O presidente Luiz Inácio Lula da Silva incumbiu o ex-ministro José Dirceu de uma missão especial. Em conversa reservada, logo após o aniversário de 29 anos do PT, em fevereiro, Lula pediu a ele que ajude o partido a costurar alianças para sustentar a campanha da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010. O alvo principal é a conquista do PMDB.
A tarefa de Dirceu, que já percorreu dez Estados em um mês, é procurar governadores, prefeitos e dirigentes de partidos aliados com o objetivo de formar palanques fortes para Dilma nos Estados, mesmo que para isso seja necessário sacrificar candidatos do PT. Lula quer que o ex-ministro da Casa Civil, cassado pela Câmara na esteira do escândalo do mensalão, em 2005, atue nos bastidores.
Dirceu tentará enquadrar petistas que não querem desistir de suas candidaturas para avalizar concorrentes aliados com mais chance. ?Deixem que os adversários falem que eu sou contra você, que faço fogo amigo?, disse ele à ministra, recentemente. ?É melhor para nós que pensem assim.? No Rio, por exemplo, o palanque para Dilma deve ser o do governador do Rio, Sérgio Cabral, que é do PMDB. No Paraná, parte do PT quer apoiar o senador Osmar Dias (PDT).
Na prática, o presidente acredita que o homem forte de seu primeiro mandato pode fazer por Dilma, informalmente, o que fez por ele em 2002, mesmo agora sendo réu em processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Há quase sete anos, então presidente do PT, Dirceu coordenou a vitoriosa campanha de Lula.
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