Do total de 48,5% que deve ser assumido pelo governo, 28,5% das ações seriam de banqueiro foragido.
O presidente venezuelano Hugo Chávez afirmou nesta terça-feira, 20, que o governo controlará quase a metade das ações da emissora particular Globovisión, última crítica à administração chavista, porque um de seus acionistas está foragido e outro morreu.
Em uma cerimônia em um teatro de Caracas, Chávez disse que o governo controlaria 48,5% das ações do canal. Destas, 28,5% são de Nelson Mezerhane, dono do Banco Federal - que sofreu intervenção do governo por supostos problemas de liquidez. Os outros 20% seriam "de um senhor de sobrenome Tenório que lamentavelmente faleceu".
Assim, declarou o presidente, "ninguém poderá dizer" que seu governo está "expropriando" a emissora, uma das mais críticas a sua administração. "Não estamos expropriando, estamos nos incorporando ao negócio", defendeu.
Com 28,5% das ações do canal, a junta interventora do Banco Federal "é obrigada a designar um representante na junta diretora da Globovisión'", disse Chávez. O presidente disse que "não toca" a ele nomeá-los, mas que pode recomendar nomes.
Logo após o anúncio de Chávez, a Globovisón divulgou um comunicado em seu site, no qual afirma que a única concessionária do canal é a empresa "Corpomedios GV Inversiones, C.A.", cujos acionistas são três pessoas jurídicas, uma das quais é o Sindicato Ávila, representado por Nelson Mezerhane. Contestando o presidente, a emissora afirma que ele possui apenas 20% das ações da Corpomedios.
O texto também declara que os acionistas não têm direito de designar membros da Junta Diretiva da Corpomedios, já que são escolhidos pela Assembleia Nacional de Acionistas. Além disso, segundo a mensagem, independente de quem estiver em sua Junta Diretiva, "a linha editorial da Globovisión não tem porcentagem de ações. Ela não se expropria".
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