sábado, 10 de outubro de 2009

Ditadura Bolivariana na Argentina


Kirchners aprovam lei para cercear meios de comunicação




A liberdade de imprensa sofreu um duro golpe na Argentina na madrugada deste sábado, 10, com a aprovação, por parte do Senado, da polêmica lei de radiodifusão, mais conhecida como "lei da mídia", que reduzirá de forma drástica a atuação dos atuais grupos de mídia no país e colocará a concessão de licenças para canais de TV e rádio sob estrito controle estatal. Para obter esse trunfo, a presidente Cristina Kirchner e seu marido, antecessor e ex-presidente Néstor Kirchner - considerado o verdadeiro poder no governo da esposa - mobilizaram seus senadores para conseguir a aprovação da lei.


Além da própria tropa, o governo obteve a adesão de diversos senadores opositores - tanto da esquerda como da extrema-direita - que concordaram em votar a favor dos Kirchners. A oposição acusa o governo de ter realizado um "festival" de compra de votos.


A lei foi aprovada depois de 15 horas de debates com 44 votos a favor. A oposição reuniu 24 votos contra o projeto de lei.


O ex-presidente Kirchner havia denominado este embate no Parlamento de "a mãe de todas as batalhas". O principal objetivo da lei era o de atingir o principal grupo de mídia do país, o Grupo Clarín. Desde o ano passado os Kirchners estão em pé de guerra contra o Clarín, ao qual acusam de tentar implementar um "golpe de Estado" contra o casal presidencial.


Nas últimas semanas o governo atarefou-se em apressar o debate e a votação da controvertida lei, enquanto ainda mantinha maioria na Câmara de Deputados e no Senado. O governo não podia correr o risco de deixar a votação para depois do dia 10 de dezembro, data na qual toma posse o novo Parlamento. Pela primeira vez desde 2003 os Kirchners não terão a maioria na Câmara e no Senado.



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