Por NIVALDO CORDEIRO
Site Nivaldo Cordeiro
Em esplêndido artigo publicado na edição de ontem da Folha de São Paulo, o cientista político José Augusto Guilhon Albuquerque (Entre o erro e a torcida) apontou com propriedade os erros elementares na metodologia de pesquisa do Datafolha, que levaram o instituto, na semana passada, a apresentar larga margem de vantagem de Dilma Rousseff sobre José Serra. O autor foi muito elegante e irônico ao escolher as palavras. Não sublinhou apenas o erro metodológico, mas a “torcida”. Eu digo: não é torcida, é propaganda da causa. É ação de má fé para com os brasileiros, tentando obstinada e deliberadamente enganar e conduzir os votos.
As pesquisas eleitorais no Brasil tornaram-se elemento importante na estratégia de campanha, transformando-se em agentes ativos do processo eleitoral como um todo, a começar pela definição dos apoios políticos, importantíssimos na reta final de campanha. Sem esses apoios regionais as candidaturas majoritárias têm muita dificuldade de falar com os eleitores distantes dos grandes centros. O eleitor isolado talvez nem esteja tão sujeito ao alarido provocado por elas, mas os cabos eleitorais, os caciques locais e, sobretudo, a mídia que gera notícia a partir de si mesma, em looping fabricado como um sonho replicando dentro de um sonho, libera grande energia contra a vontade soberana do eleitorado.
O que está senso feito é um gesto de engenharia de comunicação para manipular a consciência do público eleitor, de maneira deliberada e desonesta. Essa ação desleal e infame precisa ser denunciada não apenas porque acaba se tornando uma manipulação das eleições, mas porque retira da democracia a sua própria legitimidade. Chegamos ao estágio em que a vontade popular deixou de ser sujeito, soberana; quem manda agora na escolha dos governantes é o consórcio sórdido de sociólogos dos institutos e editores de jornais.
Por detrás de tudo o poder imenso da Presidência da República e seus faustosos recursos. E também a má índole dos que lá estão aboletados. Sua ânsia de se manter no poder não tem qualquer limite moral. Fazem o jogo do vale tudo. E os institutos, como o Datafolha, a troco de dinheiro e prestígio com o poder, são lenientes e coniventes com a pressão dos poderosos.
A edição de hoje da Folha de São Paulo anunciou uma vantagem massacrante de Dilma Rousseff sobre José Serra, apoiada em nova pesquisa da sua coligada, o Datafolha. É veraz? Não creio. Penso que está em processo um movimento de “abafa” midiático para definir, ainda no primeiro turno, as eleições em favor de Dilma Rousseff. Esse tipo de ação tem muito a ver com um golpe de estado “soft”, sem sangue, mas com a mesma eficácia de empolgar o poder de forma ilegítima e contra a vontade consciente do eleitorado, que acaba votando como zumbis.
Se as eleições fossem apuradas pelos pesquisadores do Datafolha Dilma Roussef estaria eleita no primeiro turno, com maioria qualificada.
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Em esplêndido artigo publicado na edição de ontem da Folha de São Paulo, o cientista político José Augusto Guilhon Albuquerque (Entre o erro e a torcida) apontou com propriedade os erros elementares na metodologia de pesquisa do Datafolha, que levaram o instituto, na semana passada, a apresentar larga margem de vantagem de Dilma Rousseff sobre José Serra. O autor foi muito elegante e irônico ao escolher as palavras. Não sublinhou apenas o erro metodológico, mas a “torcida”. Eu digo: não é torcida, é propaganda da causa. É ação de má fé para com os brasileiros, tentando obstinada e deliberadamente enganar e conduzir os votos.
As pesquisas eleitorais no Brasil tornaram-se elemento importante na estratégia de campanha, transformando-se em agentes ativos do processo eleitoral como um todo, a começar pela definição dos apoios políticos, importantíssimos na reta final de campanha. Sem esses apoios regionais as candidaturas majoritárias têm muita dificuldade de falar com os eleitores distantes dos grandes centros. O eleitor isolado talvez nem esteja tão sujeito ao alarido provocado por elas, mas os cabos eleitorais, os caciques locais e, sobretudo, a mídia que gera notícia a partir de si mesma, em looping fabricado como um sonho replicando dentro de um sonho, libera grande energia contra a vontade soberana do eleitorado.
O que está senso feito é um gesto de engenharia de comunicação para manipular a consciência do público eleitor, de maneira deliberada e desonesta. Essa ação desleal e infame precisa ser denunciada não apenas porque acaba se tornando uma manipulação das eleições, mas porque retira da democracia a sua própria legitimidade. Chegamos ao estágio em que a vontade popular deixou de ser sujeito, soberana; quem manda agora na escolha dos governantes é o consórcio sórdido de sociólogos dos institutos e editores de jornais.
Por detrás de tudo o poder imenso da Presidência da República e seus faustosos recursos. E também a má índole dos que lá estão aboletados. Sua ânsia de se manter no poder não tem qualquer limite moral. Fazem o jogo do vale tudo. E os institutos, como o Datafolha, a troco de dinheiro e prestígio com o poder, são lenientes e coniventes com a pressão dos poderosos.
A edição de hoje da Folha de São Paulo anunciou uma vantagem massacrante de Dilma Rousseff sobre José Serra, apoiada em nova pesquisa da sua coligada, o Datafolha. É veraz? Não creio. Penso que está em processo um movimento de “abafa” midiático para definir, ainda no primeiro turno, as eleições em favor de Dilma Rousseff. Esse tipo de ação tem muito a ver com um golpe de estado “soft”, sem sangue, mas com a mesma eficácia de empolgar o poder de forma ilegítima e contra a vontade consciente do eleitorado, que acaba votando como zumbis.
Se as eleições fossem apuradas pelos pesquisadores do Datafolha Dilma Roussef estaria eleita no primeiro turno, com maioria qualificada.
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