sábado, 12 de junho de 2010

Difamar Israel, um ato cidadão

Por Bruno Pontes

Mídia Sem Máscara

O jornalista Valdemar Menezes, em sua coluna Concidadania publicada no jornal O Povo do último domingo, repete a ladainha contra Israel exalando o ar indignado dos que falam em nome da comunidade internacional. Pensei em escrever uma réplica, mas o Saulo Tavares, diretor de comunicação da Sociedade Israelita do Ceará, já o fez e certamente melhor do que eu poderia. Seguem os trechos da coluna do Valdemar (grifos meus) e os comentários feitos por Saulo no Povo online:

"A semana foi tomada pela repercussão do ataque, em águas internacionais, de Israel contra uma flotilha de barcos que se dirigia à faixa de Gaza para levar ajuda humanitária à população palestina, que passa por enormes privações devido ao bloqueio imposto à região pelos israelenses. Os barcos conduziam manifestantes humanitários de várias partes do mundo, inclusive do Brasil. A morte de quase uma dezena deles, por soldados israelenses, sob o pretexto de que os manifestantes reagiram à repressão, chocou o mundo. Israel pode até ter o direito de saber se embarcações que se dirigem para a área trazem algum tipo de artefato que ameace sua segurança, mas não de impedir a chegada de suprimentos humanitários à população afetada. No máximo, seria possível aceitar que fossem estabelecidos mecanismos de controle das cargas levadas pelos navios, mas não impedir a entrega, pois é inaceitável o embargo que provoca fome e desespero na população civil palestina.

PREVISIBILIDADE
Israel alega que suas tropas foram recebidas com paus, chaves de fenda e outros objetos usados pelos militantes das embarcações abordadas. Ora, em primeiro lugar, a forma da abordagem foi errada (por assalto aéreo), pois acirrou os ânimos (???). Em segundo lugar, deveriam ter sido utilizados instrumentos adequados de contenção para manifestações de massa, como se faz contra passeatas ou aglomerações indesejadas. A possibilidade de existirem "cabeças-quentes" que sempre reagem nessas situações está dentro das expectativas das manifestações políticas de massa (como acontece em qualquer passeata). Mas, essa reação não pode ser enfrentada com armas mortíferas. Isso é praxe nas forças de segurança, no mundo inteiro. Israel errou, e causou indignação geral."

Agora, Saulo Tavares:

1- O curioso no comentário acima é a mostra de total falta de conhecimento do assunto por parte do responsável pela coluna ou, em caso contrário, sua absoluta e clara má vontade para com Israel. É dito que o país "impede a chegada de suprimentos humanitários à população de Gaza", porém o atual bloqueio visa inibir a produção de foguetes pelo Hamas e evitar a entrada de armas e munições que possam ser utilizadas pelo grupo contra Israel (o Egito também bloqueou a sua fronteira terrestre com Gaza). Ao contrário do que é afirmado pela coluna Concidadania, os suprimentos tem entrado em Gaza em bases regulares, por via terrestre, atendendo às necessidades que a situação de beligerância permite, tendo sido inclusive oferecido à flotilha a opção de desembarque em porto israelense e, após inspeção da carga, seu envio ao território sob jugo do Hamas (o governo de Israel, antes dos navios chegarem à costa israelense, disse que poderia enviar a ajuda humanitária sem custo nenhum para Gaza, desde que a mesma passasse por checagem antes).

2 - A flotilha foi avisada que deveria seguir para Ashdod e como a resposta foi negativa a marinha israelense agiu de acordo com o San Remo Manual on International Law Applicable to Armed Conflicts at Sea (12 June 1994):

'It is permissible under rule 67(a) to attack neutral vessels on the high seas when the vessels are believed on reasonable grounds to be carrying contraband or breaching a blockade, and after prior warning they intentionally and clearly refuse to stop, or intentionally and clearly resist visit, search or capture'.

E também com os Acordos de Oslo. Outra tolice na coluna é a tentativa de contestação da agressão sofrida pelos soldados israelenses que abordaram o barco do Hamas (O comboio "humanitário" consistia de seis navios. O único no qual houve o incidente com mortes foi aquele organizado pelo grupo IHH -Insani Yardim Vakfi, 'fundo de ajuda humanitária', organização turca que têm ligações com Al qaeda, Hizbollah, Irã e Hamas, portanto tendo entre seus integrantes terroristas daquele grupo. Todos os outros navios aceitaram pacificamente se dirigir ao porto de Ashdod, para que as mercadorias fossem checadas, e depois enviadas para Gaza. Aquele não aceitou).

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