Por JAMIL CHADE
Estadão Online
Segundo a BBC, tanto Teixeira como Havelange fecharam acordo com o presidente da Fifa, Joseph Blatter. O conteúdo do programa vazou neste domingo na imprensa norueguesa.
A investigação foi feita pelo repórter britânico Andrew Jennings, banido da Fifa e autor de livros sobre os bastidores da entidade. Entre 1989 e 1999, a empresa de marketing ISL foi a responsável pela venda dos direitos de TV das Copas, maior fonte de renda da Fifa.
No início da década, a ISL quebrou e quase levou consigo a Fifa. Um processo foi aberto e se constatou no ano passado que o pagamento de propinas ocorreu dentro da entidade e que a ISL servia como empresa laranja para impedir que o pagamento da corrupção fosse revelado.
Apesar da comprovação das propinas, os bastidores do processo, depoimentos e culpados foram mantidos em sigilo. Isso porque as partes envolvidas chegaram a um acordo: multa de US$ 5,5 milhões (aproximadamente R$ 8,9 milhões) foi paga como punição. Pela lei suíça, quando há um acordo, os detalhes do processo são mantidos em sigilo.
Mas, segundo o programa Panorama, da BBC, audiências do tribunal com Teixeira e Havelange, no marco do processo, revelam que eles confirmam o pagamento da propina.
No total, os pagamentos chegaram a US$ 120 milhões (em torno de R$ 195 milhões) ao longo dos anos. O programa vai ao ar às vésperas das eleições na Fifa, marcadas para semana que vem e repletas de polêmicas em torno de corrupção. Joseph Blatter, presidente em exercício, concorre a mais um mandato e no domingo deu murros em um palanque na África do Sul, insistindo : "A Fifa não é corrupta".
Nem Havelange nem Teixeira teriam aceitado responder à BBC diante das informações obtidas pela televisão.
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