros de indústrias americanas financiando ONGs esquerdistas nos países menos desenvolvidos, estimulando o mito do “bom selvagem” por meio dos índios, colaborando até mesmo com invasores do MST em nome da “justiça social”. Ou então um filho de banqueiro que resolve fazer filmes enaltecendo guerrilheiros comunistas. Pode ser que este sentimento de culpa esteja por trás também das tendências culturais que colocam tudo que vem do “povo” num altar. A elite culpada passa então a defender o relativismo absoluto, julgando que tudo é arte e, portanto, igualmente válido.

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sábado, 15 de maio de 2010

O Livro Negro do Terrorismo no Brasil

Por Ipojuca Pontes

Sacralidade.com.br

Uma das mais impressionantes obras nacionais — de fato, documento extraordinário a se constituir em leitura obrigatória para quem, de modo abrangente, pretende conhecer a verdadeira história da subversão comunista no Brasil — permanece inédita para a generalidade dos brasileiros alfabetizados, ainda que concluída em 1988.

Trata-se de obra especializada, extremamente bem escrita, singularmente objetiva, com acervo de ilustrações, mapas, relatos e registros históricos de fazer inveja a “Enciclopédia” de Diderot. No entanto, em que pese tal soma de virtudes, ninguém a encontra nas livrarias, nem nos catálogos das grandes ou pequenas editoras do país e muito menos nas bibliotecas públicas ou das universidades.

Mas qual é o nome desta obra essencial, em dois volumes, já enfeixados em 966 folhas datilografadas, só disponível para consultas em poucas bibliotecas privadas e, pelo que se sabe, nos sites “www.averdadesufocada.com” e “www.ternuma.com.br”?

Bem, ela se chama “O Livro Negro do Terrorismo no Brasil” — e logo nos primeiros capítulos, por incontáveis méritos, se impõe como documento único nos anais da nossa história contemporânea. Segundo consta, o trabalho surgiu como uma reação natural às mentiras sistemáticas veiculadas no livro “Brasil: nunca mais”, texto-calúnia coordenado e apresentado em 1985 por D. Paulo Evaristo Arns (o “Cardeal Vermelho”), e engendrado por pesquisadores esquerdistas e terroristas das mais variadas procedências — entre os quais, Paulo Vanucchi, da ALN (a famigerada Ação Libertadora Nacional, responsável por um sem-número de seqüestros, assaltos a bancos e assassinatos), atual titular da Secretaria Especial de Direitos Humanos — empenhados em interpretar, de forma tendenciosa, dados e informações disponíveis nos arquivos da Justiça Militar sobre os chamados “anos de chumbo” vigentes entre 1966/1974.

(Só para lembrar: é a SEDH quem seleciona e indica, por deliberação de “comissões” engajadas, os terroristas a serem beneficiados com a bilionária “Bolsa-Ditadura”, polpuda grana indenizatória doada pelos crimes que eles mesmos praticaram).

Em retrospecto, ainda no segundo semestre de 1985, ante as corrosivas distorções veiculadas pelo doloso “Brasil: nunca mais”, o CIE (Centro de Informações do Exército), com o aval do então ministro do Exército, General Leônidas Pires Gonçalves, partiu para a convocação de uma equipe de analistas e pesquisadores capaz de restabelecer a verdade dos fatos corrompida pela eterna solércia dos comunistas.

Feitas pesquisas minuciosas — em que foram estudados e examinados, retroativamente a 1964, inumeráveis processos, inquéritos, depoimentos os mais diversos, entrevistas a jornais e revistas, gravações televisivas e toda uma vasta bibliografia disponível no Brasil e exterior, inclusive de ex-militantes da luta armada — a obra foi concluída, em 1987, com o título provisório de “As Tentativas de Tomada do Poder”, sendo posteriormente rebatizada com adequado nome de “O Livro Negro do Terrorismo no Brasil”. Assim, depois de dois anos e meio, estava pronta aquela que seria a palavra oficial do Exército sobre a ação do terror revolucionário levado a cabo por dezenas de facções comunistas no espaço nacional.

Mas, de forma estranha, foi justamente depois de concluído “O Livro Negro do Terrorismo no Brasil” que se deu a inana: levado o texto ao General Leônidas Pires Gonçalves, sua publicação foi vetada. O então ministro do Exército, que antes tinha autorizado a confecção do obra (o Projeto Orvil, nome do “Livro” às avessas, no dizer dos militares), alegou, como justificativa para não publicá-lo, que “a conjuntura política não era oportuna e que o momento era de conciliação e desarmamento dos espíritos”.

De fato, nos bastidores da “transição democrática” teria ocorrido o seguinte: o pusilânime José Sarney, por fatalidade levado ao posto de presidente da República, ao tomar conhecimento da existência da obra produzida pelo CIE, de imediato desaconselhou a sua edição, temeroso de que ela pudesse, durante o seu indigente desgoverno, “abrir antigas feridas que ainda estavam em fase de cicatrização”.

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

UnoAmérica denuncia complô contra as Forças Armadas Brasileiras

Por UnoAmerica

UnoAmérica

A Terceira Edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), anunciado recentemente pelo presidente Lula, faz parte de um plano para iniciar o desmantelamento das Forças Armadas do Brasil.

O objetivo do mencionado Programa é anular a Lei de Anistia (nº 6.683), aprovada em agosto de 1979, a qual serviu para pacificar o país, beneficiando militares e guerrilheiros por igual.

Como já ocorreu na Argentina e no Uruguai, os efeitos da anulação serão aplicados de forma retroativa, única e exclusivamente contra o setor militar, exonerando de toda a culpa os comunistas que no passado perpetraram atos terroristas e que agora estão no poder.

Este projeto se enquadra dentro do Plano do Foro de São Paulo para destruir as Forças Armadas da América Latina, denunciado por UnoAmérica em um livro publicado há quatro meses em nossa página eletrônica [1].

O livro explica que, de acordo com o plano do Foro de São Paulo, “as Forças Armadas devem ser destruídas, ou transformadas em outro tipo de instituições, para que exerçam a função de braço armado revolucionário, e desta forma assegurar a permanência no poder dos porta-vozes do socialismo”. O livro acrescenta que, dado que o Foro de São Paulo está vinculado aos impérios do crime organizado, como o são o narcotráfico e o terrorismo, a destruição das Forças Armadas é um requisito para que estes impérios possam crescer e avançar sem obstáculos em toda a região.

O PNDH-3 não surge de uma decisão nacional. É o resultado de um complô internacional no qual participam poderosas redes da esquerda que incluem – dentro do Brasil – o Partido dos Trabalhadores (PT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e amplos setores da mal chamada Teologia da Libertação, entre outros.

UnoAmérica considera que a sociedade civil deve defender as Forças Armadas dos injustos ataques dos quais está sendo objeto porque, do contrário, nossas nações ficarão indefesas ante as graves ameaças que as perseguem.

http://www.unoamerica.org/unoPAG/libros.php?id=11

Tradução: Graça Salgueiro


quinta-feira, 13 de maio de 2010

MÃE DO PAC: DADIVOSA OU CASTRADORA?

Por Maria Lucia Victor Barbosa, socióloga

OpiniãoLivre.com.br

Durante muitos anos o PT construiu, retocou e inflou uma única figura com o propósito de se alçar junto com ela ao poder mais alto da República. Tratava-se do sindicalista Luiz Inácio da Silva que, posteriormente, adicionou ao seu nome o apelido Lula.

Nordestino que se fez politicamente em São Paulo, homem de origem simples, parco em letras, mas dotado de exuberante verborragia e linguajar popularesco era a imagem ideal a se encaixar num partido que se dizia de esquerda. E, assim, nasceu o mito do representante dos pobres e oprimidos no papel de salvador da pátria, do “proletário” versus o patrão explorador, do paladino da luta de classes.

Depois de breve passagem pela elite da classe operária como metalúrgico Luiz Inácio passou viver de política sem grandes problemas de sobrevivência, pois até casa um companheiro lhe fornecia.

O PT logrou eleger seu “proletário” deputado federal, cujo desempenho foi medíocre. Mas a meta era mais ambiciosa e, finalmente, na quarta eleição presidencial, a cúpula sindicalista do PT foi ao paraíso. Para trás ficou a ideologia, a classe operária, a propalada ética. Se tinha vindo para mudar o PT fez igual ou pior do que os governos anteriores que duramente criticara. Tornou-se como os demais um partido não de esquerda ou de direita, mas do lado de cima. E o deslumbramento foi tanto que um a um de seus quadros, que poderia suceder ao salvador da pátria ao término de seus mandatos, despencou sob o peso de pesadas denúncias carregadas de escândalo de corrupção.

Sem sucessor a criatura dominou o criador. Já não era Luiz Inácio que dependia do PT para existir, mas, sim, os petistas é que estavam ligados de forma inexorável á única pessoa capaz de manter privilégios alcançados e intrinsecamente ligados ao poder. Desse modo, fez-se a obediência total ao “líder” com algumas cenas de servilismo total e abjeto.

Sem alternativas dentro do partido, Luiz Inácio impôs a candidatura de Dilma Rousseff, sucessora na Casa Civil do todo-poderoso José Dirceu que poderia ter sido o candidato ideal após o período Luiz Inácio. Contudo, como outros companheiros, José Dirceu, chamado por uma autoridade do Judiciário de “chefe da quadrilha do mensalão” e deputado cassado foi obrigado a se recolher em atividades de cunho particular sem, é claro, abrir mão do comando à sombra.

Mulher por mulher para ser presidente, o plano petista possivelmente havia previsto Marta Suplicy. Porém, Marta perdera duas vezes as eleições para prefeita de São Paulo e pior, nas duas vezes fora em vão apoiada por Luiz Inácio. Então, algum marqueteiro inspirado soprou nas orelhas presidenciais que sobrara Dilma Rousseff. Que fosse ela a escolhida para formar o par perfeito com o pai dadivoso e amantíssimo, uma espécie de santificado padim padi Ciço. Pai e mãe, que mais poderia agradar tanto ao povo criança do Brasil, que sente a necessidade de ser tutelado? E assim nasceu a imagem da mãe do PAC.

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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dilma e o preço dos erros no marketing político

Por Paulo G. M. de Moura

Instituto Millenium

Com a próxima rodada de pesquisas eleitorais a ser publicada em breve conclui-se o primeiro período da campanha presidencial em curso. Essas pesquisas medirão o sucesso e o insucesso dos candidatos nessa etapa preliminar da disputa.

Desde o final de abril, quando Dilma Rousseff começou a responder os ataques de Ciro Gomes que a acusava de ser menos preparada do que Serra para governar, apontamos em nosso blog e twitter, neste e em outros comportamentos da candidata e do presidente da República, indicadores de que as pesquisas internas do PT deveriam estar registrando resultados adversos para a escolhida de Lula.

As pesquisas ainda não foram publicadas, mas lideranças da oposição já tratam de fazer saber à opinião pública de que o “jacaré começa a abrir a boca”. Isto é, que o gráfico das próximas pesquisas confirmará a tendência de aumento da distância que separa Serra de Dilma.

A se confirmar essa constatação, resta saber se apenas Serra cresceu; se Marina cresceu também, e se, além disso, Dilma caiu. Saber as respostas a essas interrogações é muito importante.

Alterações nos números das pesquisas acontecem como consequência de fatos da conjuntura. Que fatos aconteceram nesse meio tempo?

Em primeiro lugar, a entrada de Serra na campanha. Em segundo lugar, a remoção de Ciro Gomes do tabuleiro da disputa. E Ciro saiu atirando contra Lula e Dilma. Em terceiro lugar, o aumento da intensidade da exposição dos candidatos na mídia, caracterizando o efetivo começo da eleição presidencial. Em quarto lugar, o desenvolvimento das articulações regionais visando à formação dos palanques de apoio aos presidenciáveis.

As pesquisas anteriores, pelo menos do Datafolha e do Ibope, já apontavam o crescimento de Serra após sua entrada em campo. Essa rodada será conclusiva para dirimir a controvérsia criada entre esses institutos e o Sensus e Vox Populi. E, o comportamento de Dilma e de Lula, além do fato de que o PT começa a fazer mudanças na sua estrutura e estratégia de campanha, indicam quem estava certo.

Se, como tudo indica, Serra sobe e Dilma cai nas próximas pesquisas, a principal constatação daí decorrente é de que o diagnóstico de cenário e a estratégia de Serra estavam corretos e, vice e versa, o diagnóstico e a estratégia de Dilma deram errado. Isso tem implicações para a campanha de Dilma.

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Carta a um jovem fã de Che Guevara

Por Percival Puggina


Este artigo reproduz carta que enviei a um jovem. Por e-mail, ele manifestara dissabor com o artigo "O vampiro argentino". Bem educado, em texto correto e movido por evidente boa intenção, ele expressou sua contrariedade ante a referência que fiz ao fato de "jovens que não sabem apontar com o nariz para que lado fica a Bolívia e que não conseguiriam escrever meia página sobre os episódios de Cuba andarem pelas ruas ostentando camisetas com a estampa do Che". O meu leitor sabia as duas coisas e se magoou. Nas correspondências que trocamos, pedi a ele que em vez de apontar para Bolívia, me indicasse suas razões para reverenciar a memória do argentino. Respondeu-me ele que seu herói "renunciou às comodidades de que desfrutava como médico, buscou viver e alcançar seus ideais, lutou e deu a própria vida pelas suas convicções". E acrescentou que se havia algo que ele prezava e respeitava era "a coragem e a iniciativa de uma pessoa".

Imagino que esse leitor não seja o único que firma sua admiração a Che Guevara nas mesmas bases. Eis, a seguir, o que lhe respondi. Transcrevo na esperança de que sirva para outros em idêntica situação.

Caro jovem: as razões que apontas estão muito mais no plano da reverência a certos sentimentos do que em fatos que os expressem de modo louvável. Valorizaste a coragem, os ideais, a renúncia aos confortos e bens materiais e à disposição de dar a vida por algo em que se crê. O problema do Che não estava obviamente aí, mas no uso que fez desses atributos de seu caráter. Tua referência à renúncia aos bens materiais, aliás, me fez lembrar o filme Diários de Motocicleta. Certamente o assististe. Nele, o diretor Walter Salles Jr. comete amazônica injustiça contra as religiosas que atendiam os índios no leprosário de San Pablo, no meio da selva, dezenas de quilômetros a jusante de Iquitos. Che é apresentado nas manipulações do filme como um anjo de bondade e as irmãs como megeras. No entanto, aquelas mulheres passaram suas vidas inteiras enfiadas em barracos de madeira, no meio do mato, cuidando de leprosos. Não uma semana. Vida inteira! E não por ódio a alguém, mas por puro amor ao próximo. Quem sabe passas a usar uma camiseta com a estampa das irmãs de San Pablo?

E já que falei em cuidar de doentes, lembro outro caso. Em 1913, um talentoso jovem alemão, com doutorado em filosofia, teologia, medicina e música, exímio organista, considerado o maior intérprete de Bach em seu tempo, muito bem sucedido profissionalmente, decidiu instalar por conta própria um hospital às margens do rio Ogowe, no Gabão. Ergueu-o com as próprias mãos. Como forma de mantê-lo, voltava periodicamente à Europa a dar recitais. Fez isso não por uns dias, mas por toda a vida desde os trinta anos. Em 1953, sua contínua dedicação à tarefa que abraçou lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz. É dele esta frase que bem serviria para a reflexão do vampiro argentino que se dizia sedento de sangue, médico como ele: "Tudo que é vivo deseja viver. Nenhum sofrimento pode ser imposto sobre as coisas vivas para satisfazer o desejo dos homens". Quem sabe usas uma camiseta com a estampa do pastor Dr. Albert Schweitzer?

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Memória não retém atrocidades do comunismo

Por ALAIN BESANÇON

Movimento Endireitar

Existe um acordo bastante geral entre os historiadores sobre o grau de conaturalidade entre o comunismo do tipo bolchevique e o nacional-socialismo. Acho feliz a expressão de Pierre Chaunu: gêmeos heterozigotos. Essas duas ideologias assumiram o poder no século 20 (1).

Elas têm por objetivo chegar a uma sociedade perfeita, extirpando o princípio mau que se opõe a isso. Em um caso o princípio maligno é a propriedade e, conseqüentemente, os proprietários, e depois, como o mal subsiste após a "liquidação enquanto classe" destes, a totalidade dos homens, corrompidos pelo espírito do "capitalismo", que acaba de se insinuar dentro do próprio partido comunista. No outro caso, o princípio maligno está localizado nas raças ditas inferiores, em primeiro lugar os judeus, e depois, uma vez que o mal continua a subsistir após seu extermínio, é preciso persegui-lo em outras raças, incluindo a própria "raça ariana", cuja "pureza" está poluída. Comunismo e nazismo invocam para sua legitimidade a autoridade da ciência. Propõem-se a reeducar a humanidade e criar um homem novo.

Essas duas ideologias dizem-se filantrópicas. O nacional-socialismo quer o bem do povo alemão e declara prestar serviço à humanidade, exterminando os judeus. O comunismo leninista quer diretamente o bem da humanidade inteira.

É o universalismo do comunismo que lhe confere uma vantagem imensa sobre o nazismo, cujo programa não é exportável. As duas doutrinas propõem ideais elevados, próprios para suscitar devoção entusiasta e atos heróicos. Elas ditam, entretanto, também o direito e o dever de matar. Para citar Chateaubriand e suas palavras aqui proféticas: "No fundo desses diversos sistemas repousa um remédio heróico confesso ou subentendido: este remédio é matar (2)." E Victor Hugo: "Você pode matar este homem com tranqüilidade."

Ou categorias inteiras de homens. Foi o que essas doutrinas fizeram quando acederam ao poder, a uma velocidade desconhecida na história. É por isso que, aos olhos daqueles que são estranhos ao sistema, nazismo e comunismo são criminosos. Igualmente criminosos? Por ter estudado a ambos e conhecendo os recordes de intensidade no crime do nazismo (a câmara de gás) e em extensão do comunismo (mais de 70 milhões de mortes), o gênero de perversão das almas e dos espíritos operada pelos dois, creio que não devemos entrar nessa discussão perigosa. E que é preciso responder simplesmente e com firmeza: sim, igualmente criminosos.

UMA PERGUNTA

O que indagamos é o seguinte: como é possível nos dias de hoje que a memória histórica os trate com desigualdade e a ponto de parecer esquecer o comunismo? A respeito desta desigualdade não precisamos nos estender. Desde 1989, a oposição polonesa, liderada pelo primaz da Igreja Católica, recomendava o esquecimento e o perdão.

Na maioria dos países que saíram do comunismo nunca se falou em castigar os responsáveis que haviam matado, privado da liberdade, arruinado, embrutecido seus súditos durante duas ou três gerações. Salvo na Alemanha Oriental e na República Checa, os comunistas foram autorizados a continuar seu jogo político, o que lhes permitiu retomar o poder aqui e ali. Na Rússia e em outras repúblicas, os membros do corpo diplomático e da polícia foram mantidos. No Ocidente, essa anistia de fato foi julgada favoravelmente.

Comparou-se a confirmação da nomenklatura à evolução dos antigos jacobinos.

Há algum tempo, a mídia voltou a falar naturalmente da "epopéia do comunismo" (3). O passado kominterniano do Partido Comunista, devidamente exposto e documentado, não o impede de ser aceito pela democracia francesa.

Em comparação, a damnatio memoriae (supressão da memória do condenado à morte por crime infamante) do nazismo, longe de conhecer a menor prescrição, parece agravar-se todos os dias. A vasta biblioteca aumenta a cada ano.

Museus, exposições alimentam - e com razão - o horror do crime (4).

Consultemos, na Minitel, o serviço de documentação de um grande vespertino (5). Selecionemos a partir de palavras-chave os "assuntos", que foram processados de 1990 a 14 de junho de 1997, dia de minha consulta. Para "nazismo", havia 480 ocorrências. Para "stalinismo", 7. Para "Auschwitz", 105. Para "Kolyma", 2, para "Magadan", 1, para "Koroupaty", 0. Para "fome na Ucrânia" (5 a 6 milhões de mortos, em 1933), 0. Essa pesquisa só tem um valor indicativo.

Alfred Grosser, a respeito de seu livro La Mémoire et L'Oubli (A Memória e o Esquecimento), declarava em 1989: "O que peço é que quando pesamos a responsabilidade dos crimes passados, apliquemos os mesmos critérios a todos." (6) É verdade, mas é muito difícil e é como simples historiador e não como juiz que eu queria hoje apenas sine ira ac studio (sem ira nem parcialidade), tentar interpretar os fatos. Não posso sonhar em esgotar o assunto. Mas posso pelo menos enumerar uma lista não limitativa de fatores.

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domingo, 9 de maio de 2010

O Massacre de Tiananmen

Parte 1



Parte 2



Parte 3


O discurso de Alckmin no lançamento de sua pré-candidatura

Estadão Online

Por Geraldo Alckmin

Quero dizer da minha alegria, da minha felicidade de estar aqui, no dia de hoje, com cada um de vocês, que vieram de todos os cantos do estado – do litoral às barrancas do rio Paraná; das margens do Paranapanema às do rio Grande; do Vale do Ribeira ao Vale do Paraíba; da Grande São Paulo a todo nosso Interior.

Senadoras e senadores, deputados e deputadas, prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras, tucanos e tucanas, militantes dos nossos partidos aliados, tantos rostos amigos e companheiros... Todos vocês representam simbolicamente a população do nosso Estado e isso nos fortalece e anima ainda mais.

Aproximam-se as eleições. É hora de o povo brasileiro reafirmar a sua vocação democrática e renovar as suas esperanças.

Aqui, em São Paulo, temos um dever e um compromisso. O dever de prestar contas do que temos feito, e o compromisso de fazermos muito mais.

Temos também de reconhecer – com a humildade de quem procura cumprir bem com as suas obrigações e com o respeito devido ao povo que as confiou a nós –, que São Paulo é hoje um estado renovado; que o extraordinário esforço de recuperação, fortalecimento e modernização, verificado nos últimos anos, tornou São Paulo melhor, e está permitindo que o atual governo realize a maior soma de investimentos de toda a nossa história: R$ 64 bilhões, até o final do ano.

Em São Paulo, podemos nos orgulhar do que cada governo tucano fez até agora. Covas ajustou as finanças do Estado. Assumi um estado sadio e avançamos. O Serra avançou ainda mais, com sua competência, trabalho e dedicação à causa pública. E o governador Alberto Goldman tem ainda à frente 8 meses de muito trabalho e realizações.

A história dos governos do PSDB é uma corrida de revezamento em que cada um dá o seu melhor, enfrenta seus obstáculos e passa o bastão para o sucessor.

No bastão, vai o coração de cada um de nós, o bater dos corações de todos os brasileiros de São Paulo. É uma corrida que exige preparação, fôlego, resistência e muito amor.

Fizemos o que fizemos não por vaidade, mas por obrigação, por dever. Para concretizar sonhos e compromissos, lutamos com todas as nossas forças, por nosso Estado, pelos brasileiros de São Paulo, pelas mulheres, jovens, trabalhadores, empresários; por todos os que, unidos, construíram esta terra.

Por isso, hoje nos dirigimos à opinião pública sem qualquer constrangimento e com a certeza de que temos honrado a sua confiança. E com a mesma seriedade e a mesma credibilidade com que iniciamos o nosso trabalho há dezesseis anos, assumimos, agora, o compromisso de honrar ainda mais essa confiança, oferecendo a nossa história, a nossa experiência e todo o nosso entusiasmo por São Paulo, como garantia de mais quatro anos de muito trabalho e de muitas realizações em benefício do nosso povo. Porque quanto mais se trabalha por São Paulo mais se ama São Paulo e mais se quer trabalhar – como faz a nossa gente em todo o território paulista.

E não haveria de ser diferente. Ao inaugurar uma nova era, na administração deste Estado, um dos homens mais notáveis da vida pública brasileira, o nosso querido e inesquecível líder, Mario Covas, recomendou a todos nós: “O que me importa é poder chegar ao fim do Governo tendo feito o melhor possível e com a mesma cara limpa com que entrei.(...) Este Governo tem a obrigação de ser sério (...) e não tem do que se envergonhar. Tem sobretudo algo do que se orgulhar: ele vai terminar como começou, com a mesma dignidade, com a mesma compostura, com a mesma seriedade.”

O trabalho ainda não acabou. Mas nós não esquecemos aquela recomendação. Ela é, de fato, a marca indelével dos nossos governos. Dessa trilha ética, sinalizada por Mario Covas, nós nunca nos distanciamos e nem nos distanciaremos!

Não há nisso nenhuma arrogância de propósito, nenhum brilho de retórica, nenhuma concessão à demagogia. Nossos governos não são e nunca pretenderam ser perfeitos. Não é e nunca foi nossa intenção governar engessados pela soberba. Uma das melhores lições que aprendi com Mario Covas foi a de que um governo de índole democrática, como o nosso, deve tomar as atitudes devidas, todas as vezes que alguém comprovar que ele está errado, e que o certo é seguir um outro caminho.

Não há como discordar disso. Sou dos que acreditam que um governo que ouve erra menos e acerta mais. A nossa crença na democracia impõe-nos esse comportamento como precondição para governar.

Hoje, mais uma vez, sustentamos publicamente a nossa convicção de que um governo ideal deve ter honestidade de propósitos, transparência de método, responsabilidade nas ações, justiça nas decisões, austeridade nos gastos, respeito pelas pessoas, mas que, acima de tudo, deve ter o interesse público como limite.

É por isso e para isso que estamos aqui. Para reafirmar a nossa disposição e o nosso compromisso de seguir em frente, agindo em consonância com as legítimas aspirações do povo paulista.

É assim que temos servido São Paulo, com fidelidade aos reais interesses da população.

É assim que o nosso Estado, hoje conduzido pelas mãos firmes do governador Alberto Goldman, tem enfrentado e deve continuar enfrentando o desafio de promover mais crescimento econômico com maior inclusão social.

E nós, do PSDB, não nos propomos a fazer isso sozinhos. Temos consciência de que, quanto mais a sociedade se fizer representada em nosso governo, tanto melhor para o governo e para a própria sociedade à qual devemos servir.

Por isso, tomamos a decisão de marchar juntos com outros partidos, numa ampla aliança que nos permita redobrar o trabalho e assegurar ainda maior prosperidade para todo o povo de São Paulo.

Portanto – ao cumprimentar o prefeito Gilberto Kassab, o ex-secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, quero saudar o Partido dos Democratas, que tem sido um grande aliado do PSDB, na promoção do desenvolvimento de nosso Estado e do Brasil.

Saúdo também, na pessoa do ex-governador Orestes Quércia, o PMDB – partido em cujas fileiras me iniciei na política e que sempre será merecedor da gratidão do povo brasileiro, por sua valorosa luta pela redemocratização do nosso País.

Quero também dar as boas-vindas ao PSC e ao PHS, congratulando-me com o deputado Régis de Oliveira e com a Nelita Rocha, pela gratificante presença de seus partidos e dos valores da doutrina social-cristã e do humanismo em nossa aliança.

Por fim, quero saudar, nas pessoas do Senador Sérgio Guerra e dos companheiros Barros Munhoz, Sidney Beraldo e Aloysio Nunes Ferreira, todos os nossos demais companheiros do PSDB, agradecendo à direção e à militância do nosso partido por esta grande manifestação de força, união e confiança que nos enche a todos de orgulho. E, aqui, permito-me fazer ainda uma justa homenagem aos companheiros José Aníbal e Mendes Thame, cujo relevante espírito partidário permitiu a coesão e o fortalecimento da nossa aliança.

Pois está formada a nossa união! E esta união não é feita apenas em favor de São Paulo. Ela é feita em benefício do Brasil. Porque o compromisso de fazer grandes coisas pelo Brasil não é só um lema gravado em prata, no brasão de armas do nosso Estado. É um sentimento inseparável da alma e do coração da nossa gente.

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sábado, 8 de maio de 2010

Hoje é dia de Geraldo Alckmin


Líder em pesquisas, Alckmin lança candidatura ao governo de São Paulo

UOL Notícias

O tucano Geraldo Alckmin dá início neste sábado (8) a mais uma tentativa de governar o Estado São Paulo. A largada da pré-campanha será dada durante o Encontro Estadual do PSDB, realizado a partir das 9h00 no Expo Center Norte, zona norte da capital paulista.

Eleito governador em 2002, após ter chegado ao posto como vice de Mario Covas (PSDB), morto em 2001, Alckmin chega para a disputa na condição de franco favorito; segundo pesquisa Datafolha divulgada no final de março, sua candidatura registra 53% das intenções de voto, ante 13% de seu oponente direto, o senador Aloisio Mercadante (PT).

A vantagem de Alckmin tende a ser reforçada pelo extenso tempo de TV que o candidato deverá ter na campanha, por conta das alianças que seu partido conseguiu costurar em nível estadual com DEM, PPS, PSC e PHS. Além disso, o peessedebista poderá aproveitar os altos índices de popularidade deixados pelo agora presidenciável José Serra (PSDB), que deixou o cargo com 55% de aprovação, de acordo com o Datafolha.

Os tucanos dispõem também do valioso apoio do PMDB no Estado, cujo presidente regional, o ex-governador Orestes Quércia, irá apoiar José Serra (PSDB) na disputa pela presidência da República. No plano nacional, vale lembrar, o PMDB de Quércia está comprometido com a candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT).

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Ameaça nuclear da Coréia do Norte com apoio Chinês

Kim Jong-Il quer retomar negociações nucleares com apoio chinês

Veja.com

O líder norte-coreano, Kim Jong-Il, encerrou nesta sexta-feira uma visita cercada de segredo à China. Autoridades chinesas revelaram que o líder está disposto a retomar as negociações sobre seu programa nuclear, abandonadas no ano passado.

O encontro do dirigente da Coreia do Norte com o presidente chinês, Hu Jintao, foi confirmado pela agência Nova China. Durante a visita, que teve início na segunda-feira, dia 3, Kim Jong-Il teria se comprometido com o desarmamento nuclear e a trabalhar com Pequim para retomar as negociações na região.

A disposição de Kim Jong-Il de retomar as negociações sobre o polêmico programa nuclear de seu país foi noticiada pela primeira vez na quinta-feira, pela imprensa sul-coreana, mas sem confirmação oficial.

Nesta manhã, a televisão estatal chinesa exibiu imagens de um Kim envelhecido e enfraquecido, mas sorridente.

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

CUBA: AMARGURA E DOR

Por Peter Hof

OpiniãoLivre.com.br

Viagem ao crepúsculo. Cuba sem retoques

Recentemente assisti a um programa de debates sobre Cuba na TV por assinatura e um dos entrevistados era o jornalista Samarone Lima. No decorrer do programa fiquei agradavelmente surpreso com as intervenções dele. Foi quando soube que ele havia passado dois meses em Cuba tentando entender o que se passava no feudo dos irmãos Metralha Castro.

Ao contrário de Chic Buarque, Frei Betto, Fernando Morais e outras viúvas de Che Guevara, que se hospedam em hotéis de luxo a que só estrangeiros têm acesso e que nos mostram sempre uma visão cor-de-rosa, se desmanchando em loas à “realidade fantasiosa” contada nas páginas do Granma, o jornal oficial da ditadura castrista, Samarone Lima fez algo diferente: decidiu viver o dia-a-dia dos cubanos.

Para tanto, hospedou-se na casa de cubanos apresentados a ele por amigos brasileiros, viajou para o interior do país em trens e ônibus comuns, comeu em restaurantes populares (chamados de paladares), assistiu a jogos de beisebol e a peças de teatro ufanistas, acompanhou amigos nas filas de cartão de alimentos, hospedou-se em dormitórios para estudantes universitários (de onde foi expulso apesar de haver camas vagas) e, acima de tudo, documentou a via crucis dos cubanos na luta diária e sem fim para sobreviver em meio à miséria implantada pela ditadura comunista.

Toda essa rica experiência ele colocou em um livro intitulado, muito apropriadamente, “Viagem ao Crepúsculo”. Imediatamente me interessei em adquiri-lo e aí veio o primeiro obstáculo: nenhuma das grandes livrarias (Travessa, Saraiva, Submarino, Siciliano, Nobel e Leonardo da Vinci) tinha o livro, o que me levou a crer que ele certamente fora colocado no Index Librorum Prohibitorum das livrarias brasileiras. Assim, optei por adquiri-lo diretamente da editora, o que recomendo aos leitores que queiram saber a verdade, cuidadosamente escondida pelos arautos, da excelência do regime cubano. Os interessados devem escrever para a Casa das Musas ( casadasmusas@hotmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ). O livro custa, frete incluído, R$36,00.

A obra de Samarone Lima é um retrato sem photoshop da (sobre)vida diária do cidadão cubano comum. Ao contrário do “babaovismo” desenfreado dos Freis Bettos da vida, ele não elogia nem critica o que se passa naquela ilha e limita-se a transcrever em um diário de viagem a que foram reduzidos 11,2 milhões de cubanos após cinquenta anos de uma brutal ditadura. Samarone deixa ao leitor a tarefa de concluir com base em suas agudas observações.

Os cubanos hoje “vivem de restos”, na palavra de uma das pessoas com quem o autor conviveu. Cinquenta anos de miséria e opressão transformaram-nos em um povo que, para sobreviver, precisa viver de expedientes – pequenas trapaças e roubos onde qualquer estrangeiro é uma vítima potencial, como no caso do garçom de um bar, ao perceber pelo sotaque que ele não era cubano, aumentou o preço do cafezinho de dois para três Pesos, sob o argumento que naquele dia o café estava mais forte e portanto mais caro. Ou dos motoristas de táxi que, ao perceberem um estrangeiro, aumentam o preço da corrida (desnecessário dizer que em Cuba não existem taxímetros).

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Vale abandona negócios no Pará: falta de energia!

Retorno, mais uma vez, ao caso da energia elétrica. Não pretendo fazer da usina de Belo Monte um cavalo de batalha. Ela é somente um dado no caldeirão do neo-estatismo. Trago, não obstante, interessantes revelações fornecidas pelo jornal Diário do Pará, que sob o título "Vale suspende Termelétrica em Barcarena" revela: devido à transferência de ativos da Vale para multinacional norueguesa Norsk Hidro, fica suspensa - sem previsão - a construção de uma usina termelétrica que estava orçada em 898 milhões de dólares.

Às vezes fico pasmo com o efeito profético dos artigos que trato. Não que eu seja uma sumidade - de jeito nenhum, sou pouco mais do que um palpiteiro ponderado. Mas é que os fatos são se sucedendo em cascata, como um trem que vejo na estação já apitando para partir... O que me leva, no entanto, a insistir a transformar o meu pensamento em bites é o fato de saber o quanto de ignorância (ou de sonsa esperteza) bem-remunerada prevalece na mídia em geral.

Mas talvez esta não tenha sido a pior notícia. A matéria do jornal paraense acerta em cheio quando obtém de um dos dirigentes, Sr. Ricardo Carvalho, o motivo para o abandono da cadeia mais elaborada da produção do alumínio: "O problema é que nós temos limitação para o crescimento da produção de alumínio primário, já que falta no Brasil energia a preço competitivo".

Ainda segundo o entrevistado:

Prova disso, conforme frisou, é que a produção brasileira de alumínio primário tem se mantido estável nos últimos dez anos, período em que foram fechadas inclusive algumas plantas industriais. "Nós somos grandes exportadores de alumina, mas a produção de alumínio não cresce há uma década". Nem a hidrelétrica de Belo Monte, projetada para o rio Xingu, poderá fornecer energia competitiva para a indústria de alumínio. "A energia elétrica tem um custo muito pesado no Brasil devido a um conjunto de fatores. Entre eles, os impostos, taxas e encargos que oneram as tarifas", finalizou.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A fabricação da imagem

Por Rolf Kuntz

Instituto Millenium

O governo gastou em publicidade R$ 196,8 milhões até março, 81,6% mais do que no primeiro trimestre do ano passado. Está mais empenhado, portanto, em manter a opinião pública informada e esclarecida, como compete a qualquer governo democrático. Essa é, pelo menos, a explicação normalmente usada como justificativa para os gastos governamentais com anúncios e com a promoção da imagem dos governantes.

A verba publicitária orçada para este ano, R$ 700,4 milhões, é 41,4% maior que a de 2009. O maior esforço de comunicação em ano eleitoral talvez seja coincidência sem grande significado. Foi assim, também, na última eleição, em 2006. Naquele ano, a publicidade total do governo, incluídas a administração direta e a indireta, chegou a R$ 1,27 bilhão em valores corrigidos pelo IGPM. Coincidências parecem ter datas marcadas para ocorrer.

A despesa com propaganda em 2006 foi a maior desse tipo entre os anos 2000 e 2009, segundo tabela publicada pela organização Contas Abertas. Nesse período, a média anual, em valores constantes, ficou em R$ 1,1 bilhão.

Em 2006, o candidato oficial era um presidente bem avaliado na primeira gestão. Tinha a seu favor a inflação contida, uma considerável transferência de renda para as famílias pobres e algum dinamismo econômico.

Considerando sua popularidade, seus auxiliares não devem ter pensado em falsificar foto de passeata nem cogitado alardear um mestrado e um doutorado jamais concluídos - no seu caso, nem mesmo tentados. Além do mais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre fez de sua escassa escolaridade um ativo eleitoral.

Para avaliar os gastos oficiais com publicidade, convém compará-los com outros itens do orçamento. No primeiro trimestre deste ano, o governo gastou em saneamento, com recursos do Tesouro, R$ 69,6 bilhões, pouco mais de um terço - 35,4% - do valor desembolsado com publicidade.

Em 2009, os desembolsos com a função saneamento chegaram a R$ 842,7 milhões, enquanto os gastos orçamentários com publicidade totalizaram R$ 495,1 milhões. As despesas contabilizadas na rubrica saneamento foram 70,2% maiores que os desembolsos com propaganda. Mas será essa diferença proporcional à importância social de cada uma dessas atividades?

Uma dessas tarefas é uma atividade-fim. Corresponde a uma das obrigações do governo. Nesse caso, trata-se de uma função essencial ao bem-estar da maior parte da população. Os mais carentes desse benefício são os mais pobres, sempre lembrados na retórica do presidente Lula. A outra é uma atividade-meio. Pode ser útil à sociedade, em certas circunstâncias, mas em geral é muito mais importante para os políticos instalados na administração pública.

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terça-feira, 4 de maio de 2010

Morales nacionaliza companhias elétricas

Agência Estado

D.comércio.com.br

O presidente da Bolívia, Evo Morales, nacionalizou neste sábado pelo menos três empresas elétricas, duas das quais estavam em mãos de capital estrangeiro. A Corani era controlada por uma subsidiária da francesa GDF Suez; a Guaracachi era operada pela britânica Rurelec PLC; e a Valle Hermoso estava nas mãos do Grupo Boliviano de Geração.

Morales firmou o decreto de nacionalização na sede de uma das companhias, em Cochabamba, na região central da Bolívia, onde chegou de surpresa, acompanhado de alguns seus ministros. O governo informou que está comprando a participação dos acionistas privados, sem esclarecer o valor das operações.

As companhias elétricas nacionalizadas foram identificadas por Roberto Peredo, presidente da Empresa Nacional de Eletrificação (ENDE), que aponta ainda que foram abertas as negociações para a nacionalização de uma quarta companhia, a Empresa de Luz e Força Elétrica de Cochabamba, mantida por uma cooperativa de trabalhadores.

Ainda de acordo com ele, as nacionalizações são "uma das maiores conquistas da revolução cultural" no país. Ele lembrou que a companhia energética estatal da Bolívia foi privatizada em 1990 e "vendida a capitalistas neoliberais pelo preço de uma galinha morta".

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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Construir sem demagogia

Por FHC

Estadão Online

Época de campanha eleitoral é propícia à demagogia. Pode servir também para a construção de um país melhor, se os líderes políticos tiverem grandeza. O embate entre PSDB e PT já dura 17 anos, desde o governo Itamar, quando iniciamos o Plano Real. É tempo de reavaliar as diferenças e críticas recíprocas. Os mais destacados economistas do PT daquela época, Maria da Conceição Tavares, Paul Singer e Aloizio Mercadante, martelaram a tecla de que se tratava de jogada eleitoreira. Não quiseram ver que se tratava de um esforço sério de reconstrução nacional, que aproveitou uma oportunidade de ouro para inovar práticas de gestão pública e dar outro rumo ao País. Como tampouco haviam visto que, por mais atribulada que tivesse sido a abertura da economia, sem ela estaríamos condenados à irrelevância num mundo que se globalizava.

A mesma cegueira impediu que se avaliasse com objetividade o esforço hercúleo para evitar que o sistema financeiro se desfizesse por sua fragilidade e pela voragem dos ataques especulativos. Proer, Proes e o respeito às regras da Basileia foram fundamentais para alcançar as benesses de hoje. Passamos pelo penoso aprendizado do sistema de metas para controlar a inflação e aprendemos a usar o câmbio flutuante, sujeito - como deve ser - à ação corretora do Banco Central. Esses processos, a despeito de críticas que lhes tenham sido feitas no passado, constituem agora um "patrimônio comum". O mesmo se diga sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, que foi duramente criticada pelo PT e aliados e, hoje, é indiscutida, embora nem sempre aplicada com o rigor necessário. Isso revela amadurecimento do País.

Na área social o tripé correspondente ao da área econômica se compõe de: aumentos reais do salário mínimo, desde 1993; implementação a partir de 1997 das regras ditadas pela Lei Orgânica de Assistência Social, atribuindo uma pensão aos idosos e às pessoas com deficiências físicas de famílias pobres; e, por fim, bolsas que, com nomes variáveis, vêm sendo utilizadas com êxito desde o ano 2000. Esses programas, independentemente de que governo os tenha iniciado ou melhorado, tiveram o apoio de todos os partidos e da sociedade.

Infelizmente, nem em todas as áreas é assim. Sob pretexto de combater o neoliberalismo, joga-se no mesmo balaio toda política que não seja de idolatria ao "capitalismo de Estado", como se essa fosse a melhor maneira de servir ao interesse nacional e popular. Tal atitude revela um horror à forma liberal de capitalismo e à competição. Prefere-se substituir as empresas por repartições públicas e manter por trás delas um partido. No lugar do empresário ou da empresa a quem se poderia responsabilizar por seus atos e erros, coloca-se a burocracia como agente principal do desenvolvimento econômico, tendo o Estado como escudo. Supõe-se que Estado e povo, partido e povo, ou mesmo burocracia e povo têm interesses coincidentes. Outra coisa não faziam os partidos totalitários na Europa, os populistas na América Latina e as ditaduras militares.

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domingo, 2 de maio de 2010

Libertarianismo na China antiga

Por

As três principais escolas do pensamento político — legalistas, taoístas e confucionistas — estabeleceram-se entre os séculos VI e IV a.C. Grosso modo, os legalistas, a última das três grandes escolas, acreditavam simplesmente em conceder o máximo poder ao estado, e aconselhavam os governantes sobre como aumentar esse poder. Os taoístas foram os primeiros libertários do mundo, que acreditavam em virtualmente nenhuma interferência do estado na economia ou na sociedade, e os confucionistas encontravam-se no meio-termo nesta questão crucial. A elevada figura de Confúcio (551-479 a.C.), cujo nome real era Ch'iu Chung-ni, era a de um homem erudito vindo de uma família empobrecida, porém aristocrática, da decadente dinastia Yin, que se tornou marechal do estado de Sung. Na prática, ainda que muito mais idealístico, o pensamento confucionista pouco diferia do pensamento legalista, visto que o confucionismo era amplamente dedicado ao estabelecimento de uma burocracia filosoficamente educada para governar na China.

De longe, a mais interessante das escolas de filosofia política chinesa foi a taoísta, fundada pela figura muito importante, mas sombria, de Lao Tzu. Pouco se sabe sobre a vida de Lao Tzu, mas aparentemente ele foi um contemporâneo e conhecido de Confúcio. Como este último, era originário do estado de Sung e descendente da baixa aristocracia da dinastia Yin. Ambos viveram em uma época de tumultos, guerras e estatismo, mas cada um reagiu de maneira muito diferente. Lao Tzu desenvolveu a opinião de que o indivíduo e sua felicidade eram a unidade fundamental da sociedade. Se as instituições sociais prejudicassem o florescimento do indivíduo e sua felicidade, elas deveriam ser reduzidas ou completamente abolidas. Para o individualista Lao Tzu, o governo, com suas "leis e regulamentos mais numerosos que os cabelos de um boi", era um opressor cruel do indivíduo, e "mais temível do que os tigres ferozes". O governo, em suma, deve ser limitado ao mínimo possível; "inação" tornou-se a palavra-chave para Lao Tzu, uma vez que somente a "inação" do governo pode permitir que o indivíduo floresça e alcance a felicidade. Qualquer intervenção por parte do governo, declarou ele, seria contraproducente, e levaria a confusão e tumultos. Primeiro economista político a discernir os efeitos sistêmicos da intervenção governamental, Lao Tzu, após observar a experiência comum da humanidade, chegou à sua penetrante conclusão: "Quanto mais tabus artificiais e restrições existirem no mundo, mais empobrecidas serão as pessoas - quanto mais as leis e regulamentos forem colocados em destaque, mais ladrões e assaltantes existirão".

A pesada tributação e a guerra, segundo Lao Tzu, eram o que havia de pior nas intervenções governamentais. "As pessoas têm fome porque o roubo por superiores consome o excedente na forma de tributação" e "onde os exércitos estiverem posicionados, espinhos e silvas crescem. Depois de uma grande guerra, difíceis anos de fome certamente seguirão".

O caminho mais sensato é manter o governo simples e inativo para que o mundo então "se estabilize".

Como Lao Tzu coloca: "Portanto, o Sábio diz: eu não tomo nenhuma atitude e ainda assim as pessoas se transformam, eu favoreço a quietude e as pessoas se corrigem, eu não tomo nenhuma atitude e as pessoas se enriquecem".

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