Mídia Sem Máscara
Um lance decisivo dessa guerra de conquista universal, diz o autor, foi a invasão do Iraque, "parte da agenda americana pós-guerra-fria, em busca da 'dominação de pleno espectro'".
Um ano após a invasão de Bagdá, prossegue Engdahl, "tornou-se claro que a guerra pouco tinha a ver com a ameaça das armas de destruição em massa... ou com o proclamado esforço de 'levar a democracia' ao até então despótico Iraque".
"Tornou-se claro" para quem? Para quem tem o New York Times e a CNN como suas principais ou únicas fontes de informação, talvez. Para quem lê livros e sabe o que são documentos de fonte primária, não.
(1) A lista oficial das armas de destruição em massa encontradas no Iraque - suficientes, por si, para destruir muitas cidades americanas -, pode ser lida, junto com provas convincentes da existência das armas não encontradas, nas páginas 97-106 do livro Disinformation: 22 Media Myths that Undermine the War on Terror, de Richard Miniter (Regnery, 2005). "Praticamente - diz Miniter - nenhum dos críticos da guerra que estiveram envolvidos nos esforços para encontrar essas armas disse jamais não haver provas de que o Iraque as possuía." Foi evidentemente a mídia popular que, para fins de propaganda anti-guerra, colocou essa afirmação em bocas onde ela nunca esteve. A diferença entre dizer que nem todas as armas foram encontradas e que nenhuma foi encontrada é pelo menos tão decisiva quanto a diferença entre dizer "alguém opinou" e "tornou-se claro". Não é admissível que um estudioso profissional de assuntos militares ignore uma dessas diferenças ou, pior ainda, as duas.
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