sábado, 23 de outubro de 2010

Lula, Dilma e o PT em desespero


Por Nivaldo Cordeiro

Mídia Sem Máscara

Como explicar a elevação do tom nessa reta final de campanha, com o PT colocando sua tropa de choque nas ruas para fazer o combate físico aos seguidores do candidato José Serra? Como explicar a violência verbal de Lula, conclamando suas hostes à "ação direta", nos termos consagrados pelo fascismo histórico? A dar crédito às falsificadas pesquisas de opinião nem Lula e nem Dilma (e o PT) deveriam perder a compostura, posto que a vitóriaestaria previamente assegurada. Mas o fato essencial é que nem eles mesmos, que compraram o resultados das ditas pesquisas, acreditam nisso. O perigo do PT ser apeado do poder pelo voto é uma realidade cada vez mais palpável.

Lula, ao se comportar como chefe de gangue, trouxe para a cena política as práticas mais primitivas e perigosas. O fato cristalino é que José Serra poderá ganhar, mas por margem pequena. O país emergirá em primeiro de novembro politicamente dividido e espero que Serra saiba como fazer a ponte com a oposição. Precisamos, mais do que nunca, do espírito estadista de um Nelson Mandela entre nós. A tarefa será mais fácil na medida em que boa parte da oposição está dentro do PMDB, uma federação de oligarquias tradicionais que não gosta de ficar alheia ao centro de poder. Penso que é possível ao candidato construir a governabilidade sem maiores traumas, exceto com a facção radical do PT. Talvez o Brasil venha a viver momentos como estamos vendo agora na França e na Inglaterra.

Hoje li na Folha de São Paulo interessante artigo do correspondente doFinancial Times no Brasil (A importância da austeridade), do qual realço suas linhas iniciais: "Não imaginava que estaria escrevendo esta coluna hoje. Eu, a torcida do Corinthians, a do Flamengo e as de todos os outros times do Brasil achávamos que tudo acabaria no primeiro turno". Ora, os que acompanham a minha home page e os meus comentários no Youtube não tiveram surpresa alguma quanto ao resultado do primeiro turno das eleições. No dia 28 de setembro, por exemplo, gravei vídeo cujo conteúdo se pode ver desde o título (Haverá segundo turno na eleição presidencial). No próprio dia das eleições gravei outro vídeo (A desmoralização dos institutos de opinião), no qual reiterei as mesmas opiniões.

O fato é que o Sr. Jonathan Wheatley seguiu o percurso das mal afamadas pesquisas de opinião e se deu mal, assim como o colunista do mesmo jornal, Clovis Rossi, conforme comentei aqui anteriormente. Há um fator macunaímiconos resultados das pesquisas de opinião, uma mão de gato gigante que só dos donos de poder de plantão podem pagar. Elas não passam de papel sujo, paraservirem de fato midiático em ajuda à candidata presidencial. Depois que se percebe o truque a análise política fica, a um só tempo, mais fácil, mais racional e mais previsível. O corresponde estrangeiro terá maior dificuldade do que eu para perceber a verdadeira tramóia em que se transformou a divulgação das pesquisas eleitorais.

O fenômeno se repete agora, com mais força. O PT está jogando tudo para não perder as eleições, mas está desprovido de discurso para alargar sua base eleitoral. Voltou-se para seu próprio nicho minoritário e para a violência típica das gangues sindicais e de partidos revolucionários. Naturalmente que essa violência ostensiva vai afastar ainda mais o eleitorado de centro da candidata petista. Cada vez mais estou convencido da vitória de José Serra. Quem viver verá.

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Um comentário:

Unknown disse...

Essa semana será decisiva, mas acredito que José Serra sairá vitorioso. Êle merece.