sábado, 31 de dezembro de 2011

PIB para inglês ver

Por: Roberto Freire

Site PPS

O partido da imprensa Governista está exultante com a informação do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (CEBR, na sigla em inglês) mostrando que o Brasil ultrapassou o Reino Unido e ocupa atualmente a sexta posição no ranking das maiores economias do mundo. Por esses dados, parece que finalmente a velha Europa estaria se curvando diante da nova potencia das Américas e sua pujante economia. No entanto, basta um olhar mais atento para perceber o engodo, pois os dados coligidos pelo referido centro tratam do volume de comércio do país no contexto da economia globalizada.

Na imprensa europeia, o Brasil, conhecido mais por suas mazelas e proverbial desigualdade, está se tornando rapidamente uma das locomotivas da economia global, por conta de seus vastos estoques de recursos naturais e classe média em ascensão. A fantasia do "Brasil grande", que embalou os sonhos e a propaganda da ditadura militar é o mesmo que embala os sonhos edulcorados do governo petista, sempre pródigo no auto-elogio.

Poderíamos abstrair que a renda per capita na Inglaterra é de 40 mil dólares enquanto no Brasil é 12 mil, ou ainda que o salário mínimoinglês é quatro vezes maior que o brasileiro, e comparar somente as condições sociais do Brasil e do Reino Unido para que a verdade se estabeleça no que é mais importante na vida social, a qualidade de vida de seus cidadãos.

A partir do relatório de 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano — IDH, da ONU, combina três dimensões: uma vida longa e saudável, retratado pela expectativa de vida ao nascer; o acesso ao conhecimento, por conta dos anos médios de estudo e anos esperados de escolaridade; e, por fim, um padrão de vida decente: PIB (PPC) per capita.

Seguindo estritamente essa metodologia veremos que, no que respeita a expectativa de vida, enquanto o Reino Unido, segundo dados da ONU, ocupa a vigésima segunda posição,com um percentual geral (homens e mulheres) de 79,4 anos de vida, o Brasil está na nonagésima segunda, com 72,4.

Se compararmos a mortalidade infantil, teremos um quadro mais esclarecedor de nossa condição. Enquanto no Reino Unido o índice de mortalidade infantil (mortes/1.000 nascimentos) é da ordem de 4,8%. Com uma taxa de mortalidade para menores de cinco anos (mortes/1.000 nascimentos) de 6%. No Brasil, tais índices são da ordem de 23,6% para mortalidade infantil (mortes/1.000 nascimentos). E de 29,1% para a taxa de mortalidade para menores de cinco anos (mortes/1.000 nascimentos).

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fascismo (mal) disfarçado

Por José Serra

O Globo, 22/12/2011

JoseSerra.com.br

Nos anos recentes, o ímpeto petista para cercear a liberdade de expressão e de impressa vem sendo contido por dois fatores: a resistência da opinião pública e a vigilância do Supremo Tribunal Federal. Poderia haver também alguma barreira congressual, mas essa parece cada vez mais neutralizada pela avassaladora maioria do Executivo.

É um quadro preocupante, visto que o PT só tem recuado de seus propósitos quando enfrenta resistência feroz. Aconteceu no Programa Nacional de Direitos Humanos, na sua versão petista, o PNDH-3. Aconteceu também na última campanha eleitoral, quando a candidata oficial precisou assumir compromissos explícitos com a liberdade para evitar uma decisiva erosão de votos.

Mas não nos enganemos. Qualquer compromisso do PT com a liberdade e a pluralidade de opinião e manifestação será sempre tático, utilitário, à espera da situação ideal de forças em que se torne finalmente desnecessário. Para o PT, não basta a liberdade de emitir a própria opinião, é preciso “regular” o direito alheio de oferecer uma ideia eventualmente contrária.

O PT construiu  e financia ao longo destes anos no governo toda uma rede para não apenas emitir a própria opinião e veicular a informação que considera adequada, mas para tentar atemorizar, constranger, coagir quem por algum motivo acha que deve pensar diferente. Basta o sujeito trafegar na contramão das versões oficiais para receber uma enxurrada de ataques, xingamentos e agressões à honra.

Outro dia um prócer do petismo lamentou não haver, segundo ele, veículos governistas. Trata-se de um exagero, mas o ponto é útil para o debate. Ora, se o PT sente falta de uma imprensa governista, que crie uma capaz de estabelecer-se no mercado e concorrer. Mas a coisa não vai por aí. O que o PT deseja é transformar em governistas todos os veículos existentes, para anular a fiscalização e a crítica.

O governo Dilma Rousseff deve ter batido neste primeiro ano o recorde mundial de velocidade de ministros caídos sob suspeita de corrupção. E parece ainda haver outros a caminho. As acusações foram veiculadas pela imprensa, na maioria, e a presidente considerou que eram graves o bastante, tanto que deixou os auxiliares envolvidos irem  para casa. Mas no universo paralelo petista,  e mesmo na alma do governo,  trata-se apenas de uma conspiração da imprensa.

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Guatemala e seu exemplo de privatização

Por


O principal problema das privatizações no Brasil — como já explicado nestes dois artigos — é que simplesmente não houve uma desestatização do setor. O governo apenas trocou um monopólio estatal por um monopólio privado. E, para "garantir" que o monopólio privado "funcionasse bem", criou várias agências reguladores com o objetivo de especificar preços e determinar metas a serem cumpridas.

De acordo com a ideia dominante à época, era perfeitamente possível entregar um serviço monopolístico a algumas poucas empresas e fazer com que os resultados fossem exatamente iguais aos que ocorreriam em um livre mercado — isto é, alta qualidade e preços baixos. Bastava para isso o governo criar agências reguladoras, as quais seriam geridas por burocratas preocupados com o bem-estar da população e que saberiam perfeitamente como estipular preços para os serviços e impor metas às empresas. Finalmente havia sido descoberta uma maneira de se obter resultados de livre mercado em um mercado totalmente controlado e planejado.

Ou seja, não apenas o governo não se retirou do setor, como ainda continuou praticando controle de preços e, no melhor estilo soviético, passou a determinar objetivos a serem cumpridos, como nos planos quinquenais stalinistas.

No caso do setor telefônico brasileiro, os serviços só melhoraram porque a base de comparação era péssima. Não tinha como ser pior do que a Telebrás.

Como era para ter sido feito? A resposta vem da Guatemala, que possui um setor de telecomunicações totalmente desregulamentado e, consequentemente, com ótimos serviços a preços irrisórios.

A história inicial é simples e praticamente idêntica à do Brasil, em termos proporcionais: em 1995, havia 11 milhões de habitantes no país e apenas 289 mil linhas telefônicas. Um novo presidente foi eleito e nomeou para a direção da estatal telefônica um economista de formação libertária, Alfredo Guzmán, graduado na Universidad Francisco Marroquin, atual centro austríaco da América Latina (graduandos de lá fazem matérias obrigatórias que utilizam Mises e Hayek como bibliografia).

Ao nomear Guzmán, o presidente recém-eleito da Guatemala lhe fez um único pedido: "Quero muitos telefones por todo o país. E rápido!"

A estatal obviamente detinha o monopólio das telecomunicações, era gerida por cinco sindicatos corruptos, cobrava caríssimo para instalar um linha telefônica (às vezes o serviço era pago mas não era feito) e não tinha a menor condição de sair espalhando telefones pelo país.

A primeira tarefa de Guzmán — e a mais difícil — foi domar os sindicatos. E isso ele fez por meio de uma legislação. Uma vez controlados os sindicatos, veio a parte mais fácil, a qual sempre foi defendida por nós do IMB como sendo a única política moral, ética e economicamente correta a ser tomada em qualquer situação: retirar o governo de cena e dar plena liberdade ao mercado de trocas voluntárias.

Guzmán simplesmente deu uma banana aos keynesianos do FMI e do Banco Mundial — que insistiam que ele vendesse o monopólio estatal a um monopólio privado e criasse agências reguladoras para estipular preços e determinar metas de expansão (exatamente como fizeram aqui os keynesianos tucanos) — e colocou em prática aquilo que Ludwig von Mises já havia sugerido ainda na década de 1920: acabar com as regulamentações e com todas as barreiras legais de entrada ao mercado, e permitir que a livre concorrência entre as empresas faça de tudo para agradar ao consumidor.

Ato contínuo, Guzmán abriu o mercado para absolutamente toda e qualquer empresa, nacional ou estrangeira. Qualquer empresa, de qualquer país, que quisesse ir ofertar seus serviços na Guatemala tinha a total liberdade de fazê-lo. Sem qualquer restrição governamental. Não haveria privilégios, nem subsídios e nem restrições à livre concorrência.

Resultado: hoje o país tem uma população de 13,5 milhões de pessoas e nada menos que 18 milhões de linhas telefônicas, móveis e fixas. Quatro operadoras privadas disputam clientes em um ambiente de genuína livre concorrência, sem regulamentações e sem controle de preços — considerando-se o tamanho do país e sua renda per capita, trata-se de um número significante. Conseguir uma nova linha de telefone "é tão fácil quanto comprar um cachorro-quente", a qualidade dos celulares chega a ser superior à existente em cidades como Nova York, Paris, Londres, Tóquio, e os preços por minuto são ridículos. E tudo isso, vale ressaltar, em um país pobre (renda per capita de US$ 4.800; a do Brasil está na casa dos US$ 10.500) e de infraestrutura bastante debilitada. Ao contrário do que preconiza o "senso comum", os malvados capitalistas não apenas se interessaram em investir maciçamente em uma economia pobre, como ainda cobram pouco por isso.


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terça-feira, 22 de novembro de 2011

PAC 2 tem apenas 11% das obras concluídas, diz governo

Por Luciana Marques



Site Veja

O Ministério do Planejamento divulgou nesta terça-feira o segundo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). Até setembro, apenas 11,3% do total das obras previstas para conclusão até 2014 foram entregues. Neste ritmo, dificilmente o governo conseguirá cumprir a promessa de entregar as construções até o fim do mandato da presidente Dilma Rousseff. O Planalto já admite que, do total de obras, 26% não serão entregues até 2014.


O valor total a ser executado pelo PAC 2 até 2014 é de 955 bilhões de reais. Foram gastos, até agora, 143,6 bilhões de reais - o que representa 15% da verba prevista até 2014. Deste montante, 60,7 bilhões de reais foram destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida 2, permitindo a contratação de 294.000 casas.

Do restante, 41,4 bilhões de reais foram absorvidos por projetos de empresas estatais, 25,6 bilhões de reais foram destinados ao setor privado e 13,2 bilhões de reais ao Orçamento Geral da União Fiscal e Seguridade. Foram gastos ainda 2 bilhões de reais para financiamento ao setor público e 700 milhões de reais em contrapartidas de estados e municípios.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que o PAC manteve o mesmo ritmo de investimentos do ano passado, e que, por isso, não deverá impactar a alta do Produto Interno Bruto (PIB). "A manutenção do mesmo ritmo de investimento não contribui para aceleração do crescimento este ano", afirmou.

Em contrapartida, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, prometeu investimentos "subtanciais" do PAC para o ano que vem - o que, segundo ela, vai garantir que o Brasil não seja atingido tão fortemente pela crise internacional. “Acreditamos, sim, que será possível sustentar uma posição quase confortável no ano que vem em relação aos Estados Unidos e Europa”.

Obras de transporte - Na área de transportes, foram concluídos quase 500 quilômetros em rodovias, entre elas, BR-262 (MG), BR-020 (DF-GO), BR-450 (DF) e BR-070(GO). Muitas obras no setor, no entanto, estão sendo revistas diante de situações de irregularidades em contratos realizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Das 42 licitações do órgão em andamento, 14 foram revogadas e 27 suspensas, das quais 14 serão retomadas este ano.

Todas as oito licitações da Valec, autarquia responsável pelas ferrovias, foram revogadas ou suspensas. Apenas uma obra será retomada em 2011. “Temos a expectativa de finalizar essa revisão de maneira completa em dezembro”, afirmou a ministra do Planejamento. Segundo ela, as obras deverão ser retomadas até o primeiro trimestre de 2012.

No setor de aeroportos, destacam-se a reforma do terminal de passageiros do Galeão (RJ), com 54% das obras finalizadas; e a ampliação da pista de Guarulhos (SP), com 47% de conclusão. Na área de energia, entraram em operação quatro usinas hidrelétricas, onze termelétricas e nove eólicas.


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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Médicos Brasileiros X Médicos Cubanos

Roberto Moraes Enviou "

Artigo do Companheiro
Rogério Jose Brandão – Médico Cancerologista
RC Recife Boa Vista

Sala de Leitura

É no mínimo estranho o posicionamento do governo federal em relação à pretensão dos médicos cubanos em pleitear equiparação aos formados nas universidades brasileiras.


Existem grandes diferenças entre as grades curriculares dos cursos médicos nas universidades brasileira e cubana, o que é natural, pois vivemos realidades e necessidades diferentes. Além disto, se comete uma injustiça aos graduados pelas nossas universidades. O aluno do curso médio brasileiro que deseje se tornar um futuro médico, sabe que disputará um concorrido vestibular onde só os melhores entre os melhores serão aproveitados.

Isto faz com que estes alunos geralmente estudem mais e se destaquem entre os seus colegas. Nas melhores universidades ficarão os melhores alunos, esta é a regra. A seleção entre os melhores continuará após a graduação, nos concorridos concursos para residência médica e assim por diante. Qual a origem dos formados pela universidade cubana? De onde vieram estes alunos, quais foram suas notas durante o ensino médio, qual a classificação nos vestibulares brasileiros? Como foi a sua formação técnica e ética? É comum se encontrar um aluno brasileiro de medicina estudante em países como Cuba ou Bolívia, após vários anos seguidos de reprovação nos vestibulares no brasileiros!

Por que a um médico brasileiro formado em Harvard, Oxford, Yale, Princeton etc, é exigido testes de qualificação antes de se conferir a equiparação e aos formados em Cuba esta avaliação pode ser dispensada? Seriam as universidades cubanas superiores a estas tradicionais escolas? Estas questões merecem uma reflexão, pois o verdadeiro interesse não é mérito científico e acadêmico e sim o político. Querem beneficiar pessoas que vão estudar em Cuba levadas por movimentos sociais e sindicais, pessoas que não se qualificaram nos teste de acesso exigido a todos os brasileiros que aqui estudam. Não se pode aceitar como justificativa a recente declaração do ministro da saúde que estes médicos atuarão nos mais distante ricões, onde o médico brasileiro não quer ir trabalhar. Isto não é verdade, pois ao se equiparar os formados em Cuba aos médicos brasileiros, estes terão acesso aos mesmos privilégios que temos, aos mesmos direitos que conquistamos por mérito. Se tiverem oportunidades, e aqui não posso deixar de pensá-los como oportunistas por escolherem um acesso direto à universidade, sem mérito, escolherão trabalhar nos melhores centros, que igualmente lhes dão aos melhores condições de trabalho, crescimento e desenvolvimento profissional. A questão básica é esta: se não desejamos trabalhar em grotões subdesenvolvidos é porque nestes locais não nos são oferecidos às mínimas condições de trabalho dentro da dignidade exigida para o exercício da medicina. A um profissional qualificado, é necessário se oferecer salário compatível, oportunidades de exercer a profissão dentro da plenitude dos conhecimentos incorporados, além de condições de crescimento e desenvolvimento profissional. Os locais que oferecem tais condições, não carecem de médicos. Ao se tentar corrigir um problema pelo topo da pirâmide, se cria um problema pior, pois ao pobre coitado que mora nos locais distantes e inóspitos será oferecido um médico de formação duvidosa, não aprovado pelo sistema vigente de educação do país, aceito apenas por condição e conveniência política. O sistema de avaliação deve ser preservado, para o bom nome da medicina.
 
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domingo, 20 de novembro de 2011

Os perigos do marxismo ateu

Por Felipe Aquino


Canção Nova
 

O “Livro Negro do Comunismo - Crimes, terror e repressão” (Stéphane Courtois, Nicolas Werth, Jean-Louis Panné, Andrzej Paczkowski, Karel Bartosek, Jean-Louis Margolin, Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 1999, 917 págs.) faz um balanço do amargo fruto que este diabólico regime gerou para a humanidade. Oitenta anos depois da Revolução Bolchevique na Rússia (1917) e sete depois de a União Soviética ter acabado (1997), a trajetória trágica do comunismo pode ser contabilizada, pelo número de vítimas. É a história da trágica aplicação na vida real de uma ideologia carregada de falsas promessas de igualdade e justiça que custou entre 80 e 100 milhões de vidas, com a esmagadora maioria de vítimas nos dois gigantes do marxismo-leninismo, a União Soviética e a China, além do Viet-Nan, Cuba, Cambodja, etc.

Na China, 65 milhões foram mortos pelo regime comunista, a maioria dizimada pela fome desencadeada a partir do “Grande Salto para a Frente”, o desastroso projeto de auto-suficiência implantado por Mao Tsé-Tung em meados dos anos 50. Foi a pior fome da História, acompanhada de ondas de canibalismo e de campanhas de terror contra camponeses.

Na URSS, de 1917 a 1953, ano da morte de Stalin, os expurgos, a fome, as deportações em massa e o trabalho forçado no Gulag mataram 20 milhões de pessoas. Só a grande fome de 1921-1922, desatada em grande parte pelo confisco de alimentos dos camponeses, matou mais de 5 milhões de vidas.

Na Coréia do Norte, comunista ainda hoje, a execução de “inimigos do povo” contabiliza pelo menos 100.000 mortos. Em termos proporcionais, contudo, o maior genocida comunista é o Khmer Vermelho do Camboja: em três anos e meio (1975-1979), com sua política inclemente de transferência forçada dos moradores das cidades para o campo, matou de fome e exaustão quase 25% da população.”

Os crimes do stalinismo, e a política de terror empregada por outros regimes comunistas, ficaram bem conhecidos desde o XX Congresso do Partido Comunista Soviético, em 1956, denunciados por Nikita Krushev.

Mas, é lamentável que depois de tantos sofrimentos a que foram submetidos os paises do Leste Europeu: Tchecoslováquia, Bulgária, Romênia, Hungria, Polônia, Alemanha Oriental, etc.. ainda se cogite de ter o marxismo ateu, materialista, sanguinário, totalitário… como uma ideologia para governar as nações, como acontece hoje em Cuba, Nicarágua, Venezuela, Bolívia, Equador… Isto é feito enganando-se o povo com a utopia do “paraíso marxista e comunista.

Todos os Papas da Igreja condenaram o comunismo desde que esta perversa ideologia surgiu na face da terra. Já em 1846 Pio IX a condenou solenemente no Silabo e na Encíclica “Qui pluribus’. Mais tarde, Leão XIII, na sua Encíclica “Quo Apostolici muneris” (28 de dezembro de 1878) repetiu essa condenação. Pio XI condenou severamente as perseguições dos comunistas contra os cristãos e contra a Igreja tanto na Rússia (1917) quanto na revolução mexicana de 1926 e na da Espanha em 1936.

Na célebre Encíclica de Pio XI, ”Divini Redemptoris”, de 19 de março de 1937, contra o comunismo ateu, o Papa condenou-o com todas as letras. Vejamos alguns pontos dessa condenação: “Além disso, o comunismo despoja o homem da sua liberdade na qual consiste a norma da sua vida espiritual; e ao mesmo tempo priva a pessoa humana da sua dignidade, e de todo o freio na ordem moral, com que possa resistir aos assaltos do instinto cego. E, como a pessoa humana, segundo os devaneios comunistas, não é mais do que, para assim dizermos, uma roda de toda a engrenagem, segue-se que os direitos naturais, que dela procedem, são negados ao homem indivíduo, para serem atribuídos à coletividade. Quanto às relações entre os cidadãos, uma vez que sustentam o princípio da igualdade absoluta, rejeitam toda a hierarquia e autoridade, que proceda de Deus, até mesmo a dos pais; porquanto, como asseveram, tudo quanto existe de autoridade e subordinação, tudo isso, como de primeira e única fonte, deriva da sociedade. Nem aos indivíduos se concede direito algum de propriedade sobre bens naturais ou sobre meios de produção; porquanto, dando como dão origem a outros bens, a sua posse introduz necessariamente o domínio de um sobre os outros. E é precisamente por esse motivo que afirmam que qualquer direito de propriedade privada, por ser a fonte principal da escravidão econômica, tem que ser radicalmente destruído.” (n. 10)

“Além disto, como esta doutrina rejeita e repudia todo o caráter sagrado da vida humana, segue-se por natural conseqüência que para ela o matrimônio e a família é apenas uma instituição civil e artificial, fruto de um determinado sistema econômico: por conseguinte, assim como repudia os contratos matrimoniais formados por vínculos de natureza jurídico-moral, que não dependam da vontade dos indivíduos ou da coletividade, assim rejeita a sua indissolúvel perpetuidade. Em particular, para o comunismo não existe laço algum da mulher com a família e com o lar. De fato, proclamando o princípio da emancipação completa da mulher, de tal modo a retira da vida doméstica e do cuidado dos filhos que a atira para a agitação da vida pública e da produção coletiva, na mesma medida que o homem. Mais ainda: os cuidados do lar e dos filhos devolve-os à coletividade. Rouba-se enfim aos pais o direito que lhes compete de educar os filhos, o qual se considera como direito exclusivo da comunidade, e por conseguinte só em nome e por delegação dela se pode exercer.” (n. 11)


Em seguida o Papa mostra os estragos do comunismo no México e na Rússia onde fez muitos mártires na primeira metade do século XX: “Porque, onde quer que os comunistas conseguiram radicar-se e dominar, - e aqui pensamos com particular afeto paterno nos povos da Rússia e do México, - aí, como eles próprios abertamente o proclamaram, por todos os meios se esforçaram por destruir radicalmente os fundamentos da religião e da civilização cristãs, e extinguir completamente a sua memória no coração dos homens, especialmente da juventude. Bispos e sacerdotes foram desterrados, condenados a trabalhos forçados, fusilados, ou trucidados de modo desumano; simples leigos, tornados suspeitos por terem defendido a religião, foram vexados, tratados como inimigos, e arrastados aos tribunais e às prisões.”(n. 19).

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Entenda o que são os movimentos sociais

Escrito por Klauber Cristofen Pires

Movimento Endireitar


Os leitores assíduos estranharão um pouco o estilo passo-a-passo do texto a seguir, motivo pelo qual peço-lhes a condescendência, haja vista que este se dirige primordialmente aos neófitos. De qualquer forma, uma revisão há de lhes fortificar as convicções e os argumentos.

O que são os atuais movimentos sociais? O que representam? A que interesses servem?

Quem pode nos dar esta resposta em primeiríssima mão é o dissidente soviético Anatoli Golitsyn, um ex-funcionário da KGB de alto escalão que fugiu para os Estados Unidos e que já alertava desde os anos 80 por meio do seu livro Lies for Old (Novas Mentiras Velhas, pág. 45):

A adoção da nova política do bloco e a estratégia de desinformação envolveu mudanças organizacionais na União Soviética e por todo o bloco. Na União Soviética, como em outros países comunistas, foi o Comitê Central do partido que reorganizou os serviços de segurança e de inteligência, o ministério de relações exteriores, outras seções do governo e aparatos político-governamentais, além das organizações de massa, a fim de adequá-las todas à implementação da nova política e torná-las instrumentos desta. (grifos meus)

Atualmente, no Brasil, os ditos movimentos sociais estão disseminados por toda a sociedade, cada qual com a sua agenda, a fomentar alterações significativas nas consciências e comportamentos das pessoas, contando para tal mister com o apoio de toda a mídia e de todo o jornalismo tradicional, e a impor através da legislação, principalmente a administrativa, bem como do ativismo judicial, a implementação de suas políticas.

Dentre os inúmeros que existem, podemos destacar o movimento negrista, o gayzista, o feminista, o ambientalista e o desarmamentista.

O que de mais necessário há de se esclarecer às pessoas leigas sobre estes grupos é o de que eles propositalmente reivindicam representar certas categorias de cidadãos à sua revelia, por supostamente defender-lhes os direitos contra uma fictícia ou pelo menos mal-contada exploração social, por “parte do sistema capitalista com sua lógica fria e calculista”.

Se há alguma estrutura civil que pode bem representar ideias são os partidos políticos. A eles se agremiam as pessoas com convicções semelhantes em torno de propostas afins. Da mesma forma, podemos dizer de institutos e instituições específicos, mesmo os que se alinham a determinada linha ideológica.

Não é o caso, entretanto, o que acontece com estes movimentos sociais, vez que se arrostam a falar em nome de coletivos humanos que nada têm entre si de igual senão certa condição de ordem individual.

O alimento para tais organizações é a exploração da fraqueza de caráter, especialmente do ressentimento e do oportunismo, e tanto maiores tem sido seus ingressos quanto mais estimulada a população à futilidade, à frivolidade e à leviandade, em detrimento dos valores cristãos, da família e do valor da honestidade e do trabalho.

Nada melhor para tais organizações que filhos sem pais, preferencialmente de mães solteiras que tenham sido tornadas dependentes de benefícios estatais. Quem voltar no tempo poderá se lembrar que uma propaganda eleitoral do PT para a primeira eleição de Lula exibia um jovem negro filho de mãe solteira analfabeta brandindo o punho em sinal de fervorosa adesão ao projeto petista. Mera coincidência, ou podemos aferir com razoável juízo que jovens assim, digamos, foram previamente “cultivados”?

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