Por Ruy Fabiano
Blog do Noblat
O PT mais uma vez mobiliza-se contra a imprensa. Considera-a uma facção partidária de oposição e quer meios de controlá-la. Apresentará uma moção nesse sentido em seu 4º Congresso.
Quer o fim da propriedade cruzada em veículos de comunicação (ninguém pode ter mais de um tipo de veículo), a “democratização da mídia” (com censura?) e a “quebra do monopólio” (que não existe no Brasil em nenhum segmento da mídia).
É uma nova escaramuça, já experimentada sem sucesso durante o governo Lula, quando espantosamente foi vinculada à defesa dos direitos humanos.
A tentativa anterior estava inscrita no Plano Nacional de Direitos Humanos, que legitimava ainda a invasão de terras e a supressão de símbolos religiosos, entre outras humanidades.
A presidente Dilma, quando candidata, chegou a subscrever, em seu primeiro programa de governo, aquelas propostas. Mas, diante da reação, alegou não as ter lido e jurou que não as aprovaria. É uma boa oportunidade de confirmar sua palavra.
Agora, o epicentro é uma matéria de Veja, que revela o bunker político do ex-ministro José Dirceu, num hotel em Brasília, considerada pelos petistas (e, óbvio, pelo próprio, Dirceu) uma afronta à sua privacidade. A imprensa estranhamente não repercutiu a matéria, que, no entanto, não é irrelevante.
Mostra uma espécie de governo paralelo montado na capital da República. Pode não constituir um crime um ex-parlamentar cassado e sub judice na mais alta corte do país, acusado de corrupção, receber ministros e lideranças parlamentares reservadamente.
Mas, do ponto de vista político, é no mínimo uma quebra de normalidade, anomalia mesmo, se se considerar de quem se trata, de alguém que notoriamente exerce liderança somente comparável à de Lula sobre o principal partido da base governista, o PT, cujo presidente, Rui Falcão, segue sua orientação.
O próprio Dirceu, já cassado e sub judice, confessou, numa célebre entrevista à Playboy, que um pedido seu – um consultor privado de empresas - ao governo não é um “pedido qualquer”: é “UM PEDIDO!”. Leia-se “uma ordem”.
Acresce que os encontros se deram em meio à crise política que derrubou Antonio Palocci, cuja origem se atribui ao próprio grupo de José Dirceu. Ele alega que, não sendo do governo, tem direito não só à privacidade profissional, como a receber quem quiser. Depende. Quando essas consultorias envolvem o Estado, tudo muda.
Ele tem, entre seus clientes, empresas ligadas ao setor do petróleo. E, entre seus visitantes, estava ninguém menos que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o que, no mínimo, sugere tráfico de influência. Quem sabe ele lhe fez ali “UM PEDIDO!”?
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O PT mais uma vez mobiliza-se contra a imprensa. Considera-a uma facção partidária de oposição e quer meios de controlá-la. Apresentará uma moção nesse sentido em seu 4º Congresso.
Quer o fim da propriedade cruzada em veículos de comunicação (ninguém pode ter mais de um tipo de veículo), a “democratização da mídia” (com censura?) e a “quebra do monopólio” (que não existe no Brasil em nenhum segmento da mídia).
É uma nova escaramuça, já experimentada sem sucesso durante o governo Lula, quando espantosamente foi vinculada à defesa dos direitos humanos.
A tentativa anterior estava inscrita no Plano Nacional de Direitos Humanos, que legitimava ainda a invasão de terras e a supressão de símbolos religiosos, entre outras humanidades.
A presidente Dilma, quando candidata, chegou a subscrever, em seu primeiro programa de governo, aquelas propostas. Mas, diante da reação, alegou não as ter lido e jurou que não as aprovaria. É uma boa oportunidade de confirmar sua palavra.
Agora, o epicentro é uma matéria de Veja, que revela o bunker político do ex-ministro José Dirceu, num hotel em Brasília, considerada pelos petistas (e, óbvio, pelo próprio, Dirceu) uma afronta à sua privacidade. A imprensa estranhamente não repercutiu a matéria, que, no entanto, não é irrelevante.
Mostra uma espécie de governo paralelo montado na capital da República. Pode não constituir um crime um ex-parlamentar cassado e sub judice na mais alta corte do país, acusado de corrupção, receber ministros e lideranças parlamentares reservadamente.
Mas, do ponto de vista político, é no mínimo uma quebra de normalidade, anomalia mesmo, se se considerar de quem se trata, de alguém que notoriamente exerce liderança somente comparável à de Lula sobre o principal partido da base governista, o PT, cujo presidente, Rui Falcão, segue sua orientação.
O próprio Dirceu, já cassado e sub judice, confessou, numa célebre entrevista à Playboy, que um pedido seu – um consultor privado de empresas - ao governo não é um “pedido qualquer”: é “UM PEDIDO!”. Leia-se “uma ordem”.
Acresce que os encontros se deram em meio à crise política que derrubou Antonio Palocci, cuja origem se atribui ao próprio grupo de José Dirceu. Ele alega que, não sendo do governo, tem direito não só à privacidade profissional, como a receber quem quiser. Depende. Quando essas consultorias envolvem o Estado, tudo muda.
Ele tem, entre seus clientes, empresas ligadas ao setor do petróleo. E, entre seus visitantes, estava ninguém menos que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o que, no mínimo, sugere tráfico de influência. Quem sabe ele lhe fez ali “UM PEDIDO!”?
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