Criada a CPI para investigar repasses ao MST
O Congresso criou nesta quarta-feira a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O requerimento foi lido pelo deputado Marco Maia (PT-RS), vice-presidente do Congresso. Como os deputados e senadores que assinaram o documento têm até a meia noite desta quarta para mudarem de ideia, a CPMI ainda não foi instalada.
Esta já é a segunda tentativa de instaurar a CPMI do Campo. No final de setembro, um documento nos mesmos moldes foi criado e recebeu 183 assinaturas na Câmara e 34 no Senado. Um movimento contrário às investigações, porém, conseguiu fazer com que 15 deputados retirassem suas assinaturas, o que inviabilizou a CPMI.
O número mínimo de assinaturas para a abertura de uma investigação dessas é de 171 deputados e de 27 senadores. No documento protocolado na Secretaria Geral da Mesa do Senado, o Democratas afirma ter recolhido assinaturas de 188 deputados e de 35 senadores.
Na terça-feira, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) subiu à tribuna para acusar "setores da elite" e a imprensa pelo requerimento da CPI. "Está se criando aqui uma lógica para criminalizar os movimentos sociais". Caiado chamou o discurso de Valente como "raivoso e ultrapassado".
A nova tentativa de instaurar a começou a ser feita depois da repercussão negativa que teve no país a divulgação de imagens da ação em que militantes do MST destruíram com um trator milhares de pés de laranja em uma fazenda da Cutrale no interior de São Paulo. De acordo com o requerimento, o foco da investigação será o repasse de recursos que seriam feitos pelo governo federal a entidades ligadas ao movimento.
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