quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sete anos após o ataque das FARC ao clube El Nogal

Por Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido

Mídia Sem Máscara

Às 8:15 da noite do dia 7 de fevereiro de 2003, uma célula terrorista da frente Teófilo Forero das FARC detonou no clube El Nogal de Bogotá um carro-bomba, carregado com mais de 200 kilos de explosivos.

No criminoso ataque perderam a vida 36 pessoas e mais de 200 ficaram gravemente feridas. O atentado contra pessoas civis inermes foi planejado por todos os cabeças do Secretariado das FARC, com o macabro propósito de "golpear a burguesia onde mais lhe dói", devido a que "os ricos que vão a esse clube são os que financiam o exército burguês que combate contra nossas forças revolucionárias", assinalou Tirofijo em uma mensagem aos demais cabeças.

Entretanto, por ligeireza do então ministro do Interior, Fernando Londoño, que lançou a hipótese da presumível participação de outros cartéis do narcotráfico distintos ao das FARC, os terroristas aproveitaram a conjuntura para negar com total cinismo e absoluto descaramento, que eles tiveram algo a ver com o fato.

As investigações posteriores demonstraram que os membros de uma família de sobrenome Arellán, proveniente do Tolima e da antiga zona de distensão, foram os encarregados de levar a cabo o sinistro plano e que, inclusive, James "Patamala" ordenou a um de seus sequazes que ativasse o explosivo mediante a chamada de um telefone celular, tendo a certeza de que um dos Arellán, encarregado de entrar com o veículo Megane no estacionamento do clube, ainda estava dentro do carro. A razão: o terrorista morto havia sido "muito indisciplinado nos gastos dos recursos da organização".

Tudo se esclareceu para as autoridades colombianas com a apreensão dos computadores de Raúl Reyes. Em um dos documentos apreendidos, há provas de que um delinqüente identificado com o cognome de "Toledo" e que, segundo as análises, se trataria do jornalista Carlos Lozano, diretor do Semanário Voz, órgão de difusão oficial do Partido Comunista (e por extensão, das FARC), escreveu um e-mail eufórico dirigido a Raúl Reyes:

- O comunicado do [ocorrido no] El Nogal é bom. Abriu às contradições. Agora toma força a hipótese de que foi o cartel do Norte del Valle. No nível internacional resta força à campanha de Uribe Vélez com o terrorismo.

Seis dias depois, Raúl Reyes expressou por escrito aos demais membros do Secretariado sua satisfação pelo atentado. Com esta comunicação, não restou nenhuma dúvida acerca da autoria do crime por parte das FARC.

- Camaradas do Secretariado. Vai minha saudação comunista. Adiciono análise [de] nota recebida de Lozano. Acho acertada nossa análise quanto ao evidente desespero de Uribe e da cúpula militar pela ausência de resultados e das crescentes pressões...

- Considero pertinente de nossa parte estudar a conveniência política de negar responsabilidade na formidável ação sobre o El Nogal, para criar ao Estado, ao governo e aos gringos maiores contradições internas, aproveitando que os serviços de inteligência não foram capazes de deter ninguém, nem possuem outras provas contra as FARC.

Um grupo de cidadãos afetados pelo narco-terrorismo comunista convocou para o dia 7 de fevereiro de 2010 uma concentração pacífica, para recordar à Colômbia e ao mundo que as FARC massacraram 36 colombianos no clube El Nogal, da mesma forma que o fazem diariamente em diferentes pontos da geografia nacional.

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