quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Crise é moral e não somente do senado


Pressionado pela opinião pública, o presidente do senado, José Sarney, com um tom de coronel, afirmou na tribuna que a “crise do senado não é dele, é do senado”. Essa manifestação aconteceu depois das denuncias contra os 500 atos secretos, no escurinho do cinema, durante 14 anos, para aumentar salários e nomear parentes, inclusive, as sobrinhas do coronel foram nomeadas através desse decreto.


Mas, comentando a frase de José Sarney, sim, ele tem razão, a crise não é somente responsabilidade dele, mas, do senado brasileiro que está mais sujo que pau de galinheiro. Eu vou estender ainda mais essa responsabilidade ao povo brasileiro, que é conivente com a corrupção que se generalizou na política brasileira através da sem-vergonhice. Os senadores são nada mais do que representantes do povo, eleitos para continuarem com seus projetos de currais eleitorais nas regiões onde a ignorância predomina. Os representantes do povo são corruptos porque são frutos da personalidade da maioria da população brasileira, a verdade infelizmente é essa, a falta de ética e de moralidade está cada vez mais explícita na sociedade brasileira.


A crise não está somente presente no senado e na política brasileira. Estamos vivendo uma crise moral e institucional que afeta todos aqueles que tentam se manter de forma honesta e digna. Mas a desonestidade é mais forte do que qualquer lei existente no país, e essa crise de moralidade só tende a aumentar se continuarmos com o velho jeitinho brasileiro de ser.


Um comentário:

Unknown disse...

Querido Mac,
só temos uma saída, é não reeleger ninguém mais, tentarmos através do voto um senado e uma câmara federal e estadual novas, sem ninguém desse povo aproveitador, acostumado a regalias e sem esforço algum, o esforço sendo nosso e sem retorno para nós, se eles tivessem que ganhar o que ganhamos, como eles ficariam? Acho que se sentiriam o pior dos miseráveis da face da terra. Porque para eles é sempre pouco, nunca é demais.