terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Maquiavel era Maquiavélico!

PARLATA

Por Mario Guerreiro


Marx dizia que não era marxista. E ele até que tinha seus motivos para dizer o que disse no especial momento em que disse.

Porém, de uns tempos para cá, alguns esquerdopatas e pós-modernos querem me convencer de que Maquiavel não era maquiavélico, embora ele jamais tivesse dito tal coisa. E haja hermenêutica para defender o indefensável! Por favor, menos! In claris cessat intrepretatio!

A argumentação da professora Maria Lúcia Arruda Aranha, em Maquiavel: a lógica da força (São Paulo, Editora Moderna, 2001, p.7) é uma gracinha. Ei-la em síntese:

“Em política, a máxima atribuída a Maquiavel – “Os fins justificam os meios” -, desligada do seu contexto parece privilegiar exclusivamente a eficácia da ação em detrimento da valoração da conduta moral. Seria Maquiavel merecedor da triste fama?”(opus cit., p.).

Como ela fez uma pergunta, eu dou uma resposta: Sim!!! Se os objetivos justificam os meios, estes estão fora de consideração: basta os fins serem bons, louváveis e/ou apreciáveis, para que quaisquer ações sejam justificadas.

Nos Anos de Chumbo, as esquerdas achavam que conseguir dinheiro para a revolução era um fim bom, louvável e apreciável. Admitamos até que fosse, para efeito de argumentação. Sendo assim, assaltar bancos e matar quem estivesse impedindo – como costumava fazer o Var-Palmares da companheira Estella - estava moralmente justificado.

Não há contexto nenhum que justifique o uso da força e/ou da coerção como meio, tendo como finalidade se apoderar de propriedade alheia. E ponto final.

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