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Por Grupo UOL
Os eleitores brasileiros optaram pela continuidade do "lulismo" através de Dilma Rousseff, mas a decepção com a próxima presidente será inevitável, na avaliação de um editorial publicado nesta terça-feira pelo diário britânico The Guardian.
"Inevitavelmente, ela decepcionará. Após dois mandatos, Lula tem o status de uma entidade divina no país", afirma o editorial.
O jornal comenta que Lula conseguiu tirar 20 milhões de brasileiros da pobreza extrema, elevar 30 milhões à classe média e reduzir o desemprego a níveis recordes, em "uma mudança que os brasileiros puderam sentir".
Para o Guardian, Dilma é uma "tecnocrata de estilo rápido e direto" e assumirá a Presidência "em circunstâncias diferentes e com habilidades diferentes".
"As questões administrativas de sua Presidência não devem lhe apresentar dificuldade, mas as políticas poderão. A bajulação e a sedução não são seu melhor papel, apesar de chegar ao poder com maiorias nas duas casas do Congresso", diz o texto.
O jornal afirma ainda que o boom econômico vivido pelo Brasil pode também trazer desafios, com a ameaça de desindustrialização caso o país se acomode como exportador de commodities e não invista em seu setor manufatureiro.
"Para isso, o país precisa combater os problemas mais difíceis, como salários, aposentadorias, sistema tributário e dívida pública, os quais Lula mostrou pouco desejo de reformar", diz o Guardian.
Para o jornal, o trabalho de Dilma foi facilitado, mas ela deve enfrentar uma "lua-de-mel" com os eleitores mais curta do que a que Lula teve. Ainda assim, o diário conclui seu editorial afirmando que "a questão importante é que a visão de uma nação que tira milhões da pobreza enquanto sua economia cresce seja mantida viva".
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Os eleitores brasileiros optaram pela continuidade do "lulismo" através de Dilma Rousseff, mas a decepção com a próxima presidente será inevitável, na avaliação de um editorial publicado nesta terça-feira pelo diário britânico The Guardian.
"Inevitavelmente, ela decepcionará. Após dois mandatos, Lula tem o status de uma entidade divina no país", afirma o editorial.
O jornal comenta que Lula conseguiu tirar 20 milhões de brasileiros da pobreza extrema, elevar 30 milhões à classe média e reduzir o desemprego a níveis recordes, em "uma mudança que os brasileiros puderam sentir".
Para o Guardian, Dilma é uma "tecnocrata de estilo rápido e direto" e assumirá a Presidência "em circunstâncias diferentes e com habilidades diferentes".
"As questões administrativas de sua Presidência não devem lhe apresentar dificuldade, mas as políticas poderão. A bajulação e a sedução não são seu melhor papel, apesar de chegar ao poder com maiorias nas duas casas do Congresso", diz o texto.
O jornal afirma ainda que o boom econômico vivido pelo Brasil pode também trazer desafios, com a ameaça de desindustrialização caso o país se acomode como exportador de commodities e não invista em seu setor manufatureiro.
"Para isso, o país precisa combater os problemas mais difíceis, como salários, aposentadorias, sistema tributário e dívida pública, os quais Lula mostrou pouco desejo de reformar", diz o Guardian.
Para o jornal, o trabalho de Dilma foi facilitado, mas ela deve enfrentar uma "lua-de-mel" com os eleitores mais curta do que a que Lula teve. Ainda assim, o diário conclui seu editorial afirmando que "a questão importante é que a visão de uma nação que tira milhões da pobreza enquanto sua economia cresce seja mantida viva".
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