sábado, 31 de julho de 2010

Alvaro Uribe tem razão

Editorial de "O Globo"

Blog do Noblat

Impregnado de soberba pelos altíssimos índices de popularidade ao longo de quase oito anos de governo, o presidente Lula tem dado inúmeras demonstrações de que pensa estar acima de tudo e de todos. A Justiça eleitoral que o diga.

São conhecidas suas tiradas e improvisos em declarações oficiais e de campanha, bem-humoradas umas, exageradas algumas, despropositadas outras. Ao longo do tempo, a reação passou a ser “mais uma do Lula”, e deixa para lá. Mas, na política externa, as declarações do presidente têm causado estragos.

É o que aconteceu com afirmação sobre o incidente entre Venezuela e Colômbia. Lula disse não ver ali um confronto, apenas “um conflito verbal” e pediu paciência até a posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, dia 7.

Ele ignorou solenemente que o cerne do problema não é o presidente colombiano Alvaro Uribe, em despedida do cargo, nem o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Mas, sim, a presença de 1.500 homens das narcoguerrilhas colombianas Farc e ELN em território venezuelano, conforme alerta de Bogotá.

Uribe denunciou o fato de o governo da Venezuela nada fazer para impedir que essas forças terroristas, que lutam para desestabilizar a Colômbia, permaneçam em solo venezuelano, fora do alcance do Exército colombiano. Em resposta, Chávez rompeu as relações com Bogotá.

O pior para o governo brasileiro é que Uribe criticou publicamente as afirmações, deplorando “que o presidente Lula se refira à nossa situação com a Venezuela como se fosse um caso de assuntos pessoais (...)”.

Neste final de mandato, o governo brasileiro acentuou o caráter ideológico de sua política externa, com péssimo resultado para a credibilidade do país, principalmente como interlocutor confiável na resolução das divergências entre os países sul-americanos.

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sexta-feira, 30 de julho de 2010

2 milhões de mortos em 4 anos: obra do comunismo

Por Bruno Pontes

Mídia Sem Máscara

Kaing Guek Eav, o "Duch", de 67 anos, foi condenado na segunda-feira (26) a 35 anos de prisão pelos crimes cometidos durante a ditadura comunista no Camboja, entre 1975 e 1979. Ele chefiou a cadeia Tuol Sleng, o grande centro de interrogatório/tortura do Khmer Vermelho, onde mais de 12 mil prisioneiros foram executados. Todos, naturalmente, inimigos da revolução.

Ao tribunal, "Duch" admitiu ter comandado as atrocidades na prisão e pediu perdão por seus atos, argumentando que cumpria ordens dos superiores. A Tuol Sleng ainda está lá, na capital Phnom Penh, hoje funcionando como museu do genocídio. Suas paredes estão repletas de fotos de cambojanos ali massacrados pelo Khmer Vermelho.

São vários os filmes que retratam a guerra no Vietnã, produzidos por americanos e, majoritariamente, contra os americanos. Coisas da democracia. Apocalypse Now talvez seja o mais famoso. O comuna Oliver Stone fez Nascido em 4 de julho e Platoon. Tem ainda o Full Metal Jacket (Nascido para matar) de Stanley Kubrick.

Por outro lado, o que os anjos comunistas fizeram no Sudeste Asiático nos anos seguintes à saída das tropas americanas permanece sem destaque na história e, sobretudo, na cultura popular, que é, afinal, a arena realmente decisiva na guerra de valores. Consulte um estudante universitário: quem foi Pol Pot?

Em 1975, o Khmer Vermelho tomou o Camboja e iniciou um experimento sanguinário de engenharia social. Conforme O Livro Negro do Comunismo, o regime do Khmer foi, em termos proporcionais, o mais assassino de todas as ditaduras comunistas instaladas no mundo. Até 1979, pelo menos dois milhões de cambojanos foram expulsos das cidades, arrastados para o campo, confinados em campos de trabalhos forçados, doutrinados, torturados e executados em nome da dignidade humana.

Existe um filme excelente sobre o terror vermelho no Camboja chamado The Killing Fields (no Brasil, Os Gritos do Silêncio), lançado em 1984. Conta a história de dois homens unidos e separados pela revolução. Um, americano, é repórter enviado pelo New York Times. O outro, cambojano, é seu fotógrafo e tradutor. Estão no Camboja quando o Khmer avança. O americano consegue refúgio na embaixada e escapa. O cambojano não tem a mesma sorte. Enquanto o repórter, a salvo nos Estados Unidos, sofre ao imaginar o que terá acontecido ao seu amigo que ficou para trás, o fotógrafo está sendo "reeducado" em um campo de concentração. Se tiverem chance, assistam.


Bruno Pontes é jornalista - http://brunopontes.blogspot.com


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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Carta de Alejandro Peña Esclusa ao candidato José Serra

Por Alejandro Peña Esclusa

Senhor,

Dr. José Serra

Candidato à Presidência

República Federativa do Brasil.

Tenho o prazer de dirigir-me ao senhor, na oportunidade de respaldar plenamente suas recentes declarações públicas a respeito dos vínculos do Partido dos Trabalhadores (PT) e de Hugo Chávez com as FARC.

O PT é o fundador e principal promotor do Foro de São Paulo (FSP), organização à qual pertencem as FARC desde o primeiro dia de sua criação, em julho de 1990, enquanto que Chávez inscreveu-se cinco anos mais tarde, em maio de 1995.

Embora o Secretário Geral do Foro de São Paulo, Valter Pomar, se empenhe em negá-lo, lhe asseguro que as FARC continuam pertencendo ao FSP até o dia de hoje. Sobre isso, há abundantes provas públicas.

Desejo chamar sua atenção sobre as declarações dadas pelo presidente Lula, líder máximo do PT, no passado 29 de abril de 2009 (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1101952-5602,00-LULA+SUGERE+AS+FARC+CRIAR+PARTIDO+PARA+CHEGAR+AO+PODER.html e http://www.unoamerica.org/unoPAG/noticia.php?id=377), nas quais propôs às FARC transformarem-se em partido político e participar em eleições, evitando dizer que se trata de um grupo terrorista que assassina, seqüestra, extorque e trafica drogas. Esta posição só é explicável pela afinidade ideológica que existe entre o PT e as FARC.

Quanto a Chávez, o senhor tem razão quando afirma que "até as árvores sabem" de seus nexos com as FARC. O próprio Chávez os tornou públicos quando pediu um minuto de silêncio pela morte de "Raúl Reyes", e ao permitir a presença na Venezuela de estátuas de Manuel Marulanda "Tirofijo".

As denúncias do governo colombiano na recente Sessão Extraordinária da OEA, sobre a presença de acampamentos das FARC na Venezuela, só vieram reconfirmar o que "até as árvores" já sabiam.

Desde 1995 venho denunciando os vínculos de Chávez com a guerrilha colombiana. O acusei penalmente por isso e apresentei provas sobre o tema em cenários internacionais, inclusive no Brasil.

Queria convidá-lo a aprofundar seus conhecimentos sobre o Foro de São Paulo. Estou certo de que lhe será de grande utilidade não só em sua campanha, mas na segurança e defesa de sua pátria.

Despeço-me desejando-lhe o melhor dos êxitos em seus projetos.

Muito atenciosamente,



Alejandro Peña Esclusa

Presidente de UnoAmérica

Autor do livro "O Foro de São Paulo, uma ameaça continental"

Prisioneiro político

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Chávez fabrica inimigos externos


Autor(es): Agencia o Globo

Planejamento.gov.br

O equilibrista Hugo Chávez está marcando sessões extras do Circo Bolivariano. Bastou o presidente em fim de mandato na Colômbia, Álvaro Uribe, sacar do bolso a acusação de que a Venezuela dá abrigo a lideranças da narcoguerrilha colombiana, e apresentar provas, para Chávez emendar novo ciclo de malabarismos.

Há interpretações de que o objetivo de Uribe, poucos dias antes de deixar o cargo, é criar um fato consumado que dificulte o objetivo de seu sucessor, Juan Manuel Santos, de trabalhar para a reaproximação entre os dois países. A Colômbia é o maior aliado dos EUA na América do Sul e Uribe não vê com bons olhos a reconciliação com Chávez, extremamente hostil ao império ianque, como ele se refere aos EUA.

As acusações de Uribe dão novo combustível à pirotecnia do bolivariano, que rompeu as relações com Bogotá fato grave e raro entre países sul-americanos , passou a falar de uma iminente guerra com a Colômbia e a ameaçar os EUA, sem que ninguém possa levar a sério, com o corte do fornecimento de petróleo se o país for atacado pelo vizinho (ou pelo império). Ora, já em crise, a Venezuela se desestabilizaria de vez sem os dólares americanos.

Note-se que, para ganhar as eleições com facilidade, Santos surfou no prestígio de Uribe, que deixa o cargo com 70% de popularidade.

Ambos são do mesmo partido e Santos significaria a continuidade, em linhas gerais, dos rumos traçados pelo antecessor, que governa o país há oito anos. Registre-se também que, mesmo pregando a reaproximação com a Venezuela, o presidente eleito da Colômbia foi ministro da Defesa de Uribe, responsável pela política de linha dura contra a guerrilha e pelo ataque colombiano ao acampamento das Farc no Equador, que matou um líder guerrilheiro e levou Quito, aliado de Chávez, a romper com Bogotá.

O objetivo de Chávez é manter a plateia do Circo Bolivariano entretida, porque circo tem, mas o pão está cada vez mais escasso.

A Venezuela mergulha na pobreza, no banditismo, no desabastecimento, na inflação, na desorganização da economia via estatização. A exatos dois meses das eleições parlamentares, é preciso criar inimigos externos, exacerbando o nacionalismo, para tentar reter eleitores suficientes para continuar em maioria na Assembleia Nacional. Há quem encontre semelhanças entre Uribe e Chávez, ambos carismáticos e midiáticos. Só que a Colômbia, democraticamente, optou por renovar o ocupante do mais alto cargo do país.

Já o caudilho instaurou a reeleição ilimitada na Venezuela. Em vez de pirotecnia eleitoreira, bem faria ele se aceitasse uma missão internacional para verificar as denúncias colombianas.

A colaboração chavista facilitaria o objetivo de reaproximação de Santos, com o que ambos os países só têm a ganhar. O conflito entre Bogotá e Caracas demonstra, por outro lado, o esgotamento da diplomacia compañera, de cunho ideológico, do governo Lula. O país, que se arvora a mediar, sem sucesso, conflitos fora de sua área geopolítica, perdeu credibilidade para atuar nas disputas entre os vizinhos sul-americanos, em relação às quais já foi um mediador confiável. Tudo devido às demonstrações de simpatia de Brasília em relação ao chavismo.

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terça-feira, 27 de julho de 2010

MST fará mais invasões com Dilma no poder, diz Serra


Por Carolina Freitas

Blog do Noblat

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou hoje que, caso sua adversária Dilma Rousseff (PT) seja eleita, a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai se intensificar.

Em palestra a cerca de 400 empresários do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo, Serra lembrou que Dilma conta com o apoio do líder do MST, João Pedro Stédile, nessas eleições.

"O Stédile declara apoio à Dilma porque, com ela, eles (sem-terra) vão poder fazer mais invasões, mais agitações", afirmou.

Serra classificou o MST como um "partido revolucionário socialista". "Não é para a reforma agrária que o MST existe", afirmou. Segundo o tucano, não há problema em defender a "revolução", mas sim em fazer isso com dinheiro público. "O MST é um movimento de acumulação de forças revolucionárias", analisou.

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Lula e sua lira enlouquecida

Por Prof.ª Aileda de Mattos Oliveira

(Membro da Academia Brasileira de Defesa)

Brasil acima de tudo

Líder de portas de fábricas acreditou que o Brasil e o mundo fossem uma grande montadora, essa a razão de manter no seu microvocabulário, metáforas malandras que se levavam ao clímax trabalhadores ludibriados, hoje refletem a pequenez moral do sujeito diante do mundo que se contorce de rir dos estúpidos chistes do estadista alambiqueiro. Dizer em Johannesburgo que os turistas terão seus carros roubados quando vierem à Copa de 2014 e que seriam mordidos por uma “sucuri destreinada” é a concentração da estupidez num único contâiner ‘humano’. (Na foto, o estado lastimável do arrotador de blasfêmias.)

Lula, afásico por apedeutismo, julga a si mesmo um retórico, desprezando a ‘cola’ que seus assessores tentam lhe passar, para que, aos olhos públicos, pareça menos inconveniente. Sócrates, que sabia que nada sabia, não poderia imaginar que surgiria um iletrado sábio, perdido nos labirintos do poder, sem limites, um bicho. Daí, pegar a sua lira enlouquecida e desandar a recitar o que os sectários, tanto ou mais velhacos que ele, ordenam-lhe repetir. São sucessivas as notícias de intromissão na vida particular dos verdadeiros cidadãos deste desfigurado País, de boca aberta, perplexo, com tamanha desfaçatez, incúria e sem-vergonhice explícita.

Como porta-voz dos verdadeiros mandantes diz que vai criar leis para proibir os pais de aplicarem as salutares palmadas nos filhos, por considerá-las “espancamentos”. Não que desconheça a dimensão de uma ação educativa de uma nascida da prepotência paterna. Ele conhece, por experiência, a diferença de peso entre uma mão espalmada e o punho fechado. Esta transgressão semântica faz parte do jogo com o qual injeta o vírus Trojan Petista nas mentes de pais mal-informados que se sentirão culpados e deixarão os filhos à solta, tal como foi criado este simulacro de presidente. “Se chicotada resolvesse, país não teria tanta corrupção”, diz ele. Entende-se, então, que o seu governo é campeão de rapinagem porque todos os que o compõem receberam boas lambadas de correia dupla. Está explicado!

Porém, o que se assemelha a mais uma perda de equilíbrio presidencial está expressa nas declarações complementares com as quais tentou dirimir os efeitos da intromissão do Estado na vida dos cidadãos, cumpridores de seus deveres da paternidade. Disse o predestinado, dedilhando a lira enlouquecida que, como “pai do povo”, deve cuidar dele. Que herança genética a nossa!

Se Gramsci, do qual são extraídas essas normas de desconstrução familiar, não alterou as regras de ascendência e descendência, raciocinemos: se Lula é filho do Brasil e o povo é filho do bastardo, logo, o Brasil é avô do povo. Recorremos, urgentemente, ao nosso avô Brasil para nos socorrer, como faz todo avô aos netinhos, a fim de impedir que o enlouquecido Lula empunhe novamente a sua embriagada lira e interfira nas cores do nosso glorioso pendão e introduza o vermelho-sangue-das-gurerrilhas-urbanas-e-rurais, em substituição ao azul do céu-de-brigadeiro que é nosso por direito adquirido, por tradição, por leis que regulamentam os símbolos nacionais.

Esse ínfimo indivíduo invadiu o Brasil como qualquer membro do MST e considera-se seu proprietário. Fez da presidência desta República, uma continuação dos bares “pés-sujos” por onde tomou “todas” com seus amarfanhados e não menos indignos companheiros que deletaram as leis para que a Justiça emudeça de vez. Justiça? Eu falei em Justiça?

Enquanto isso, a imprensa escorregadia, de antolhos e óculos escuros, cede à rouca voz do biriteiro e de sua lira ensandecida. Que sina, hein “vô” Brasil? Que sina!

Site: Brasil Acima de Tudo

domingo, 25 de julho de 2010

O PT que amava o Foro de S. Paulo que amava as FARC que amava um terrorismo…


Por Bruno Garschagen

Movimento Endireitar

A relação entre as FARC, o Foro de São Paulo e o PT ganham nova dimensão a partir das declarações de Índio da Costa, candidato a vice-presidente de José Serra.

É preciso sempre lembrar que, durante anos, Olavo de Carvalho assumiu a solitária e combatida responsabilidade de denunciar os vínculos e as consequências dessa relação. É bom ver que esse relacionamento começa a ser exposto com o devido barulho, mas só o reconhecimento não basta para:

1- saber o tamanho do poder do Foro de S. Paulo e a influência do PT;

2- saber de que forma as FARC ainda continuam participando dos trabalhos do Foro, mas agora às escondidas;

3- conter o avanço do Foro de S. Paulo e desmontar aquilo que se construiu na América Latina.

Em texto publicado ontem, o colunista da Folha de S. Paulo, Clóvis Rossi, desenvolve o célebre argumento “uma coisa é uma coisa, mas não é bem assim”. No artigo PT, FARC, meia verdade e ambiguidade, primeiro diz que a relação do Foro e do PT com as FARC é comprovada por documentos para em seguida dizer que o afastamento do grupo terrorista pelo Foro também é comprovada por documento. O perspicaz jornalista não cogita em nenhum momento que o documento pode ter sido elaborado com a concordância das FARC para esconder publicamente a relação e assim não macular a imagem do Foro e de todas as entidades que o integram. Afinal, as FARC sempre foram um grupo terrorista. Se foram aceitos como parceiros de primeira hora significa que os demais não viam problema nisso.

Ninguém teve a coragem de propor a expulsão das Farc, por, como elas próprias dizem, ser “uma organização alçada em armas”.

É essa ambiguidade que o PT tem agora a obrigação de esclarecer de uma boa vez. As Farc são ou não um companheiro de viagem aceitável?

O governo brasileiro, do PT, já fez seu esclarecimento quando disse não qualificar as FARC como um grupo terrorista. Será preciso desenhar?

Fonte: http://www.ordemlivre.org/blog/?p=1382

sábado, 24 de julho de 2010

Chávez, Colômbia e Farc

Jornal do Brasil - 23/07/2010

A verdade Suficada

O governo da Colômbia apresentou vídeos que considera provas de que guerrilheiros das Farc recebem abrigo na Venezuela. Irritado com a acusação, o presidente venezuelano Hugo Chávez anunciou o rompimento de relações diplomáticas e advertiu a população para a possibilidade de um confronto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu-se para mediar a crise.

Presidente venezuelano radicaliza depois que governo Uribe o acusou de acolher rebeldes.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rompeu relações com a Colômbia, aumentando a tensão na região e deu 72 horas para os diplomatas colombianos deixarem o país. Equanto recebia, no Palácio Miraflores, o amigo argentino, Diego Maradona, o líder venezuelano disse que não pode continuar a manter relações com um governo mafioso.

Não temos outra escolha senão, pela nossa dignidade, cortar totalmente relações com a nação irmã da Colômbia disse.

Depois, Chávez ordenou às tropas que fiquem alerta na fronteira com o país vizinho. Essa foi a resposta da Venezuela à reunião extraordinária convocada pelo embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Alfonso Hoyos, que denunciou a presença de líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc, e do Exército de Libertação Nacional, ENL, em território vizinho.

Durante a reunião, o embaixador disse que existem 1.500 guerrilheiros na Venezuela, em dezenas de acampamentos espalhados pelo país. Hoyos apresentou ao organismo continental um extenso dossiê com vídeos, fotos e testemunhos que provariam a presença desses guerrilheiros. Entre eles estariam o líder das Farc, Iván Márquez, o chamado chanceler Rodrigo Granda; e o líder do ELN, Carlos Marín Guarín, conhecido como Pablito.

Os acampamentos não são novos e continuam se consolidando denunciou o diplomata.

Impasse Luis Hoyos pediu a constituição de uma comissão internacional para visitar esses locais, onde estariam os rebeldes.

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Chávez deu errado


Blog do Noblat

Por Miriam Leitão

O preço do caminho escolhido por Hugo Chávez ficou claro no relatório divulgado pela Cepal. A América Latina cresce este ano mais de 5%. O Brasil mais de 7%. A Venezuela vai ter uma queda de 3%.

É a segunda pior recessão depois do Haiti, que tem uma boa explicação para seu número negativo. A crise da Venezuela é resultado das escolhas de um governante equivocado.

Os erros políticos do presidente Hugo Chávez são mais falados, mas ele é também um péssimo administrador e tem criado para a economia venezuelana uma série espantosa de incertezas. Isso inibe o investimento.

A Venezuela enfrentou uma severa crise energética provocada por uma seca, mas como sabem todos os que têm hidrelétricas: secas acontecem. Por isso é preciso ter garantias em investimentos em outras fontes de energia que possam suprir as oscilações da oferta.

Não era de se esperar que a Venezuela, com suas enormes reservas de petróleo, tivesse que enfrentar uma crise de energia, com racionamento. Isso mostra falta de planejamento.

O autoritarismo de Chávez virou incerteza regulatória. Ele muda as regras quando quer. As políticas e as econômicas. Tem hostilizado empresas estrangeiras e até o capital nacional privado.

Qualquer divergência com um de seus ditames pode ser suficiente para que desabe sobre a empresa alguma mudança de regra. E tudo tem sempre o objetivo explícito de perseguir qualquer voz discordante.

Recentemente, o Banco Central venezuelano encampou o Banco Federal, uma instituição privada, que acabou sendo estatizada.

Agora fica claro por quê. O banco tinha ações da TV que tem uma posição mais crítica a Chávez, a Globovisión. O governo está anunciando que vai nomear conselheiros para a emissora, coisa que pode fazer, já que é agora um dos acionistas.

A Venezuela já está pagando o custo político de um governo como esse. O país há muito tempo não é uma democracia. As regras das eleições são manipuladas para favorecê-lo; mas quando não favorecem, Chávez tira poderes do administrador de oposição que foi eleito.

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Para os amigos, sigilo;para os inimigos, devassa

Por José Nêumanne

Estadão Online

Nem a chuva nem o fenômeno do encolhimento da multidão (o PT esperava 100 mil, mas só mil pessoas foram a seu comício no Rio, sexta-feira) arrefeceram a disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de desrespeitar o "império da lei", definição de qualquer democracia que se preze. Diante dos mil gatos molhados pelos pingos da chuva que o aplaudiram, mas ignoraram a presença de sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff (PT), Sua Excelência vociferou contra "uma procuradora qualquer aí" que, segundo ele, tenta inibir sua presença na campanha.

Só que essa violação do juramento que ele fez em 1.º de janeiro de 2003 e repetiu quatro anos depois ? o de obedecer e fazer cumprir o sistema legal sob a égide da Constituição da República ? não se manifesta apenas nas palavras do chefe supremo do petismo no poder, mas mais ainda nas ações de seus correligionários. Para ficarem no poder eles têm feito tudo e mais um pouco. E não serão o pudor nem as normais legais que os inibirão. Comprova-o o caso Eduardo Jorge Caldas Pereira. Esse cidadão era secretário-geral da Presidência nas gestões de Fernando Henrique Cardoso e hoje é vice-presidente do PSDB, legenda pela qual o ex-governador de São Paulo José Serra disputa a chefia do governo que Lula ocupa e quer, de qualquer maneira, entregar à sua ex-ministra Dilma.

Em 2001, na vigilante e competente oposição que fazia, e que o PSDB e o DEM não sabem repetir depois que Lula assumiu o governo, o PT escolheu esse tucano de pouco poder e menos visibilidade como alvo de investigações a respeito de malversação do dinheiro público. Os petistas acusavam-no de chefiar uma rede de influências para beneficiar empresas. A denúncia foi encampada pelos procuradores da República Luiz Francisco de Souza, que passou a ser chamado de Torquemada, sobrenome do frade dominicano, caçador de bruxas, perseguidor de judeus, inquisidor-geral nos reinos de Castela e Aragão e confessor da rainha católica Isabel, e Guilherme Schelb ? ambos muito conhecidos à época pela pertinácia com que perseguiam "malfeitores" na gestão pública. As denúncias foram publicadas pela Folha de S.Paulo, processada pelo acusado. Em 2006, o jornal foi condenado pelo juiz Fabrício Fontoura Bezerra a pagar-lhe R$ 200 mil, porque ele nunca sequer chegou a ser acionado na Justiça por tais acusações. Ao longo de cinco anos, segundo relatou o juiz na sentença, as investigações abertas contra ele pelo Ministério Público Federal, pela Receita Federal, pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal e pela Corregedoria-Geral da União nunca encontraram algum crime que pudesse haver cometido.

Eduardo Jorge representou ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra os procuradores cujas suspeitas se tornaram matéria-prima das publicações que o juiz considerou caluniosas. Em 2007, esse conselho os suspendeu por 45 dias e, dois anos depois, a pedido do persistente Eduardo Jorge, reconheceu ter sido este vítima de perseguição pessoal por ambos. Desde então, ninguém mais ouviu denúncias de nenhum deles.

E não têm faltado, em sete anos e sete meses de República petista, assuntos que eles pudessem investigar, se seu objetivo fosse de fato o interesse público. Souza e Schelb, por exemplo, nunca se propuseram a apurar se é verdadeira a delação do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), de compra de apoio parlamentar pelo governo no episódio ? sub judice no Supremo Tribunal Federal (STF) ? conhecido como "mensalão". Da mesma forma, a isenção missionária de ambos não os levou a denunciar os responsáveis pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Pereira, cujo único delito conhecido é o de ter testemunhado que vira o então ministro da Fazenda Antônio Palocci, do PT, frequentar assiduamente uma mansão suspeita em Brasília.

O doce ostracismo em que vive hoje essa dupla que já foi malvada só perde para a completa impunidade gozada por Waldomiro Diniz, cujo crime confesso de tentar achacar um empresário da jogatina nunca foi investigado pela solerte Polícia Federal (PF) nem pelo ex-implacável MP do Distrito Federal. Mas isso não quer dizer que as sentenças favoráveis ao vice-presidente nacional do PSDB tenham arrefecido o ânimo dos contumazes quebradores do sigilo de adversários dos arapongas militantes a serviço do PT no poder. Desta vez, cópias das declarações do Imposto de Renda (IR) de 2005 a 2009 de Eduardo Jorge integravam um dos quatro dossiês preparados pelo "grupo de inteligência" da campanha de Dilma.

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Chávez diz que governo controlará quase metade das ações da Globovisión

Estadão Online

Do total de 48,5% que deve ser assumido pelo governo, 28,5% das ações seriam de banqueiro foragido.

O presidente venezuelano Hugo Chávez afirmou nesta terça-feira, 20, que o governo controlará quase a metade das ações da emissora particular Globovisión, última crítica à administração chavista, porque um de seus acionistas está foragido e outro morreu.

Em uma cerimônia em um teatro de Caracas, Chávez disse que o governo controlaria 48,5% das ações do canal. Destas, 28,5% são de Nelson Mezerhane, dono do Banco Federal - que sofreu intervenção do governo por supostos problemas de liquidez. Os outros 20% seriam "de um senhor de sobrenome Tenório que lamentavelmente faleceu".

Assim, declarou o presidente, "ninguém poderá dizer" que seu governo está "expropriando" a emissora, uma das mais críticas a sua administração. "Não estamos expropriando, estamos nos incorporando ao negócio", defendeu.

Com 28,5% das ações do canal, a junta interventora do Banco Federal "é obrigada a designar um representante na junta diretora da Globovisión'", disse Chávez. O presidente disse que "não toca" a ele nomeá-los, mas que pode recomendar nomes.

Logo após o anúncio de Chávez, a Globovisón divulgou um comunicado em seu site, no qual afirma que a única concessionária do canal é a empresa "Corpomedios GV Inversiones, C.A.", cujos acionistas são três pessoas jurídicas, uma das quais é o Sindicato Ávila, representado por Nelson Mezerhane. Contestando o presidente, a emissora afirma que ele possui apenas 20% das ações da Corpomedios.

O texto também declara que os acionistas não têm direito de designar membros da Junta Diretiva da Corpomedios, já que são escolhidos pela Assembleia Nacional de Acionistas. Além disso, segundo a mensagem, independente de quem estiver em sua Junta Diretiva, "a linha editorial da Globovisión não tem porcentagem de ações. Ela não se expropria".

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O DOSSIÊ FARC-PT

Escrito por Graça Salgueiro

Movimento Endireitar

Finalmente começa a vir à tona o envolvimento do Brasil com as FARC. Desde maio deste ano, quando o INTERPOL confirmou em relatório a autenticidade dos documentos encontrados nos computadores de Raúl Reyes, eu fui informada de que havia documentos muito comprometedores do governo brasileiro em poder do FBI e do presidente Uribe mas não comentei porque não tinha em mãos documentos comprobatórios, embora a fonte fosse idônea. Em princípio o presidente Uribe não iria fazer uso dessas informações por questões diplomáticas, considerando as boas relações comerciais entre nossos países – o que pesa muito nas decisões -, inclusive os aviões que deram combate ao acampamento de Raúl Reyes eram os nossos Super Tucanos da Embraer.

Em entrevista concedida ao Estadão domingo passado, o ministro da Defesa colombiana, Juan Manuel Santos, disse: “Há uma série de informações de conexões, que entregamos ao governo brasileiro, para que ele possa reagir como considerar mais apropriado”. O “dossiê”, cujo conteúdo foi revelado em parte hoje pela revista “Cambio”, fora entregue a Lula quando em visita àquele país, por ocasião da festa da Independência entre os dias 18 e 20 de julho. Quero destacar a sutileza – e firmeza de postura - de Uribe e de seus principais colaboradores, pois eles sabem perfeitamente bem com quem estão lidando, sabem que o Brasil é o principal signatário do Foro de São Paulo (e conhecem em detalhes o que é e o que faz esta organização), sabem do envolvimento destes com as FARC mas agem como se nada soubessem. Nesta visita de Lula, Uribe consentiu em integrar o Conselho Sul-Americano de Defesa mas não se iludam porque ele avisou que “as decisões têm que ser por consenso” e já demonstrou fartamente que segue as orientações dos SEUS ministros e FFAA. Se algo fugir da esfera comercial, estejam certos de que a Colômbia cai fora.

É importante salientar ainda que a revista “Cambio” pertence ao grupo do jornal “El Tiempo”, que é de propriedade da família do ministro Santos e que, se o material foi publicado (e é matéria de capa desta semana que entra), foi com o seu consentimento. Especulo que isto foi uma “agulhada” para ver se o Brasil toma alguma providência, pois nenhuma medida fora tomada até então, desde o conhecimento do fato há uma semana.

E este foi mais um fato que a mídia brasileira resolveu divulgar, porém, como das outras tantas em que falam de FARC ou Foro de São Paulo, fazem com o espírito de morcego que morde e sopra, fingem bater e apontar o dedo acusador para depois afagar, cúmplices, abjetas, servis. É impressionante como em três jornais que li a informação é rigorosamente igual, sem mudar uma só palavra, dando a impressão de que um (o UOL foi o primeiro a publicar) traduziu algumas coisas do original, foi passado pelo crivo da PTPol e depois liberado para os outros, não sem antes ser de higienicamente filtrado. O fato é que, fingindo que informam a relação do Governo, do PT e de figurões governamentais com as FARC, esses jornalecos escondem o principal, o mais revelador. Quem se dispõe a investigar, entretanto, vai descobrir que o dossiê é muitíssimo mais grave do que fingidamente alegou Marco Aurélio Garcia (MAG) quando o menosprezou considerando-o de “irrelevante”.

A revista “Cambio” teve acesso a 85 e-mails (o que não é pouco) dentre eles alguns do pseudo-padre Oliverio Medina. Esses, que revelam seus planos para conseguir o status de refugiado, quem interferiu no processo e confirma o “arranjo” para abrigar a família em Brasília, a mídia brasileira não revelou. Medina diz viver de “doações de amigos e um pró-labore como secretário do Centro de Estudos Latino-Americanos, numa salinha onde ele e outros três militantes preparam panfletos sobre a história do continente distrubuídos a escolas carentes nas cidades-satélite da capital brasileira”, segundo reportagem do jornal O Globo de 8 de julho deste ano. Segundo ele, “quem recebe o benefício do refúgio tem que ficar na sombra”, demonstrando uma falsíssima humildade e mudança de comportamento que nunca teve, inclusive porque, enquanto finge estar fazendo um trabalho educativo, está mesmo é doutrinando jovens inexperientes sobre sua maldita ideologia comuno-terrorista. E tudo ali, nas barbas do governo, que cala e consente porque é cúmplice do crime.

Vejam o que dizia um dos e-mails dele para Raúl Reyes, em 14 de abril de 2007, gozando já do status de refugiado:

“Devo atuar com cautela para não facilitar ao inimigo argumentos que levem a questionar o refúgio. Nesse sentido, ter conseguido o traslado da ‘Mona’ e da ‘Timbica’ (explico mais adiante quem são) para a capital do país, foi importante. Manterei esse baixo perfil até a neutralização. Obtida esta, terei passaporte brasileiro e a primeira coisa que devo pensar é em ir vê-los”. Quer dizer, este terrorista assassino nunca mudou de conduta, como disse ter “abandonado as armas” para conseguir a liberdade perante o CONARE. O texto original desta declaração pode-se ver na página 4.

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Farc são um sócio incômodo do PT, diz presidente do PSDB


Por BERNARDO MELLO FRANCO

Folha Online

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta segunda-feira que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) são um "sócio incômodo" do PT.

Ele saiu em defesa do deputado Indio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB), mas tentou caracterizar seus ataques como mera reprodução de notícias de jornal.

"O Indio disse o que a gente sabe: as Farc se sustentam com dinheiro do narcotráfico, e o PT é ligado às Farc. É um sócio incômodo que o PT tem", afirmou o presidente tucano.

Apesar da crítica às Farc, o senador desconversou sobre a ligação entre o PT e o narcotráfico, feita por Indio em bate-papo com internautas reproduzido pela Folha no domingo.

Irritado com o anúncio de que o PT processará o vice de Serra, Guerra atacou a presidenciável Dilma Rousseff.

"A Dilma não tem a menor condição de liderar este país ou coisa nenhuma. O povo não é bobo. A ideia deles é: 'Vamos esconder a Dilma e enganar o povo'. Nós temos um candidato e um projeto. Eles têm uma fraude", acusou.

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DILMA NÃO DECOLA SEM LULA. E AGORA PT?

Por Prof. Dr. Paulo G. M. de Moura

OpiniãoLivre.com.br

Ao observador atento não terá escapado a percepção de que no interregno entre a publicação da última bateria de pesquisas e o momento atual os estrategistas da candidatura Dilma executaram um teste do potencial de vôo da candidata sem os empurrões de Lula. Ao que tudo indica o teste fracassou.

No momento que Dilma ultrapassou Serra nas pesquisas publicadas pelo Ibope e pelo Vox Populi, na última semana de junho, Lula declarou à imprensa que sua candidata havia adquirido condições de seguir sozinha. Ato contínuo Lula viajou para a África e Dilma começou a se expor sem a presença de Lula ao seu lado em diversos eventos.

No entanto, no início de julho, após semanas seguidas de propaganda na TV, nos horários do PPS, do PTB e do PSDB, Serra buscou a diferença e empatou com Dilma, segundo o Datafolha, e nova pesquisa do Ibope.

Desde então não se viram mais pesquisas publicadas. Mas, observaram-se mudanças de comportamento de Lula que, desde o lançamento do edital do trem-bala voltou a pedir votos para sua candidata e a se expor ao lado de Dilma, afrontando a legislação eleitoral ao ponto de, inclusive, colocar-se na delicada posição de alvo de processo por improbidade administrativa e de deixar Dilma sob risco de impugnação por uso da máquina pública.

No campo adversário, as manchetes recentes emergem da boca de Serra estampando a afirmação: “Dilma não tem condições de andar sozinha”. Isto é, Dilma não teria condições de crescer nas pesquisas sem o apoio explícito de Lula.

As evidências, portanto, partem de ambos os lados. Ninguém mais do que os estrategistas de Dilma e Serra tem acesso a pesquisas diárias, não publicadas, a partir das quais monitoram o pulso do eleitor e tomam as decisões sobre os movimentos táticos das candidaturas. E os movimentos táticos de ambas as campanhas sugerem que essa é a leitura feita nos bastidores.

Sem o empurrão de Lula, Dilma pode ter caído, ou, no mínimo, parado de crescer num momento em que Serra, em função da exposição na TV, antes da última bateria de pesquisas publicadas, ganhou fôlego ao alcançar o empate técnico nas pesquisas.

A se confirmar essa análise, constitui-se um impasse estratégico para a candidatura de Dilma. Por quê? Porque o eixo estratégico da candidatura Dilma está na transferência do prestígio de Lula. E o eixo estratégico da candidatura Serra está na aposta de que, num determinado momento da disputa Dilma precisará provar ao eleitor que tem luz própria para conduzir a nação sem a tutela de Lula.

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Movimento negro do PSDB-SP lança site para discutir propostas

Por Jair Stangler

Estadão Online

O Secretariado da Militância Negra do PSDB de São Paulo, Tucanafro, lança nesta sexta-feira, 16, em São Paulo, o portal www.tucanafro.ning.com, com o objetivo de promover a discussão de propostas para o plano de governo do candidato Geraldo Alckmin.

O presidente do Tucanafro, Carlos Augusto Santos, conta que o secretariado foi criado em 2003, por iniciativa do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. A ideia era agregar a militância negra e fazer uma conexão entre o partido e a comunidade negra. Santos estima em aproximadamente 300 militantes tucanos envolvidos com o Tucanafro, principalmente nas cidades de São Paulo, Jandira, Campinas e Botucatu.

Segundo ele, o movimento busca contribuir com políticas públicas e ações afirmativas para o partido. “Nosso propósito é ajudar o partido na promoção de políticas para a igualdade racial. A gente também tem o objetivo de desenvolver um projeto político para a comunidade negra do PSDB”, disse Santos em entrevista ao Estadão.com.br.

“Nós ainda não temos um trabalho tão forte quanto o do PT”, diz Santos, reconhecendo ainda que o governo Lula tem realizado avanços nas ações afirmativas. Ele lembra, no entanto, que foi Fernando Henrique Cardoso quem deu o pontapé inicial nas ações afirmativas e admitiu que o Brasil é um país racista, mas observa que o antecessor de Lula poderia ter feito mais.

Ele elogia também a promulgação, por Lula, da Lei 10639, que obriga o ensino da história da África e cultura afro-brasileira nas escolas. Mas lamenta que ainda não tenha sido implantada.”Nossa luta é para que nossos gestores tenham um olhar voltado para a aplicação dessa lei. Ela obriga que se conte a real história do negro. A sua contribuição para a formação do povo brasileiro, para a identidade nacional. A história da Àfrica, da escravidão, é feita a partir de um olhar europeu. O negro sofre muito na escola. Se hoje o Brasil é o País que é, tem muito dos negros escravos que trabalharam 350 anos sem ganhar um tostão”, diz.

Santos entrou no PSDB em 1996, junto com Adolfo Quintas, liderança popular de Ermelino Matarazzo, Zona Leste de São Paulo. Quintas concorreu a vereador em 1996 e 2000, tendo sido derrotado nas duas ocasiões. Em 2004, após a criação do Tucanafro, Quintas foi eleito para seu primeiro mandato. O vereador também é presidente de honra do Tucanafro.

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domingo, 18 de julho de 2010

Uma conjuração contra a agropecuária no Brasil

Site Catolicismo


A agropecuária vem sendo prejudicada por contínuas ameaças de indigenistas, ambientalistas, quilombolas, ONGs, MST, além de estar “engessada” por medidas governamentais.

O livro Agropecuária – Atividade de alto risco vem alcançando grande repercussão junto à classe rural, legitimamente preocupada com a situação no campo, e também nos formadores de opinião. Sua primeira edição esgotou-se em menos de dois meses. Com linguagem clara e direta, denuncia os perigos que vêm ameaçando os agropecuaristas brasileiros e mostra como a agropecuária brasileira está perseguida: ameaças do MST, de quilombolas, indigenista, ambientalista, “índices de produtividade”, pretenso “trabalho escravo”. Um verdadeiro estudo baseado em dados comprovados, obtidos junto a produtores rurais que preferiram o anonimato, para evitar possíveis retaliações.

O produtor rural está sendo triturado, e a propriedade privada no campo está deixando de existir, cedendo lugar a um coletivismo que “engessa” a produção, engolindo mais de 70% do território nacional. Se não houver reação à altura, em futuro próximo o Brasil passará de exportador de alimentos a importador, exatamente no momento em que o mundo mais precisa de nossa produção.

Catolicismo entrevistou Nelson Ramos Barretto, que é autor da mencionada obra juntamente com Paulo Henrique Chaves. Os autores são jornalistas, com vários livros publicados*.

Catolicismo — O que está acontecendo com a agropecuária no Brasil?

Sr. Nelson Barretto — Os produtores rurais estão assustados. Eles deveriam ser considerados heróis que, com o suor de seus rostos, colocam na mesa de nossos compatriotas comida barata e farta. Ademais, a cada ano cresce a produção e eles exportam para outras nações, matando a fome de milhões de pessoas nos quatro cantos do mundo.

No entanto, eles estão sendo perseguidos, suas propriedades são invadidas e saqueadas pelas hordas impunes do MST. Enquanto em outros países os agricultores são estimulados pelos governos, no Brasil eles são perseguidos por decretos de desapropriação para Reforma Agrária, ou para demarcação de absurdas e imensas reservas indígenas ou quilombolas. Além de multas escorchantes, baseadas em leis ambientais despropositadas.

Catolicismo — Por que o seu livro afirma que agropecuária transformou-se em atividade de alto risco em nosso País, nos dias de hoje?

Sr. Nelson Barretto — De fato, além de enfrentar os desafios próprios a qualquer atividade econômica urbana, industrial ou comercial — rentabilidade, carga tributária, estrutura pública, mercado, burocracia —, a agropecuária arca com os seus problemas característicos, como a manutenção de estradas de acesso às propriedades, a construção de benfeitorias e residências, a alimentação e o transporte de sua mão-de-obra.

A distância dos centros urbanos, por outro lado, dificulta as comunicações e a comercialização de produtos, bem como o acesso ao mercado de peças, máquinas e equipamentos, ou mesmo o recebimento de assistência técnica. Outra questão elementar para o produtor rural, mas não pequena, é a sua completa dependência da meteorologia: falta ou excesso de chuvas, geadas, granizo, calor excessivo, além das pragas.

Entretanto, novas dificuldades vieram somar-se às já existentes, prejudicando o bom desempenho dos ruralistas, a ponto de lhes retirar o estímulo de ousar e empreender. A maior dessas dificuldades é a ameaça constante ao direito de propriedade. Elemento fundamental de todo sadio progresso, esse direito é essencial à liberdade no nosso regime político. Mas tantas e tão constantes são as ameaças à propriedade, que a agropecuária vem se tornando atividade de altíssimo risco.

Catolicismo — A principal ameaça vem do MST?

Sr. Nelson Barretto — Essa é a ameaça que mais aparece na imprensa. No mês passado, a opinião pública brasileira ficou estarrecida e perplexa diante das imagens de devastação e destruição de milhares de laranjeiras grandes e carregadas de belos frutos, perpetradas pelo MST na fazenda Santo Henrique, no interior de São Paulo; além do mais, os sem-terra depredaram casas e tratores, bem como móveis e equipamentos dos empregados da fazenda. As imagens desse vandalismo, veiculadas pela mídia, galvanizaram um sentimento crescente de indignação diante da violência e do desrespeito às leis, praticados pelo MST.

Esses crimes não são praticados apenas contra os proprietários, mas vulneram toda a agropecuária e todo o Estado de direito. Tais delitos ocorrem porque os agitadores sabem que ficarão impunes, e que nada vai lhes acontecer. E pior, ainda continuam a receber gordas verbas do erário público, sustentado pelos impostos dos contribuintes.

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sábado, 17 de julho de 2010

Peña Esclusa: o aviso vivo aos brasileiros

Escrito por Klauber Cristofen Pires

Movimento Endireitar

Quando assisto aos telejornais, só o que vejo são os últimos detalhes do crime de assassinato supostamente cometido pelo goleiro Bruno. Percebo assim o quanto a mídia se agarra a um fato que, tem, sim, sua gravidade, mas que todavia, esticado ao máximo, parece mais querer esconder algo do que revelar. Em outras palavras, estamos falando dos chamados "factóides", ou seja, notícias que sirvam antes como entretenimento do que como informação.

Em um momento sério para este país, eis que vamos caminhando para uma eleição presidencial, uma plêiade de assuntos mais urgentes - porque afetam gravemente a vida de todos - vão ficando para segundo plano, a gerar a vantagem da desinformação para o lado governista.

Dentre estes, destaco a recente prisão do principal líder oposicionista venezuelano Alejandro Peña Esclusa pelas forças de repressão do governo "bolivariano" de Hugo Chaves, em conluio com o governo de Raúl Castro.

O leitor mais alheio aos fatos pode estar indagando por que isto pode ser tão importante para nós, brasileiros, mesmo quando concorda que aquele país vive em um regime ditatorial. Pois, a resposta, para nós, antes está no que não é dito, ou quando muito, revelado en passant, à moda da própria imprensa oficialesca do nosso vizinho ao norte.

Pois, percebam: se supostamente vivemos em um regime democrático e de plenas liberdades civis, porque os noticiários das maiores redes de tv e dos maiores jornais simplesmente silenciaram a respeito de uma notícia tão grave? Aqui saliento o papel da resistência blogueira, que em espírito de militância, tem furado o bloqueio, obrigando às cadeias emissoras à divulgação dos acontecimentos, tendo passado já o segundo dia seguinte ao fato, mas já para cuidarem da própria imagem e tratando de cumprir a sua obrigação da forma mais protocolar possível.

Lembro também aos leitores o caso da deposição constitucional de Zelaya pelas autoridades hondurenhas, com a nossa imprensa - aqui me recordo especialmente do casal Wiliian Bonner e Fátima Bernardes - a noticiar que tivera sido um golpe perpetrado pelos "militares hondurenhos", e ainda depois quando já era público o conluio do chapeludo com os ardis de Chávez e Lula - procurado justificar da forma mais ridícula possível, por meio do depoimento bizarro de um "cientista político" importado da Argentina cuja excelsa e precisa linha de argumentação era a de que, por parecer um golpe, assim deveria ser entendido como tal!

Somente estes dois exemplos são mais que suficientes para botar cada brasileiro com juízo na cabeça com as barbas de molho. No caso, o Sr Alejandro Esclusa é um homem íntegro, pacífico e defensor da democracia liberal, e sua prisão foi efetuada segundo os indícios mais veementes de fraude e abuso de poder. Uma família foi aviltada dentro do lar por uma corja composta por dezenas de homens armados, e foram plantadas as provas dentro do quarto de sua filhinha de 7 (sete) anos, causando um trauma que talvez seguirá a vida da pequenina por toda a sua vida.

Dossiês falsos, acessos a dados confidenciais e escutas ilegais sobre cidadãos estão se tornando lugar comum no Brasil, sem que os tais "analistas" e "especialistas" se encorajem para investigar e denunciar como deveriam. Os mesmos jornalistas que aparecem recebendo prêmios pela sua atividade balbuciam e tremem as pernas diante da necessidade de fazer um mero reparo ao Sr Lula por ter declarado que os presos políticos cubanos se assemelham aos bandidos paulistas (Isto é para você, Sr Merval Pereira).

previa inúmeras propostas autoritaristas - tem sido tratado como uma mera burrada quando deveria soar o alarme não só da imprensa, mas de todas as entidades de classe e organizações em defesa da cidadania. A todo custo, vem sendo vendida a idéia do desafio que recairá sobre a Sra Dilma Roussef em domar as alas mais radicais do PT e outros partidos aliados, quando na verdade elas são os batredores de frente da mais radical de todas as militantes.

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Fonte: http://libertatum.blogspot.com/

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Blog do Planalto desafia legislação eleitoral e divulga realizações de Lula

Por FÁBIO ZAMBELI e FÁBIO AMATO

Folha Online

Mantido pela Secretaria de Comunicação da Presidência, o Blog do Planalto divulga obras e realizações do governo Lula no período em que a legislação restringe publicidade institucional.

Temas como a expansão de benefícios sociais para as mulheres e a massificação de acesso ao financiamento habitacional se misturam à defesa dos discursos do presidente no diário virtual, hospedado no portal da administração e abastecido por funcionários públicos.

A página chegou a ser usada para referendar a citação de Lula à ex-ministra Dilma Rousseff em evento do governo no qual foi lançado o edital do trem-bala, na terça.

Sob o título "Citação à ex-ministra foi reconhecimento histórico", notícia postada anteontem no blog reproduzia fala do presidente em que ele enaltece o papel de Dilma no projeto e tenta justificar sua menção no ato oficial. O texto saiu do ar ontem.

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Procuradora eleitoral vê uso da máquina por Lula

Por Mariângela Gallucci

Estadão Online

A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou a máquina pública para promover a candidatura de Dilma Rousseff, o que poderá levá-la a pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a abertura de uma ação que pode provocar a cassação do registro da petista.

Para Sandra, as irregularidades ocorreram durante a cerimônia oficial na qual Lula lançou o edital do trem-bala e atribuiu o sucesso do empreendimento a Dilma. "É abuso de poder político, sem dúvida, e incorre em abuso de poder econômico, já que é feito à custa do erário público", afirmou.

Para propor formalmente no TSE uma ação de investigação judicial eleitoral, a vice-procuradora espera apenas receber o vídeo da solenidade. "Se a mídia confirmar o que está nos jornais, fica claro o abuso", afirmou Sandra. "É proibido usar a máquina pública, prédios públicos, serviços públicos (em prol de campanhas). Está na lei", afirmou. "É absolutamente proibido o uso da máquina pública na campanha eleitoral", repetiu ela, ressalvando que falava sobre o episódio em tese.

Jurisprudência. Se a ação for julgada procedente pelo TSE, Dilma poderá ter o registro de candidata cassado e Lula ser punido até com a inelegibilidade, segundo Sandra. "A jurisprudência do TSE já está pacificada no sentido de que se há um candidato beneficiado pelo mau uso da máquina pública, na verdade, não é necessária a participação direta desse candidato no ilícito", afirmou. O episódio do trem-bala somado a outras ações do presidente na fase de pré-campanha levaram a vice-procuradora a afirmar que "o conjunto da obra é muito ruim".

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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Repressão chavista


Por Olavo de Carvalho

Mídia Sem Máscara


O líder oposicionista venezuelano Alejandro Peña Esclusa foi preso pela polícia política de Hugo Chávez na última segunda-feira. Todo mundo sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Só não se esperava que os agentes da ditadura chavista tivessem, como tiveram, o cinismo de plantar explosivos na casa de um político que nunca usou de violência nem mesmo verbal. O objetivo da farsa é criar uma aparência de ligação entre Peña e "organizações direitistas violentas", que no presente cenário latino-americano se destacam sobretudo pela sua espetacular inexistência.

Alejandro Peña, que por sua militância antichavista foi recentemente alvo de homenagem por parte da Assembléia Estadual do Alabama (v. http://www.youtube.com/watch?v=VGhwsRbR0Y8), é bem conhecido do público brasileiro como conferencista sério e equilibrado, que descreve a situação política de seu país com tristeza, mas com serenidade e nem o mais mínimo sinal de ódio.

Os membros da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) tiveram a oportunidade de ouvi-lo explicar a estratégia revolucionária do Foro de São Paulo durante o simpósio "Democracia, Liberdade e o Império das Leis", realizado em maio de 2006.

Não tenho a menor dúvida de que a prisão de Alejandro Peña é uma retaliação ao processo que ele move no Tribunal Penal Internacional contra o governo Hugo Chávez. A melhor cobertura do assunto, até agora, está no blog http://notalatina.blogspot.com

O jornal O Tempo, de Belo Horizonte, publica em editorial estas linhas onde a malícia e a estupidez se fundem numa mistura indecomponível:

"O governo dá motivos. Entre outros, o PNDH-3 e, agora, o primeiro programa de governo da candidata Dilma Rousseff, depois substituído por um conteúdo mais digerível. O fato é que essas trapalhadas acabam por estimular a disseminação de um discurso de direita, claramente anticomunista, afirmando que o País caminha para uma ditadura. A fonte talvez esteja em alguns articulistas - como o filósofo Olavo de Carvalho - que dão curso hoje a teorias da conspiração... Não há dúvidas de que a denúncia de golpe tem muito de paranoia..."

Não há possibilidade de golpe, prossegue o jornal, porque o Brasil está sob o domínio daquilo "que o jornalista Fernando de Barros e Silva chama de condomínio ou consórcio de poder: a reunião de forças interessadas na atual estrutura do governo. Desse condomínio participam partidos, políticos, empresários, sindicalistas e funcionários do Estado, todos beneficiários de favores distribuídos pelo governo. O poder está distribuído entre tantos beneficiários que ninguém pode pretender ter a hegemonia. O condomínio é a maior garantia de que a legalidade não será desrespeitada".

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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vexame Internacional

Por Merval Pereira, no O Globo

Blog do Noblat

Chega a ser patética a tentativa das autoridades brasileiras de se livrarem do vexame que protagonizaram diante da atuação exitosa do governo espanhol para liberar presos políticos de Cuba.

Trabalhando junto à Igreja Católica de Cuba, o governo da Espanha, representado por seu ministro das Relações Exteriores, Miguel Ángel Moratinos, conseguiu obter do governo ditatorial cubano o compromisso de libertar 52 dos 167 presos políticos do país, figura que o presidente Lula dizia que não existia na sua ilha caribenha preferida.

O ministro Celso Amorim chegou a insinuar que o Brasil teve "atuação discreta" na decisão, e o assessor especial Marco Aurélio Garcia, dublê de coordenador da campanha de Dilma Rousseff, ainda menosprezou a atuação da Espanha, sugerindo que a participação brasileira teria sido mais efetiva, apesar de "discreta", e que o chanceler espanhol apenas se aproveitou da situação para anunciar o fim das negociações.

No entanto, não é de hoje que a oposição cubana se queixa da posição brasileira de alegar a "não ingerência" nos negócios internos de outro país para se eximir de pressionar o governo cubano a favor dos direitos humanos.

Na primeira visita de Lula a Cuba como presidente, logo após a crise em que alguns dissidentes que tentaram fugir da ilha foram fuzilados, houve muitas queixas de que Lula não tocara no assunto em seus encontros.

Na ocasião, Frei Betto, que era assessor especial da Presidência, garantiu que Lula conversara com Fidel, que ficara irritado e cobrara dele atuação mais firme na reforma agrária, a favor do MST.

O fato é que Lula e todos os membros do governo que têm uma relação pessoal com Cuba consideram que não devem fazer críticas públicas ao governo cubano.

Alegam que é mais eficiente tratar de assuntos delicados discretamente. É uma tática de quem trata com um amigo, e não de Estado para Estado. E os resultados, até o momento, têm sido nulos.

Essa atitude já produziu fatos não condizentes com o Estado democrático, como a entrega ao governo cubano — que os resgatou em território nacional, à noite, em um avião venezuelano — dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que haviam fugido da concentração durante os jogos do campeonato Panamericano no Rio em 2007, e queriam ficar no Brasil asilados.

Meses depois, desmentindo o governo brasileiro, que disse que os cubanos pediram para voltar ao seu país, Erislandy Lara, bicampeão mundial amador da categoria até 69 quilos, chegou a Hamburgo, na Alemanha, depois de ter fugido em uma lancha de Cuba para o México.

Em 2009, Rigondeaux acabou fugindo para Miami, nos Estados Unidos.

O prestígio internacional do presidente ficaria abalado depois de sua atitude diante da morte do dissidente cubano Orlando Zapata Tamayo em uma prisão, após 85 dias de greve de fome.

Lula chegou para mais uma de suas visitas a Cuba justamente no dia em que Zapata morreu, e em que outro preso político, Guilhermo Fariñas, começava a sua greve de fome, que só terminou agora com o acordo patrocinado pela Espanha e pela Igreja Católica.

Lula posou sorridente ao lado de Fidel e Raul Castro, e, quando questionado sobre a greve de fome, fez diversas declarações, todas elas defendendo o governo cubano e acusando os presos políticos.

"Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de prender as pessoas em função da legislação de Cuba, como quero que respeitem a do Brasil".

Como se na ditadura cubana houvesse leis para serem acatadas.

Ou então: "Eu gostaria que não ocorresse (prisão de presos políticos), mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os prendeu, como não quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil".

Continuando a confundir presos políticos com criminosos comuns, dentro da mesma linha adotada pela ditadura cubana, Lula saiu-se com esta: "Eu acho que greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto dos direitos humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade".

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terça-feira, 13 de julho de 2010

A Venezuela está a caminho do desastre

Por JOSÉ ROBERTO MENDONÇA DE BARROS

Estadão Online

A Venezuela é aquele país que, segundo nosso presidente, tem democracia demais. Apesar disso, os esforços para o aprimoramento democrático não param: o ex-ministro General Baduel (aquele que garantiu o poder a Chávez) foi condenado a oito anos de prisão, os esforços para fechar o único canal oposicionista de TV estão quase concluídos, com o pedido de prisão de seu diretor, enquanto outros críticos (como Oswaldo Alvarez Paz, ex-governador do Estado de Zulia) são presos. Ainda isso é pouco, pois a democracia tem de ser defendida de seus inimigos solertes; nessas condições, como mostrou o Estado em matéria publicada em 16 de junho passado, a ajuda de Cuba tem sido inestimável. Agentes da democracia vizinha participam cada vez mais do controle militar e da segurança interna, matéria na qual o aparato cubano é craque respeitado em todo o mundo.

Entretanto, o controle político do presidente Chávez vem sendo sistematicamente testado pela firme deterioração da economia venezuelana. Apenas para se ter uma ideia, dos dezoito países cobertos pelo Latin American Consensus Forecast (edição de junho), a Venezuela é o único no qual se projeta uma queda no PIB, para uma média do crescimento regional de 4,5%.

A desordem econômica é profunda e generalizada. Comecemos pelos números: o PIB venezuelano caiu 3,3% em 2009 (depois de crescer 4,8% em 2008) e é projetada uma contração de mais 4,1% em 2010 (dados do Consensus). A estimativa mais recente disponível é do Morgan Stanley, que projeta um mergulho de 6,2% para este ano e mais queda (1,2%) para 2011. Os investimentos caíram 3,3% em 2008 e 8,2% em 2009. Para 2010, projeta-se queda entre 12,5% (Consensus) e 28% (Morgan Stanley). Da mesma forma, o consumo caiu em 2008 (3,2%), cifra que deve se repetir neste ano. O que cresce mesmo é a inflação: os preços ao consumidor se elevaram 32% em 2008 e 27% no ano seguinte. Para 2010, a inflação deve atingir 40% e ficar por aí em 2011.

Deterioração. A recente situação econômica é fruto de uma longa deterioração em várias frentes, que as elevações dos preços de petróleo até 2008 mascararam, uma vez que as receitas externas facilitavam as importações e geravam recursos para os gastos do governo central. Vejamos as principais.

Petróleo: no final de 2000, a Venezuela produzia 3 milhões de barris de óleo por dia; entre fevereiro e maio deste ano, a extração média foi de 2,3 milhões de barris/dia, segundo a Opep, ou uma queda de quase 25%. Uma sistemática redução dos gastos de manutenção e de investimentos em novos campos, resultante do desvio do caixa da empresa para cobrir gastos correntes do governo, explica esse resultado. A situação é tão difícil que a PDVSA acumulou uma dívida de mais de US$ 21 bilhões com prestadores de serviços e fornecedores. O problema é estrutural e dificilmente será revertido a curto e médio prazo, mesmo após o acordo de exploração com a China. Como os preços do petróleo estão em queda, podendo chegar a US$ 60, a geração de caixa irá piorar ainda mais.

Setor externo: o petróleo é o único item relevante na pauta de exportações da Venezuela. A lenta redução na produção e a queda na cotação do produto após 2008 resultaram numa contração da oferta de divisas. Como a limitação da produção local exige grandes importações para atender o consumo doméstico, o mercado de câmbio ficou muito pressionado, especialmente depois da forte queda nas reservas de divisas. Essas caíram de US$ 32 bilhões, em 2008, para a faixa de US$ 17 bilhões nos dias de hoje, o que levou as autoridades a estabelecer controles diretos e racionamento das divisas (Cadiv). Nessas condições, as empresas passaram a buscar o mercado paralelo de dólares para pagar pelas importações. Estima-se que 30% das importações chegaram a ser liquidadas desta forma, naturalmente numa taxa de câmbio muito mais desvalorizada que a cotação oficial. Entretanto, o vezo autoritário do governo o levou a aprovar legislação que criou penas drásticas para coibir o mercado paralelo. A solução policial para um problema econômico, como é usual, só vai agravar a situação, pois se for bem-sucedida, a recessão e a inflação se elevam com o choque de oferta; se mal sucedida, a desordem e a inflação ficam mais agudas.

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Cuba de branco dá adeus aos primeiros libertados

Agências Internacionais

Dcomércio.com.br

Em uma operação logística que surpreendeu pela rapidez, os primeiros dez presos políticos libertados no fim de semana pelo governo cubano chegaram ontem a Havana, onde passam por exames médicos e trâmites legais para deixar a ilha rumo à Espanha. A embaixada espanhola deve terminar hoje a emissão dos vistos de entrada para os dissidentes e para cerca de uma centena de familiares que os acompanharão ao exílio.

Até a tarde de ontem, pelo menos dez dos 17 dissidentes que viajarão à Espanha já estavam sendo submetidos a exames médicos no Hospital Penal Combinado del Este, em Havana. Os parentes dos prisioneiros foram levados a uma unidade militar do Ministério do Interior, no distrito de Valle Grande, na capital, para aguardar a viagem, mas, segundo fontes cubanas, o reencontro familiar só será possível no avião.

Segundo Laura Pollán, líder do movimento Damas de Branco – que reúne familiares de opositores políticos presos em Cuba desde 2003 – (acima à esq.), 26 dos 52 prisioneiros políticos anistiados já foram informados e questionados sobre uma eventual viagem à Espanha. Desse grupo, 20 teriam aceitado o exílio e outros seis manifestaram o desejo de permanecer na ilha.

Enquanto ainda se aguarda um cronograma oficial da libertação dos demais prisioneiros políticos, ontem o governo do Chile se ofereceu para dar asilo aos cubanos que desejem viver no país.

Surpresa - A rapidez do traslado dos prisioneiros e familiares após a conclusão das negociações – intermediadas pela Igreja Católica e pelo chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos – para a soltura de 52 dos 75 dissidentes presos desde 2003 na chamada "Primavera Negra" surpreendeu analistas e os próprios cubanos.

Para especialistas, a decisão repentina do governo de Havana pode ser interpretada como um recado ao presidente Barack Obama, em Washington. Acredita-se que o sucesso da intervenção espanhola nas negociações seja usado por Havana como uma prova de confiabilidade e de sua abertura às mudanças.

A iminência de um colapso econômico na ilha – que precisa importar 70% do que consome – faz o governo Castro ter interesse imediato em restabelecer relações políticas e econômicas com a União Europeia. A libertação dos dissidentes seria uma prova de que o país está disposto a repensar a questão dos direitos humanos – como exigem os norte-americanos – e a negociar a suspensão do embargo econômico à ilha.

"Tudo isso acontece no momento em que o Congresso norte-americano discute um projeto de lei para acabar com as restrições de viagem à ilha", observou Frank López Ballesteros, do jornal venezuelano El Universal.

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''Lula quer Dilma no poder para seguir mandando'', diz fundador do PT

Por Adriana Carranca

Estadão Online

Fundador do PT, deputado federal pelo partido, vice-prefeito de São Paulo na gestão Marta Suplicy, candidato ao Senado e a vice de Luiz Inácio Lula da Silva na disputa ao governo paulista, o advogado Helio Bicudo apoia publicamente a candidata do PV à Presidência, Marina da Silva, nas eleições desse ano. "Lula quer Dilma Rousseff no poder para continuar mandando no País", dispara, sobre a candidata petista.

Afastado do PT desde o escândalo do mensalão, em 2005, o jurista classifica o governo de "autoritário", acusa o presidente Lula de "mirar mais no poder pessoal do que nos objetivos do partido", diz que o Congresso e o Judiciário estão desmoralizados e defende a alternância de poder como indispensável ao estado democrático. "José Serra (PSDB) é um homem competente, mas Marina Silva expressa de forma melhor o ideário de um Brasil igual para todos."

Aos 88 anos, à frente da Fundação Interamericana de Direitos Humanos, Bicudo tem página no Facebook e escreve de próprio punho as notas que publica no Twitter, onde tem 618 seguidores. Nesta entrevista, o jurista fala da mágoa com o partido que ajudou a criar e onde militou por 25 anos. E diz por que, embora ligado aos movimentos sociais da Igreja Católica, seu voto irá para a candidata evangélica.

Marina Silva. "Conheci a Marina como senadora, quando nós organizamos um tribunal para julgar o massacre em Eldorado dos Carajás, no Pará. Ela deu um voto que realmente me emocionou. Mais tarde, num segundo tribunal da terra, em Curitiba, mais uma vez mostrou seu compromisso com os mais pobres. O fato de ser evangélica não muda em nada o meu apoio. Ter uma religião é um caminho importante no traçado da nossa vida. Sou católico praticante e tenho colhido bons frutos dessa fé. Mas, cada um deve encontrar seu credo.

Acho José Serra um homem competente. Plínio (Arruda Sampaio, candidato pelo Psol) é meu amigo e um homem de grande valor, que deixa tudo de lado para atender ao interesse público. Mas, Marina Silva expressa o ideário de um país onde todos são iguais, comprometido com os direitos humanos, não só relacionados à pessoa, mas ao meio ambiente."

Reforma Agrária. "Sou contra a criminalização dos movimentos sociais. Posso estar enganado, mas para mim o MST é o único movimento de massas ainda válido. A gente não sabe até que ponto eles estão envolvidos com o governo federal, mas criminalizar um movimento popular é ir na contramão dos direitos humanos. E acho que Marina não faria isso. Hoje, o MST sabe que não é com a invasão de terras que vão conseguir a reforma agrária, mas com a industrialização do que eles produzem nos assentamentos. E Marina é a pessoa certa para uma política agrária eficiente."

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domingo, 11 de julho de 2010

Por que o governo não é capaz de ofertar serviços eficientemente

Von Mises Brasil

Por
As bem conhecidas ineficiências das operações governamentais não são meros acidentes empíricos, resultados talvez de uma falta de tradição na área. Elas são inerentes a todas as iniciativas estatais, e a demanda excessiva que é gerada pelos serviços 'gratuitos' ou subprecificados ofertados pelo governo é apenas uma das várias razões dessa condição.

Desta forma, a oferta gratuita de um bem ou serviço não apenas subsidia os seus usuários à custa dos contribuintes que não o utilizam; ela também faz com que os recursos sejam alocados erroneamente, fazendo com que os bens e serviços não sejam ofertados naquelas áreas que mais necessitam deles. O mesmo é válido, em um grau menor, sempre que o preço de um bem ou serviço está abaixo do preço de livre mercado. No livre mercado, os consumidores podem ditar a precificação e, com isso, garantir a melhor alocação dos recursos produtivos de modo a suprirem seus desejos. Em um empreendimento governamental, isso não pode ser feito.

Peguemos novamente o caso de um serviço gratuito. Como não há um sistema de preços para racionalizar as decisões - e, portanto, não há a exclusão de utilizações improdutivas -, não há como o governo, mesmo que ele queira, alocar seus serviços de modo a satisfazer as mais prementes necessidades e os mais ávidos consumidores. Todos os compradores, todas as necessidades, são artificialmente mantidos no mesmo plano. Como resultado, as mais urgentes necessidades serão desprezadas, e o governo ver-se-á diante de insuperáveis problemas de alocação, os quais ele não pode resolver mesmo para benefício próprio. Assim, o governo será confrontado com o seguinte problema: devemos construir uma estrada no local A ou no local B? Sem estar guiado pelo sistema de preços e pelo mecanismo de lucros e prejuízos, o governo simplesmente é incapaz de tomar uma decisão de maneira racional. Ele não pode auxiliar da melhor forma os consumidores privados da estrada. Suas decisões serão tomadas somente de acordo com os caprichos do funcionário do governo que está no comando - isto é, somente se o funcionário do governo, e não o público, for quem estiver "consumindo". Se o governo de fato deseja fazer apenas o que é melhor para o público, ele está irremediavelmente lidando com uma tarefa impossível.

Da mesma forma que o governo pode deliberadamente subsidiar um serviço, ofertando-o de graça, ele também pode genuinamente tentar achar seu verdadeiro preço de mercado, isto é, ele poder tentar "operar como uma empresa privada". Esse, aliás, é o brado frequentemente emitido pelos conservadores - que o governo seja gerido em "condições empresariais", que os déficits sejam zerados, etc. Quase sempre isso significa elevar os preços. Entretanto, seria essa uma solução? Diz-se com muita frequência que uma única empresa estatal, operando dentro da esfera de mercado privado, comprando bens e serviços deste, pode precificar seus serviços e alocar seus recursos eficientemente. Isso, entretanto, é incorreto. Existe um defeito decisivo que permeia todo o tipo concebível de empresa estatal e que inescapavelmente a impede de praticar uma precificação correta e de alocar eficientemente seus recursos. Por causa desse defeito, uma empresa estatal jamais pode operar "em condições de mercado", não importam quais sejam as intenções do governo.

E qual é esse defeito decisivo? É o fato de que o governo pode obter recursos virtualmente ilimitados por meio de seu coercivo poder de tributação. Empresas privadas precisam obter seus fundos através de investidores. É essa alocação de fundos feita por investidores guiados por sua presciência e preferência temporal que vai racionar os recursos para as mais lucrativas - e, portanto, mais úteis - aplicações. Empresas privadas podem adquirir seus fundos somente por meio de consumidores e investidores; em outras palavras, elas podem arrecadar fundos somente daquelas pessoas que valorizam e compram seus serviços e daqueles investidores que estão dispostos a arriscar seu capital poupado investindo-o em algo que acreditam poder gerar algum lucro futuro. Ou seja: no mercado, pagamento e serviços são coisas indissoluvelmente complementares.

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sábado, 10 de julho de 2010

PIB: analistas pedem cautela na análise global

Movimento Brasil Eficiente

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou números que confirmaram que o Brasil vive seus dias de China. Porém, para renomados especialistas da área de economia, este crescimento não é real e muito preocupante para o país. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 9% no primeiro trimestre do ano em relação a igual período de 2009. Só a China, uma das economias mais relevantes do planeta, conseguiu um resultado superior. Porém lá, ninguém celebrou nem franziu a testa. Aqui, falou-se em superaquecimento da economia e em crescimento não sustentável.

A China poupa 54,3% de toda a riqueza nacional que produz e investe outros 44,4% dela. O Brasil poupa menos de 20% do seu PIB e investe também algo em torno disso. Quanto mais um país poupa, mas ele investe e mais rapidamente pode crescer sem inflação.

Em relação à produtividade, a China produz 4% do PIB e o Brasil mal saiu do zero, está em 0,3%. O aumento de produtividade significa fazer mais com menos insumos. Sem produtividade não existe crescimento sustentável.

A produtividade de um país não aumenta sem poupança e investimento em educação e tecnologia. O Brasil não investe mais por diversas razões, mas uma das mais plausíveis é a “despoupança” do governo, ou seja, gastar mais do que arrecada.

China
Os chineses poupam muito. Por isso, possuem recursos para investir mais e conseguem assim crescer em ritmo maior e de maneira sustentável, com saldo positivo nas transações internacionais e inflação sob controle
X Brasil
Poupa pouco (menos de um terço do que a China). Como consequência, tem pouco capital disponível para investir. Se a taxa de investimento supera a de poupança, o crescimento não é tão saudável. Os efeitos são déficit nas contas externas e aumento da inflação
Taxa de Poupança
54,3% do PIB
Taxa de Poupança
Não se trata da caderneta em que guardamos nossas economias. Referente a um país, diz respeito ao total dos recursos que as famílias, empresas e governos poupam em relação ao total de suas receitas
Taxa de Poupança
15,8% do PIB
Taxa de Investimento
44,4% do PIB
Taxa de Investimento
Total de recursos aplicados no aumento da capacidade das empresas, na construção de imóveis e na ampliação da infraestrutura de um país
Taxa de Investimento
18% do PIB
Produtividade Total dos Fatores
4% (crescimento anual médio, 1990-2008)
Produtividade Total dos Fatores
Estima os efeitos sobre a economia de elementos não facilmente mensuráveis. Diz respeito sobretudo à qualidade das instituições. A corrupção e o não respeito a leis, por exemplo, reduzem o potencial de crescimento
Produtividade Total dos Fatores
0,3% (crescimento anual médio, 1990-2008)


Veja o Site Movimento Brasil Eficiente

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Confiar na Autoridade Palestina?

Por Daniel Pipes

Mídia Sem Máscara

Sob o comando de Iasser Arafat, a Organização para a Libertação da Palestina notoriamente dizia uma coisa à audiência árabe/muçulmana e o contrário à israelense/americana, discursando de forma malévola para a primeira e em tons dúlcidos para a segunda. O que dizer sobre o amável sucessor de Arafat, Mahmoud Abbas? Ele rompeu com esse padrão de falsidade ou lhe deu continuidade?

Essa questão tem em si uma importância renovada visto que segundo levam a crer as informações, Abbas estaria disposto a oferecer a Israel vários compromissos territoriais, e mais, ele deu alguns passos sem precedentes dando uma entrevista a jornalistas israelenses, reunindo-se com líderes judeus americanos no S. Daniel Abraham Center for Middle East Peace.

Com uma especificidade inédita, o diário em idioma árabe Al-Hayat revela, que Abbas informou à administração Obama sobre sua disposição em chegar a um acordo no que diz respeito à Cisjordânia e até mesmo Jerusalém (embora a AP negasse imediatamente esses termos).

Na entrevista, Abbas se diz genuinamente decidido a alcançar um acordo de paz e a aceitar a ideia de tropas internacionais. Um assistente de Abbas descreveu esse esforço como a "tentativa dele estender a mão à população israelense... nós desejamos ter um parceiro israelense para o estágio final, um parceiro que optou pela paz, não assentamento, paz, não ocupação". O próprio Abbas advertiu os israelenses, "Não me deixem perder as esperanças".

E por último, uma transcrição da reunião no Abraham Center revela Abbas dizendo a sua audiência exatamente o que ela queria ouvir: que ele condena a violência, reconhece as ligações históricas judaicas à terra controlada por Israel, que aceita as preocupações israelenses sobre a segurança e que promete retirar o incitamento da mídia e dos materiais escolares. Sobre a delicada questão do Holocausto - um tópico sobre o qual o próprio Abbas escreveu uma "dissertação" pela qual recebeu Ph.D. na URSS, onde ele acusa os sionistas de aumentarem o número de judeus mortos por motivos políticos - Abbas admitiu que os judeus sofreram e rejeitou a negação do Holocausto.

Como interpretar tudo isso? Abbas alega que falou para os líderes judeus americanos "na mesma linguagem" que usa para falar aos palestinos comuns.

Altamente improvável.

Na realidade, a mídia da AP deturpou as declarações dirigidas aos palestinos "comuns" que, para não ser grosseiro, negava as doces palavras dirigidas aos israelenses e americanos. Assim que saiu o noticiário de Abbas estendendo a mão ao outro lado, também saíram notícias no Palestinian Media Watch sobre as mensagens que veiculavam exatamente o contrário aos palestinos.

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Gracias, Presidente Uribe!


Por Graça Salgueiro

Mídia Sem Máscara

Hoje (4, domingo) a Colômbia fez uma grande marcha de despedida ao presidente Álvaro Uribe, aproveitando que é seu aniversário mas, além disso, para agradecer-lhe pelos 8 anos do mais próspero, digno e valoroso governo de toda a história republicana do país. Quero juntar-me a essa comemoração, mesmo que em espírito e coração, mas minha vontade era mesmo de estar lá, para cumprimentá-lo pessoalmente - coisa que não foi possível em minha rápida estada de uma semana - e agradecer a derrota militar das FARC que, embora os brasileiros não valorizem e torçam o nariz cada vez que falo disso, nos diz respeito muito diretamente. Cada golpe dado às FARC significa menos drogas no mercado brasileiro a matar milhares de nossos jovens a cada dia, mas a maioria dos brasileiros não consegue enxergar isso.

Como muitos sabem, estudo o movimento terrorista na América Latina e Caribe há 10 anos, mas é muito diferente você conhecer coisas baseadas em documentos e estar presente onde os fatos acontecem. Nunca vou poder esquecer minha experiência na Colômbia e hoje, como parte de minha homenagem a este homem simples, humilde e pequenino em estatura mas gigante como pessoa humana e governante, volto a falar um pouco do que vivi lá, atendendo solicitação de um grande amigo.

Uma das coisas que mais nos impressionou (a mim, Olavo, Roxane e Silvio), foi a qualidade humana dos colombianos. Mesmo envergonhados, não podíamos deixar de fazer essa comparação a todo o momento, pois além da alegria estampada naqueles sorrisos francos, há uma humanidade autêntica naquela gente. A gentileza, a solidariedade, a humildade sem afetação, a cordialidade que sempre nos dispensaram pessoas de todos os níveis, contrastava dramaticamente com a arrogância do brasileiro que crê poder dar "opinião" sobre qualquer assunto, principalmente aqueles que desconhece por completo e que jamais estudou a sério uma linha sequer.

Quando comecei a falar sobre minha experiência na Colômbia, aqui no Notalatina, recebi montanhas de insultos (um dos quais publiquei em outra edição) e um sentimento que é bem característico do brasileiro que é a mesquinhez, somada à inveja, onde muitos perguntavam se eu ainda era brasileira por enaltecer valores de outro povo que não o nosso. Continuo tão brasileira quanto sempre fui, e é exatamente por isso, e pelo meu patriotismo que não é de ocasião, que denuncio o que se passa a nosso redor com tanta ênfase, preocupação e seriedade. Lembro de quando criei este blog e que falava de Cuba e da Venezuela de Chávez (quem quiser conferir basta buscar os arquivos de 2002 e posteriores) e me xingavam de tudo quanto é asneira. Não viam, os insanos, que ao me preocupar com o que sofre o povo cubano a pé eu os estava alertando sobre o que poderia nos acontecer; o mesmo com relação ao governo tirano de Chávez. Hoje, até os jornais mais esquerdosos fazem estas denúncias, só que com quase uma década de atraso e muita gente divulga muito alarmada como se fosse novidade de primeira mão. Se tivessem acreditado quando Olavo e depois eu denunciávamos o Foro de São Paulo, este elemento que hoje governa o Brasil não teria se elegido nunca!

Essa é a diferença mais gritante entre Brasil e Colômbia. Vi por onde andei, nas ruas, em taxis, em locais refinados como o Clube El Nogal, em associações, cafés, restaurantes, o amor e carinho que as pessoas têm pelo presidente Uribe, pois ele devolveu ao povo a tranqüilidade e a segurança, o turismo, a confiança nos investidores estrangeiros. O olhar das pessoas se ilumina quando se fala em Uribe, pois todos têm um motivo para admirá-lo a lhe querer bem. Todo mundo tem um parente que já foi vítima da crueldade das FARC, a quem eles odeiam com a mesma intensidade que amam seu presidente que deu o maior impulso para acabar com esta guerrilha assassina. Promessa cumprida!

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