Estadão Online
Por CAROL PIRES - Agencia Estado
O líder do DEM no Senado, senador José Agripino Maia (RN), disse esta tarde, em discurso no plenário, que o modelo do marco regulatório do setor elétrico é "defeituoso" e pode ter sido a causa do apagão que atingiu boa parte do País na noite de ontem. Agripino também afirmou que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, terá de "responder pela falência do governo", uma vez que, segundo o senador, foi ela, como ex-ministra de Minas e Energia, em 2005, que defendeu implantação do novo marco regulatório.
"O problema do apagão está no modelo do marco regulatório. O presidente Lula afirmou que o Brasil é um exemplo de investidor na interligação de energia elétrica, mas o apagão de ontem mostrou claramente que estamos diante de um mega problema: o modelo adotado pelo País não conduz à modernidade", disse o senador oposicionista. "O que houve foi uma sobrecarga e não há geração de energia suficiente, assim, explode todo o sistema interligado", disse.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) também citou a falta de investimentos no setor como a possível causa pelo blecaute de ontem. Na avaliação do senador tucano, nos últimos anos, o governo direcionou a maior parte dos investimentos para a conexão Norte-Nordeste. "Não houve preocupação em referência à região Sul e Sudeste, que está operando no limite. Esta é uma informação técnica: está operando no limite. Furnas tem um plano de incentivo para aposentadoria e os melhores técnicos não são repostos, baixando o nível operacional. Em conclusão, o sistema Sul-Sudeste está no limite", disse o senador.
O senador ACM Júnior (DEM-BA) endossou o discurso dos colegas e observou que o governo promete crescimento a taxas elevadíssimas, mas não investe "substancialmente" em infraestrutura. "Mas, para que haja aumento no investimento, algumas condições são necessárias: carga tributária menor, juros mais baixos e infraestrutura, coisa que, pela incapacidade do governo, em função das contas públicas - o governo tem um gasto excessivo com custeio -, não sobra nada para investimento", ponderou o senador baiano.
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