Por Klauber Cristofen Pires
OpiniãoLivre
Não sou dado a fazer previsões no campo eleitoral. Quando muito, analiso tendências que pairam acima das siglas. As conclusões que seguem baseiam-se neste princípio.
A esta altura, escrevo este texto já com conhecimento do artigo do amigo Nivaldo Cordeiro e dos diversos textos e comentários dos ilustres jornalistas Reinaldo Azevedo e Aluízio Amorim, de Santa Catarina, e a endossar a opinião de todos, aponho a minha rubrica, ato com o qual já havia me comprometido desde há várias semanas atrás, escorado que estava em indícios bem mais extrínsecos à mera análise dos números.
Com efeito, soara-me um tanto suspeito que à tendência de queda de Dilma Roussef tivessem sido divulgados resultados de última hora a anunciar a sua recuperação, com prognósticos de vitória em primeiro turno.
O resultado para o Pará precisa de algumas informações, principalmente para os leitores de outros estados. A campanha de Adib Jatene, do PSDB, foi a mais tímida que já pude testemunhar. Ainda assim, por pouco a sua vitória não se consumou neste certame.
O terceiro candidato, tendo galgado pouco mais de 10% dos votos válidos, chama-se Juvenil e pertencia à chapa compartilhada por Jader Barbalho, enquanto o PSOL e o PSTU, juntos, somaram algo perto de 3,5%. Francamente, não tenho uma estimativa sobre o destino dos votos de Juvenil, todavia a minha impressão é a de que Jatene vença com tranquilidade, haja vista a forte rejeição à governadora Ana Júlia Carepa.
No Pará, ainda, os resultados mais dignos de nota estão justamente nos cargos mais almejados pelo presidente Lula: o Senado. Com o impedimento das candidaturas de Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PSDB) em virtude da Lei da Ficha-Limpa, o Pará obteve um dos mais notáveis índices de votos nulos, superior a 50%!
Entretanto, posso inferir que nem todos estes votos pertençam aos dois mencionados candidatos, já que sobrou um único postulante de alguma representatividade para o público liberal-conservador, Flexa Ribeiro, com 67,72% (dos votos válidos), eleito muito à frente da segunda candidata, Marinor, do PSOL, com 27,11%.
Penso que com isto o Partido dos Democratas foi extremamente infeliz em traçar suas estratégias, pois a sua decisão de compor com o PSDB e com isto abdicar de um nome para o Senado causou um vácuo tal que tanto eu quanto minha esposa preferimos simplesmente anular a segunda opção.
Tenho que ele poderia ter o seu nome, já que havia duas vagas, e a Sra Valéria Pires Franco, que já foi vice-governadora com Adib Jatene, por exemplo, teria grande chance de êxito. Perdeu por WO.
Contei os 54 resultados ao Senado, e somei 33 para o PT e 21 para a oposição, embora este número seja um tanto fugidio, eis que as coligações estaduais são as mais incoerentes. Com isto, imagino que a maioria ainda restará ao PT, considerado o amálgama com as outras 27 cadeiras existentes, todavia, não se verificou a pretendida maioria qualificada apta a aprovar emendas constitucionais sensíveis.
Por outro lado, também não vejo uma sólida oposição ao um eventual governo serrista.
Retornando aos governos estaduais, ficou bastante demonstrado que o PT está longe de exercer uma hegemonia nominal ou própria, haja vista consagrar-se com 4 ou até no máximo seis estados, menos do que o esperado para o PSDB e o PMDB.
Isto parece consolidar a visão já antiga deste blogueiro de que o PT é Lula, cuja imagem haveria de ter sido combatida firmemente desde há muito para um resultado mais promissor nos dias atuais.
Com efeito, caso reste alguma zebra no pleito presidencial, o PT se irmana em tamanho, à lanterna com outros partidos médios.
Ao DEM, por sua vez, se perdeu o DF com o triste caso Arruda, reconquistou dois estados, um na minha querida terra natal, Santa Catarina, e outro no Nordeste, com o belo Rio Grande do Norte, desfazendo assim o mito geográfico de sua preferência, e portanto dando a dica a esta sigla do que pode aprender com os seus acertos.
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Não sou dado a fazer previsões no campo eleitoral. Quando muito, analiso tendências que pairam acima das siglas. As conclusões que seguem baseiam-se neste princípio.
A esta altura, escrevo este texto já com conhecimento do artigo do amigo Nivaldo Cordeiro e dos diversos textos e comentários dos ilustres jornalistas Reinaldo Azevedo e Aluízio Amorim, de Santa Catarina, e a endossar a opinião de todos, aponho a minha rubrica, ato com o qual já havia me comprometido desde há várias semanas atrás, escorado que estava em indícios bem mais extrínsecos à mera análise dos números.
Com efeito, soara-me um tanto suspeito que à tendência de queda de Dilma Roussef tivessem sido divulgados resultados de última hora a anunciar a sua recuperação, com prognósticos de vitória em primeiro turno.
O resultado para o Pará precisa de algumas informações, principalmente para os leitores de outros estados. A campanha de Adib Jatene, do PSDB, foi a mais tímida que já pude testemunhar. Ainda assim, por pouco a sua vitória não se consumou neste certame.
O terceiro candidato, tendo galgado pouco mais de 10% dos votos válidos, chama-se Juvenil e pertencia à chapa compartilhada por Jader Barbalho, enquanto o PSOL e o PSTU, juntos, somaram algo perto de 3,5%. Francamente, não tenho uma estimativa sobre o destino dos votos de Juvenil, todavia a minha impressão é a de que Jatene vença com tranquilidade, haja vista a forte rejeição à governadora Ana Júlia Carepa.
No Pará, ainda, os resultados mais dignos de nota estão justamente nos cargos mais almejados pelo presidente Lula: o Senado. Com o impedimento das candidaturas de Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PSDB) em virtude da Lei da Ficha-Limpa, o Pará obteve um dos mais notáveis índices de votos nulos, superior a 50%!
Entretanto, posso inferir que nem todos estes votos pertençam aos dois mencionados candidatos, já que sobrou um único postulante de alguma representatividade para o público liberal-conservador, Flexa Ribeiro, com 67,72% (dos votos válidos), eleito muito à frente da segunda candidata, Marinor, do PSOL, com 27,11%.
Penso que com isto o Partido dos Democratas foi extremamente infeliz em traçar suas estratégias, pois a sua decisão de compor com o PSDB e com isto abdicar de um nome para o Senado causou um vácuo tal que tanto eu quanto minha esposa preferimos simplesmente anular a segunda opção.
Tenho que ele poderia ter o seu nome, já que havia duas vagas, e a Sra Valéria Pires Franco, que já foi vice-governadora com Adib Jatene, por exemplo, teria grande chance de êxito. Perdeu por WO.
Contei os 54 resultados ao Senado, e somei 33 para o PT e 21 para a oposição, embora este número seja um tanto fugidio, eis que as coligações estaduais são as mais incoerentes. Com isto, imagino que a maioria ainda restará ao PT, considerado o amálgama com as outras 27 cadeiras existentes, todavia, não se verificou a pretendida maioria qualificada apta a aprovar emendas constitucionais sensíveis.
Por outro lado, também não vejo uma sólida oposição ao um eventual governo serrista.
Retornando aos governos estaduais, ficou bastante demonstrado que o PT está longe de exercer uma hegemonia nominal ou própria, haja vista consagrar-se com 4 ou até no máximo seis estados, menos do que o esperado para o PSDB e o PMDB.
Isto parece consolidar a visão já antiga deste blogueiro de que o PT é Lula, cuja imagem haveria de ter sido combatida firmemente desde há muito para um resultado mais promissor nos dias atuais.
Com efeito, caso reste alguma zebra no pleito presidencial, o PT se irmana em tamanho, à lanterna com outros partidos médios.
Ao DEM, por sua vez, se perdeu o DF com o triste caso Arruda, reconquistou dois estados, um na minha querida terra natal, Santa Catarina, e outro no Nordeste, com o belo Rio Grande do Norte, desfazendo assim o mito geográfico de sua preferência, e portanto dando a dica a esta sigla do que pode aprender com os seus acertos.
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