quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Endireitando a Europa

Socialistas perdem terreno na Europa após eleições em Alemanha e Portugal



Da France Presse


Os resultados das eleições legislativas de domingo na Alemanha, nas quais os socialistas sofreram sua pior derrota, e em Portugal, onde ficaram privados da maioria absoluta no Parlamento, ilustra sua perda de espaço na Europa para partidos mais radicais da esquerda.


"Há uma tendência global de retrocesso da social-democracia há 20 anos", constatou o cientista político.


Por um lado, "todo mundo, inclusive a direita, tornou-se social-democrata. Até mesmo Nicolas Sarkozy ou Angela Merkel defendem a cobertura médica, o salário mínimo ou a proteção social", explicou.


Por outro lado, "porque em uma época na qual se impõem a globalização e a economia de mercado, a direita parece, paradoxalmente, dar mais segurança".


''Invasão de embaixada é juridicamente possível''


Por João Paulo Charleaux




A ideia de entrar na Embaixada Brasileira em Tegucigalpa e simplesmente prender o presidente deposto Manuel Zelaya é "truculenta e pouco diplomática, mas juridicamente possível", disse ao Estado a professora de direito internacional da Universidade de São Paulo (USP), Maristela Basso.


"Assim como acreditou a missão brasileira, Honduras pode desacreditá-la para, em seguida, invadi-la. Do ponto de vista estritamente jurídico, as condições para isso estão dadas", disse Maristela. Segundo ela, ao abrigar Zelaya, "o Brasil está permitindo que suas instalações sejam usadas como um escritório voltado para a agitação política e a desordem pública. Isso é exceder-se em suas funções e não condiz com as normas internacionais".


Texto Completo


A Convenção de Viena de 1961 determina a imunidade das missões diplomáticas no exterior, mas também proíbe, em seu artigo 43, que estas missões interfiram em assuntos políticos internos do Estado onde elas estão presentes. Por saber disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chanceler brasileiro, Celso Amorim, pediram a Zelaya que se abstivesse de fazer declarações políticas enquanto estivesse na embaixada brasileira, mas, até agora, o apelo não foi atendido.


Formalmente, Zelaya não é um asilado, nem poderia ser considerado refugiado. O governo brasileiro tenta prolongar indefinidamente sua estada na embaixada e, para isso, evita classificá-lo juridicamente. Ontem, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que o presidente deposto é um "hóspede oficial".


Para ser refugiado, Zelaya deveria cruzar alguma fronteira internacional, deixando seu país. Se viesse ao Brasil, seu pedido de refúgio teria de ser analisado por órgãos do Ministério da Justiça. Mas o movimento do presidente deposto foi inverso e ele luta para permanecer em Honduras em vez de sair.


Sua situação assemelha-se a de um "asilado diplomático", que permanece protegido no interior da embaixada sem necessariamente deixar o país. Esta classificação só existe na América Latina e foi inaugurada durante as ditaduras militares dos anos 60 e 70.




Sarney,MST e UNE


Sarney volta a manifestar apoio ao MST




Por ROSA COSTA


Depois de discursar, na semana passada, defendendo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) voltou hoje a manifestar apoio à entidade. Sarney afirmou que os brasileiros precisam fazer uma reflexão sobre os problemas do campo e lamentou que a sociedade não tenha atualizado sua legislação sobre o assunto, ao receber um manifesto assinado por representantes de organizações brasileiras e estrangeiras que defendem o direito à terra.


Quando assumiu a presidência, Sarney justificou o enviou de policiais do Senado ao Maranhão, alegando que membros do MST ameaçavam invadir sua casa na praia do Calhau, em São Luís.


O manifesto foi entregue por parlamentares do PT, PCdoB e PSOL, pelo bispo emérito de Goiás, Dom Tomás Balduíno e pelo novo presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas.


A UNE, que há três meses fez manifestação no Senado pela saída de Sarney, também mudou. O novo presidente da entidade pediu aos fotógrafos que o registrassem abraçado ao presidente do Senado.


terça-feira, 29 de setembro de 2009

RBS, Globo, Folha, Estadão: apologia do caudilhismo comunista

Por Carlos Reis



A Rádio Gaúcha, no Programa Atualidade, saiu mais uma vez em defesa do caudilho-fantoche de Hugo Chávez, Manuel Zelaya e, por via de conseqüência, de Lula e seu ministro porra louca Celso Amorim. O Jornal Nacional, lacaio de longa data do lulismo, repete sem cessar "governo golpista" de Honduras.


É claro que isso não é nenhuma novidade - é um cacoete de papagaio. A imprensa brasileira não passa de um berrante monótono, unicórdio, de uma nota só, de cor vermelha. Como o New York Times, talvez o mais velho jornal comunista em atividade, deve estar correndo atrás dos bailout do Obama. Nos EUA estão pedindo e levando empréstimos milionários para sobreviverem. Enquanto isso nenhum centavo para arte, cultura, enfim, informação verdadeira. Já não conseguem mais se valer sozinhos, dependentes que estão do Estado que, diga-se de passagem, não lhes têm negado ajuda para reerguê-los dos prejuízos causados por suas mentiras. O que o consumidor tem de agüentar se entupindo de mentiras contadas com as caras mais sérias e as vozes mais sedutoras não tem tamanho. Aqui não deve ser diferente.


Homiziado na embaixada brasileira (na verdade, dependência do Foro de São Paulo) o fantoche comunista criou um affair internacional na hora em que Lula, seu criador, se pavoneia na ONU em Nova Iorque diante da clack internacional. Mas a imprensa desinformadora tenta justificar a "legitimidade" da invasão da embaixada brasileira pelo protegido do Foro de São Paulo repetindo o mantra da "unanimidade da comunidade internacional", ou "consenso internacional". A voz uníssona ecoa slogans já distantes das táticas leninistas de criar as situações e depois por a culpa no inimigo.


Mas o pior poderá suceder com o povo de Honduras. A situação estava calma e superada depois da insuflação à violência em Honduras feita há dois meses pelo ex-guerrilheiro sandinista, hoje mandando na OEA, José Miguel Insulza, braço direito de Hugo Chávez. Se houver um banho de sangue a imprensa brasileira, além de Lula, Amorim, Hugo Chávez, têm que ser moralmente responsabilizada. Depois eu vou ver como vai ficar a cara dos apresentadores do JN.


No RS o despreparo intelectual do jornalismo político de Zero Hora, e da Rádio Gaúcha, o que às vezes se confunde com ingenuidade juvenil, não é diferente. Estão vendidos à idéia socialista que ecoam com prazer de organizações criminosas como a ONU e a OEA dos nossos dias. Elas há muito não são instituições sérias e respeitáveis e sim braços e mecanismos do governo mundial. Ontem assistimos ao show do terrorista líbio, do iraniano maluco que quer destruir Israel, e Lula, abraçado nele.


Sabem menos ainda nossos jornalistas sobre o programa do governo mundial que tem no Foro de São Paulo o elo latino-americano para um projeto mundial totalitário. Ou fingem que não sabem? No caso americano tal regime caracteriza o Foro de São Paulo, entidade política criminosa bancada pela cocaína, seqüestro e contrabando de armas que tudo controla, e que elegeu 10 presidentes de repúblicas bananeiras e cocaleras nos últimos 15 anos, todas elas disfarçadas de democracias.


Ademais esses jornalistas nem se poupam do ridículo que é defender qualquer ato de Hugo Chávez, um palhaço da cena internacional. Deixaram os jornalistas de ver Hugo Chávez ao telefone, todo sorridente comemorando o grande feito do Celso Amorim?


Isso é desinformação; não é jornalismo Por que os veículos da RBS jamais mencionam o nome da "besta" foro de São Paulo? Por que o jornal que lidera campanha contra o crack não denuncia o Foro de São Paulo como organização política que controla as FARC, pelas quais chega a cocaína com que é feito o crack?


Será que não recebem também o bailout do Obama, ou a sua contraparte brasileira? Permitam-me inferir.


Mas por que a atração fatal pelo crime, em especial o crime comunista, o crime do bandido invasor, o crime do MST? Por quê?
















Merkel mais à direita


Alemães exigem uma Merkel mais forte ao lado dos liberais de Guido




Quando for a anfitriã das celebrações dos 20 anos da queda do Muro de Berlim, a 9 de Novembro, Angela Merkel já quer ter o seu novo governo a trabalhar. Vencedora das legislativas de dia 27, a chanceler viu os alemães darem-lhe um novo mandato e até conseguiu trocar os sociais-democratas do SPD de Frank-Walter Steinmeier pelos liberais do FDP de Guido Westerwelle como parceiros de coligação. Mas o resultados histórico conseguido por este partido revela que os eleitores exigem não só uma viragem à direita como uma chanceler mais forte, depois de quatro anos de compromissos numa 'grande coligação'.


Juntos, a CDU/CSU de Merkel e o FDP conseguiram 332 dos 622 deputados do próximo Parlamento. Mas um resultado que reforça a liderança da chanceler cristã-democrata, mas que a deixa dependente do novo parceiro de coligação. De facto, com 14,6% dos votos, os liberais conseguiram o seu melhor resultado de sempre, que lhes permitiu regressar ao Governo depois de 11 anos de afastamento. Os dois partidos governaram juntos entre 1982 e 1998, com Helmut Kohl como chanceler.


Se, como tudo indica, se mantiver a tradição, Guido Westerwelle deverá dirigir o ministério dos Negócios Estrangeiros, actualmente nas mãos de Frank-Walter Stein- meier, o líder do SPD e grande derrotado destas eleições. Aos 47 anos, o líder do FDP, advogado e homossexual assumido, não tem qualquer experiência de política externa.


Na sua primeira conferência depois da euforia da vitória, Merkel fez questão de definir os limites da influência do FDP no novo governo, ao sublinhar que quer ser "a chanceler de todos os alemães" e garantir que a CDU "continua ao centro".


As garantias de Merkel não convencem os media alemães que ontem exibiam títulos como o "Chanceler pela graça de Guido" da revista Der Spiegel. No seu site, esta afirmava ontem que a coligação preta-amarela (cores da CDU/CSU e do FDP) vai obrigar Merkel a ser mais agressiva. Sem o SPD na equipa, a chanceler já não terá desculpas para não fazer as reformas que considera necessárias em termos económicos.


Mas esta Merkel que surge enfraquecida a nível pessoal, apesar de ver o mandato reforçado tem pela frente um duplo desafio. Por um lado, a contestação à sua liderança dentro da CDU não deverá tardar. Por outro, tem de lidar com um FDP que surge como o elo mais forte da coligação de poder.


As primeiras tensões podem surgir já na questão dos impostos, que os liberais, próximos do sector empresarial, querem baixar, mesmo que isso agrave o já gigantesco défice alemão (em 2010 deverá chegar aos 90 mil milhões de euros). A reforma do sistema de saúde, proposta pela CDU e contra a qual Westerwelle já se pronunciou várias vezes deverá ser outro desafio ao entendimento dentro da nova equipa de Merkel.




Serra critica a conduta do Itamaraty


Serra vê ''trapalhada''; Sarney critica uso político da missão




Por Silvia Amorim


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), classificou ontem como "trapalhada" a conduta do Itamaraty no caso do abrigo ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelayaa Zelaya. "Acho que o Itamaraty meteu-se numa trapalhada que não será fácil desfazer", disse Serra.


O governador afirmou que não está "acompanhando em minúcias" o caso, mas espera que o País encontre uma saída bem sucedida. Serra lembrou que teve de recorrer à ajuda de embaixadas no Brasil e no Chile para proteger-se do regime militar nas duas vezes em que foi exilado. "Gastei na minha vida uns nove meses retido em embaixadas para sair do país. O que tem lá (em Honduras) não é asilo", avaliou.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Manuel Zelaya é um Irresponsável

Volta de Zelaya foi irresponsável, diz norte-americano na OEA



Com AFP


A volta clandestina do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, a seu país foi irresponsável, declarou nesta segunda-feira o representante norte-americano ante a OEA (Organização dos Estados Americanos), Lewis Amselem.


"O retorno do presidente Zelaya a Honduras foi irresponsável e não serve nem aos interesses de seu povo nem aos das pessoas que buscam o restabelecimento pacífico da ordem democrática em Honduras", afirmou Amselem ante o Conselho Permanente da OEA, reunido em sessão extraordinária.


Sem dar mais detalhes, o diplomata disse ainda que "as pessoas que facilitaram o retorno do presidente Zelaya tem uma especial responsabilidade em prevenir a violência e o bem-estar do povo hondurenho".






Mais poderes ao ditador norte-coreano


Constituição norte-coreana outorga mais poder a Kim Jong-il




Da EFE


A Constituição da Coreia do Norte, revisada no mês de abril, define o líder norte-coreano Kim Jong-il, como "líder supremo" e reforça seu poder e autoridade no país comunista, informou hoje a agência sul-coreana "Yonhap".


O artigo 100 da Constituição do país comunista estipula que "o chefe da Comissão Nacional de Defesa (CND) é o líder supremo da República Popular Democrática da Coreia".


Kim, presidente dessa Comissão, é o homem mais poderoso da Coreia do Norte, embora esta seja a primeira vez que a Constituição norte-coreana assim o estipule, segundo a "Yonhap".


Além disso, a nova Constituição determina que o chefe da CND é a autoridade para ratificar e anular os tratados assinados com os países estrangeiros, além de para supervisionar os assuntos nacionais e militares norte-coreanos.


A nova Constituição outorga mais peso à ideologia Songun, que prioriza os assuntos militares, e dá apoio a Kim para promover o socialismo, evitando o termo comunismo postulado por seu pai, Kim Il-sung, fundador do regime da Coreia do Norte.


Segundo uma fonte não identificada citada pelos meios de imprensa sul-coreanos, Kim Jong-il manifestou recentemente seu interesse por trabalhar para reforçar o socialismo, enquanto definiu o comunismo como um sistema difícil de ser posto em prática.


REVÉS DIPLOMÁTICO

Por Márcio Coimbra



DiegoCasagrande.com.br





Nossa diplomacia, outrora admirada e eficaz, e desde a ascensão deLula ao Planalto, administrada sob um viés excusivamente ideológico,levou nosso país a um lamentável posicionamento na eleição à Direção-Geral da Unesco. O resultado não poderia ser pior. Derrotado e isolado, como em outras instâncias internacionais, pouco a pouco nos parecemos mais com aqueles com os quais temos nos alinhado.



Infelizmente o caso Unesco não é uma exceção, mas a regra. Assim como em outros episódios, o Itamaraty preteriu brasileiros para se alinhar com aqueles governados por regimes de exceção ou pseudo-democracias.



No caso Unesco, preferiu apoiar o candidato egípcio, Farouk Hosni,sabe-se lá com que pretexto, que defendeu nada menos que a queima de livros de Israel das bibliotecas do Egito. Ele concorria, vale lembrar, à Direção-Geral da agência da ONU para Educação e Cultura.



Felizmente Farouk Hosni foi derrotado e infelizmente, por apoiá-lo, oBrasil sai com uma péssima imagem desta eleição, pior do que aquela que possuía. Uma derrota para a postura ideológica reinante no Itamaraty, mas sobretudo com reflexos amplamente negativos para afigura do País no exterior.



Para o mundo, a eleição da embaixadora da Bulgária na França, IrinaBokova, ao invés de Farouk Hosni, é um alívio, já que EUA e Japão,cortariam verbas da Unesco caso ele fosse eleito, como lembrou o brasileiro Márcio Barbosa, vice-diretor-geral da entidade, que emendou: "O Brasil se sai muito mal porque se alia a países que praticam uma política que não imaginamos como uma democracia".


domingo, 27 de setembro de 2009

Prazo de dez dias


Governo de Micheletti dá prazo ao Brasil para que defina status de Zelaya




Na noite deste sábado (26), o governo interino de Roberto Micheletti deu um prazo de dez dias ao Brasil para que defina o status do presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, que desde a segunda-feira passada está refugiado na Embaixada do país em Tegucigalpa.


O governo Micheletti exigiu ainda que o Brasil se assegure de que sua Embaixada não será usada por Zelaya "para pregar a violência", em alusão ao pedido do presidente deposto que pediu à população hondurenha que pratique "atos de desobediência civil" contra o regime interino.


Em comunicado o governo pede que o Brasil "tome medidas imediatas que assegurem que Zelaya deixe de utilizar a proteção da missão diplomática brasileira para instigar a violência em Honduras".


O texto diz ainda que o regime interino tem mostrado uma paciência "infinita" e reagido "moderadamente à violência nutrida" dentro da Embaixada, mas assegura que respeitará o espaço conforme indicado pelas leis internacionais, desde que o prazo de dez dias seja respeitado. "Do contrário, tomaremos medidas adicionais previstas no Direito Internacional."



FORA ZELAYA !

PARTE 1

PARTE 2

sábado, 26 de setembro de 2009

O Dinheiro é a razão de todo mal?


Tradução de Luiz Mario Brotherhood




Então você acha que o dinheiro é a raiz de todo o mal? Você já se perguntou qual é a raiz de todo mal? O dinheiro é uma ferramenta de troca, que não pode existir a não ser que haja bens produzidos e homens capazes de produzi-los. O dinheiro é a materialização do princípio de que os homens que queiram lidar com os outros devem se relacionar através da troca e trocar valor por valor. O dinheiro não é a ferramenta de vadios, que exigem seu produto através de lágrimas, ou dos ladrões, que o tiram de você através da força. O dinheiro só é tornado possível pelos homens que produzem. É isso o que você considera mal?

Quando você aceita dinheiro como pagamento pelo seu esforço, você só o faz com a convicção de que irá trocá-lo pelo produto do esforço de outros. Não são os vadios ou os ladrões que dão valor ao dinheiro. Nem um oceano de lágrimas, nem todas as armas do mundo podem transformar esses pedaços de papel na sua carteira no pão que você precisará para sobreviver amanhã. Esses pedaços de papel, que deveriam ser ouro, são um certificado de honra – seu meio para obter a energia dos homens que produzem. Sua carteira é a sua demonstração da esperança de que, em algum lugar do mundo à sua volta, há homens que não serão infiéis àquele princípio moral que é a fonte do dinheiro. É isso o que você considera mal?


Você alguma vez já pensou sobre a fonte da produção? Dê uma olhada em um gerador e ouse dizer a você mesmo que ele foi criado pelo esforço muscular de homens brutos que não pensam. Tente cultivar uma semente de trigo sem o conhecimento deixado para você pelos homens que o descobriram pela primeira vez. Tente obter sua comida somente através de movimentos físicos – e você irá aprender que a mente humana é a fonte de todos os bens produzidos e de toda a riqueza que já existiu na terra.


Mas você fala que o dinheiro é feito pelos fortes, à custa dos fracos? A que força você se refere? Não é à força de armas ou músculos. Riqueza é o produto da capacidade humana de pensar. Então o dinheiro é feito pelo homem que inventou o motor, à custa daqueles que não o inventaram? O dinheiro é feito pelos inteligentes, à custa dos tolos? Pelos hábeis, à custa dos incompetentes? Pelos ambiciosos, à custa dos preguiçosos? O dinheiro é FEITO – antes que ele possa ser roubado – feito pelo esforço de cada homem honesto, à medida de sua habilidade. Um homem honesto é aquele que sabe que não pode consumir mais do que produziu.


Trocar por meio do dinheiro é o código dos homens de boa vontade. O dinheiro se apóia no axioma de que todo homem é o dono de sua mente e esforço. O dinheiro não permite o poder de determinar o valor de seu esforço, exceto pela decisão voluntária do homem que está querendo dar seu esforço em troca do seu. O dinheiro permite que você obtenha pelos seus bens e seu trabalho aquilo que eles valem para os homens que os compram, não mais que isso. O dinheiro só permite o acordo que promove benefício mútuo, através do julgamento livre dos negociadores. O dinheiro exige que você reconheça que os homens devem trabalhar para seu próprio benefício, não para sua deterioração, pelo seu ganho, não pela sua perda – o reconhecimento de que eles não são bichos de carga, nascidos para carregar o peso da miséria – que você deve oferecer valores a eles, não agressão – que o laço comum entre os homens não é a troca de sofrimento, mas de BENS. O dinheiro exige que você venda, não sua fraqueza à estupidez humana, mas seu talento à sua razão; ele exige que você compre, não o bem mais fajuto que ofereçam, mas o melhor que o seu dinheiro pode achar. E quando os homens vivem pela troca – com a razão, não a força, como seu árbitro final – é o melhor produto que vence, a melhor performance, os homens de melhor juízo e melhor habilidade – e o nível da produtividade humana é o nível de sua recompensa. Esse é o código da existência daqueles cuja ferramenta e símbolo é o dinheiro. É isso o que você considera mal?


Mas o dinheiro só é uma ferramenta. Ele irá levá-lo aonde você quiser, mas não vai substituí-lo na atribuição de guiador. Ele lhe fornecerá o meio para satisfazer seus desejos, mas não irá prover a você os seus desejos. O dinheiro é o flagelo dos homens que tentam reverter a lei da causalidade – os homens que tentam substituir a mente tomando os produtos da mente.


O dinheiro não irá comprar felicidade para o homem que não tem idéia do que quer; o dinheiro não dará um código de valores a ele, se ele fugiu do pensamento do que valorizar, e ele não proverá um propósito a ele, se ele fugiu da escolha do que procurar. O dinheiro não irá comprar inteligência para o tolo, ou admiração para o covarde, ou respeito para o incompetente. O homem que tenta comprar o cérebro de seus superiores para servi-lo, com seu dinheiro substituindo seu juízo, acaba se tornando uma vítima dos seus inferiores. Os homens de inteligência o deixam, mas os trapaceiros e vigaristas aglomeram-se ao seu redor, atraídos por uma lei que ele não descobriu: que nenhum homem pode ser menor que o seu dinheiro. É por essa razão que você o chama de mal?


Somente o homem que não a precisa é apto a herdar riqueza – o homem que faria sua fortuna, não importando onde começasse. Se um herdeiro é igual ao seu dinheiro, este último serve a ele; se não, o destrói. Mas vocês o observam e alegam que o dinheiro o corrompeu. Será? Ou ele corrompeu o seu dinheiro? Não invejem um herdeiro inútil; a riqueza dele não é de vocês, e vocês não fariam melhor que ele. Não achem que ela deveria ter sido distribuída entre vocês; enchendo o mundo com cinquenta parasitas, em vez de um, não irá trazer de volta a virtude morta que era a fortuna. O dinheiro é um poder vivo que morre sem sua fonte. O dinheiro não irá servir à mente que não pode corresponder a ele. É por essa razão que vocês o chamam de mal?


O dinheiro é o seu meio de sobrevivência. O veredicto que você declara sobre a fonte de sua sobrevivência é o veredicto que você declara sobre a sua vida. Se a fonte é corrupta, você amaldiçoou sua própria existência. Você conseguiu seu dinheiro através de fraude? Aproveitando-se dos vícios e da estupidez humana? Atendendo a tolos, na esperança de conseguir mais do que sua habilidade merece? Reduzindo seus padrões? Fazendo um trabalho que você despreza para fregueses que você desdenha? Então seu dinheiro não lhe dará um momento ou um centavo de felicidade. Então todas as coisas que você compra irão se tornar, não uma dádiva a você, mas uma censura; não uma realização, mas uma lembrança de vexame. Então você gritará que o dinheiro é mal. Mal, porque ele não iria provê-lo com respeito próprio? Mal, porque ele não iria deixar você aproveitar sua depravação? É essa a fonte de seu ódio pelo dinheiro?


O dinheiro vai sempre permanecer como o efeito, e se recusará a substituir você como a causa. O dinheiro é o produto da virtude, mas ele não lhe dará virtude e não irá redimir seus defeitos. O dinheiro não lhe dará o não merecido, nem em matéria nem em espírito. É essa a fonte de seu ódio pelo dinheiro?


Ou você disse que é o AMOR pelo dinheiro que é a raiz de todo o mal? Amar uma coisa é conhecer e amar sua natureza. Amar o dinheiro é conhecer e amar o fato de que o dinheiro é a criação do melhor poder dentro de você, e sua chave mestra para trocar seu esforço pelo esforço dos melhores entre os homens. É a pessoa que venderia sua alma por um centavo que é a mais barulhenta em proclamar seu ódio pelo dinheiro – e ele tem boas razões para odiá-lo. Os amantes do dinheiro desejam trabalhar por ele. Eles sabem que eles são capazes de merecê-lo.


Deixe-me dar uma dica a você sobre uma pista acerca do caráter do homem: o homem que abomina o dinheiro o obteve de forma desonrosa; o homem que o respeita o mereceu.


Corra de qualquer homem que disser a você que o dinheiro é mal. Essa sentença, como o sino de um leproso, é sinal de um usurpador se aproximando. Enquanto os homens viverem juntos na terra e precisarem de meios para lidar com os outros – seu único substituto, se abandonarem o dinheiro, é a ponta de uma arma.


Mas o dinheiro exige de você as mais elevadas virtudes, se você deseja o fazer ou guardá-lo. Homens que não têm coragem, orgulho, ou auto estima, homens que não têm senso moral do seu direito ao seu dinheiro e não estão dispostos a defendê-lo assim como defendem suas vidas, homens que lamentam por serem ricos – não permanecerão ricos por muito tempo. Eles são as iscas naturais da multidão de usurpadores que ficam atrás das pedras por séculos, mas que vem se arrastando com o primeiro cheiro de um homem que suplica ser perdoado pela culpa de ser dono de riqueza. Eles se apressarão para aliviá-lo da sua culpa – e da sua vida, se ele precisar.


Então você verá o surgimento do padrão duplo – os homens que vivem pela força, mas que contam com aqueles que vivem da troca para criar o valor de seu dinheiro roubado – os homens que pegam carona com a virtude. Em uma sociedade moral, esses são os criminosos, e os estatutos são escritos para proteger você deles. Mas quando uma sociedade estabelece criminosos por direito e usurpadores por lei – homens que usam força para tomar a riqueza de vítimas DESARMADAS – então o dinheiro se transforma no vingador de seu criador. Esses usurpadores acreditam ser seguro roubar homens sem defesa, uma vez que eles aprovaram uma lei para desarmá-los. Mas seu roubo se transforma em um ímã para os outros usurpadores, que o tomam assim que eles conseguiram. Então a corrida continua, não àquele mais hábil na produção, mas ao mais cruel na brutalidade. Quando força é o padrão, o ladrão ganha do batedor de carteira. E então a sociedade desaparece, coberta de ruínas e massacre.


Vocês desejam saber se esse dia está chegando? Observem o dinheiro. O dinheiro é o barômetro da virtude de uma sociedade. Quando você vê que a troca é realizada, não por consenso, mas por compulsão – quando você vê que, para produzir, você precisa obter permissão de homens que não produzem nada – quando você vê que o dinheiro está fluindo daqueles que negociam, não em bens, mas em favores – quando você vê que homens ficam ricos por suborno e por influência, ao lugar de trabalho, e suas leis não te protegem deles, mas o protegem de você – quando você ver a corrupção ser recompensada e a honestidade se transformando em auto sacrifício – saiba que sua sociedade está condenada. O dinheiro é um intermediário tão nobre que ele não compete com armas e não faz acordos com a brutalidade. Ele não permite a um país sobreviver como meia propriedade, meio roubo.


Toda vez que destruidores aparecem entre homens, eles começam destruindo o dinheiro, porque o dinheiro é a proteção do homem e a base moral da existência. Destruidores tomam ouro e deixam aos seus donos uma pilha falsificada de papéis. Isso destrói todos os padrões objetivos e entrega os homens ao poder arbitrário de um determinador arbitrário de valores. O ouro era um valor objetivo, um equivalente da riqueza produzida. O papel é uma hipoteca na riqueza que não existe, apoiado por uma arma apontada para aqueles nos quais se espera produzi-la. O papel é um cheque usado por usurpadores legais sob uma conta que não é deles: sob a virtude das vítimas. Aguarde pelo dia em que será marcado: “Conta endividada”.


Quando você torna mal os meios de sobrevivência, não espere que os homens permaneçam bons. Não espere que eles permaneçam morais e percam suas vidas para o propósito de se tornar o alimento dos imorais. Não espere que eles produzam, quando produção é punida e o roubo é recompensado. Não pergunte “Quem está destruindo o mundo?”. Você está.


Você está no meio da maior realização da civilização mais produtiva e você se pergunta por que ela está desmoronando ao seu redor, enquanto você condena seu sangue vital – o dinheiro. Vocês olham para o dinheiro assim como os selvagens o faziam antes, e você se pergunta por que a selva está voltando a tomar conta das suas cidades. Durante a história humana, o dinheiro sempre foi tomado pelos ladrões de um grupo ou outro, mas cujo método permaneceu o mesmo: tomar a riqueza pela força e manter os produtores amarrados, humilhados, difamados, desprovido de honra. Aquela frase sobre o mal do dinheiro, que vocês exprimem com tanta negligência, vem de um tempo quando a riqueza era produzida pelo trabalho de escravos – escravos que repetiram as ações uma vez descobertas pela mente de alguém e deixadas sem melhoramentos por séculos. Enquanto que a produção era governada pela força, e riqueza era obtida pela conquista, havia pouco a ser conquistado. Mesmo assim, durante todos os séculos de estagnação e fome, os homens exaltavam os usurpadores, como os nobres da espada, como os nobres de nascimento, como os nobres do bureau, e desprezavam os produtores, como escravos, como comerciantes, como lojistas – como industrialistas.


Para a glória da humanidade, houve, pela primeira e única vez na história, um PAÍS DO DINHEIRO – e eu não tenho mais elevado, mais reverente tributo a fazer à América, pois isso significa: um país da razão, justiça, liberdade, produção, realização. Pela primeira vez, a mente humana e o dinheiro foram libertados, e não havia fortunas pela conquista, mas somente fortunas pelo trabalho, e em vez de guerreiros e escravos, apareceram os verdadeiros criadores de riqueza, o maior trabalhador, o mais elevado tipo de ser humano – os homens feitos por si – o industrialista Americano.


Se você me pedisse para indicar a maior distinção dos Americanos, eu escolheria – porque essa contém todas as outras – o fato de que eles foram as pessoas que criaram o termo “FAZER dinheiro”. Nenhuma outra língua ou nação alguma vez tinha usado essas palavras antes; os homens sempre pensavam na riqueza como uma quantidade estática – a ser tomada, implorada, herdada, compartilhada, roubada, ou obtida como um favor. Os Americanos foram os primeiros a entender que a riqueza tem que ser criada. As palavras “fazer dinheiro” contém a essência da moralidade humana.


Ainda assim, essas foram as palavras pelas quais os Americanos foram denunciados pelas culturas apodrecidas dos continentes dos usurpadores. Agora o credo dos usurpadores induziram vocês a considerar sua maior realização como um marco de vergonha, sua prosperidade como culpa, seus melhores homens, os industrialistas, como vilões, e suas maravilhosas fábricas como o produto e propriedade do trabalho muscular, o trabalho de escravos movidos a chicotadas, como as pirâmides do Egito. O canalha que afirma que não vê diferença entre o poder do dólar e o poder do chicote, deve aprender a diferença no seu próprio esconderijo – e, eu acho, ele irá.


Até e a não ser que vocês descubram que o dinheiro é a raiz de todo o bem, vocês pedem pela sua própria destruição. Quando o dinheiro deixa de ser o meio pelo qual os homens lidam entre si, então os homens se tornam a ferramenta dos homens. Sangue, chicotes e armas – ou dólares. Façam suas escolhas – não há outras – e seu tempo está acabando.




Lula é responsável pela escalada de violência em Honduras

UnoAmérica pede para frear ações de Lula em Honduras



A União de Organizações Democráticas da América – UnoAmérica -, que realiza um congresso nesta cidade, faz um chamado urgente aos setores democráticos do continente – particularmente aos brasileiros – a pôr um freio nas ações que o presidente Lula leva a cabo em Honduras, as quais poderiam gerar uma escalada de violência nessa nação centro-americana.


UnoAmérica responsabiliza Lula pela desestabilização que se poderia desatar na América Central, posto que introduzir sub-repticiamente o ex-presidente Zelaya na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa tem uma só finalidade: provocar um banho de sangue que sirva de justificativa para uma invasão militar em Honduras, e para repor Zelaya com o uso da força.


É evidente que a crise provocada pela sucessão presidencial em Honduras estava a ponto de se solucionar, posto que as eleições estão fixadas para dentro de apenas dois meses, após as quais Micheletti entregaria o comando e um novo presidente assumiria.


O regresso clandestino de Zelaya – apadrinhado por Lula – jogou pela borda um possível acordo em San José e acendeu de novo os ânimos, sobretudo porque o próprio Zelaya está fazendo chamados à violência através dos telefones da Embaixada do Brasil.


UnoAmérica solicita às instituições brasileiras – como o Parlamento, a Corte Suprema de Justiça, os partidos políticos, os grêmios, as academias, as igrejas e as forças vivas do país – que emitam uma severa condenação contra Lula, por suas irresponsáveis ações intervencionistas e o obriguem a desativar seu plano de violência em Honduras.


Do mesmo modo, UnoAmérica pede aos governos democráticos da América Latina – entre eles os da Colômbia, México e Peru – que se pronunciem publicamente contra a ingerência indevida de Lula em Honduras.


Finalmente, UnoAmérica faz um chamado aos setores mais conscientes dos Estados Unidos para que pressionem o presidente Obama, a fim de que retire seu respaldo ao plano desestabilizador de Lula. Uma escalada de violência na América Central significaria um grave retrocesso e uma séria ameaça à segurança hemisférica.


Em vez de apoiar o plano violento de Lula contra um país aliado dos Estados Unidos, como é Honduras, o governo norte-americano deveria enfocar seus esforços em combater seus verdadeiros inimigos: o narcotráfico, o terrorismo e o fundamentalismo islâmico.


Chávez e Ahmadinejad devem estar felizes ao ver que os Estados Unidos cometem um erro estratégico de tão grandes proporções.


Tradução: Graça Salgueiro




sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Honduras: Lula a serviço do "eixo do mal"

Por Armando Valladares



O Palácio do Itamarary, a chancelaria do "moderado" presidente do Brasil, Sr. Lula da Silva, ao autorizar o ingresso em sua embaixada em Tegucigalpa do deposto presidente pró-chavista Zelaya como "hóspede" e não como "exilado", se evolveu nos assuntos internos de Honduras da maneira mais brutal e menos diplomática possível. Contribuiu dessa maneira para criar em Honduras um inédito "governo paralelo" pró-chavista, sob o amparo da extra-territorialidade.


Tal como advertem analistas brasileiros, a diplomacia do Itamaraty, outrora reconhecida por sua habilidade, tato e inteligência, acaba de empurrar Lula, talvez inadvertidamente, para o olho de um imprevisível furacão que pode afetar o perfil de "moderação", "conciliação", "diálogo" e "espírito democrático" que esteve esgrimindo nos últimos anos. E, sobretudo, o torna responsável direto, diante de Deus e da História, pelo que possa acontecer em Honduras.


De fato, intervindo dessa maneira nos assuntos internos de Honduras, a diplomacia do Itamaraty passa a assumir a culpa direta pelas conseqüências de sua decisão de usar sua embaixada para hospedar o presidente deposto e criar um "governo paralelo"; responsável, inclusive, por atos de violência e até de sangue que possam ocorrer.


O deposto presidente Zelaya dedicou-se a usar o recinto diplomático para discursar para seus seguidores, contribuindo para criar no país uma situação explosiva. O próprio presidente brasileiro, talvez percebendo de que maneira foi colocado no olho de um furacão por sua própria chancelaria, pediu a Zelaya, desde New York, onde assistiu à inauguração da Assembléia Geral da ONU, que moderasse sua linguagem. E também exigiu o respeito da extra-territorialidade de sua sede diplomática em Honduras, no mesmo momento em que o Itamaraty viola dessa maneira normas internacionais elementares.


Com maior ênfase ainda que a colocada para insistir sobre o levantamento do "embargo" ao regime comunista de Cuba, a chancelaria brasileira monta um historicamente inédito "embargo" contra o povo hondurenho que não deseja cair no abismo chavista. No momento em que escrevo estas linhas, o presidente Lula propôs uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, para tratar de uma delicada situação que sua própria diplomacia, tão pouco diplomaticamente, contribuiu decisivamente para criar. Falta somente que a representante do Brasil na ONU peça uma intervenção militar em Honduras.


Como advertiu desde as páginas do influente O Estado de São Paulo, o analista político brasileiro Roberto Lameirinhas, a volta de Zelaya, rodeado de um "show midiático", na realidade vai "ampliar a fratura social hondurenha" e os que apostaram no retorno do deposto presidente "parecem apostar em uma popularidade que na realidade ele não tem", assim como em uma suposta "disposição revolucionária" da população hondurenha que não existe.


Sem dúvida, a conta de perdas humanas, sociais e econômicas está sendo paga pelo povo hondurenho, sujeito a uma incompreensão internacional talvez inédita na História. Porém, a conta política, perante Deus e a História, no caso em que Honduras seja brutalmente arrastada ao abismo chavista, será o próprio governo brasileiro, seu atual presidente e sua diplomacia os que terão que pagá-la em boa medida.


Se hoje, na América do Norte, o kerenskismo favorecedor das esquerdas está representado pelo presidente Obama, tal como mostrei em recente artigo publicado por El Heraldo de Honduras, na América do Sul o kerenskismo talvez esteja encarnado prototipicamente no presidente Lula, do Brasil, a quem Obama, durante a Cúpula das Américas, qualificou como "o cara".


Se Cuba comunista sobrevive até hoje, em boa medida isso se deve, talvez ainda mais que o apoio de Chávez, ao colossal sustento político, diplomático e econômico do kerenskismo lulista.


Se Chávez chegou até onde chegou, é porque em boa medida o kerenskismo lulista, sempre alegando moderação, espírito de diálogo e necessidade de contemporização, lhe deu sua anuência e o apoiou publicamente nos momentos de mais dificuldade interna, contribuindo para desmoralizar a oposição venezuelana.


Se os governos populistas-indigenistas da Bolívia e Equador estão efetuando os atuais atos de vandalismo, contribuindo para a auto-demolição social, política e moral de ambos os países, isso também se deve ao kerenskismo lulista que lhes proporcionou um respaldo decisivo em matéria política e econômica.


Se as pressões internacionais contra Honduras chegaram ao ponto a que chegaram, isso se deve às articulações do neo-imperialismo kerenskiano lulista que, por trás dos bastidores, e até na frente deles, sem o menor pudor, dedicou-se a pressionar o governo norte-americano para asfixiar essa pequena grande nação que os partidários da liberdade no mundo inteiro qualificam justamente como um pequeno grande Davi do século XXI.


O "moderado" presidente brasileiro integra junto com o presidente Obama um "eixo da moderação" que objetivamente, e independentemente das intenções de seus protagonistas, está a serviço do "eixo do mal" chavista e permite, com seu espírito concessivo, que o "eixo do mal" avance.


Há quase 7 anos, em 8 de outubro de 2002, no conhecido programa televisivo do jornalista Boris Casoy, o então candidato presidencial Lula da Silva me chamou de "picareta de Miami", porque eu havia contribuído a denunciar em uma série de artigos, de uma maneira documentada e invariavelmente respeitosa, o vergonhoso apoio de Lula a Cuba comunista e sua política em favor do "eixo do mal" latino-americano. Na ocasião, na falta de argumentos, Lula respondeu com uma brusca mudança de tom.


A política externa do Itamaraty, durante os dois períodos do presidente Lula à frente do governo do Brasil, foi confirmando essas apreensões. Hoje, com a precipitação da aventura hondurenha, a diplomacia brasileira não fez senão confirmar essas apreensões.


É hora de proclamar as verdades que doem aos Golias contemporâneos, em voz alta, claramente, argumentando e dando provas irrefutáveis, tudo isso feito de uma maneira invariavelmente educada e respeitosa. Usei palavras sem dúvida alguma fortes, porém penso que elas são proporcionais à gravidade da situação, e foram sempre respeitosas.


Em declarações recentes ao Washington Post, o embaixador Jeffrey Davidow, alto assessor do presidente Obama, reconheceu que na América Latina de hoje um perigo maior que o militarismo é o populismo do tipo chavista. O embaixador Davidow disse uma meia-verdade. De fato, sob vários pontos de vista o maior perigo é o "kerenskismo", que prepara o caminho para o populismo, o indigenismo e outros "ismos" pós-modernos que estão tomando o lugar do comunismo clássico.


A heróica resistência do povo hondurenho negando-se a pôr o "uniforme" zalaysta-chavista, apesar das brutais pressões de dirigentes internacionais, me lembra a epopéia de um punhado de presos-políticos cubanos que, em que pese os brutais golpes e torturas, negou-se durante anos a se vestir com o "uniforme" de presos comuns. O tirano Castro não pôde dobrá-los e passaram para a História como os "presos resistentes".


Que a Divina Providência proteja Honduras "resistente", que se recusa a pôr o "uniforme" chavista e continue lhe dando forças e inspiração para resistir, da mesma maneira como Davi resistiu e se defendeu contra Golias.


Tradução: Graça Salgueiro


Eleição presidencial já começou


Em SP, Serra e Dilma protagonizam duelo de números sobre habitação




Prováveis candidatos à Presidência da República no próximo ano, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), usaram ontem o palanque em um evento do setor imobiliário na capital paulista para mostrar o poder de fogo de cada um em uma área de forte apelo popular, a habitacional. Numa prévia do que pode ser a campanha de 2010, eles expuseram um cardápio de realizações e promessas.


A ministra propôs como meta zerar o déficit habitacional de 8 milhões de moradias em 15 anos. "Eu acho 15 anos uma meta factível. Vamos atingir com tranquilidade, porque tenho certeza de que este país vai crescer."


Serra prometeu entregar até o fim de sua gestão 100 mil unidades habitacionais e ainda lembrou que foi um dos criadores da estatal paulista Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). "Até há pouco a CDHU talvez fosse a única do Brasil, pelo volume e pela ênfase, a atender a faixa da população de 0 a 3 salários mínimos", disse, na abertura de tradicional feira de imóveis na zona norte da capital.


De uma vez por todas: Não houve Golpe

Deposição de Zelaya se baseia na Constituição



Desde o dia da deposição de Zelaya, o governo que assumiu o poder em Honduras tem dito que a ação foi baseada na Constituição do país, que proíbe qualquer tentativa de reeleição pelo presidente. Em Buenos Aires, o correspondente Carlos de Lannoy ouviu cientistas políticos sobre essa questão.


A crise política em Honduras começou quando o presidente Manuel Zelaya tentou fazer uma consulta popular para permitir a convocação de uma Assembléia Constituinte. Por duas vezes, a Justiça considerou ilegal essa consulta.


Opositores de Zelaya dizem que ele queria mudar a Constituição do país para tentar se reeleger. Isso porque a Constituição hondurenha estabelece que o período presidencial é de quatro anos, sem direito à reeleição. O artigo 239 prevê que qualquer governante que faça uma proposta de reformar a Constituição para tentar se reeleger deve perder o mandato de forma imediata e se ficar inelegível por 10 anos.


Mas a Constituição não diz como essas punições devem ser aplicadas, nem tampouco que o proponente deve ser expulso do país, de pijamas, como ocorreu com Zelaya. Um outro artigo, o 42, afirma ainda que quem promover a reeleição do presidente perde a cidadania hondurenha.


No dia 28 de junho, depois que as Forças Armadas levaram Manuel Zelaya para a Costa Rica, o Congresso de Honduras leu uma suposta carta de renúncia de Zelaya e deu posse ao então presidente da Câmara, Roberto Micheletti. E a Corte Suprema hondurenha declarou que os militares tinham agido por decisão da Justiça.


Já Zelaya nega que tenha escrito uma carta de renúncia. O analista político Rosedo fraga, que mora em Buenos Aires, afirma que, pela Constituição Hondurenha, se o presidente tenta a reeleição, ele já está cometendo um delito. E que a prisão de Zelaya foi uma decisão da Suprema Corte, que tem o papel de interpretar o que diz a Constituição.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Manifesto de brasileiros em Honduras




Nós, brasileiros (as) que formamos com os nossos familiares residentes a colônia brasileira de San Pedro Sula, Honduras, à comunidade nacional e internacional, fazemos saber:


1) Que lamentamos e nos envergonhamos profundamente pela atitude do nosso ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, ao permitir a presença do Sr. Manuel Zelaya, na sede da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.


2) Que rejeitamos enfaticamente todas as ações unilaterais do Itamarati que marcaram um retrocesso nas relações diplomáticas entre o Brasil e o digno povo e atual governo de Honduras.


3) Protestamos veementemente por todas as ações não diplomáticas que estão causando, não só que o Brasil seja impedido de cumprir a sua liderança para a resolução pacífica do conflito interno em Honduras, mas também coloca em risco a representação diplomática direta, a nós brasileiros residentes em Honduras, aos funcionários da embaixada, aos vizinhos da embaixada e aos cidadãos de outros países que realizam procedimentos comuns na nossa embaixada, porque eles armaram um escudo humano em torno da figura do Sr. Zelaya, que infelizmente foi "hospedado” pelo Itamarati em nossa Embaixada em Tegucigalpa.


4) Que repudiamos veementemente o apoio do governo brasileiro à agenda de Chávez contra este pais humilde, que nos abriu as suas portas para fazer bons negócios em um clima que até ontem era de paz, onde vemos os nossos filhos crescer com dignidade e em fraterna convivência com os hondurenhos.


5) Que fazemos diretamente responsável ao governo brasileiro pelas eventuais consequências negativas, pelas represálias ou ataques em nossas vidas, empresas, residências e propriedades que possam acontecer como resultado desse abuso de poder sem precedentes na política externa do Brasil.


6) Exigimos que tomem medidas corretivas o mais breve possível para o Sr. Zelaya não continuar usando nossa embaixada para atos de sedição e chamando à insurgência.


7) Que finalmente pedimos ao governo do Brasil que respeite e se apegue aos mais elementares princípios da neutralidade, não injerência e de cooperação para a resolução de conflitos internos desta nobre Honduras, nação que só quer se desenvolver em Paz, Ordem e Progresso.





Povo hondurenho contra Zelaya

Partidários Micheletti farão protesto contra Zelaya



France Presse


Os partidários do regime de fato de Honduras realizarão nesta quinta-feira uma manifestação contra o presidente deposto Manuel Zelaya, que continua refugiado na embaixada brasileira em Tegucigalpa.


Enquanto isso, os hondurenhos tentavam retomar suas atividades cotidianas depois da suspensão do toque de recolher que vigorava desde segunda-feira, quando Zelaya voltou de forma inesperada ao país e se refugiu na representação brasileira.


As autoridades do governo de facto de Honduras autorizaram na manhã desta quinta-feira a reabertura dos aeroportos do país, que estavam fechados desde segunda-feira, quando o presidente deposto Manuel Zelaya retornou ao país.


A decisão está em vigor desde as 06H00 (12H00 GMT), simultaneamente com a suspensão do toque de recolher mantido durante parte da tarde e durante a noite de quarta-feira.




Chávez causa tumulto em Honduras e acha graça


Chávez diz que "despistou" autoridades sobre retorno de Zelaya


BBC Brasil




O presidente da Venezuela, Hugo Chávez disse, nesta quarta-feira, que "sabia de tudo" sobre a volta do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, ao país, e afirmou ter ajudado a "despistar" as autoridades sobre o paradeiro de Zelaya, enquanto o hondurenho realizava a viagem de retorno a Honduras.


Durante um encontro com sindicalistas em Nova York, nos Estados Unidos, Chávez disse que Zelaya anunciou que participaria da 64ª Assembleia Geral das Nações Unidas para confundir seus opositores sobre seu paradeiro. Para ajudá-lo, Chávez disse ter telefonado para o hondurenho em um telefone que estaria grampeado.


"Eu liguei, como sei que estão nos gravando por satélite (as ligações), e disse: Zelaya, nos vemos em Nova York", afirmou Chávez.


Em outras oportunidades, o presidente venezuelano afirmou ter conhecimento de que o Departamento de Estado americano, por meio de sua agência de inteligência, intercepta seus telefonemas, razão pela qual utilizaria códigos para falar com membros de seu gabinete.


"Zelaya decolou em um aviãozinho e aterrissou em uma cidade", para uma parada técnica, disse Chávez. Em seguida, "o avião decolou, mas sem o Zelaya e aqui (em Nova York) estavam esperando por ele", afirmou Chávez, em tom divertido, arrancando risos da plateia.


Logo depois, acompanhado do presidente da Bolívia, Evo Morales, e do cineasta americano Oliver Stone, Chávez disse que Zelaya teria contado com a ajuda de "alguns militares" hondurenhos durante o trajeto até a chegada em Tegucigalpa.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A versão circense de Stalingrado

Por Augusto Nunes


“Honduras sitia Zelaya em missão do Brasil”, entrou em combate o editor de Mundo da Folha no alto da página grávida de patriotismo beligerante. Ao lado de bravos funcionários do Itamaraty, à frente de quase 300 hondurenhos dispostos a dar a vida pelo chefe, o presidente Manuel Zelaya resistia aos agressores no interior do prédio sem luz, sem água e sem telefone. Do outro lado do muro, multidões desarmadas lutavam contra tropas a serviço do regime ilegal.

O Planalto, continuava o resumo da terça-feira medonha, exigia que o Conselho de Segurança da ONU interviesse de imediato na zona conflagrada ─ antes se consumasse o massacre iminente. O presidente interino Roberto Micheletti prometia não invadir o território brasileiro, mas como confiar em assassinos das liberdades democráticas? A embaixada em Tegucigalpa, comunica ao planeta a página 12 da edição desta quarta-feira, é a reprodução em miniatura do cerco de Stalingrado. Só que na versão circense criada por um roteirista de ópera-bufa, avisa a página 13.

Entre setembro de 1942 e janeiro de 1943, dezenas de milhares de soldados e civis fizeram a travessia do inferno na cidade russa engolfada pelo exército nazista. Além do bombardeio feroz e impenitente, além das ofensivas selvagens, resistiram à fome, ao frio, ao desespero e à impossibilidade do socorro. Sob o comando do marechal Georgi Zhukov, sobreviveram a provações inverossímeis durante 150 dias. E o cerco enfim foi rompido.

Na montagem cucaracha, o militar soviético reencarnou num paisano que usa chapéu e botas de fazendeiro urbano, cultiva com capricho o bigode de cafetão portenho, tem voz de apresentador de circo e mente como cigano de García Márquez. ”Fiz uma viagem de 15 horas, marchando e caminhando”, garantiu o marechal Zelaya ao pousar na frente de combate, sem esclarecer se pediu licença à tripulação do avião venezuelano para ficar zanzando no corredor durante o voo.

O ministro-conselheiro Francisco Catunda Resende, único diplomata brasileiro em Honduras, acumula agora as funções de subchefe do alto comando. Pelo celular, esse cearense de 61 anos revelou à jornalista Eliane Cantanhêde os piores momentos do drama. Num deles, “ao abrir a porta para uma mulher que gritava desesperadamente por socorro”, Catunda foi alvejado por uma lufada de gás lacrimogêneo. “Passei horas com os olhos vermelhos e ardendo”, contou.

Na batalha seguinte, rechaçou com um giro de maçaneta e um golpe de fechadura a ofensiva conjunta de um promotor e um oficial de Justiça, que atacaram a porta com batidas de mão. ”Provavelmente, era uma ordem de captura, e eu não ia receber documento de um governo que o Brasil não reconhece”, explicou, com a mesma altivez demonstrada na guerra contra a fome: ”A única comida em 24 horas se resumia a pizzas contrabandeadas por uma vizinha e ao resto de leite e biscoito de 12 hondurenhos que chegaram com Zelaya. Ainda há gente comendo resto de pizza fria da véspera”.

Catunda enfrenta o cerco em companhia dos três funcionários da embaixada que conseguiu recrutar: o assistente de chancelaria, o motorista e o mecânico que cuida do gerador de luz. No momento do relato, os quatro aguardavam, unidos na adversidade, a chegada de um lote de quentinhas prometido pela representação da ONU. Se depender dos perigosos inimigos, a vida dura na embaixada vai ultrapassar com folga os 150 dias do cerco de Stalingrado. ”O Brasil só precisa conceder oficialmente a Zelaya o status de asilado”, condiciona o presidente Micheletti. ”Se quiser, ele pode viver por lá cinco anos. Ou dez”.

“O ex-chanceler de Zelaya já fala em mortos”, noticiou o editor combatente na página 12. Até agora, sabe-se da morte de um hondurenho. O plural sugere que foram incluídos os milhões de espectadores que estão morrendo de rir e os incontáveis brasileiros mortos de vergonha.

A ONU em defesa do Bolivarianismo

ONU leva alimentos para Zelaya; 162 pessoas deixam embaixada brasileira


Representantes da ONU levaram nesta terça-feira alimentos e água para o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e seus acompanhantes na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, declarou à agência Efe o porta-voz do Ministério Público hondurenho, Melvin Duarte.

Segundo Duarte, pelo menos 162 pessoas deixaram a embaixada por ação das forças de segurança. Essa instituição, de acordo com ele, coordenou com o escritório local das Nações Unidas o envio de alimentos e água, já esgotados na sede diplomática brasileira.

Os mantimentos foram entregues na embaixada pelo pessoal das Nações Unidas.



Violação das normas de direito internacional com a presença de Zelaya na embaixada brasileira

Presença de Zelaya em embaixada brasileira é ilegal, diz especialista

Por Rosanne D'Agostino




A presença do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde está desde a segunda-feira (21), na atual situação é ilegal. É o que afirma o advogado Durval de Noronha Goyos, especialista em direito internacional, para quem, tanto Zelaya, ao usar a embaixada para incitar a população a lutar contra o governo interino, quanto o Brasil, ferem normas internacionais.


Segundo o advogado, árbitro de comissões internacionais, como a de Arbitragem Comercial da China, o Itamaraty fere o direito internacional, pois, somente poderia abrigar Zelaya na embaixada caso concedesse asilo político a ele. "Zelaya teria que receber o status de exilado político, mas não foi assim que entrou na embaixada", afirma.


"No caso específico, ele foi acolhido sem o instituto do asilo, o que demonstra uma falha muito grande no procedimento do Itamaraty e que pode induzir a um agravamento da situação interna em Honduras. A conduta dele é ilegal", completa o advogado.


Zelaya foi deposto no dia 28 de junho, sob o argumento de que passaria por cima da cláusula pétrea que impede reeleições no país. O Brasil e outros países não o reconhecem como presidente deposto e não aceitam o governo interino como legítimo.


Confira a seguir os principais trechos da entrevista:


UOL Notícias - O governo brasileiro pode manter Zelaya na embaixada em Tegucigalpa?


Durval de Noronha Goyos - A presença do Zelaya na embaixada, fazendo comício para a população de Honduras, é uma violação das normas de direito internacional, porque a única condição em que, de acordo com as normas internacionais, seria permitida a presença dele lá, seria como asilo político. Mas também o asilo traz como condição a não interferência nos negócios políticos do país dele e do Brasil. No caso específico, ele foi acolhido sem o instituto do asilo, o que demonstra uma falha muito grande no procedimento do Itamaraty e que pode induzir a um agravamento da situação interna em Honduras. A conduta dele é ilegal.


UOL Notícias - Essa ilegalidade abre brecha para que o governo interino corte a luz e a água da embaixada? Quais seriam as alternativas do Brasil para parar de descumprir essas normas?


Noronha - Sim, porque a situação é ilegal. Ou o Brasil dá asilo político a Zelaya ou tem que colocá-lo para fora da embaixada. A embaixada é território soberano do Brasil. Isso é interferência indevida nos negócios de outro país e fere também a Constituição brasileira.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dilma tem maior índice de rejeição

Dilma e Heloísa Helena são as mais rejeitadas por eleitores, diz pesquisa


GABRIELA GUERREIRO

da Folha Online, em Brasília.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), é o pré-candidato ao Palácio do Planalto com menor rejeição entre os eleitores segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira. A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto, aparece com a maior rejeição entre os eleitores, empatada com a ex-senadora Heloísa Helena --pré-candidata do PSOL à presidência.

Segundo a pesquisa, 40% dos eleitores não votariam em Dilma e 40% em Heloísa Helena para presidente da República. Serra recebeu apenas 30% de rejeição, seguido pelo deputado Ciro Gomes (PSB), rejeitado por 33% dos eleitores. Os pré-candidatos Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PV) têm rejeição de 37% dos eleitores.

Além de ter a menor rejeição entre os candidatos, Serra também aparece como o pré-candidato com maior aceitação junto à população brasileira.

Segundo a pesquisa, 60% dos entrevistados responderam que votariam no candidato tucano. Ciro aparece em segundo lugar, com 49% de aceitação, seguido por Dilma, com 32%. Heloísa Helena aparece em seguida, com aceitação de 31% dos eleitores, seguida por Aécio, com 28% e Marina Silva, com 22%.



Militares protegem soberania hondurenha


Militares hondurenhos cercam a embaixada brasileira




Com Rosana de Cassia, de O Estado de S. Paulo


Militares hondurenhos cercaram na manhã desta terça-feira, 22, a embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde o presidente deposto Manuel Zelaya buscou abrigo ao voltar ao país. A polícia e o Exército desalojaram milhares de manifestantes que permaneciam na frente do prédio. Houve confronto entre os manifestantes e as forças oficiais, que utilizaram gás lacrimogêneo para dispersar os partidários de Zelaya. Segundo informações da imprensa local, várias pessoas ficaram feridas. Existe também a informação não confirmada de que duas pessoas teriam morrido durante a operação da polícia na madrugada.


Zelaya afirmou em entrevista à CNN em espanhol que a Embaixada do Brasil tem sido alvo de ataques das autoridades do regime de facto. "Estão atacando a embaixada brasileira, com sons estridentes para enlouquecer quem está aqui, a embaixada está sendo atacada com bombas", afirmou Zelaya em declarações a rede de tevê venezuelana Telesur. "Dispersaram a balas uma manifestação pacífica", acrescentou. "Estamos rodeados de francoatiradores".

O governo de facto de Honduras suspendeu o fornecimento de água, luz e telefone da sede da diplomacia brasileira. De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, além de Zelaya mais 70 simpatizantes o acompanham na embaixada. Os funcionários brasileiros foram orientados a permanecer em suas casas, segundo o Itamaraty. O encarregado de Negócios da embaixada brasileira, diplomata Francisco Catunda Rezende, que está respondendo pela representação brasileira até a chegada do novo embaixador, pediu apoio à Embaixada dos Estados Unidos para garantir a segurança e o abastecimento de óleo diesel, para manter os geradores de energia ligados.


IRRESPONSÁVEIS, FALASTRÕES E PERIGOSOS




Por Reinaldo Azevedo


O Brasil não reconhece o governo de Honduras. Muito bem. É parte do jogo e do concerto das nações. Este não-reconhecimento tem graus e vai da suspensão de qualquer cooperação até o fechamento da embaixada, com a retirada de todo o corpo diplomático. Mas aquilo a que se assiste em Tegucigalpa é outra coisa: o Itamaraty, numa ação concertada com Hugo Chávez e Daniel Ortega, criou meios para a entrada de Manuel Zelaya no país, violando a Constituição do Brasil, a Constituição de Honduras e a Carta da OEA. Já demonstrei isso. Mas o bolivarianinho Celso Amorim achou pouco: permitiu que Manuel Zelaya usasse as dependências da embaixada para convocar os seus seguidores para a “resistência”.


Embora fale em nome da “paz”, o apelo do bandoleiro deposto não descarta a guerra civil: “Pátria, restituição ou morte”. Lula e Amorim usam a pobre Honduras de forma miserável para exibir seus músculos (santo Deus!!!) e esperam que os hondurenhos tenham o juízo que eles não têm. Afinal, que compromisso o chamado “governo de fato” pode ter com a inviolabilidade da embaixada do Brasil se é considerado um “fora-da-lei”? “Creio que, no momento, tudo que se pode dizer é reiterar nosso pedido diário para que ambas as partes desistam de ações que tenham um desenlace violento”, afirmou Ian Kelly, porta-voz do departamento de Estado dos EUA. E, então, chegamos ao problema.


Os americanos já perceberam — e vai demorar bastante tempo até que a opinião pública mundial se dê conta — que Barack Obama como “líder” do Ocidente é uma piada. Poderíamos supor que a ação do eixo Lula-Chávez-Ortega contou com a bênção dos EUA. Não faltará quem vá buscar indícios de que a Casa Branca sempre esteve no controle. Bobagem! O governo americano foi surpreendido pelo protagonismo da esquerda carnívora (Chávez e Ortega) unida à esquerda herbívora (Lula).


Tenho me correspondido com hondurenhos. Não há menor a possibilidade de Zelaya governar o país a não ser com leis de exceção. Seus únicos apoios são sindicatos dominados por grupelhos de esquerda. Os EUA já tinham se dado conta disso e contavam empurrar a situação com a barriga até novembro, quando há eleições. Mas não deixaram claro que uma ingerência nos assuntos internos de Honduras era inaceitável. Então os lobos e os ruminantes entraram em ação. Tudo debaixo do queixo de estátua de Obama. Se a opinião pública ainda não percebeu que ele é fraco, hesitante, colegial, os governos já entenderam tudo. Pode passar a mão no joelho do rapaz, que a reação indignada virá umas 48 horas depois.


Antes que volte a Brasil e Honduras, mais algumas considerações sobre o mito já despedaçado. Obama é patético. A recente decisão de renunciar ao escudo antimísseis na Europa Oriental, dançando cancã para Putin, de saiote levantado, sem exigir uma miserável contrapartida, dá conta de com quem o mundo está lidando. Há uma explicação bastante sofisticada, inteligente e errada, para o caso: ele agiria assim porque pretende ter o apoio da Rússia, que pressionaria o Irã a não dar seqüência a seu plano nuclear. Aiatolás se interessam por russos enquanto russos forem úteis às pretensões, vamos dizer, “imperialistas” dos aiatolás. No dia em que a Rússia deixar de ser um bom parceiro, o Irã vai fazer o que acha certo. E, nesse caso, pode ser tarde demais.


Que fique o registro: eu não achava uma grande idéia instalar os escudos na Europa Oriental. Tomada a decisão pelo governo americano (pouco importa quem era o presidente), não se volta atrás assim, sem mais nem aquela. Sem contar que Obama deixou na mão os aliados dos EUA na Europa Oriental. Ele poderia ter parado por aí. Mas foi além: como tem a pretensão de governar os EUA a partir dos meios de comunicação, saiu negando que estivesse tentando agradar a Rússia. Ou seja, estava tentando agradar a Rússia. É um primitivo vendido por seus mistificadores como grande estrategista. O que me consola é que não será reeleito.


Por que essa digressão sobre Obama e o escudo? Chamo a atenção dos senhores para o fato de que um presidente dos EUA que faz essas patetices é absolutamente compatível com este que assiste à segunda tentativa de golpe civil bolivariano em Honduras. O primeiro foi repelido pela Justiça, pelo Congresso, pelas Forças Armadas e pela população. Mas Chávez não se conformou. Daniel Ortega mandou homens para a fronteira. Súcias de venezuelanos e nicaragüenses entraram no país para comandar o banho de sangue, frustrado porque é tal o ódio que o país tem a Zelaya, que falta a um dos lados massa para o confronto. Como tudo fracassou, então os neogorilas do continente rasgam a Carta da OEA, pisoteiam na Constituição hondurenha e garantem a Zelaya a volta ao país, usando a embaixada brasileira em Tegucigalpa como palco dessa pantomima.


Sim, no Brasil, há quem veja nessa atitude um gesto de coragem, ousadia e humanismo até. Sem dúvida. A prova maior da grandeza moral de Lula é sua undécima defesa da ditadura cubana, agora nas Nações Unidas. O governo brasileiro insufla a guerra civil num país que não tem presos de consciência e respeita as normas comezinhas do Estado de Direito e pede que uma tirania seja tratada como um governo respeitável. E alguns tontos no Brasil se regozijam. Ora, digamos que a Justiça, o Congresso e as Forças Armadas tivessem deposto Zelaya em desacordo com a Constituição, O QUE É MENTIRA, pergunto: isso justifica que o Brasil, para restaurar a democracia (que nunca deixou de existir), viole as regras mais básicas do direito internacional?


Porta-vozes de Celso Amorim na imprensa brasileira já se encarregam de espalhar a versão de que Zelaya ter “escolhido” (!!!) o Brasil é sinal do prestígio do país na região.


A propósito: aquela gente que ficou torrando a minha paciência apontando o “golpe” que derrubou Zelaya não vai reclamar da óbvia ingerência do Brasil nos assuntos internos de um outro país e do desrespeito à Carta da OEA? Micheletti pediu que o Brasil entregue Zelaya à Justiça. Que Justiça? Lula e Amorim, pelo visto, não reconhecem nem o Congresso nem o Judiciário de Honduras. A reinstalação de Zelaya no poder só poderia se dar se ele fosse posto num trono, com rei absolutista de Honduras, não como presidente.


De todas as porra-louquices internacionais feitas pelo Megalonanico, esta foi, sem dúvida, a maior e mais ousada, pautada, ademais, pela propaganda. Lula vai defender o fim do embargo comercial americano à tirania cubana com a “força” de quem intervém de modo grotesco na realidade interna de um outro país, mesmo com o risco de lançá-lo numa guerra civil. Lula queria ser notícia no mundo. Até havia pouco, noves fora a discurseria mistificadora, o governo Lula era, em política internacional, arrogante e falastrão. Agora estamos vendo que pode ser também perigoso.


Não faz tempo, a Economist perguntou de que lado estava o Brasil. A resposta era e é clara: do lado das ditaduras e dos que vislumbram uma “nova ordem” com o declínio dos EUA. Começamos a ver que cara ela vai assumindo.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Obama diz que Ditador norte-coreano está bem


Ditador norte-coreano está saudável e controla o país, diz Obama




O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo (20), em entrevista a TVs, que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, goza de boa saúde e controla o seu país. A informação foi passada por seu colega democrata, o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001), que foi ao país encontrar Kim em agosto passado e negociar a libertação de duas jornalistas americanas presas naquele país.


"Creio que a impressão do [ex] presidente Clinton é que [Kim Jong-il] está com boa saúde e tem a situação sob controle. Saber disto é importante por não termos muito contato com os norte-coreanos", disse Obama à rede de televisão CNN.


Kim é, há mais de um ano, alvo de boatos sobre o seu estado de saúde, supostamente fragilizado após um derrame. De acordo com funcionários do regime, porém, Kim está recuperado e permanece na ativa. Há informações de que ele indicou o filho caçula, Kim Jong-un, 26, para sucedê-lo.


Obama afirmou que, por um período, o povo pensou que Kim "estava partindo", mas que ele "se recuperou".



O iraniano Louco Varrido

Ahmadinejad diz estar orgulhoso de ter provocado revolta ao negar Holocausto


Folha Online

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, declarou nesta segunda-feira estar "orgulhoso" de ter provocado reações de indignação e de revolta na comunidade internacional ao negar o Holocausto como um mito criado para justificar Israel --um dia antes de sua viagem a Nova York (EUA) para a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), onde deve ressaltar, segundo Teerã, "uma mensagem de paz e amizade".


"A revolta dos assassinos profissionais é um orgulho para nós", declarou Ahmadinejad, segundo a agência oficial Irna, em una aparente referência a Israel e a alguns países ocidentais que criticaram suas declarações.



Na sexta-feira passada (19), em um discurso durante o Dia de Jerusalém, uma marcha anual pró-palestinos, Ahmadinejad afirmou que o fato dos nazistas de Hitler terem usado câmaras de gás para matar 6 milhões de judeus na Segunda Guerra (1939-1945) é "uma mentira baseada em uma alegação mítica e não comprovada".

"A própria existência deste regime é um insulto à dignidade dos povos", afirmou, em referência a Israel, inimigo do Irã.

Desde que chegou ao poder pela primeira vez, Ahmadinejad provocou condenação internacional por dizer que o Holocausto é uma mentira e que Israel é um "tumor" no Oriente Médio. Seu governo chegou a realizar uma conferência em 2006 para questionar o Holocausto.



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Piada de mau gosto de Jimmy Carter

Jimmy Carter diz que EUA sabiam de golpe contra Hugo Chávez em 2002



Os Estados Unidos estavam sabendo do golpe que quase derrubou o presidente venezuelano Hugo Chávez em 2002, e talvez tenham até apoiado a frustrada tentativa, declarou o ex-presidente americano Jimmy Carter em entrevista publicada neste domingo (20) pelo jornal colombiano "El Tiempo".


"Acho que não há dúvidas sobre o fato de que em 2002 os Estados Unidos estavam sabendo, ou tiveram participação direta, no golpe de Estado", disse Carter ao jornal.


Assim, as críticas de Chávez contra os Estados Unidos "são legítimas", destacou o ex-dirigente democrata, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002.


Em abril de 2002, o presidente venezuelano foi derrubado durante 48 horas por uma junta civil e militar, antes de recuperar o poder.


Na época, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, desmentiu qualquer envolvimento de seu país no golpe.