O Tibet permanece sob ocupação chinesa há mais de 40 anos. O líder político e espiritual do Tibet, o Dalai Lama, foi exilado de seu país, mas continua lutando – de forma puramente pacífica – para libertar sua nação do domínio chinês. Apesar da ocupação chinesa, o povo tibetano faz grandes sacrifícios para preservar sua cultura e religião.
Em 1950, o Partido Comunista chinês tomou conta da China. Tropas comunistas invadiram a cidade de Chamdo, localizada na fronteira oriental (leste) do Tibet. Em pouco tempo, as tropas chinesas tomaram a sede do governo local. No dia 11 de novembro de 1950, o governo tibetano manifestou-se contra a agressão chinesa na Organização das Nações Unidas (ONU). Mas a Assembléia Geral da ONU adiou a discussão do problema.
Em 17 de novembro de 1950, o 14º Dalai Lama assumiu a posição de Chefe de Estado do Tibet. O novo líder dos tibetanos tinha apenas 16 anos de idade quando assumiu a liderança política e espiritual de seu país.
Em 23 de maio de 1951, uma delegação tibetana que havia ido à Pequim (capital da China) para negociar a questão do Tibet foi forçada pelo governo chinês a assinar um tratado. O governo chinês ameaçou invadir o Tibet de forma até mais agressiva, caso a delegação tibetana se recusasse a assinar o acordo. O tratado estabelecia que o Tibet seria uma região autônoma da China sob o domínio tradicional do Dalai Lama. Na prática, o Tibet permanecia sob o controle da Comissão Comunista da China.
Em setembro de 1951, o Tibet foi tomado pelas forças comunistas de Mao Zedong (Mao Tse Tung). A ocupação chinesa do Tibet foi marcada pela destruição sistemática de mosteiros, pela opressão religiosa, pelo fim da liberdade política e pelo aprisionamento e assassinato de civis em massa. Ao governar o Tibet, as autoridades chinesas comunistas introduziram reformas agrárias e reduziram significantemente o poder das ordens dos mosteiros, apesar da forte oposição do povo tibetano.
Os tibetanos freqüentemente se rebelavam contra a presença de forças chinesas em seu país. Em 10 de março de 1959, os tibetanos organizaram uma grande revolta contra a China. Neste Levante Nacional Tibetano, ocorrido na capital tibetana de Lhasa, a resistência nacional contra a China atingiu seu auge. Mas a reação chinesa ao levante foi violenta: milhares de tibetanos foram mortos, aprisionados ou exilados.
Temendo por sua própria segurança, o Dalai Lama deixou Lhasa em 17 de março de 1959. Atualmente, a sede do Dalai Lama se localiza na Índia. O Dalai Lama ele viaja pelo mundo para tentar obter apoio internacional à independência de seu país.
A China ocupa o Tibet há 50 anos. Uma das conseqüências dessa ocupação chinesa é a existência de mais de cem mil refugiados tibetanos pelo mundo. Até hoje, as Nações Unidas nunca expressaram algum protesto significativo contra a ocupação do Tibet. Desde 1951, os tibetanos têm tentado se rebelar contra a ocupação chinesa, mas seus esforços não foram bem sucedidos. A China alega soberania histórica sobre o Tibet, ameaçando assim a cultura e religião dos tibetanos.
A China tem o objetivo de modernizar o Tibet, pois espera que uma maior prosperidade no país eventualmente conquiste o apoio dos tibetanos à administração chinesa. O governo chinês possui um plano de desenvolvimento para a região e vem construindo prédios, realizando obras e substituindo a tradicional arquitetura tibetana por uma arquitetura moderna, deixando assim as províncias do Tibet cada vez mais semelhantes às cidades chinesas. Além disso, o Tibet está repleto de migrantes chineses que lideram importantes setores da economia. De fato, hoje há mais chineses que tibetanos vivendo no Tibet. Não é de se surpreender que os tibetanos temem que sua cultura e tradições estejam em perigo de extinção.
Oficiais chineses no Tibet afirmam que os tibetanos têm completa liberdade religiosa. Porém, a polícia chinesa está sempre presente em mosteiros e em templos budistas. Os monges têm sido espancados, aprisionados e submetidos à educação política chinesa.
Contudo, a China vem recentemente demonstrado um pouco mais de flexibilidade em relação à sua ocupação do Tibet. No início de 2002, a China libertou seis prisioneiros políticos tibetanos e permitiu que Gyalo Thondup, o irmão do Dalai Lama, visitasse o Tibet. O governo chinês convidou jornalistas para visitar o Tibet após ter restringido o acesso livre deles à região durante anos.
Em outubro de 2002, representantes do Dalai Lama foram recepcionados pelo governo chinês em Pequim e no Tibet – algo que não ocorria há quase uma década. A China tem o objetivo de apaziguar os tibetanos para melhorar sua imagem perante o mundo. Mas é duvidoso que a China esteja disposta a se retirar do Tibet. As Nações Unidas e os principais líderes mundiais não têm o poder e o interesse de pressionar a China para que haja uma resolução justa do conflito. A China é o país mais populoso do mundo e representa uma das economias de maior potencial. A China é também um dos 5 países de maior poder nas Nações Unidas e tem o direito de vetar qualquer decisão da organização. Portanto, apesar de contar com o apoio moral de pessoas no mundo inteiro, os tibetanos enfrentam uma grande luta para realizar seu sonho de soberania e independência nacional.
Fonte:http://www.10emtudo.com.br/imprimir_artigo.asp?CodigoArtigo=65
Vejam Vocês, A Classe Estudantil sempre preocupada com a ocupação dos "Yankees" no Iran , são os mesmos que viram a cara para essa triste realidade no Tibet. Mas é Claro ! Se trata de uma Ocupação Ideologica mais justa, aquela linda imagem de revolução escondida no rosto de Mao Tse-tung . Eles são capazes de Dizer que o Dalai Lama esta comprometido com os Estados Unidos e não com a liberdade do seu povo. Voces Duvidam ? Vejam o Comentário Abaixo:
"os politizados budistas de la que nunca aceitaram ... mas se o dalai lama nao demonstrasse tao carudamente que tem uma queda pelos estados unidos e pela india"
Comentário: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=6962365&tid=2588213097938181640&na=4&nst=200&nid=6962365-2588213097938181640-2589120287421484573
Um comentário:
A inesperada reacção mundial à situação no Tibete, levou os dirigentes pequineses a uma hábil e bem conhecida manobra desmobilizadora. Propuseram conversações ao supremo chefe tibetano, o Dalai Lama que com a sua habitual mestria e conhecimento profundo da verdadeira natureza do governo chinês, respondeu de forma sumária e inequívoca. O líder espiritual está disposto a encetar negociações, como sempre manifestou ao longo das cinco décadas de invasão, ocupação e colonização do seu país. No entanto, sabedor dos meandros ínvios da máquina de propaganda do PCC, tornou bem claro que as anunciadas negociações deverão ter uma base concreta, ou seja, uma agenda para discussão.
No seu ímpeto expansionista, a China tem procurado controlar os países limítrofes - Laos, Birmânia, Coreia do Norte -, ao mesmo tempo que outros como a Tailândia e Singapura , são fortemente influenciados pela importante presença de comunidades chinesas, ou por directa intervenção nos partidos de governo, como no Camboja. Os acontecimentos no Nepal evidenciam esse avanço para sul, garantindo o acesso às passagens dos Himalaias e estabelecendo um regime satélite nas fronteiras da rival Índia. De facto, Pequim liga-se a todo o tipo de Estados considerados como párias, desde o Irão, à Síria, Coreia do Norte ou Venezuela, sedentos de parcerias técnicas no âmbito militar. Na África, a par das missões económicas, intervém nos conflitos internos de vários países, fornecendo armas e assistência técnica. A recente saga do cargueiro chinês com armamento destinado ao Zimbabué é apenas um episódio de uma longa série de tomadas de partido pelo ditador de serviço, chame-se este Mugabe ou qualquer outro disposto a garantir o fornecimento de matérias primas vitais ao galopante crescimento económico da RPC.
O Dalai Lama conhece os factos e enfrentou Mao e Chu-Enlai, não claudicando perante Xiaoping e Ziemin. Não será o actual chefe do PC quem o irá vergar. Se os Jogos Olímpicos ofereceram uma oportunidade de exibição do novo poder económico do colosso, colocaram-no todavia, sob o severo escrutínio da opinião pública ocidental. Dos consumidores. E para os chineses isso é o que mais importa. Na verdade, tudo o mais são ninharias.
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