29/05/2009
Jornal de Londrina
O nome do Movimento dos Sem-Terra (MST) acaba de ser envolvido no caso de um sequestro relâmpago ocorrido em Parauapebas, interior do Pará. A história começou na quarta-feira (27), quando uma quadrilha, com quatro homens e duas mulheres, sequestrou o irmão de uma funcionária da agência do Banco Itaú e exigiu, em troca de sua libertação, que entregasse o dinheiro dos cofres da agência.
Quinta-feira (28), a polícia conseguiu localizar e libertar o sequestrado e prender cinco integrantes do grupo. O sexto, segundo o relato policial, morreu durante um tiroteio, ocorrido no momento da chegada ao local do cativeiro.
Ao verificar se os acusados tinham antecedentes criminais, o delegado Antonio Miranda Neto constatou que um deles, Wagner da Silva Cruz, de 29 anos, já havia sido preso e indiciado por crimes de invasão, dano ao patrimônio e formação de quadrilha. A prisão dele ocorreu em maio do ano passado, quando, ao lado de dezenas de outras pessoas, invadiu a sede da Cooperativa de Mineração de Garimpeiros de Serra Pelada, em Curionópolis, durante um conflito em torno dos direitos de exploração da cava de Serra Pelada.
Wagner e outros quatro líderes da ocupação foram enviados para Belém e libertados dias depois, após serem indiciados. Na ocasião, a coordenação estadual do MST protestou e afirmou que entre os detidos figuravam três dirigentes regionais do movimento, citando seus nomes. Um dos citados era Wagner da Silva.
Ao ser interrogado pelo delegado de Parauapebas, Wagner disse que mora no Acampamento Dina Teixeira - dirigido pelo MST, fica às margens da PA-160, entre Parauapebas e Canaã dos Carajás
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