sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Sarney sobrevive e o PT fica em crise

Por Alexandre Garcia

Bom Dia Brasil



A senadora Marina Silva sai do vermelho e entra no verde. Depois de 30 anos no PT, não aguentou e sai magoada. Ela deu todas as razões há dias, num artigo em que usou a peça de Shakespeare, “Rei Lear”, como uma parábola, em que Lula é o rei que deu preferência para uma filha que tinha ambições de poder e abandonou a outra filha que só queria ajudá-lo. E que agora para atrapalhar os planos de sucessão do presidente.PT não volta a ser o mesmo.

Os senadores estão pensando que não existe um país real, chamado Brasil. O arquivamento das denúncias contra Sarney teve o voto do PMDB, do PTB, do PT e do PCdoB. Será que essa é a vontade dos eleitores desses partidos? Os senadores foram mandatários que passaram por cima de seus mandantes. Seguiram outros interesses, enquanto a independência de poderes era arquivada também.

Contrariando orientação do líder Mercadante, os petistas votaram pelo arquivamento. Ideli Salvatti e Delcídio Amaral, que no ano que vem confiam na falta de memória dos eleitores. E João Pedro, que não precisou de votos para ser senador, porque é suplente.

Sarney sobrevive e o PT fica em crise. Primeiro foi Marina, agora o senador pelo Paraná, Flávio Arns, anuncia que sai, envergonhado do partido. O senador Suplicy está desconfortável, sugerindo licença de Sarney e Mercadante. O mais votado do Brasil, 10,5 milhões de votos, é esmagado pelo rolo compressor Planalto-tropa de choque.

O PMDB e Lula se envolvem cada vez mais, com o presidente se distanciando de suas origens e se juntando com o que mais ele criticava, como me disse um senador do PT.

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