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Informes de inteligência e ex-diplomatas norte-americanos, revelaram uma rede secreta de financiamento que enviou durante os últimos seis meses pelo menos US$ 12 milhões das arcas do governo de Hugo Chávez ao comando de campanha do candidato peruano Ollanta Humala.
Roger Noriega, o ex-Secretário de Estado para a América Latina, precisou em uma entrevista exclusiva com a cadeia Univisión a forma como se fazia chegar o dinheiro a Lima. Para isso, indicou, a Venezuela utilizou recursos e pessoal militar destacado nas embaixadas de Caracas na Bolívia e no Peru. O ex-embaixador norte-americano ante a OEA acrescentou que também se usou os serviços do assessor eleitoral brasileiro, João Santana, arquiteto eleitoral de Dilma Rousseff e considerado o principal estrategista da campanha de Humala, para mandar grandes somas de dinheiro.
"Temos fontes muito sensíveis na Venezuela que dizem várias coisas: uma delas é que Humala recebe dinheiro para a campanha, diretamente da embaixada venezuelana em Lima", declarou Noriega.
O ex-funcionário assegurou que o dinheiro em espécie foi "transferido por um avião militar (venezuelano) a La Paz, desde lá sobre a fronteira, manejado por adidos militares da embaixada de Lima na Venezuela". Segundo Noriega, em tal rede de financiamento estão envolvidos quatro adidos militares venezuelanos creditados ante as legações do Peru e Bolívia, entre os quais figuram a Capitã-de-Navio Dilcia María Torrealba, adida naval da Venezuela em La Paz, e a Capitã-de-Corveta Solineima Casseres, adida naval na embaixada venezuelana em Lima. Univisión comprovou que ambas as oficiais trabalham e estão ativas nas respectivas embaixadas venezuelanas.
Arquivos eletrônicos do governo da Venezuela mostram que Torrealba foi nomeada nesse cargo na embaixada da Bolívia pela resolução de 28 de setembro de 2010. No caso de Casseres, um funcionário da adidoria militar em Lima confirmou que a Capitã-de-Corveta trabalha nessa dependência.
O governo peruano recebeu na segunda-feira passada um informe com as denúncias de Noriega, mas um alto funcionário de nosso país afirmou à Univisión que não contém provas.
"Humala está tratando de convencer o povo peruano de que ele não é de Chávez, que ele é de Lula, mas o problema é que segundo nossas fontes, e temos visto informações específicas nesse sentido, é que Lula está na equipe de Chávez, é a mesma coisa, não se pode separá-los", sublinhou Noriega.
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