segunda-feira, 29 de junho de 2009

Derrota da "Familia Kirchner"


Governo Kirchner sofre derrota em briga pelo Parlamento argentino




O ex-presidente e candidato a deputado Nestor Kirchner reconheceu a derrota nas eleições ao Congresso na Argentina, um duro golpe para o governo de sua mulher, Cristina Kirchner, em termos de apoio legislativo. Segundo resultados parciais divulgados pelo jornal "El Clarín", a presidente perdeu 22 deputados na nova configuração da Câmara.


Com pouco mais de 87% das urnas apuradas, o opositor Francisco de Narváez, líder da aliança União-PRO (peronistas dissidentes liberais), tinha 34,51% dos votos. Kirchner contava com 32,16% de apoio nas urnas. O jornal diz que a diferença já não é mais possível de ser contornada pelos governistas.


"Perdemos por muito pouco", afirmou Kirchner. O opositor comemorou a vitória na província de Buenos Aires, a de maior peso político para o Congresso e tradicional reduto peronista, e afirmou que vai buscar apoio do governo por meio do diálogo.


Para Narváez, sua vitória "virou a página da história". "Dissemos que um dia íamos mudar a história. Este é o dia', defendeu. Empresário nascido na Colômbia e naturalizado argentino, o político disse que derrotou 'a velha e a má política' e ressaltou que a escolha 'está definida".


Cerca de 28 milhões de argentinos foram convocados às urnas para renovar quase a metade da Câmara dos Deputados (127 de 257 vagas) e um terço do Senado (24 de 72 cadeiras) em eleições legislativas. A disputa é importante porque ajuda a definir o mapa político do país para a eleição presidencial de 2011.


Como o voto legislativo na Argentina é dado a listas dos partidos --quanto mais votos, mais candidatos são eleitos--, o ex-presidente Kirchner será eleito para o novo Congresso que assume em dezembro. O governo, contudo, deve perder até sete deputados pela Província de Buenos Aires.




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