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O gabinete israelense aprovou ontem a criação de um comitê interno para investigar a ação militar de Israel contra uma flotilha que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, que terminou com nove ativistas turcos mortos – um deles também com cidadania norte-americana. A comissão deve incluir dois observadores estrangeiros após pedidos internacionais por uma investigação imparcial.
Irritada pela morte dos ativistas, a Turquia disse que a proposta de inquérito é parcial. "Qualquer investigação realizada unilateralmente por Israel não terá valor para nós", disse o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu.
Ancara insiste que a ação militar deve ser investigada sob a liderança da Organização das Nações Unidas, com a participação de Turquia e Israel.
"Ter um réu agindo simultaneamente como promotor e juiz não é compatível com qualquer princípio de lei", notou ele. "Se uma comissão internacional não for estabelecida e se as demandas legítimas da Turquia continuarem a ser ignoradas, a Turquia tem o direito de revisar unilateralmente seus laços com Israel e implementar sanções."
O ministro não especificou quais seriam essas sanções. Ele disse que seu país espera "pacientemente a comunidade internacional tomar ações de uma maneira objetiva". "Caso contrário, há medidas que nós podemos tomar", afirmou ele.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, defendeu a postura turca, ao afirmar que a comissão interna israelense não atende às demandas do Conselho de Segurança da ONU sobre o tema.
Apoio - A Casa Branca, em busca de acalmar as relações entre Israel e Turquia, dois importantes aliados dos EUA no Oriente Médio, elogiou a proposta de inquérito, e disse que Israel tem capacidade de conduzir uma investigação justa.
O comitê será chefiado pelo juiz aposentado da Suprema Corte israelense Yaakov Tirkel e terá a participação de dois observadores estrangeiros, um do Canadá e outro da Irlanda.
Apesar da operação desastrada do mês passado, Israel insiste que manterá o bloqueio imposto à Faixa de Gaza. As autoridades alegam que a medida é necessária para impedir o fornecimento de armas ao Hamas, grupo islâmico que controla o território palestino.
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