segunda-feira, 29 de junho de 2009

Venezuelanos exilados contra Obama


Nos EUA, venezuelanos 'no exílio' se organizam




Enquanto em vários cantos do mundo as novas políticas do governo Barack Obama são festejadas, aqui em Little Caracas o clima é de incerteza. Em Weston e Doral, cidades do subúrbio de Miami já conhecidas como Westonzuela e Doralzuela, a crescente colônia de exilados venezuelanos está desanimada com a situação. Na Venezuela, o referendo de fevereiro deu ao presidente Hugo Chávez a possibilidade de se perpetuar no poder. Nos EUA, a posição conciliadora de Obama com regimes adversários diminui as chances de os venezuelanos conseguirem proteções especiais de exilados políticos.


"Esse senhor (Obama) vai nos vender, como vendeu os cubanos. É difícil encontrar democratas que nos defendam; eles olham para o outro lado", diz Ernesto Ackermann, presidente da organização Cidadãos Venezuelano-Americanos Independentes, que busca aumentar o engajamento político dos venezuelanos nos EUA.


Há dez anos, a comunidade de venezuelanos em Miami se restringia a empresários abastados que compravam uma casa na Flórida para passar férias. Mas com a eleição de Chávez, em 1998, e a posterior radicalização de seu governo, a classe média passou a imigrar para a região de Miami. Alguns vieram por motivos econômicos e muitos viram-se forçados a partir por causa das condições políticas. Muita gente enviou a família para Miami, com medo da violência em Caracas, e passa a vida na ponte aérea.


Westonzuela e Doralzuela estão cheias de restaurantes e lanchonetes servindo as típicas arepas e cachapas, e existe até uma clínica para a população carente venezuelana, a Venamher, financiada pela Irmandade Venezuelana-Americana. Há pelos menos cinco jornais para a comunidade na Flórida.






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