Confronto entre índios e policiais deixa um morto no Equador
Agência Estado e Associated Press
O governo do Equador e índios amazônicos do país trocaram acusações, nesta quinta-feira, 1º, por um confronto no sul equatoriano que segundo as autoridades pelo menos um indígena morto. As autoridades confirmam também pelo menos 40 policiais e nove índios feridos no incidente.
Os indígenas equatorianos têm protestado contra leis que, na opinião deles, encorajariam a extração de petróleo e minérios de suas terras. O presidente Rafael Correa qualificou os indígenas como "infantis" pelo fato de não aceitarem a nova legislação, que não prevê consultas aos indígenas sobre esses projetos.
O confronto ocorreu na quarta-feira, perto do rio Upano, província de Morona Santiago. O incidente lembrou um confronto similar ocorrido em junho, no vizinho Peru, no qual pelo menos 33 pessoas morreram quando a polícia rompeu uma barreira de indígenas protestando contra decretos do governo.
"Grupos tremendamente violentos, armados com espingardas e rifles, esperaram a polícia e recebeu ela a tiros", disse Correa durante entrevista coletiva no fim da quarta-feira.
A Federação Indígena Amazônica do Equador (CONFENAIE) afirmou que 500 policiais provocaram a violência, ao atacar indígenas Shuar que bloqueavam rodovias em protesto por novas regras sobre os recursos naturais.
A CONFENAIE afirmou em comunicado que dois indígenas morreram e nove ficaram feridos a tiros. A entidade afirma que o governo de Correa "tem sangue em suas mãos" e prometeu ação legal internacional para impedir violações aos "direitos coletivos e humanos" dos indígenas.
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