Nessa última sexta-feira, Reinaldo Azevedo tocou num assunto muito interessante no seu blog. É a relação de Lula com a imprensa brasileira, nada é capaz de derrotar o Lula, nem mesmo quando o seu partido sai prejudicado, ele sempre sai como vencedor.
A disputa pela comissão de infraestrutura do senado é um exemplo bem claro disso, A senadora Ideli Salvatti do PT foi derrotado por Collor, mas no dia seguinte, a mídia fez questão de salientar que o presidente foi essencial nos bastidores, e que o Collor ganhou com o apoio do Lula. Ora, se o resultado fosse diferente, os jornais teriam tido o mesmo argumento, e o Lula seria mais uma vez citado como principal articulador da vitória.
Aliás, verdade seja dita, desde que Lula anunciou seu apoio a Dilma Rousseff para as eleições de 2010, a imprensa brasileira não fala em outra coisa se não na ministra da Casa Civil, e isso tem ajudado muito para que o PT possa fazer sua campanha de sucessão a presidência da república, é uma propaganda eleitoral que vem alavancando cada vez mais as pretensões do partido para o ano que vem. Logo os militantes petistas que se acham injustiçados por causa da “imprensa burguesa”, não percebem que a popularidade de Lula é fruto do conformismo do jornalismo brasileiro para com as ações do governo durante toda a sua gestão.
O presidente Lula é mais blindado do que tanque de guerra, em minha opinião, isso funciona como uma moeda de troca, a imprensa precisa do apedeuta, assim como o apedeuta precisa da imprensa. E o “intocável” continua a sua saga de “rei dos bastidores”, sem se importar com os resultados na Câmara dos deputados, ou no senado, ele sempre será anunciado como vencedor pelos ditos cientistas políticos.
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