terça-feira, 22 de setembro de 2009

Militares protegem soberania hondurenha


Militares hondurenhos cercam a embaixada brasileira




Com Rosana de Cassia, de O Estado de S. Paulo


Militares hondurenhos cercaram na manhã desta terça-feira, 22, a embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde o presidente deposto Manuel Zelaya buscou abrigo ao voltar ao país. A polícia e o Exército desalojaram milhares de manifestantes que permaneciam na frente do prédio. Houve confronto entre os manifestantes e as forças oficiais, que utilizaram gás lacrimogêneo para dispersar os partidários de Zelaya. Segundo informações da imprensa local, várias pessoas ficaram feridas. Existe também a informação não confirmada de que duas pessoas teriam morrido durante a operação da polícia na madrugada.


Zelaya afirmou em entrevista à CNN em espanhol que a Embaixada do Brasil tem sido alvo de ataques das autoridades do regime de facto. "Estão atacando a embaixada brasileira, com sons estridentes para enlouquecer quem está aqui, a embaixada está sendo atacada com bombas", afirmou Zelaya em declarações a rede de tevê venezuelana Telesur. "Dispersaram a balas uma manifestação pacífica", acrescentou. "Estamos rodeados de francoatiradores".

O governo de facto de Honduras suspendeu o fornecimento de água, luz e telefone da sede da diplomacia brasileira. De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, além de Zelaya mais 70 simpatizantes o acompanham na embaixada. Os funcionários brasileiros foram orientados a permanecer em suas casas, segundo o Itamaraty. O encarregado de Negócios da embaixada brasileira, diplomata Francisco Catunda Rezende, que está respondendo pela representação brasileira até a chegada do novo embaixador, pediu apoio à Embaixada dos Estados Unidos para garantir a segurança e o abastecimento de óleo diesel, para manter os geradores de energia ligados.


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