A fala abaixo é de Marco Aurélio Top Top Garcia, o Rei do Tártaro, no Estadão. Ele se refere ao uso de bases colombianas pelos Estados Unidos:
“Não me parece que perto da fronteira de uma região como a Amazônia, que muitas vezes é objeto de cobiça internacional, seja positivo o estabelecimento de bases cujo alcance e os objetivos não estão, para nós, ainda muito claros”.
É verdade! Positivo é haver perto da fronteira, em plena floresta amazônica, um grupo narcoterrorista, que seqüestra, mata e mantém campos de concentração. Mais do que isso: utiliza-se do ambiente inóspito para distribuir cocaína para o mundo. Isso, sim, é bacana. Sobretudo porque já está provado que as Farc recebem apoio oficial de dois países — os provados, reitero: Venezuela e Equador.
Só deles? Bem, o Brasil concedeu asilo a Olivério Medina, o tal “padre” (de araque) que deveria pedir nas missas para que o povo cheirasse o Corpo de Cristo. Essa é a Eucaristia macabra da América Latina. Não custa lembrar que a mulher de Medina, uma brasileira, era funcionária do Ministério da Pesca e foi transferida para Brasília numa ordem dada por Dilma Rousseff, pessoalmente. Documentos da área de segurança da Colômbia sustentam que Medina não é “ex-membro das Farc”, como se diz por aqui, mas um de seus dirigentes no exterior.
Essas coisas, sim, é que honram um país. Mas ceder bases militares para o treinamento conjunto com soldados americanos que combatem o narcotráfico é mesmo coisa muito suspeita. Também gosto de ver o Top Top a exercitar teorias conspiratórias sobre o suposto interesse dos EUA nas nossas riquezas. Huuummm…
Por enquanto, as únicas jóias que têm brotado da floresta que Marco Aurélio tão diligentemente quer proteger são cocaína, narcotráfico, mistificação e reféns. Muitos reféns.
Ah, sim… Quem não se lembra daquela entrevista deste gigante ao Le Figaro, jornal francês? Publiquei a tradução no post “ESCÂNDALO! ESCÁRNIO! ESTUPIDEZ! É TOP TOP GARCIA NA ÁREA“. Notem que Marco Aurélio não é neutro sobre o uso das bases colombianas pelos EUA. Indagado pelo jornal francês se o Brasil considerava as Farc um movimento terrorista, ele declarou a “neutralidade” do país sobre o tema.
Marco Aurélio se opõe a uma relação regular entre duas democracias. Mas é “neutro” com os narcoterroristas. Por que seria diferente?
Nenhum comentário:
Postar um comentário