quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Saiba como Dilma Roussef ajudou a privatizar a CRT no RS


Por Políbio Braga



Bem ao contrário do que trombeteiam seus programas eleitorais na TV, a candidata do PT a presidente, Dilma Roussef, trabalhou durante toda a sua primeira administração como secretária gaúcha das Minas e Energia (1.12.1993 A 2.1.1995) no governo do PDT, para privatizar a CRT, a Companhia Riograndense de Telecomunicações. Quando saiu do governo, foi contratada pela RBS para ajudar a conceber a aliança com a Telefônica de Espanha para privatizar a CRT.

. Durante o governo do PDT, que foi de 1991 a 1994, a mando de Dilma Roussef, seu então subordinado, o presidente da CRT, Milton Zuanazzi, homem que ela levaria no governo Lula para a Anac, fez várias viagens a Santiago para afivelar o negócio com a CTC, a Companhia Telefônica do Chile, então controlada pela Telefônica de Espanha.

. O negócio não saiu.

. É que o governador Alceu Collares, também do PDT, como Dilma Roussef, já tinha assinado um protocolo intenções com a Stet, na época a estatal telefônica da Itália, mais tarde privatizada e transformada em TIM. O governo chegou a iniciar negociações com a RBS para interessá-la a se associar à Stet e assumir a CRT, mas o presidente Nelson Sirotsky tinha outros planos e disse ao interlocutor que o procurou, logo após farto almoço que ambos mantiveram na própria sede do grupo gaúcho (o interlocutor tinha acabado de regressar de Havana, onde verificou de que modo a Stet passara a operar uma fração dos serviços telefônicos locais, por concessão do governo comunista de Fidel Castro):

- Se for para comprar a CRT, eu compro sozinho e não preciso dos italianos.

. Ao bater de frente com o próprio governador Alceu Collares, Dilma Roussef e o presidente da CRT pagaram caro pela ousadia. Zuanazzi foi demitido com desonra da CRT.

. O negócio que o governo pensava tocar com a Stet, era complicado, envolvia emissão de debêntures conversíveis em ações e acordo de acionistas, porque a Lei de Privatizações ainda não tinha sido editada, o que só aconteceu no governo FHC.

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