quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Mises e a família


Por
O escritor, poeta e filósofo G.K. Chesterton dizia que a família era uma instituição anarquista. Com isso, ele queria dizer que não é necessário nenhum decreto do estado para que ela venha a existir. Sua existência flui naturalmente de realidades constantes na natureza do homem, sua forma sendo aperfeiçoada pelo desenvolvimento de normas sexuais e pelo avanço da civilização.

Essa observação é consistente com a brilhante discussão sobre a família feita por Ludwig von Mises em sua magistral obra Socialism, publicada em 1922. Por que Mises abordou a família e o casamento em livro de economia que refutava o socialismo? Ele entendeu - ao contrário de muitos economistas de hoje - que os oponentes da sociedade livre e voluntária têm um projeto amplo que geralmente começa com um ataque a essa instituição que é a mais crucial de qualquer sociedade.

"Propostas para transformar as relações entre os sexos há muito vêm de mãos dadas com planos para a socialização dos meios de produção", observa Mises. "O casamento deve desaparecer junto com a propriedade privada... O socialismo promete não apenas o bem-estar - riqueza para todos -, mas também a felicidade universal no amor."

Mises observou que o livro de August Bebel (alemão fundador do Partido da Social Democracia Alemã) Woman Under Socialism, um canto de glória ao amor livre publicado em 1892, foi o tratado esquerdista mais lido de sua época. Esse elo entre socialismo e promiscuidade tinha uma proposta tática. Se você não acreditasse no engodo de uma terra prometida onde a prosperidade surgiria magicamente, então você ao menos podia ter a esperança de que haveria uma libertação da maturidade e da responsabilidade sexual.

Os socialistas propunham um mundo no qual não haveria impedimentos sociais ao ilimitado prazer pessoal, com a família e a monogamia sendo os primeiros obstáculos a serem derrubados. Esse plano funcionaria? Sem chance, disse Mises: o programa socialista para o amor livre é tão impossível quanto o programa para a economia. Ambos vão contra as restrições inerentes ao mundo real.

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A doutrina da imparcialidade

OrdemLivre.Org

Por Gabriela Calderón

Em 1920 nos Estados Unidos, estava na moda a doutrina da imparcialidade ("The Fairness Doctrine"). A doutrina sustenta que se o estado não intervém no mercado livre da imprensa e do fluxo de ideias, muitas vozes nunca terão o direito de se expressar. É preciso "administrar" a expressão dos cidadãos através do estado, para assegurar a essas vozes marginais seu direito à expressão. Na prática, esperava-se que em cada programa de opinião o apresentador mostrasse ao menos duas visões opostas.

Argumentava-se que a política da imparcialidade geraria um "mercado de ideias sem inibições", e que o novo regime regulatório fomentaria um debate mais democrático dos assuntos de interesse público. Em 1949, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) adotou formalmente a doutrina da imparcialidade.

O que aconteceu? Meu colega John Samples, diretor do Centro para o Governo Representativo do Cato Institute, publicou este ano um estudo que analisa precisamente isso. [1] Mostra que em 1963, o governo de Kennedy se valeu do poder da FCC para exigir espaço em praticamente qualquer meio de comunicação em que aparecesse um crítico a sua intenção de assinar um tratado de proibição aos testes nucleares com a União Soviética. Logo continuou a se aproveitar da doutrina para promover sua reeleição, como confessou Bill Ruder, um relações públicas envolvido nesse esforço. Ruder disse: "Nossa estratégia massiva era utilizar a doutrina da imparcialidade para fustigar os comunicadores direitistas e esperar que os obstáculos fossem tão custosos para eles que se restringiria e decidiriam que era caro demais continuar." [2] Este uso da doutrina continuou durante a administração de Lyndon Johnson. Logo veio Nixon, que pediu a seu pessoal que tomasse "medidas específicas quanto ao que poderia ser cobertura injusta nos noticiários".

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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ucrânia revela segredos dos arquivos da União Soviética

Por Pilar Bonet

El País

UOL Notícias

O serviço de segurança da Ucrânia (SSU) abriu os arquivos da época soviética para o público nacional e estrangeiro, pesquisadores ou simples curiosos, que podem frequentar sem problemas 26 centros de leitura eletrônica situados em outras tantas cidades do país.

O serviço de segurança da Ucrânia (SSU) abriu os arquivos da época soviética para o público nacional e estrangeiro, pesquisadores ou simples curiosos, que podem frequentar sem problemas 26 centros de leitura eletrônica situados em outras tantas cidades do país.

O centro de leitura eletrônica de Kiev, Viatrovych mostra na tela de um computador o índice de milhares de documentos escaneados. Eles vão de 1919 a 1991, e entre outros temas referem-se à consolidação do poder soviético, à grande fome (Holodomor, 1932-33), à Segunda Guerra Mundial e ao sistema repressivo, começando com a Cheka e acabando com a KGB. Também estão lá os documentos das organizações contra as quais lutavam esses órgãos, desde as nacionalistas até as democratizantes.

O centro de leitura de Kiev foi aberto no outono de 2008, mas seu trabalho foi sistematizado, segundo Viatrovych, depois do decreto do presidente Victor Yushenko em janeiro passado, para promover a reclassificação de documentos e dar prioridade a temas como "a repressão política, fome e movimento de libertação".

A reclassificação foi acelerada, na contramão da legislação vigente, "orientada para um trabalho mais lento". Por enquanto Viatrovych lida com dezenas de milhares de documentos, mas "temos 800 mil volumes que devem ser reclassificados e isso só do SSU. Além disso, há os do Ministério do Interior e os da espionagem".

O SSU criou um grupo de trabalho interno formado por especialistas desses serviços. Esse núcleo colabora com um "grupo de historiadores que define as diretrizes sobre os temas com especial importância social", indica; 90% dos documentos sobre o Holodomor já foram reclassificados, diz Viatrovych. "Pode ser que se encontrem mais nos arquivos das províncias, que são bastante caóticos, porque não foram criados para os pesquisadores mas para a perseguição e o extermínio dos adversários do regime", explica.

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Chávez ameaça expulsar Toyota

Chávez ameaça expulsar Toyota da Venezuela

Estadão Online

Por ANDREW CAWTHORNE E EYANIR CHINEA

REUTERS

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou expulsar o fabricante de carros japonesa Toyota a não ser que produza modelos 4X4 que são utilizados para o transporte público nas áreas pobres e rurais.

O socialista disse num discurso na quarta-feira que não hesitará em expulsar e apropriar-se das fábricas de outras montadoras norte-americanas e asiáticas que operam na Venezuela se elas não compartilharem tecnologia com empresas locais.

"Por que a Toyota não quer produzir o modelo rústico aqui?" indagou Chávez, durante uma cerimônia em Caracas para dar a proprietários as chaves de carros produzidos de maneira econômica que o governo venezuelano importou da Argentina.

"Temos de forçá-los. E se eles não quiserem, eles devem sair e vamos trazer outra empresa. Os chineses querem entrar e produzir os modelos rústicos."

Durante os 10 anos em que está no poder, Chávez nacionalizou uma boa parte do setor produtivo da Venezuela, inclusive a indústria petrolífera. Ele diz estar realizando a revolução do Século 21, mas até agora não havia se aproximado das montadoras.

Ele voltou-se para a Toyota, maior fabricante mundial de carros, quando um motorista lhe disse que há falta de veículos 4X4 para servir as áreas rurais.

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Justiça para os mártires de Curvaradó

Por Eduardo Mackenzie

Mídia Sem Máscara

Eu convoco o Fiscal Geral encarregado, Guillermo Mendoza Diago, a que ordene imediatamente uma completa investigação judicial sobre o massacre de El Carmen de Darién (Choco, Colômbia), onde foram seqüestrados, torturados e assassinados três líderes populares: Manuel Moya Lara, Graciano Blandón e o filho deste último, de 22 anos, em 17 de dezembro de 2009.

Manuel Moya Lara e Graciano Blandón Borja representavam 231 famílias afro-descendentes de Curvaradó e Jiguamiandó. Eles denunciavam desde há anos as ameaças das FARC que sua gente sofre. Estas se opõem às famílias da bacia do Atrato que aspiram a recuperar as terras do norte chocoano, das quais foram expulsas em 1997 pelo bando dirigido por Alfonso Cano e por para-militares.

A Procuradoria deve prender rapidamente os autores dessa nova matança. Porém, também deve descobrir quem são os autores intelectuais da mesma. A ONG Comissão Intereclesial de Justiça e Paz, dirigida pelo sacerdote marxista Javier Giraldo Moreno, deve ser objeto de uma exaustiva investigação por parte da Procuradoria. Essa ONG, pretensamente "humanitária", é mostrada pelas comunidades de Manuel Moya e Graciano Blandón como o elemento instigador desses assassinatos. Desde há doze anos os esforços de Moya e Blandón sempre encontraram a hostilidade mais brutal dessa ONG e da ONG canadense Brigadas Internacionais de Paz (BIP)-PASC Canadá.

Além de ser investigada, esta última deve ser expulsa do país. As ONGs estrangeiras que atuam na Colômbia devem ser não só irrepreensíveis desde o ponto de vista moral e legal, mas também parecê-lo. Esse não é o caso da BIP. Sua vinculação direta ou indireta com essa matança de colombianos (a investigação determinará o grau de compromisso da BIP nisso) a inabilita desde já a permanecer no território colombiano.

A matança de Curvaradó destrói outro mito que se pretendia inflar na Colômbia: o da probidade e seriedade da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Desde 2004, os líderes de Curvaradó e Jiguamiandó haviam pedido a esse organismo, baseado no pacto de São José da Costa Rica, que lhes outorgasse as mesmas garantias que esse organismo concedeu em 2003 aos deslocados representados pela ONG de Javier Giraldo. Os mártires de Curvaradó haviam feito essa viagem até a Costa Rica, em fevereiro de 2008, para expor seus pontos de vista e pedir essa proteção para as suas comunidades. Entretanto, a CIDH negou-se a fazer esse gesto simbólico. Numa coincidência alarmante, no mesmo dia em que Pablo Saavedra Alessandri, secretário da CIDH, enviou a Manuel Moya e a Graciano Blandón a notificação que nega essa proteção, eles e o filho de Blandón foram seqüestrados e assassinados na beira do rio Caño Claro.

Em seu vergonhoso despacho, a CIDH preferiu dar proteção às 161 famílias que a Comissão Intereclesial de Justiça e Paz diz representar, e negá-la às 231 famílias de Moya e Blandón. Para a CIDH, estas famílias carecem de "critérios de pertinência" suficientes, quer dizer, que essas vítimas dos violentos são uma espécie de "universo" inexistente. Pior: a CIDH estima que o perigo em que vivem essas comunidades não é extremo nem iminente. Essa é a justiça que a CIDH distribui. As altas instâncias da OEA deveriam revisar seu patrocínio ao estranho conclave de São José que decidem tais aberrações.

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Hospitais públicos: o retrato do socialismo

Por Klauber Cristofen Pires

Parlata

Hoje, mais uma vez assisti a uma reportagem do noticiário local em que denunciam problemas de atendimento em hospitais públicos. Estas tomadas são diárias: falta de médicos (ou médicos que faltam), falta de remédios (ou sobras que vencem), gente morrendo, as instalações a ponto de desabar, máquinas caríssimas esquecidas num canto sem que jamais tivessem sido postas em operação; ambulâncias que mais parecem galinheiros, etc.

Malgrado tudo isto, no ano que vem uma nova campanha eleitoral terá como tônica oferecer mais saúde pública "de graça" e "de qualidade" para a população. Um "de graça" que não é nada barato: a parcela do orçamento dos três entes estatais (governo federal, estados e municípios) é considerável, e não me surpreenda que ultrapasse, em termos percentuais, os orçamentos das pessoas comuns com planos de saúde. Um "de qualidade", que é assim julgado não pelos usuários, mas pelos próprios políticos: por eles, a saúde anda à "beira da perfeição", não é Sr. Presidente?

No Pará, o governo anterior entregou o Hospital Metropolitano de Belém, cujas filmagens de propaganda atestavam o alto nível de atendimento no tempo de sua inauguração, repleto de depoimentos felizes de médicos, de funcionários e de populares. Hoje este hospital faz parte dos noticiários pelo caos no atendimento, com a falta de remédios, equipamentos, médicos, e tudo aquilo que já citamos no parágrafo anterior. Sabotagem do atual governo? Sim, claro, perfeitamente. Também por aqui ficaram famosas as notícias de mortes de bebês em série na Santa Casa de Misericórdia, pertencente ao estado, logo após os barbudos tomarem conta do lugar, bem como da absoluta falência do Pronto Socorro Municipal, este administrado pela prefeitura de Belém.

Isto sempre acontece. Ninguém quer amamentar filho do outro - esta á a máxima mais aplicada na política. Os políticos são como os leões - não por seu garbo, mas pelo que de mais bestial há na natureza destes animais - porque, os novos que chegam, ao derrotarem o então dono do pedaço, matam os filhotes e as fêmeas, temerosas pela própria pele, entram logo no cio, afirmando a lealdade ao novo rei. No nosso caso, os filhotes são as obras e as fêmeas, os servidores públicos.

Podemos dar explicações sobre algumas destas mazelas. Eu disse explicações, e não justificativas! Médicos faltam por absoluto corporativismo dentro da gestão pública. Remédios faltam e sobram porque são adquiridos por meio de licitações, cujas quantidades são mal previstas, umas a menor, outras a maior, e isto se estes procedimentos não estiverem viciados por corrupção ou novelisticamente atrasados por impugnações ou recursos de ordem administrativa ou jurídica. A conservação dos prédios, dos equipamentos e das ambulâncias também deriva de licitações, cujos contratos são fiscalizados por funcionários públicos negligentes, isto se a Administração não começa a atrasar o pagamento das empresas contratadas. Enfim, tudo isto depende do orçamento, que pode ser diminuído porque o novo governo pretende fazer novas obras que lhe rendam novas propagandas.

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sábado, 26 de dezembro de 2009

O socialismo mata

Por Carlos Alberto Montaner

OrdemLivre.Org


Swaminathan Aiyar é um notável economista indiano que fez um cálculo muito incômodo. Ocorreu-lhe medir o enorme preço que pagou a população da Índia por não ter feito antes a reforma econômica que hoje mantém seu país em um ritmo de crescimento que excede os 7% anuais, reduz vertiginosamente a porcentagem de pobres e melhora substancialmente a qualidade de vida dos mais necessitados. Os números são impressionantes: não ter feito a reforma com antecedência provocou a morte de 14,5 milhões de crianças, manteve 261 milhões no analfabetismo e outros 109 abaixo do limiar de pobreza. O estudo acaba de ser publicado pelo Cato Institute em Washington e se intitula "O socialismo mata".

Os latino-americanos deviam aprender com essa experiência. Não fazê-lo, além de um crime, é uma estupidez quase perfeita. O exemplo é muito claro: na Índia houve dois grandes modelos de desenvolvimento. Entre 1947 e 1981, tentou-se a fórmula da economia estatizada, dirigida por uma enorme burocracia governamental, intensamente protecionista, hostil à empresa privada e aos investimentos estrangeiros, convencida das vantagens do desenvolvimento a partir de dentro. O resultado dessa etapa socialista foi um crescimento anual médio de 3,5, que, quando se descontava o aumento da população, ficava reduzido a 1,49.

Enquando os indianos seguiam por esse caminho socialista, tão parecido com as tentativas latino-americanas, do peronismo ao chavismo, outros povos asiáticos — primeiro Taiwan, Coreia do Sul, Hong-Kong, Cingapura, e logo Tailândia, Malásia e Indonésia — tomaram o caminho contrário: abriram suas economias, afastaram o governo do aparato produtivo e fomentaram a iniciativa privada. Em outras palavras, liberalizaram decididamente suas economias. Ao fim de apenas um geração, os resultados que exibiam eram impressionantes: diminuição drástica da miséria e da ignorância, melhora em todos os índices de desenvolvimento humano e surgimento de robustos setores sociais médios.

Pressionados por essa realidade inegável, os indianos fizeram sua reforma e abandonaram as superstições falidas do socialismo, primeiro timidamente, e logo com maior ímpeto, começada a década de 1990, até chegarem a se tornar hoje um ator internacional de primeiro escalão, que compete em preço e qualidade com a China, a ponto de começar a disputar a condição de grande fábrica do mundo. (Não esqueço a surpresa de amigos que precisavam contratar um serviço de vendas telefônicas na América Latina e acabaram fechando com a sucursal de uma companhia indiana radicada em Cochabamba, Bolívia.)

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal!

Rememorando o Natal,
lembramo-nos de que Jesus
é o Suprimento Divino à Necessidade Humana.
Para o Sofrimento, é o Consolo;
Para a Aflição, é a Esperança;
Para a Tristeza, é o Bom Ânimo;
Para o Desespero, é a Fé Viva;
Para o Desequilíbrio, é o Reajuste;
Para o Orgulho, é a Humildade;
Para a Violência, é a Tolerância;
Para a Vaidade, é a Singeleza;
Para a Ofensa, é a Compreensão;
Para a discórdia, é a Paz;
Para o egoísmo, é a Renúncia;
Para a ambição, é o Sacrifício;
Para a Ignorância, é o Esclarecimento;
Para a Inconformação, é a Serenidade;
Para a Dor, é a Paciência;
Para a Angústia, é o Bálsamo;
Para a Ilusão, é a Verdade;
Para a Morte, é a Ressurreição.

Se nos propomos, assim,
aceitar o Cristo por Mestre e Senhor de nossos caminhos,
é imprescindível recordar que o seu Apostolado não veio para
os sãos e, sim, para os antigos doentes da Terra,
entre os quais nos alistamos...
Buscando, pois, acompanhá-lo e servi-lo,
façamos de nosso coração uma luz que possa inflamar-se
ao toque de seu infinito amor, cada dia, a fim de que nossa tarefa ilumine com Ele a milenária estrada de nossas experiências, expulsando as sombras de nossos velhos enganos e despertando-nos o espírito para a glória imperecível da Vida Eterna.

Livro: "Os Dois Maiores Amores"

Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A chapa cabocla

Por Diogo Mainardi

Diogo Mainardi

Os dois juntos, na mesma chapa. Quem? José Serra e Marina Silva. Isso mesmo: José Serra, presidente, e Marina Silva, vice-presidente.

A ideia ainda é embrionária. Só é debatida no interior de um grupelho do PSDB. Mas ganhou impulso na semana passada, depois que Aécio Neves renunciou à candidatura presidencial e assoprou para a imprensa petista que rejeita terminantemente uma vaga de vice-presidente na chapa de José Serra - a chamada chapa puro-sangue. Apesar de todos os apelos do PSDB, Aécio Neves repetiu aos seus interlocutores que pretende candidatar-se ao Senado e dedicar-se integralmente à campanha para eleger seu sucessor em Minas Gerais, Antonio Anastasia.

Uma chapa presidencial formada por José Serra e Marina Silva - a chapa cabocla ou, melhor ainda, a chapa mameluca - embaralharia a campanha de 2010, pegando o PT no contrapé e enterrando de vez a desastrada candidatura de Dilma Rousseff. O plano petista de contrapor Lula a Fernando Henrique Cardoso - o único atributo que, depois de muito empenho, os marqueteiros conseguiram arrumar para Dilma Rousseff - iria para o beleléu, considerando que Marina Silva, por mais de cinco anos, também fez parte do governo Lula. E a impostura bolivariana de que o PSDB defende o interesse dos ricos e o PT defende o interesse dos pobres seria imediatamente desmascarada. Em matéria de pobreza, ninguém pode competir com Marina Silva.

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Governo Equatoriano fecha temporariamente canal de televisão

Suspensão de TV provoca críticas ao governo do Equador

Estadão Online

AE-AP

A determinação do governo do Equador de fechar temporariamente o canal de televisão Teleamazonas, ontem, provocou críticas ao governo no país. A medida foi tomada a pedido da Superintendência de Telecomunicações (Supertel), sob o argumento de que a TV divulgou notícias baseando-se em pressupostos. A Teleamazonas foi suspensa por três dias pois em junho a emissora difundiu a informação de que operações de exploração de gás no Golfo de Guayaquil, realizadas pela empresa estatal venezuelana PDVSA, poderiam prejudicar a pesca por seis meses, afetando os que dependem desse setor.

O vice-presidente de notícias da Teleamazonas, Carlos Jijón, em entrevista à emissora Ecuavisa, disse que "o grave é que ontem se rompeu o Estado de direito, se romperam as garantias dos cidadãos". "O que ocorreu ontem é nefasto para a democracia, é um atentado muito grave contra os equatorianos", disse. "Tenho o direito de suspeitar que a decisão de fechar a Teleamazonas não foi tomada na Supertel, mas sim pela Presidência da República. Os equatorianos têm o direito de suspeitar disso e dizê-lo em voz alta. A Teleamazonas não foi julgada por um tribunal independente do poder político, isso é claríssimo", afirmou Jijón.

O deputado Andrés Páez, da Esquerda Democrática, disse ao canal Uno que o fechamento da Teleamazonas e da rádio Arutam "é um reflexo do autoritarismo que está vivendo o Equador e uma provocação e uma afronta à cidadania". Outros deputados também criticaram o comportamento da administração no caso. A emissora de televisão está fora do ar desde a tarde de ontem.

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

SE LULA EXISTE, TUDO É PERMITIDO

Por Ipojuca Pontes

OpiniãoLivre.Org


No romance “Os Irmãos Karamazov”, de Fiódor Dostoievski, o personagem Ivan, o mais velho dos irmãos, durante extensa conversa com o diabo em pessoa, ao ser tomado por incontrolável impulso de euforia, observa: “Se Deus não existe, tudo é permitido!”.

Alguns analistas da mais importante obra do escritor russo sugerem que Ivan, intelectual ateu sobrevivendo no epicentro de uma crise familiar (dentro de um país que se desintegrava), pretende justificar, com a frase niilista, o assassinato do pai, o devasso Pávlovich, do qual, julga-se, é o mentor intelectual.

Dostoievski escreveu “Os Irmãos Karamazov”, seu último romance, entre 1877/1880, quando a infeliz Rússia, movida pelo conflito entre a fé cristã e a razão iluminista, dava os primeiros passos rumo ao regime de terror revolucionário que seria instalado por Lenin et caterva em outubro de 1917.

Pois bem: associando a calamitosa situação do Brasil de 2009 à da Rússia pré-revolucionária do fim do século 19, que levou o mundo ao pesadelo do comunismo, entendo que a tarefa de quem escreve e fala é a de responsabilizar o atual presidente da República pelo caos moral, político e social que corrói os alicerces da nação, principiando por parafrasear o personagem do mestre russo: “Se Lula existe, tudo é permitido!”.

E não o digo só por mim: outro dia, numa feira pública de Copacabana, um delinqüente embriagado, cheio de si, arrancou a bolsa de uma idosa. Ao ser admoestado por um feirante, o marginal saiu-se com resposta modelar:


- “E daí?... Se Lula pode e faz pior, por que é que eu não posso?”

Com efeito, basta o sujeito andar pelas ruas ou ler o noticiário dos jornais para pressentir que, sob a tutela de Lula e sua exemplar corriola socialista o Brasil tornou-se o tablado diário do mais sórdido vale-tudo moral jamais travado nos seus cinco séculos de existência, onde pontificam roubos oficiais, fraudes ministeriais, desvio de verbas públicas, mentiras institucionais, chantagens e manipulações governamentais, crimes hediondos cometidos por autoridades que deveriam combatê-los, leis permissivas criadas para achacar o cidadão, prevaricação, concussão, etc. - tudo a formar um monstruoso leque de iniqüidades que a população, tal qual uma manada ao entrar no matadouro, a tudo assiste entre humilhada e impotente.

Sim, é fato, o Brasil “moderno” já viu de tudo: desde o massacre dos fanáticos de Canudos pela Quarta Expedição do General Artur Oscar, passando pelos incríveis golpes do ladrão Meneghetti na São Paulo dos anos 20 e a Revolta da Armada, promovida pela Marinha, que bombardeou o Rio de Janeiro contra as manobras continuístas do Marechal Floriano; desde a incrível (e covarde) Intentona Vermelha de 1935 financiada por Moscou até o crime da Fera da Penha, que nos anos 1960 seqüestrou e tocou fogo numa menina de 4 anos, passando pela a ação criminosa de Virgulino Lampião, que tinha como prazer sádico o ato de capar velhos que se cassassem com adolescentes, fazendo-os engolir depois pênis e testículos para - segundo ele - “dar o ensino”; desde o brutal “justiçamento” da adolescente Elza Fernandes, a “Garota”, que foi estrangulada por um fio de varal e quebrada em duas partes, em 1936, por ordens do indigitado Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança Malograda, passando pelas tragédias, artimanhas e fraudes políticas vividas por Vargas, Juscelino, Jânio, Jango, Geisel, Sarney, Collor e FHC até os atos canibalescos do famigerado Febrônio, tarado que violentava crianças e depois comia-lhes fígado e intestinos, aterrorizando o imaginário da população do eixo Rio-São Paulo nos anos 1930 – nada ou muito pouco escapou a nossa reconhecida capacidade de cultivar a barbárie.

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Governador colombiano sequestrado pelas Farc

Governador colombiano é sequestrado pelas Farc

EstadãoOnline


Supostos rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) sequestraram o governador de departamento (Estado) de Caquetá, no sul do país, informou a mídia local. O governador Luis Francisco Cuéllar foi capturado na segunda-feira após um ataque a sua casa, informou a rádio Caracol, citando funcionários locais.

Uma granada foi lançada na residência do governador em Florencia, a capital estadual de Caquetá. Após uma troca de tiros com seguranças, os rebeldes dominaram o governador e fugiram.

O paradeiro de Cuéllar não é conhecido, segundo a rádio. O chefe nacional de polícia, general Oscar Naranjo, deve chegar à região para comandar a operação de busca.

As Farc foram fundadas em 1964 e atualmente mantêm pelo menos 22 policiais e soldados reféns. Os rebeldes querem trocar esses agentes de segurança por membros das Farc presos. Segundo algumas fontes, porém, há vários outros reféns em poder das Farc na Colômbia.

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A pior lei do aborto possível

Por Julio Banacloche

Mídia Sem Máscara


Uma vez finalizada no Congresso a tramitação da lei de legalização do aborto - abandonemos os eufemismos -, cumprem-se os piores augúrios acerca do seu conteúdo. Todo o discurso - impostado - que setores do partido do Governo haviam construído para tentar justificar uma iniciativa legislativa que resultava incompreensível para boa parte do seu eleitorado, não deu em nada

No final, aprovou-se a lei mais radical e ideologizada da Europa. Abandonou-se à própria sorte milhares de mulheres angustiadas por sua gravidez e milhares de seres humanos cujo único delito consiste em não ser desejados, e em haver coincidido no tempo com uma maioria necrófila que diz respeitar a vida humana, porém que laminou as barreiras jurídicas - poucas - que ainda a protegiam nas primeiras etapas de seu acontecer histórico. Assim, a lei do aborto pode se gabar dos seguintes "méritos":

1. É a primeira lei que se aprovará em democracia transgredindo a doutrina já fixada pelo Tribunal Constitucional sobre uma matéria. À diferença de outros casos, aqui não se parte do zero, não se pode brincar com a dúvida acerca do que dirá ou não o Alto Tribunal. Este já se pronunciou sobre o estatuto constitucional do feto, da vida humana em formação. E exigiu algumas garantias que a nova lei não cumpre.

Não cabe, pois, presumi-la inconstitucional: é inconstitucional enquanto lei de prazos, e só uma mudança de doutrina do Tribunal pode torná-la incompatível com a Constituição. Por isso, teria que estabelecer se não procede a suspensão imediata da aplicação da lei pelo próprio Tribunal, se chega-se a estabelecer, como parece, um recurso de inconstitucionalidade. Porque, uma lei que transgride o artigo 15 da Constituição, segundo a interpretação do Tribunal Constitucional, não pode produzir efeitos.

2. Ademais, é a lei que consagrará o aborto livre e gratuito na Espanha. Com ela, as reivindicações clássicas do feminismo mais extremo tornaram-se realidade. É aborto livre, de fato, até a vigésima segunda semana: nas primeiras quatorze, pode-se abortar sem necessidade de alegar qualquer razão; e nas oito seguintes, bastará alegar "grave risco para a saúde" da grávida para fazê-lo. Porém, como segundo a nova lei a saúde engloba tudo, inclusive o psicológico (já nem sequer o psíquico) e o sócio-cultural, não haverá limite real algum. Quer dizer, que a nova lei será a mesma "peneira" de antes, embora, isso sim, já legalizada.

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sábado, 19 de dezembro de 2009

As FARC e as "comunidades da paz"

Por Mary Anastasia O'Grady

OrdemLivre.Org

Agora que os Estados Unidos se preparam para enviar mais 30.000 tropas para o Afeganistão, em uma missão que incluirá defender a população civil em uma narco-economia, a experiência da Colômbia com traficantes de drogas e terrorismo pode ser instrutiva.

O testemunho do ex-segundo comandante das Forças Armadas da Colômbia (FARC), que operam na região de cultivo de bananas e tráfico de drogas conhecida como Urabá, pode ser a Primeira Lição.

O ex-comandante de guerrilha Daniel Sierra Martinez — conhecido pelo nome de guerra "Samir" — entregou-se às autoridades colombianas em dezembro de 2008, em resposta à oferta de reconciliação nacional do Presidente Álvaro Uribe. Em troca de uma sentença reduzida, ele teria que confessar tudo sobre suas atividades em mais de duas décadas nas FARC. Na última semana, as autoridades colombianas concordaram em deixá-lo se sentar comigo e conversar sobre sua experiência de rebelde.

Samir me contou um bocado sobre o negócio de cocaína das FARC e a exploração de civis em zonas designadas por "organizações não governamentais" como "comunidades da paz". Ele também me contou que os supostos pacifistas que dirigiam a ONG local eram seus aliados, e uma importante ferramenta das FARC em seu esforço para desacreditar as forças armadas.

Em um discurso em setembro de 2003, o Presidente Uribe expressou sua preocupação com a possibilidade de que alguns grupos de "direitos humanos" fossem na verdade fachadas para terroristas. A esquerda internacional, incluindo o senador americano Chris Dodd, pularam em cima do presidente colombiano por conta de sua alegação. Mas os comentários de Uribe eram baseados em informações coletadas pela inteligência colombiana. Agora, o testemunho de Samir e de incontáveis outros que vêm da selva dão a Uribe ainda mais endosso.

O território das FARC inclui uma cidade chamada San José de Apartadó, designada como comunidade da paz em meados dos anos 1990 sob um plano proposto pela diocese católica local. A ideia era criar um lugar onde os civis podiam viver sem medo de organizações paramilitares ou guerrilhas. Conforme relatei em novembro de 2003, "a administração desta proposta, que pede o total desarmamento de todos os agentes na área da 'comunidade da paz', foi entregue essencialmente à ONG colombiana intercongregacional Justicia y Paz. A ONG recebeu endosso da Anistia Internacional e das Brigadas de Paz Internacionais."

Mas a comunidade da paz de San José de Apartadó, segundo Samir, não era nem um pouco neutra. Em vez disso, diz ele, as FARC tinham uma relação próxima com seus líderes, datando de seu início.

Samir afirma que a comunidade da paz era um porto seguro para rebeldes doentes ou feridos das FARC e para armazenar suprimentos médicos. Ele afirma também que fornecedores das FARC se encontravam com rebeldes na cidade, onde sempre havia também cinco ou seis membros das Brigadas de Paz Internacionais.

Segundo Samir, a comunidade da paz ajudou as FARC em seu esforço para tachar o exército colombiano de violador dos direitos humanos. Quando a comunidade estava se preparando para acusar alguém de violação dos direitos humanos, Samir administrava as "testemunhas", mandando membros da FARC, fingindo-se de civis, prestarem testemunho.

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O passatempo de Stalin

Estranho passatempo de Stalin: anotações em desenhos de homens nus

Veja.com

AFP

Os comentários irreverentes de Stalin anotados com pena de escrever em desenhos de nus masculinos, mostrados em exposição inédita aberta nesta sexta-feira como parte das comemorações do 130º aniversário do nascimento do ditador, estão causando polêmica em Moscou.

Com o título "Mensagens do grande líder: os autógrafos de Stalin", esta exposição apresenta reproduções de obras de arte dos séculos XIX e XX com comentários escritos pelo Paizinho dos Povos.

"Este ruivo bastardo de Radek, se não tivesse urinado no vento, estaria vivo", escreve sobre a perna de um imponente nu masculino.

O comentário parece fazer alusão a Karl Radek, ex-chefe do Komintern, organização comunista internacional criada pelos bolcheviques, que provavelmente foi assassinado pela polícia secreta de Stalin em 1939.

Outro escrito menciona o teórico marxista Gueorgui Plekhanov. "Plekhanov, por que faz sinal (com a mão) para trás? Covarde inimigo do povo", voltou a escrever Stalin num desenho que representa outro homem nu.

A exposição está dando lugar, também, a especulações sobre as prováveis tendências homossexuais do ex-ditador; a maioria dos desenhos representam homens.

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Estado do Khmer Vermelho acusado de genocídio

Ex-chefe de Estado do Khmer Vermelho acusado de genocídio

UOL Notícias

AFP

O ex-chefe de Estado do regime dos Khmer Vermelho no Camboja (1975-79) Jieu Samphan foi acusado de genocídio por um juiz do tribunal de Phnom Penh, patrocinado pela ONU, anunciaram fontes oficiais.

Jieu Samphan, 78 anos, que se apresenta como um intelectual patriota afastado do "núcleo dirigente" secreto do Khmer Vermelho, foi informado da acusação nesta sexta-feira.

"Ele foi levado para Corte e informado de que as acusações contra ele foram ampliadas para genocídio contra os vietnamitas e (a minoria muçulmana) os chams", declarou uma fonte oficial.

Quase dois milhões de pessoas, 25% da população do Camboja na época, morreram em consequência da tortura, esgotamento e desnutrição sob a ditadura de Pol Pot.

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Serra elogia grandeza de Aécio

Serra elogia grandeza e desprendimento de Aécio e condena semear discórdia

Folha Online

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), elogiou hoje o mineiro Aécio Neves (PSDB), que anunciou a desistência à pré-candidatura à Presidência. Aécio disputava com Serra a indicação para a encabeçar a chapa tucana de 2010.

Em nota, Serra disse que Aécio tem todas as condições para ser candidato a presidente. "O governador Aécio Neves tem todas as condições para ser o candidato do nosso partido a presidente, por seu preparo, sua experiência política, sua visão de Brasil e seu desempenho como governador eleito e reeleito de Minas Gerais."

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também disse que Aécio tem qualidades para assumir cargos importantes no Planalto. "Não só Minas, mas todo o Brasil vê no governador qualidades de liderança que o credenciam a assumir as mais altas responsabilidades da República."

Serra elogiou ainda o desprendimento e a grandeza do gesto de Aécio. "Os termos em que ele se manifestou confirmam a afinidade de valores e as preocupações que inspiram nossa caminhada política".

FHC, que chegou a articular a chapa Serra-Aécio, elogiou Aécio e disse que o gesto dele "demonstra generosa compreensão do momento político".

O secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a atitude de Aécio mantém a unidade do partido. "Vejo no gesto do governador Aécio Neves mais uma manifestação em prol da unidade do PSDB", afirmou Alckmin, por meio de sua assessoria.

Nas eleições de 2006, Serra e Alckmin eram pré-candidatos do PSDB à Presidência. Na ocasião, Serra desistiu da pré-candidatura em favor de Alckmin. Já nas eleições de 2008, Serra não embarcou totalmente na campanha de Alckmin à Prefeitura de São Paulo, pois apoiava seu ex-vice, Gilberto Kassab (DEM).

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QUANDO O BRASIL COMEÇOU A SE FERRAR

Por Ipojuca Pontes

OpiniãoLivre.com


Vendo no jornal da TV Globo (“uma emissora a serviço do governo”) Lula dizer que as imagens do governador Zé Arruda arrastando a grana do propinoduto brasiliense “não falam por si”, nem provam coisa alguma, me veio à cabeça uma pergunta tardia, mas obrigatória: quando foi que o Brasil começou a se ferrar?

Logo me lembrei que o historiador inglês Paul Johnson, em seu livro “Tempos Modernos” (Instituto Liberal/Rio/1990), afirma que o fatídico século XX, dominado pela desgraça totalitária, começou no Brasil, quando um eclipse solar foi fotografado na cidade de Sobral, no Ceará, revelando o imprevisto desvio de movimento do planeta Mercúrio em exatos 43 segundos no transcorrer de todo século XIX.

O singular fenômeno do desvio do corpo celeste, detectado por possantes telescópios, abalava fundo a cosmologia de Newton (baseada nas linhas retas da geometria euclidiana e nas noções do tempo absoluto de Galileu), que tinha servido como pano de fundo para o Iluminismo europeu, a Revolução Industrial e a vasta expansão do conhecimento humano. Segundo Johnson, o desvio de meros 43 segundos flagrado a partir da foto do eclipse solar em Sobral, deu margem a criação de uma nova – e fragmentada – teoria do universo: a Teoria da Relatividade Restrita (e depois “Geral”), criada e consagrada por Albert Einstein.

Fiquei matutando durante tempo considerável se o tal desvio não estaria na raiz do nosso sinistro presente, mas logo me dei conta de que as observações teóricas do físico alemão em torno da relatividade do tempo e do espaço, tidas como superadas, me levariam à funesta equação de que “toda massa pode ser transformada em energia”, vale dizer, na Bomba Atômica – e então, adotando a postura de Mercúrio, desviei de rota.

Em seguida, pensei: talvez a resposta sobre como e quando o Brasil começou a entrar pelo cano demande esforço em outra direção. Então, em vez de queimar a mufa com a ciência relativista, por que não procurar resposta no Google, ou consultar o Nivaldo Cordeiro, que tem resposta para tudo, ou, quem sabe, examinar os velhos alfarrábios? Como a madrugada avançava célere, eliminei as duas hipóteses iniciais e parti para a terceira. Fui à biblioteca, e da estante de obras raras retirei o grosso volume de “Notícia do Brasil”, escrito em 1587 por Gabriel Soares de Sousa, um colono que durante 17 anos percorreu todo o país para revelar em prosa honesta o que éramos nos nossos primórdios.

No vasto levantamento que fez do Brasil, Gabriel Soares nos leva a acreditar que, de fato, seriamos o “país do futuro”. Sua visão do que tínhamos e éramos pode ser considerada mais do que positiva. Por exemplo: escrevendo ao primeiro editor do livro, o nobre Cristóvão de Moura, residente em Madrid, o autor não contém o entusiasmo com as “grandezas e estranhezas” que tomam conta do lugar, ressaltando que, nele, a “terra é quase toda muito fértil, mui sadia, fresca e levada de bons ares, e regada de frescas e frias águas”.

No que se refere às nossas riquezas naturais, ele diz que “A província é abastada de mantimentos de muita substância e menos trabalhosos que os de Espanha”. E especifica: “Dão-se nelas muitas carnes, assim naturais, como das de Portugal, e maravilhosos pescados; onde se dão também melhores algodões que em outra parte sabida, e muitos açucares tão bom como na ilha da Madeira”.

E prossegue Gabriel Soares no seu encantamento: “Tem muito pau de que se fazem as tintas. Em algumas partes dela se dá trigo, cevada, e vinho muito bom, e em todas todos os frutos e sementes de Espanha. E há que se descobrir os metais que nesta terra há; porque lhe não faltam ferro, aço, cobre, ouro. esmeraldas, cristal e muito salitre, e em cuja costa sai do mar todos os anos muito e bom âmbar; e de todas estas e outras podiam vir todos os anos a estes reinos em tanta abastança”;

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Como engabelar o telespectador

Por Bruno Pontes

Mídia Sem Máscara


Em clima de conferência do clima em Copenhague, o programa Fantástico (6 de dezembro) preparou psicologicamente o telespectador para a catástrofe planetária que se aproxima, oferecendo contudo uma saída para o apocalipse devidamente sacramentada pelo Organização das Nações Unidas. A saída consiste em fazer o que a ONU disser que deve ser feito.

Os e-mails vazados por hackers que expõem a falcatrua dos cientistas da Universidade de East Anglia, comunicaram os apresentadores do programa, foram categoricamente desacreditados pela ONU. O aquecimento global é "i-ne-quí-vo-co" (Zeca Camargo caprichou na ênfase). Portanto, os alienados devem tirar o cavalo da chuva: o mundo vai acabar mesmo. Assim diz a ONU, a autoridade máxima da nossa era.

Sem mostrar ao telespectador o conteúdo de algumas das mensagens trocadas pelos cientistas (como, por exemplo, aquela que fala em usar o "truque" para esconder o "declínio" da temperatura), o Fantástico deu o assunto por encerrado. A tese do aquecimento global está sendo usada como pretexto de uma regulação econômica sem precedente, pois se trata de uma regulação global - nenhum imperador em qualquer época alcançou tamanha jurisdição. E como reage o Fantástico (a grande imprensa inteira) ante a descoberta de milhares de documentos que podem desmascarar essa tese? Faz de conta que o caso não tem importância. Chamam isso de jornalismo.

A matéria diz ainda que "o mundo inteiro está preocupado", pois "a Terra já está quase 1º C mais quente do que há 150 anos, quando começou a era industrial". Grande coisa! A temperatura da Terra tem variado desde o primeiro dia. Houve períodos quentes e períodos frios. O físico José Carlos Parente de Oliveira, da Universidade Federal do Ceará, em entrevista ao Diário do Nordeste (15 de novembro), nos informa que por volta dos anos 1300 (segundo minhas fontes, nessa época não existiam fábricas nem automóveis, tampouco petrolíferas) ocorreu o chamado Período Quente Medieval, em que a temperatura da Terra foi superior à atual em cerca de um grau centígrado. Por volta dos anos 1800 tivemos a Pequena Era Glacial. Não há nada de anormal na possibilidade de a temperatura ter subido (ou baixado) num certo espaço de tempo. Já aconteceu antes e acontecerá novamente, independentemente do que a humanidade faça ou deixe de fazer.

Além disso, José Carlos Parente de Oliveira e centenas de outros cientistas "céticos" (termo que na acepção da ONU equivale a "hereges") sustentam que a temperatura do planeta vem caindo - caindo - desde 1998. Existem dados colhidos por satélites para prová-lo, mas, conforme o físico, "esses dados não são aceitos e nem utilizados pelo IPCC nos seus documentos". Ou seja: a ciência da ONU está fechada ao debate. Isso não é ciência, é ideologia fanática.

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Brasil vai pagar mais caro pelo gás bolivariano

Brasil fecha acordo para pagar US$ 1,2 bi a mais por gás boliviano

Estadão Online

Petrobrás e a estatal boliviana YPFB marcaram para sexta-feira a assinatura de um termo aditivo ao contrato de importações de gás que garantirá à Bolívia um ganho adicional de, pelo menos, US$ 1,2 bilhão até 2019. O acordo confirma a Ata de Brasília, assinada em 2007 pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, na qual o Brasil se comprometia a pagar mais pelas "frações líquidas" do gás boliviano: propano, butano e gasolina natural.

Dificilmente a Petrobrás conseguirá repassar a alta de custos aos consumidores. Hoje sobre gás natural no País, reflexo da crise econômica e da entrada de novos campos produtores no Brasil. A expectativa é que o mercado brasileiro feche o ano com consumo de gás equivalente ao verificado em 2005.

Fechado em reunião realizada anteontem em Santa Cruz de la Sierra, o acordo prevê o pagamento mínimo de US$ 100 milhões por ano pelas frações líquidas. O extra será pago com retroatividade a 2007 e seguirá até o fim do contrato. Com relação a 2007, o valor será exatamente de US$ 100 milhões, com quitação 30 dias após a assinatura do aditivo. Para os anos seguintes, depende de uma fórmula que será inserida no contrato, informou uma fonte próxima às negociações.

A Petrobrás preferiu não se pronunciar sobre o tema. A empresa vinha adiando, desde 2007, as negociações com os bolivianos sobre a fórmula para o pagamento. A Bolívia alegava que o Brasil pagava preço de gás seco por um produto mais nobre, que tem maior poder calorífico e pode servir de matéria-prima para a fabricação de gás de botijão e para a indústria petroquímica.

Há cerca de quatro meses, pouco antes das eleições presidenciais, La Paz retomou a pressão sobre Brasília para resolver a questão. Em agosto, o tema foi tratado reservadamente em encontro entre Lula e Morales na região do Chapare, berço político do presidente da Bolívia. Questões técnicas, porém, teriam impedido o acordo antes da eleição na Bolívia.

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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O discurso de aceitação de Obama

Por Benjamin H. Friedman

OrdemLivre.Org

Tenho duas reclamações sobre o discurso de aceite do Prêmio Nobel de Obama; um factual, o outro teórico. O primeiro se refere à repetição da afirmação comum de que vivemos em um mundo de cada vez mais instabilidade e guerra civil. O presidente disse:

"O ressurgimento de conflitos étnicos e sectários; o crescimento dos movimentos de secessão, insurgências, e estados fracassados — todas essas coisas vêm cada vez mais encurralando civis em um caos interminável."

A verdade exige que se mude "cada vez mais" para "cada vez menos". ORelatório da Segurança Humana mostra o caso. Seus gráficos mostram que a guerra civil (guerra entre estados) — a que Obama está se referindo — se tornou cada vez menos comum ao longo das últimas décadas. Pode-se ver, também, que a guerra civil mata muito menos pessoas hoje em dia do que antigamente.

Minha segunda reclamação é sobre o fracasso de Obama em reconhecer que a paz é um valor que compete com outros. Seres humanos lidam uns com os outros não reconciliando todas as suas diferenças, mas tolerando-as. As nações evitam a guerra aceitando os pequenos perigos que as outras representam, em vez de criar perigos maiores na tentativa de atingir segurança total. Se os Estados Unidos tivessem sacrificado seu desejo de promover o anticomunismo e o livre comércio e conter o comunismo em 1950, como fizeram na Europa Oriental, poderiam ter evitado a Guerra da Coreia. Ao aceitar uma dose de risco das armas nucleares iranianas, evitamos uma guerra preventiva. Mantemos a paz no Sudão porque não fazemos cumprir em Darfur as normas humanitárias. Poderíamos derrubar o governo do Zimbábue, ou da Coreia do Norte, e salvar pessoas da doença e da fome. Mas preferimos a paz. O Paquistão enfraquece sua instável paz com a Índia por querer recuperar Caxemira. Israel faz algo semelhante com a Margem Ocidental.

Como quer que se julguem essas escolhas, é importante reconhecê-las como tais. Vencedores legítimos de prêmios da paz são pessoas que sacrificaram algo importante para evitar uma guerra, ou pelo menos defenderam que se sacrificasse.

Não é surpreendente que o presidente, dado seu emprego, celebre a moralidade da hegemonia militar americana e desconsidere argumentos de que ela não é uma fonte de paz. Era previsível que ele defenderia a ideia de que a paz no longo prazo frequentemente requer sacrificá-la no curto prazo, dado que os Estados Unidos estão lutando duas guerras em nome da estabilidade. O que me irritou foi ele não ter mencionado que a paz também requer sacrifício.

Se há uma mensagem que dá coesão ao seu discurso, é esta: todas as coisas boas andam juntas. Não precisamos escolher a paz às custas do ativismo militar americano, da democracia, da justiça ou do desenvolvimento econômico no exterior — todos esses servem o mesmo propósito. Obama basicamente definiu a paz como um mundo livre de pobreza e injustiça. Ele disse, por exemplo, que a paz entre estados não é durável sem o senso de justiça oferecido por uma ideologia de liberdade, porque um governo autocrático causa inquietação e violência. À parte de seu uso criativo da história, o que é notável aqui é sua recusa em reconhecer que manter a paz com autocracias é geralmente virtuoso, mas trágico.

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domingo, 13 de dezembro de 2009

"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul


Por Carlos Madeiro

UOL Notícias

Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.

Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.

UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?

Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?

Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?

Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.

Molion: Depende de como se mede.

UOL: Mede-se errado hoje?

Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?

Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

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sábado, 12 de dezembro de 2009

O cinismo passou da conta

Por Augusto Nunes

Coluna do Augusto Nunes

O primeiro foi o senador José Sarney, num artigo na Folha. “Ultimamente, os escândalos de corrupção têm marcado a vida pública brasileira. São episódios vergonhosos que denigrem cada vez mais os políticos”. O segundo foi o senador Aloyzio Mercadante, na festa de aniversário do PT: “A oposição deve estar engasgada com o panetone”. O terceiro foi o presidente Lula, depois de mais um almoço: “Tenho nojo de ver tanta corrupção”.

Em menos de 10 dias, três figuras enfiadas até o pescoço em patifarias ainda por explicar pegaram carona na roubalheira em Brasília, comandada pelo governador José Roberto Arruda e sua Turma do Panetone, para o esperto hasteamento da bandeira da moralidade. Pelo andar da carruagem, espantaram-se milhões de brasileiros perplexos com o espetáculo do cinismo, o PCC já prepara um manifesto exigindo o endurecimento do combate ao crime.

Só pode indignar-se com escândalos quem não protagonizou nenhum. Só pode condenar corruptos quem não os condena seletivamente. Só pode estarrecer-se com bandidagens que não tem prontuário. Só pode exigir punições quem não protege delinquentes. A trinca segue fingindo que o mensalão nem existiu. Não atende a tais requisitos. Deve calar-se o mais silenciosamente possível.

Se a Polícia Federal tivesse filmado a Famiglia Sarney fazendo negócios por telefone, teria produzido vídeos tão escabrosos quanto os que documentam os pecados da quadrilha de Arruda. A diferença é que as gravações censuradas com o consentimento do Supremo Tribunal Federal se restringem ao áudio.

Os maços de dólares enfiados em meias, cuecas e malas pelos amadores brasilienses decerto caberiam nas sacolas de dinheiro carregadas pelos aloprados de Mercadante. As cenas que documentam a Operação Panetone para Todos são tão sórdidas quanto o conteúdo dos dossiês fraudulentos. E não são mais desoladoras que os recuos, rendições e retiradas do companheiro que revogou a renúncia irrevogável.

Se resolvessem contar tudo, Sarney e Mercadante produziriam depoimentos medidos em horas. Se Lula contar metade do que sabe, falaria durante semanas. A sorte do presidente é o sumiço da oposição inclemente e, sobretudo, do tribuno sem medo.

O país vem suportando há anos juras de inocência declamadas por pecadores juramentados. Não conseguirá engolir sem engasgos sermões moralistas recitados por cardeais que comandam, apadrinham ou abençoam a corrupção federal, nem por seus coroinhas.

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

UnoAmérica denuncia fraude eleitoral na Bolívia

Por Alejandro Peña Esclusa

Mídia Sem Máscara

Bogotá, 8 de dezembro - A União de Organizações Democráticas da América, UnoAmérica, denunciou hoje que na Bolívia ocorreu uma massiva fraude eleitoral, cujo propósito é legitimar nesse país um modelo totalitário, planejado em Cuba e financiado pela Venezuela.

Já em 6 de novembro, UnoAmérica havia assinalado as inconstâncias no padrão eleitoral e a feroz perseguição à oposição (UnoAmérica: as eleições bolivianas estão viciadas), o qual invalidava de antemão as eleições. Entretanto, antes e durante a jornada eleitoral do domingo passado, nossos temores foram reconfirmados, encontrando as seguintes irregularidades:

1. Uma intensa perseguição contra o principal candidato opositor, Manfred Reyes Villa, induzida desde o governo;

2. Impedimento de o principal candidato a Vice-Presidente, Leopoldo Fernández, que se encontra encarcerado desde há mais de um ano sem julgamento e sem condenação, de fazer campanha;

3. Violação sistemática do marco normativo eleitoral por parte da administração de Evo Morales;

4. Violência política exercida pelos grupos de choque do partido oficial;

5. Violações ao voto secreto sob a figura de "voto comunitário";

6. Financiamento pouco transparente da campanha oficial;

7. Crescimento suspeito do padrão eleitoral, que em várias localidades ultrapassou 300% de inscritos;

8. Participação na elaboração do novo padrão de uma empresa venezuelana acusada de colaborar na fraude de Hugo Chávez;

9. Denúncias de notários eleitorais sobre 175 máquinas de registro biométrico carregadas com 3.000 inscritos adicionais, cada uma por técnicos da Corte Nacional Eleitoral (CNE);

10. Pressões do governo à CNE, como ameaças de julgamento e de investigação por parte da Controladoria, com a finalidade de manipular esse organismo;

11. Habilitação irregular de ao redor de 100.000 inscritos observados, em razão das pressões do governo sobre a CNE;

12. A CNE não entregou o padrão com impressões digitais e fotografias aos partidos políticos;

13. Em várias mesas de votação constatou-se a existência de papeletas sem fotografias dos candidatos opositores;

14. Em vários pontos do país, o partido do governo transportou votantes em caminhões e outros veículos no dia do sufrágio, contrariando as disposições legais.

Estas irregularidades e delitos eleitorais põem em dúvida não só a validade dos resultados, senão os supostos 63 por cento de respaldo popular a Evo Morales, cifra que está sendo manipulada pelo oficialismo para justificar mudanças drásticas e permanentes no sistema político boliviano.

UnoAmérica faz um chamado às missões de observadores eleitorais ainda presentes na Bolívia, para cumprir seu trabalho com responsabilidade e a não se tornar cúmplices da fraude, recolhendo em seus respectivos informes as denúncias sobre as evidente irregularidades existentes nas eleições. Ademais, faz um chamado às lideranças democráticas da América Latina para rechaçar o modelo totalitário que Evo Morales pretende implantar na Bolívia, com o apoio de seus aliados do Foro de São Paulo.

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

El Salvador está disposto a reconhecer governo de Honduras

Folha Online

da Ansa, em Washington

O chanceler de El Salvador, Hugo Martínez, afirmou nesta quinta-feira, durante uma visita aos Estados Unidos, que aguarda os primeiros gestos do vencedor das eleições presidenciais hondurenhas, Porfirio "Pepe" Lobo, para decidir se reconhece ou não seu mandato, que terá início em janeiro.

Conforme o chanceler, há tempo suficiente até o início do mandato para que a comunidade internacional possa "observar os gestos" de Lobo. "Gostaríamos de observar alguns sinais do compromisso de Lobo com a democracia e a unidade nacional", prosseguiu.

Na noite de ontem, Zelaya foi impedido de deixar o país pelo regime interino encabeçado por Roberto Micheletti. Ele teria como destino o México, país que chegou a enviar um avião para buscá-lo, mas acabou tendo rejeitado o pedido de salvo-conduto feito a Micheletti. Conforme explicou depois o próprio Zelaya, Micheletti impôs como condição para dar o salvo-conduto a assinatura de um documento no qual ele renunciaria ao cargo.

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Abortada saída de Zelaya da embaixada brasileira em Honduras

Do UOL Notícias

A negociação que garantiria a saída do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, da embaixada brasileira no país foi abortada na madrugada desta quinta-feira. Zelaya afirmou que o governo interino "abortou o processo que estava sendo promovido pelo México" para que ele pudesse deixar o país, ao exigir sua renúncia ao cargo de líder como condição para sua saída.

O presidente deposto fez a declaração à rede de televisão mexicana Televisa, após o ministro das Relações Exteriores hondurenho, Carlos López, afirmar que o pedido de salvo-conduto feito pelo México para que Zelaya pudesse viajar ao país foi negado. O chanceler garantiu, no entanto, que a possibilidade do documento ser concedido "segue em aberto".

O governo hondurenho "negou (o salvo-conduto) pela forma como foi feita a solicitação e pela falta de qualificação jurídica do tipo de asilo que lhe pretendiam conceder", explicou López à imprensa local. O chanceler não quis entrar em detalhes sobre os termos da solicitação mexicana. "Não quero me estender sobre esse tema porque diz respeito à relação bilateral entre os dois países. Posso dizer apenas que o pedido não reunia as condições apropriadas", justificou.

Em entrevista à versão hispânica da rede de televisão CNN, López afirmou, no entanto, que o governo de Roberto Micheletti aceitaria "com muito gosto" a concessão de asilo do México ao presidente deposto. Só que esta possibilidade já havia sido descartada por Zelaya, que não aceita deixar o país como exilado. À TV Telesur, o presidente deposto disse que não pediu asilo político a nenhum país. "Em caso de uma eventual saída de Honduras, ela ocorreria na qualidade de presidente dos hondurenhos."

Na noite de ontem, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil chegou a confirmar a iminente saída de Zelaya da embaixada brasileira em Tegucigalpa. Além disso, o encarregado de negócios da embaixada brasileira, Francisco Catunda, afirmou à Globonews que o presidente deposto havia aceitado um convite feito pelo presidente do México, Felipe Calderón, para se abrigar no país como um "hóspede de honra". Permaneceria, portanto, em situação análoga a que ele se encontra na Embaixada do Brasil.

Deposto em 28 de junho, Zelaya retornou para Honduras secretamente há três meses e meio. Desde então, Zelaya é hóspede da Embaixada do Brasil. Na semana passada, o Congresso de Honduras decidiu que Zelaya não retornará ao poder.

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Piñera é favorito no Chile

Piñera é favorito em eleição presidencial no Chile--pesquisa

Estadão Online

REUTERS

O candidato do governo à presidência do Chile, Eduardo Frei, passaria a um segundo turno contra o empresário da direita opositora Sebastián Piñera, que obteria maioria simples no primeiro turno, revelou uma pesquisa nesta quarta-feira.

Os chilenos irão às urnas no domingo para eleger um novo presidente e o multimilionário empresário Piñera conseguiria 44,1 por cento dos votos, enquanto Frei ficaria com 31 por cento, segundo a pesquisa da Corporación CERC.

Mais distante ficaria o deputado independente Marco Enríquez-Ominami, com 17,7 por cento, e o esquerdista Jorge Arrate, com 7,2 por cento. A projeção do primeiro turno considera a tendência de 12 por cento de indecisos.

"Em um segundo turno, entre Sebastián Piñera e Eduardo Frei, os resultados de outubro estão mantidos: Piñera recebe 49 por cento e Frei, 32 por cento, que detém desde quase um ano", disse a CERC em comunicado. A intenção de vota no segundo turno não considerou a tendência dos indecisos.

"50 por cento dos eleitores de Enríquez-Ominami apoiariam Frei no segundo turno e 23 por cento votariam em Piñera", acrescentou o estudo.

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A batalha de Honduras e o fantasma dos golpes militares

Por Tibiriçá Ramaglio

Mídia Sem Máscara

Tudo indica que a batalha de Honduras terminou e com o mesmo resultado do confronto entre Davi e Golias. Por mais surpreendente que seja a vitória dos democratas hondurenhos, contudo, o que mais me surpreende é o poder da retórica dos apoiadores de Manuel Zelaya: Brasil, Cuba, Espanha e Venezuela, que conseguiram fazer prevalecer a versão de que ocorreu no país um golpe de Estado nos moldes dos que ocorriam na América Latina nos tempos da Guerra Fria, a partir do único deslize*, por assim dizer, na destituição de um presidente que infringiu a Constituição, com vistas a se perpetuar no cargo.

A partir dessa conversa fiada, o Brasil simplesmente interveio em Honduras, tomando claramente o partido de Zelaya, sem que essa escancarada intromissão na política de um país estrangeiro fosse seriamente questionada, exceto pelo próprio governo provisório de Honduras, que levou o caso à corte de Haya. Essa conversa fiada também foi utilizada para justificar uma pressão norte-americana pró-Zelaya, que só não produziu resultados graças à rápida mobilização dos republicanos no Congresso dos Estados Unidos, capitaneados pelo senador DeMint**, que reverteu a tendência de atuação do governo Obama.

A tese do golpe antidemocrático em Honduras - vamos chamar assim - me parece revelar, entre outras coisas mais evidentes, a persistência do passado no presente: o fantasma dos golpes militares dos anos 1960 ainda assombra muita gente e foi o fiador da retórica antigolpista comandada, ao menos explicitamente, pela diplomacia brasileira. Apesar de sustentada pelo Legislativo, pelo Judiciário e, sobretudo, pela Constituição hondurenha, a legalidade da destituição de Zelaya e do governo que o sucedeu não conseguiu se sobrepôr à tese do golpe, de modo que a versão prevaleceu sobre o fato na imprensa, nas instituições internacionais, no cenário diplomático.

Prevaleceu e prevalece: essa mesma versão deve sustentar a "retirada estratégica" do exército de Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia do campo de batalha. O Brasil não há de reconhecer o resultado das eleições em Honduras até que o presidente eleito tome posse ou algumas semanas depois disso. Só então a troika Lula, Amorim e Garcia vai se dignar a reconhecer que os fatos mudaram, que é preciso olhar para a frente e que, como já não estarão tratando com golpistas, podem reconhecer o governo de Porfirio Lobo.

Notas:

* O deslize, evidentemente, foi Zelaya não ter sido preso, mas deportado e deportado de pijama. O pijama causou espécie à mídia brasileira, embora, convenhamos, tivesse sido muito pior se Zelaya fosse deportado sem pijama.

** Em seu boletim Freedom Alert, o senador DeMint comemorou a vitória da batalha de Honduras, com palavras que traduzem o espírito da democracia norte-americana e que transcrevo a seguir, sem tradução, porque hoje é sábado:

"This past Sunday, Hondurans secured a victory for democracy and the rule of law after they voted for a new president in free and fair elections. This only happened after they took a courageous stand against international pressure to reinstate the disgraced Manuel Zelaya, a close ally of Venezuelan dictator Hugo Chavez and the Cuban Castro brothers, who had tried to install himself as a dictator.

Initially, the Obama Administration supported Zelaya, but they have recently reversed this flawed policy and committed to stand with the Honduran people and their fight for freedom. As a member of the Senate Foreign Relations Committee, I applaud the Obama Administration for now recognizing the election of Porfirio Lobo as Honduras' new president, and look forward to restoring our relationship with Honduras, a faithful U.S. ally."

Blog: http://observatóriodepiratininga.blogspot.com

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Nem a Bíblia escapa!

Por Klauber Cristofen Pires

Endireitar.com.br


Venho denunciar um fato gravíssimo. Minha esposa adquiriu uma Bíblia nova (a nossa estava meio velhinha), e o que encontramos? A teologia da libertação, apoderando-se da palavra de Deus para pregar Karl Marx!

Trata-se da Bíblia Sagrada - Edição Pastoral, 70ª edição, editora Paulus. O exemplar é idêntico ao da foto ao lado, pelo preço aproximado de R$ 16,00. Apesar de se tratar de um livro razoavelmente bem acabado - possui notas de referências e mapas - o que o torna interessante - os livros bíblicos são precedidos por introduções que manifestam claramente o caráter marxista da TL, pelo que convido o leitor a conferir, a começar pelo título da obra: "Edição Pastoral".

Veja o que está escrito na introdução ao Evangelho Segundo São Marcos, à página 1221:

Toda a atividade de Jesus é o anúncio e a concretização da vinda do Reino de Deus (Mc 1,15). E isso se manifesta pela transformação radical das relações humanas: o poder é substituído pelo serviço (campo político), o comércio pela partilha (campo econômico), a alienação pela capacidade de ver e ouvir a realidade (campo ideológico). Trata-se de proposta alternativa de sociedade, que leva ao nivelamento fraterno das pessoas.

Agora vamos dar uma olhada na introdução ao Evangelho Segundo São Lucas, à página 1248:

O caminho de Jesus inicia o processo de libertação na história, e por isso realiza nova história: a história dos pobres e oprimidos que são libertos para usufruírem a vida dentro de novas relações entre os homens. O programa de ação libertadora de Jesus é apresentado no seu discurso na Sinagoga de Nazaré (4,16-22). Por essa razão, o caminho provoca confronto, choque com aqueles que julgam a história como já realizada e querem manter o sistema organizado. Tal sistema, porém, mostra apenas a história tal como é contada pelos ricos e poderosos, que exploram e oprimem o povo, reduzindo-o à miséria e fraqueza. O caminho de Jesus força a revisão dessa história, e começa a contar a história a ser construída pelos pobres (1,46-55; 1,67-79). (grifos dos editores)

(...)

O caminho de Jesus é, portanto, a pedagogia que ensina a fazer a história dos pobres que buscam um mundo mais justo e mais humano. Com efeito, Jesus traz o projeto para uma ordem nova, a libertação que leva os homens à relação de partilha e fraternidade, substituindo as relações de exploração e dominação.

Bom, só por amostragem já deu pra perceber a deturpação e a subjugação do ensinamento cristão à doutrina marxista. Eu não sou um doutor dos textos sagrados, mas tenho que Jesus jamais afirmou qualquer coisa sobre o sistema econômico vigente. Pelo contrário, ele disse: "No meio de vocês sempre haverá pobres; ao passo que eu não estarei sempre com vocês." (João, 12, 8), bem como deixou-se ser recebido pelo cobrador de impostos Zaqueu, e ainda mais, ensinou a um soldado romano a não reclamar do seu salário!

Campo político? Quando que Jesus fez política? Aqui recorro à autoridade de quem entende de Política: Lula! Não foi ele quem disse recentemente que, se Jesus se metesse com a política, teria feito alianças? Arre! Os editores querem distorcer a idéia da solicitude, do amparo e da caridade para tratar da dialética marxista das "relações", à luz do método Paulo Freire, para construir uma sociedade materialmente igualitária, isto é, sem classes sociais.

Em João, então? Com quem os editores confundem Jesus? Com Lênin, Stalin ou Hitler? Pois o novo homem há de nascer da sua proposta de uma nova história (agora os grifos são meus), fruto da revolução (confronto, choque) que "libertará" os homens pobres (a luta de classes e a vitória do proletariado), substituindo as relações de "exploração e dominação", conforme, aliás, o que prega o determinismo histórico barbudão.

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domingo, 6 de dezembro de 2009

Irã proíbe imprensa estrageira de fazer reportagens sobre a manifestação estudantil

Irã proíbe mídia estrangeira de cobrir protesto de estudantes

Dcomércio.com.br

Agência Estado/Reuters

O Irã anunciou neste sábado, 5, que a imprensa estrangeira está proibida de fazer reportagens sobre uma manifestação estudantil programada para a próxima semana, que as autoridades temem que possa se tornar uma repetição dos protestos contra a contestada eleição presidencial de junho.

A polícia e a importante Guarda Revolucionária alertaram que qualquer protesto "ilegal" na segunda-feira (7), Dia do Estudante, será combatido com firmeza. A data marca a morte de três estudantes em 1953 sob o regime do antigo xá.

"Todas as permissões concedidas à mídia estrangeira para cobrir notícias em Teerã estão revogadas entre 7 de dezembro e 9 de dezembro", disse o departamento de mídia internacional do Ministério da Cultura, neste sábado, em mensagem SMS enviada aos celulares de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas que trabalham como correspondentes estrangeiros no Irã.

Nos últimos dias, conexões de Internet em Teerã estiveram muito lentas ou totalmente fora de serviço. Uma autoridade do Ministério das Telecomunicações disse à Reuters que o acesso à Internet e as linhas de telefones celulares serão desabilitadas na segunda-feira.

Após a eleição de 12 de junho que reelegeu o presidente linha dura Mahmoud Ahmadinejad por uma margem apertada, seus oponentes reformistas acusaram o governo de fraude e milhares de iranianos foram às ruas em protesto, na maior manifestação popular do país nos últimos 30 anos.

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Documentário: Hasta Cuando?

PARTE 1



PARTE 2



PARTE 3



PARTE 4



PARTE 5



Rey El Vikingo: Hasta Cuando?