A União de Organizações Democráticas da América – UnoAmérica -, que realiza um congresso nesta cidade, faz um chamado urgente aos setores democráticos do continente – particularmente aos brasileiros – a pôr um freio nas ações que o presidente Lula leva a cabo em Honduras, as quais poderiam gerar uma escalada de violência nessa nação centro-americana.
UnoAmérica responsabiliza Lula pela desestabilização que se poderia desatar na América Central, posto que introduzir sub-repticiamente o ex-presidente Zelaya na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa tem uma só finalidade: provocar um banho de sangue que sirva de justificativa para uma invasão militar em Honduras, e para repor Zelaya com o uso da força.
É evidente que a crise provocada pela sucessão presidencial em Honduras estava a ponto de se solucionar, posto que as eleições estão fixadas para dentro de apenas dois meses, após as quais Micheletti entregaria o comando e um novo presidente assumiria.
O regresso clandestino de Zelaya – apadrinhado por Lula – jogou pela borda um possível acordo em San José e acendeu de novo os ânimos, sobretudo porque o próprio Zelaya está fazendo chamados à violência através dos telefones da Embaixada do Brasil.
UnoAmérica solicita às instituições brasileiras – como o Parlamento, a Corte Suprema de Justiça, os partidos políticos, os grêmios, as academias, as igrejas e as forças vivas do país – que emitam uma severa condenação contra Lula, por suas irresponsáveis ações intervencionistas e o obriguem a desativar seu plano de violência em Honduras.
Do mesmo modo, UnoAmérica pede aos governos democráticos da América Latina – entre eles os da Colômbia, México e Peru – que se pronunciem publicamente contra a ingerência indevida de Lula em Honduras.
Finalmente, UnoAmérica faz um chamado aos setores mais conscientes dos Estados Unidos para que pressionem o presidente Obama, a fim de que retire seu respaldo ao plano desestabilizador de Lula. Uma escalada de violência na América Central significaria um grave retrocesso e uma séria ameaça à segurança hemisférica.
Em vez de apoiar o plano violento de Lula contra um país aliado dos Estados Unidos, como é Honduras, o governo norte-americano deveria enfocar seus esforços em combater seus verdadeiros inimigos: o narcotráfico, o terrorismo e o fundamentalismo islâmico.
Chávez e Ahmadinejad devem estar felizes ao ver que os Estados Unidos cometem um erro estratégico de tão grandes proporções.
Tradução: Graça Salgueiro
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