quarta-feira, 3 de junho de 2009

Consequências do Socialismo Cubano

Cuba enfrenta pior crise desde fim da era soviética

FLÁVIA MARREIRO

da Folha de S.Paulo

Enquanto a OEA (Organização dos Estados Americanos) se consome em um caloroso debate sobre Cuba, a ilha prepara-se para enfrentar o verão mais difícil desde 1994, o auge da crise pós-fim da então aliada União Soviética. Há ordem para economizar energia --e já ocorrem apagões--, restrição de transporte público e uma crise profunda nas contas externas cuja consequência imediata tem sido o congelamento, ao menos parcial, das contas conversíveis em divisas de empresas estrangeiras no país.

A nova etapa de problemas, na ilha já em condições precárias, enterra a fase de cautelosa esperança interna iniciada em fevereiro de 2008, com o começo do governo formal de Raúl Castro --o mais dos Castro faz 78 anos hoje. Em vez das prometidas reformas, em meio a recuperação econômica, mais restrições a ponto de o governo lançar o slogan "economia ou morte", variação do lema de 1959, "pátria ou morte".

"O PIB caiu enormemente após o fim da URSS, que subsidiava a economia cubana. Era uma situação extrema. Podemos dizer que este será o pior ano para Cuba desde então", diz o economista cubano Carmelo Mesa-Lago, da Universidade de Pittsburgh, nos EUA. "Parece que não há luz no fim do túnel. Ao menos enquanto a crise mundial continuar".
Se o governo já vinha alongando o cronograma de pagamentos de dívidas com fornecedores e países-credores desde 2008, neste ano ficou evidente a piora da situação, com a crise de liquidez e controle rigoroso sobre as contas das empresas estrangeiras.

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