quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Como engabelar o telespectador

Por Bruno Pontes

Mídia Sem Máscara


Em clima de conferência do clima em Copenhague, o programa Fantástico (6 de dezembro) preparou psicologicamente o telespectador para a catástrofe planetária que se aproxima, oferecendo contudo uma saída para o apocalipse devidamente sacramentada pelo Organização das Nações Unidas. A saída consiste em fazer o que a ONU disser que deve ser feito.

Os e-mails vazados por hackers que expõem a falcatrua dos cientistas da Universidade de East Anglia, comunicaram os apresentadores do programa, foram categoricamente desacreditados pela ONU. O aquecimento global é "i-ne-quí-vo-co" (Zeca Camargo caprichou na ênfase). Portanto, os alienados devem tirar o cavalo da chuva: o mundo vai acabar mesmo. Assim diz a ONU, a autoridade máxima da nossa era.

Sem mostrar ao telespectador o conteúdo de algumas das mensagens trocadas pelos cientistas (como, por exemplo, aquela que fala em usar o "truque" para esconder o "declínio" da temperatura), o Fantástico deu o assunto por encerrado. A tese do aquecimento global está sendo usada como pretexto de uma regulação econômica sem precedente, pois se trata de uma regulação global - nenhum imperador em qualquer época alcançou tamanha jurisdição. E como reage o Fantástico (a grande imprensa inteira) ante a descoberta de milhares de documentos que podem desmascarar essa tese? Faz de conta que o caso não tem importância. Chamam isso de jornalismo.

A matéria diz ainda que "o mundo inteiro está preocupado", pois "a Terra já está quase 1º C mais quente do que há 150 anos, quando começou a era industrial". Grande coisa! A temperatura da Terra tem variado desde o primeiro dia. Houve períodos quentes e períodos frios. O físico José Carlos Parente de Oliveira, da Universidade Federal do Ceará, em entrevista ao Diário do Nordeste (15 de novembro), nos informa que por volta dos anos 1300 (segundo minhas fontes, nessa época não existiam fábricas nem automóveis, tampouco petrolíferas) ocorreu o chamado Período Quente Medieval, em que a temperatura da Terra foi superior à atual em cerca de um grau centígrado. Por volta dos anos 1800 tivemos a Pequena Era Glacial. Não há nada de anormal na possibilidade de a temperatura ter subido (ou baixado) num certo espaço de tempo. Já aconteceu antes e acontecerá novamente, independentemente do que a humanidade faça ou deixe de fazer.

Além disso, José Carlos Parente de Oliveira e centenas de outros cientistas "céticos" (termo que na acepção da ONU equivale a "hereges") sustentam que a temperatura do planeta vem caindo - caindo - desde 1998. Existem dados colhidos por satélites para prová-lo, mas, conforme o físico, "esses dados não são aceitos e nem utilizados pelo IPCC nos seus documentos". Ou seja: a ciência da ONU está fechada ao debate. Isso não é ciência, é ideologia fanática.

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