Comunidade universitária faz passeata contra Chávez em Caracas
Professores e estudantes universitários realizaram uma manifestação nesta quarta-feira na capital venezuelana, Caracas, contra corte orçamentário estabelecido pelo presidente Hugo Chávez que atinge o ensino superior do país.
O ato foi convocado a partir da Universidade Central da Venezuela (UCV) --a maior do país, com cerca de 60 mil estudantes. Segundo o representante dos professores da universidade, Víctor Márquez, a convocatória foi voltada para a comunidade universitária e foi estabelecido que o ato não seria transformado "em uma mobilização de partidos".
Mesmo assim, compareceram ao menos um político da oposição --o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma-- e delegados sindicais, além de médicos e dirigentes da imprensa ligados à oposição.
O ministro da Educação Superior, Luis Acuña, que recebeu uma delegação de manifestantes no seu escritório, no centro da cidade, disse que essa redução orçamentária foi utilizada pela oposição como "desculpa" para convocar esse "protesto político" contra Chávez.
De acordo com o ministro, o corte, que foi aplicado a toda a administração pública na mesma proporção, conforme foi determinação feita por Chávez, em 21 de março passado, não afeta "as provisões estudantis" que são, principalmente, bolsas de estudos, refeitórios e transporte. O ministro disse que foram "alguns reitores" que contrariaram as instruções e fizeram cortes nessas áreas, com intuito de gerar entre os estudantes uma "adversidade contra o governo".
Cerca de 1.200 policiais acompanharam o protesto, que saiu da UCV com destino ao prédio do Ministério da Educação. Não houve incidentes.
O corte promovido por Chávez derrubou o Orçamento do país de US$ 77,9 para US$ 72,7 bilhões. A medida foi motivada pela queda de US$ 60 para US$ 40 na previsão do preço do barril de petróleo de exportação, a principal atividade da economia nacional.
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