sábado, 5 de dezembro de 2009

O FILME DE LULA E A PROPAGANDA CRIMINOSA

por Ipojuca Pontes

OpiniãoLivre.com.br

O articulista Zuenir Ventura, comunista light a serviço da patotagem do cinema novo, reverberou a opinião (“O Globo” 25/11/09) de Luiz Carlos Barreto, quem sabe bolado nos intestinos mentais deste produtor, de que o filme “Lula, o filho do Brasil” (no qual a Globo Filmes, empresa das Organizações Globo, investiu R$ 800 mil) foi produzido “para ganhar dinheiro, sem qualquer objetivo ideológico”. Antes, no mesmo espaço, fazendo marketing disfarçado, Ventura já havia caitituado o filme de Lula, que, segundo ele, iria “mexer com a emoção e encharcar o cinema de lágrimas”.

Por que esse tipo de gente reage à percepção generalizada de que o filme de Lula, estrategicamente amparado pela Secretaria de Comunicação do governo, feito com o aval e o empenho do próprio Lula, é uma peça de propaganda oficial a serviço do deletério culto à personalidade? O que se procura esconder por trás de tal pretensão? A quem se pretende enganar?

(Minha resposta é que para impor seus objetivos de perpetuação de poder os comunistas só acreditam na manipulação dos fatos).

Levantemos alguns dados que não permitem dúvidas quanto ao caráter político-eleitoreiro do filme em foco, um típico exemplar do que na Itália fascista se chamou de “cinema do telefone branco”:

1) A pesquisa em que o filme se baseia - fortemente maquiada - é de autoria da “companheira” petista Denise Paraná, assessora política na campanha do ex-sindicalista contra Collor de Mello, em 1989;

2) A editora do livro, que financiou a pesquisa, é nada menos que a facciosa Fundação Perseu Abramo, organismo criado pelo PT para dar “suporte ideológico” aos “companheiros de jornada”, em geral com verbas dos cofres públicos;

3) A logística financeira do projeto milionário, segundo informa “Veja” (25/11/09), é do homem de propaganda do governo, o ex-guerrilheiro Franklin Martins, “que teve influência decisiva na captação de recursos” tomados de empresas privadas dependentes do BNDES, banco dominado pelo governo petista;

4) O produtor do “bom negócio” é Luiz Carlos Barreto, velho predador dos cofres oficiais, que já se disse preso político e eleitor de Lula, embora de fato seja um ex-praça do corpo de Fuzileiros Navais com passagem pelos pântanos pouco ortodoxos de “O Cruzeiro”;

5) A linha de aberto culto à personalidade adotada pelo filme, seguindo modelo stalinista, faz de Lula uma cruza de santo com herói predestinado, tal qual um novo Moisés bíblico a abrir mares e levar os deserdados à terra da promissão. Neste sentido, convém lembrar que o publicitário oficial Duda Mendonça andou “burilando” a peça;

6) Embora o aval de Lula e os direitos de filmagens estivessem cedidos desde 2003, a “expertise” da produção programou sua exibição exatamente para 2010, ano de eleições presidenciais, no pressuposto de que o melodrama mistificador seria peça publicitária capaz de influenciar a massa ignara na hora do voto.

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