domingo, 18 de julho de 2010

Uma conjuração contra a agropecuária no Brasil

Site Catolicismo


A agropecuária vem sendo prejudicada por contínuas ameaças de indigenistas, ambientalistas, quilombolas, ONGs, MST, além de estar “engessada” por medidas governamentais.

O livro Agropecuária – Atividade de alto risco vem alcançando grande repercussão junto à classe rural, legitimamente preocupada com a situação no campo, e também nos formadores de opinião. Sua primeira edição esgotou-se em menos de dois meses. Com linguagem clara e direta, denuncia os perigos que vêm ameaçando os agropecuaristas brasileiros e mostra como a agropecuária brasileira está perseguida: ameaças do MST, de quilombolas, indigenista, ambientalista, “índices de produtividade”, pretenso “trabalho escravo”. Um verdadeiro estudo baseado em dados comprovados, obtidos junto a produtores rurais que preferiram o anonimato, para evitar possíveis retaliações.

O produtor rural está sendo triturado, e a propriedade privada no campo está deixando de existir, cedendo lugar a um coletivismo que “engessa” a produção, engolindo mais de 70% do território nacional. Se não houver reação à altura, em futuro próximo o Brasil passará de exportador de alimentos a importador, exatamente no momento em que o mundo mais precisa de nossa produção.

Catolicismo entrevistou Nelson Ramos Barretto, que é autor da mencionada obra juntamente com Paulo Henrique Chaves. Os autores são jornalistas, com vários livros publicados*.

Catolicismo — O que está acontecendo com a agropecuária no Brasil?

Sr. Nelson Barretto — Os produtores rurais estão assustados. Eles deveriam ser considerados heróis que, com o suor de seus rostos, colocam na mesa de nossos compatriotas comida barata e farta. Ademais, a cada ano cresce a produção e eles exportam para outras nações, matando a fome de milhões de pessoas nos quatro cantos do mundo.

No entanto, eles estão sendo perseguidos, suas propriedades são invadidas e saqueadas pelas hordas impunes do MST. Enquanto em outros países os agricultores são estimulados pelos governos, no Brasil eles são perseguidos por decretos de desapropriação para Reforma Agrária, ou para demarcação de absurdas e imensas reservas indígenas ou quilombolas. Além de multas escorchantes, baseadas em leis ambientais despropositadas.

Catolicismo — Por que o seu livro afirma que agropecuária transformou-se em atividade de alto risco em nosso País, nos dias de hoje?

Sr. Nelson Barretto — De fato, além de enfrentar os desafios próprios a qualquer atividade econômica urbana, industrial ou comercial — rentabilidade, carga tributária, estrutura pública, mercado, burocracia —, a agropecuária arca com os seus problemas característicos, como a manutenção de estradas de acesso às propriedades, a construção de benfeitorias e residências, a alimentação e o transporte de sua mão-de-obra.

A distância dos centros urbanos, por outro lado, dificulta as comunicações e a comercialização de produtos, bem como o acesso ao mercado de peças, máquinas e equipamentos, ou mesmo o recebimento de assistência técnica. Outra questão elementar para o produtor rural, mas não pequena, é a sua completa dependência da meteorologia: falta ou excesso de chuvas, geadas, granizo, calor excessivo, além das pragas.

Entretanto, novas dificuldades vieram somar-se às já existentes, prejudicando o bom desempenho dos ruralistas, a ponto de lhes retirar o estímulo de ousar e empreender. A maior dessas dificuldades é a ameaça constante ao direito de propriedade. Elemento fundamental de todo sadio progresso, esse direito é essencial à liberdade no nosso regime político. Mas tantas e tão constantes são as ameaças à propriedade, que a agropecuária vem se tornando atividade de altíssimo risco.

Catolicismo — A principal ameaça vem do MST?

Sr. Nelson Barretto — Essa é a ameaça que mais aparece na imprensa. No mês passado, a opinião pública brasileira ficou estarrecida e perplexa diante das imagens de devastação e destruição de milhares de laranjeiras grandes e carregadas de belos frutos, perpetradas pelo MST na fazenda Santo Henrique, no interior de São Paulo; além do mais, os sem-terra depredaram casas e tratores, bem como móveis e equipamentos dos empregados da fazenda. As imagens desse vandalismo, veiculadas pela mídia, galvanizaram um sentimento crescente de indignação diante da violência e do desrespeito às leis, praticados pelo MST.

Esses crimes não são praticados apenas contra os proprietários, mas vulneram toda a agropecuária e todo o Estado de direito. Tais delitos ocorrem porque os agitadores sabem que ficarão impunes, e que nada vai lhes acontecer. E pior, ainda continuam a receber gordas verbas do erário público, sustentado pelos impostos dos contribuintes.

Leia Mais Aqui

Nenhum comentário: