sábado, 28 de agosto de 2010

Anticapitalismo, escolha o seu

Por Joel Pinheiro da Fonseca

Mises Brasil

Muita gente é contra o livre mercado porque, sem a intervenção do governo, a economia não prospera. Máquinas substituem trabalhadores. O capital, ao invés de ser usado na produção, vai para a especulação. O desemprego aumenta, uma minoria de ricos enriquece enquanto uma massa crescente de desempregados vive da mão para a boca ou morre de fome. Com menos consumo, a produção cai. Todos ficam tímidos e com medo de investir devido ao risco, e então entesouram seu dinheiro em casa, tirando-o de circulação; o mercado como um todo vai à falência.

Já outro argumento, vindo frequentemente das mesmas bocas, sustenta que o livre mercado é mau porque cria nas pessoas, por meio da propaganda, um milhão de falsas necessidades, fazendo da massa (exceção feita, claro, aos "conscientizados"...) zumbis do consumo, atrás de celulares, carros e tênis comprados em 20x "sem juros". Escravos do consumo, perdem o gosto pela vida simples e pelos bens mais elevados do espírito. Meninas preocupadas com o peso têm que escolher entre o doce e a fruta, jovens angustiados têm que escolher entre exatas e humanas.

Agora chegou a vez dos intervencionistas escolherem qual dos dois ataques ao capitalismo deve permanecer; pois os dois ao mesmo tempo não dá! Ou o livre mercado destrói empregos e empobrece as massas, impedindo-as de consumir o básico, ou ele as enriquece de tal maneira que as permite viver atrás do supérfluo. Teses contrárias não podem ser ambas verdadeiras.

Mas podem ser ambas falsas. Vejam só: a falácia do desemprego resultante do livre mercado é das mais velhas da ciência econômica. Não, a tecnologia não gera desemprego: pelo contrário, ao tirar trabalhadores de algum ramo que fica mais eficiente com máquinas, ela libera mão-de-obra para outros ramos, que antes recebiam menos trabalhadores ou até mesmo nenhum. Se uma máquina sozinha dá conta de produzir o alimento, podemos parar de trabalhar o dia inteiro na plantação e escrever livros, trabalhar em hospitais, etc.

E não precisamos ter medo do entesouramento. Mesmo que uma parcela da população entesourasse seu dinheiro (isto é, escondesse embaixo do colchão ao invés de ganhar juros aplicando no banco — que o usaria para novos investimentos) o efeito dessa retirada do dinheiro da economia seria a queda dos preços; ou seja, quem não tomou a decisão genial de esconder seu dinheiro e não ganhar juros (e eu pensando que no capitalismo as pessoas eram gananciosas.....) poderá comprar mais produtos a preços reduzidos. Ao longo do século XIX, a tendência era de queda de preços (que é o natural quando a produtividade aumenta) e todas as economias cresceram muito; os perigos da deflação são um mito.

Quanto ao consumo zumbi, tenha dó, né? Em tempos muito mais liberais, portanto muito mais capitalistas, o consumismo não era um problema tão grande assim. Muita gente tem inveja e não gosta de ver, por exemplo, pobre consumindo. Se pobre compra celular que tira foto, é porque foi manipulado pelo marketing, e não porque sua vida será efetivamente facilitada. Ver consumismo genérico nos outros é a coisa mais fácil do mundo. Difícil é apontar os casos específicos. Pois é óbvio que o consumidor sabe que não precisa do tênis para sobreviver, assim como não precisamos de pratos e talheres; ele quer o tênis, pois o deixará mais confortável e vai "pirar as minas na balada".

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Um comentário:

FALA SÉRIA disse...

O socialismo é terrível quanto o comunismo, pois são regimes que desestimulam a produção e diminuem o interesse nas pessoas de apreserntar qualquer progresso.

Veja o exemplo:

No Socialismo, o dono de 10 galinhas que botam 10 ovos, diariamente, fica com apenas 1 ovo. Os outros 9, por lei federal, é obrigado a distribui-los aos vizinhos, colegas, e amigos, ou entrega-los à cooperativa, sempre sem nenhuma remuneração em dinheiro.

No Comunismo, o dono das 10 galinhas também ficará com apenas 1 ovo, e terá que entregar os outros 9 ao governo.

CADÊ O INTERESSE EM PRODUZIR?.

Observação:
Em qualquer dos dois regimes, socialismo ou comunismo, a pessoa só produz o bastante para não ser preso ou fuzilado. É muito subjetivo dizer que uma pessoa não produz ou não está trabalhando, já que todos são empregados, e empregados do Governo, diretamente se for COMUNISMO e indiretamente se for SOCIALISMO.

EM TESE É UM CÉU, MAS NA PRÁTICA É UM INFERNO.