Estadão Online
Por João Coscelli
A morte do dissidente cubano Orlando Zapata, na semana passada, após uma greve de fome de 85 dias, elevou o tom das críticas internacionais contra o regime de Raúl Castro. Segundo a Organização Não-Governamental Human Rights Watch, que monitora o estado dos direitos humanos no mundo, protestos como o do ativista são motivados pelas condições subumanas dos presídios cubanos.
Celas superlotadas, condições higiênicas subumanas, água e alimentos insuficientes e o tratamento igual dado tanto a criminosos quanto a presos políticos são aspectos que fazem com que o sistema carcerário de Cuba esteja abaixo dos padrões mínimos internacionais e mantenha seus prisioneiros em circunstâncias subumanas, disse o pesquisador para o setor das Américas da Human Rights Watch, Nik Steinberg, em entrevista ao estadao.com.br.
De acordo com Steinberg, a greve de fome é a única forma de os prisioneiros políticos de Cuba chamar a atenção para o tratamento que recebem. "O sistema carcerário cubano é falho no que diz respeito ao espaço para os presos de consciência protestarem. As autoridades não se manifestam sobre os abusos que são reportados e só com medidas drásticas conseguem ser ouvidos", explica o pesquisador.
"Prisioneiros que criticam o governo e são classificados como contrarrevolucionários sofrem consequências que danam sua saúde física e psicológica. Ficam longos períodos em celas de isolamento e a eles são negadas visitas e tratamento médico", acrescenta o membro da HRW.
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