sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Esquerda perde hegemonia no DCE

Por Paulo Germano

ZERO HORA


Um dos maiores símbolos da esquerda gaúcha, o DCE da UFRGS agora rejeita o “Fora Yeda”, despreza passeatas e abandona o passado de militância. A eleição do fim de semana alçou ao comando uma chapa centrada no que ocorre dentro da universidade – e assim derrubou a esquerda após quatro décadas de soberania.

Encabeçada pelo estudante de Administração Renan Pretto, 19 anos, a chapa 3 – DCE Livre, Mudança Urgente – baseou sua campanha na despartidarização do DCE. Fazia cinco anos que o diretório era comandado por estudantes filiados ao PSOL, promovendo com frequência atos contra o governo do Estado.

– Enquanto se preocupavam apenas com “Fora Yeda”, corria solta a violência no campus – diz o novo presidente.

Mas Renan já trabalhou no diretório da Juventude do PP, embora ressalte nunca ter se filiado. Um de seus principais aliados na chapa é o ex-vereador de Dois Irmãos Marcel van Hattem (PP), hoje com 24 anos, eleito com apenas 18. Entre os integrantes, há também filiados ao PSDB e ao PMDB.

A eleição foi uma das mais apertadas da história – a chapa vencedora registrou 1.559 votos, apenas 35 a mais que a situação. Surpreendida pelo resultado, a esquerda perdeu porque se dividiu em três chapas, uma com filiados do PSTU, outra com petistas, e a já tradicional representante do PSOL. Cientista político e doutor em História, Mauro Gaglietti afirma que os estudantes rejeitam, cada vez mais, grupos que usam o DCE para promover partidos.

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