sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ucrânia contra o comunismo


Ucrânia investiga morte de milhões em coletivização forçada de Stalin




EFE


O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) abriu hoje (25 de maio) um processo de investigação por genocídio em relação à morte de milhões de camponeses ucranianos durante a coletivização forçada da terra decretada por Stalin nos anos 1930.


O processo se refere "à criação artificial por parte dos bolcheviques de um regime de crise de fome que levou ao extermínio em massa da população civil", assegurou Valentín Nalivaichenko, chefe do SBU, citado pelas agências locais.


O Serviço de Segurança da Ucrânia iniciou a investigação a pedido dos presidentes do Instituto Nacional da Memória, Igor Yukhnovsky, e da Associação de Investigação do Holodomor (crise de fome em ucraniano), Levko Lukyanenko, vários deputados e cidadãos.


"Pediram que abríssemos uma investigação sobre as circunstâncias do assassinato de milhões de ucranianos como grupo nacional a fim do completo extermínio físico", ressaltou.


O SBU afirma que os bolcheviques começaram, já em 1921, as atividades para "impedir a criação de um estado independente ucraniano", com o objetivo de "desnacionalizar a Ucrânia".


"Estas ações ilegítimas buscavam matar de fome os ucranianos como grupo nacional. Por causa desses crimes estatais, também sofreram os membros de outros povos", destacou.


Na hora de iniciar o processo, os serviços secretos se baseiam em depoimentos de testemunhas extraídos dos arquivos secretos soviéticos, e se guiam pelas leis nacionais e convenções internacionais.


O presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, a quem os serviços secretos estão subordinados, afirma que "o Holodomor é uma das maiores catástrofes humanas da história".


Ele calculou em até dez milhões os ucranianos mortos entre 1932 e 1933, um número bem maior que os falecidos durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial.


Os historiadores ucranianos afirmam que a coletivização não estava dirigida só contra os fazendeiros opostos ao regime de Moscou, mas contra todo o povo ucraniano, devido a seus desejos independentistas.






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