domingo, 12 de julho de 2009

Atraso de obras em aeroportos incluídas no PAC


Obras dos aeroportos nacionais previstas no PAC estão atrasadas


Por Lúcio Vaz




Relatório da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) obtido pelo Correio revela irregularidades graves e atraso de obras em aeroportos incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), muitas delas em cidades que receberão os jogos da Copa de 2014. O documento apresenta situações de “atenção” e “preocupação” em vários empreendimentos do PAC aéreo. Está havendo atraso em pelo menos 16 obras com orçamento total de R$ 3,69 bilhões, algumas delas paralisadas. Levantamento feito pela reportagem mostra que a intenção da Infraero era aplicar R$ 2,8 bilhões nessas obras até o final do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, nesse período, serão executados apenas R$ 814 milhões. Por causa de fraudes como sobrepreço, inconsistência nos projetos, falta de planejamento, o que não foi feito em quatro anos de PAC ficará para o próximo governo, faltando pouco tempo para os jogos mundiais de futebol no Brasil.


Os últimos balanços do PAC não permitem identificar o atraso de cada obra. Ali, aparecem apenas o valor total do empreendimento, o que será investido até o final de 2010, o que fica para depois e a data de conclusão. O relatório interno da Infraero traz o histórico completo da obra, com a data de conclusão inicialmente prevista, a data revisada e o período de atraso. Em alguns casos, a dilatação do prazo chega a dois, três anos, sem contar que novos adiamentos ainda podem ocorrer. O documento também aponta quanto estava previsto para ser investido até o final do governo Lula e quanto realmente será gasto.


O relatório mostra, ainda, que, em quatro anos, o governo Lula investiu outros R$ 836 milhões em obras que já foram concluídas ou que estarão prontas até o próximo ano. O valor total dessas obras chega a R$ 1,38 bilhão, mas parte desses recursos foi aplicada antes do início do PAC. O orçamento total das obras em andamento atinge R$ 3,69 bilhões. Mas estava previsto que uma pequena parcela disso ficaria para o próximo governo.




Nenhum comentário: