quarta-feira, 31 de março de 2010

QUEM ESTA PRESO?

Por Ralph J. Hofmann

OpiniãoLivre.com.br

Neste país há milhares de pessoas condenadas que estão em liberdade, jamais passaram nem passarão um dia sequer na prisão escudados por leis que abrem oportunidades para protelar a justiça até nunca/jamais.

Sabemos que em alguns casos isto se deve a processos montados com pouco capricho, ao arrepio do direito. Propositais ou não, estes erros fazem com que assassinos, estupradores, condutores de automóveis que nunca deveriam ter carteiras de motorista, saqueadores do erário sejam libertados. Os juízes alegam que dado o processo ser falho por algum aspecto, não têm alternativa senão soltar essas pessoas contra quem foram apresentadas fartas evidências mas a montagem do processo não obedeceu algum critério que meros mortais não-bacharéis não conseguem aquilatar.

Ou seja, tudo é complicado, tudo é tortuoso e só nos fica uma certeza. Advogados e juristas não parecem ser as melhores pessoas para administrar justiça. Até agora conseguiram turvar as águas até um ponto em que qualquer pessoa com alguma percepção e algum conhecimento do que se passa no mundo sabe que deveríamos ter algo mais simples e funcional, especialmente no que se refere a indivíduos com dezenas de processos criminais em aberto, em cargos políticos, mas não limitado a esses.

O problema não é só sobre se nossos políticos colecionadores de processo poderiam ter a mamata de esperar passar oito, doze ou dezesseis anos confortavelmente refestelados em cargos públicos, sem ser condenados.Isto sabemos que é digno de guilhotinas nas ruas.

Mas veja o caso de um sujeito criminoso que monta uma arapuca que nem o Bancoop e se locupleta, deixa milhares sem receber o que vendeu, não importa se roubou para o partido ou para comprar um Jaguar e uma amante sueca, leva cinco anos para ser julgado, e ainda corre-se perigo de que leve uma leve palmada na mão e vá amargar sua pena em sua casa com aquela adega de vinhos raros, 300 canais a cabo e ginásio com uma ‘personal trainer’ doublé de “femme fatale”. .

Detalhes estão todas as semanas nas revistas noticiosas. Os canais de TV também começam a comentar estas injustiças, mas sempre com o ar de quem acredita que é horrível mas não há nada a fazer.

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Vizinhos ignoram greve de fome de dissidente cubano

Por Ruth Costas

Estadão Online

A greve de fome do dissidente Guillermo Fariñas, para pedir a libertação de 26 presos políticos que estão doentes nas detenções de Cuba, é notícia em todo o mundo. Mas em Santa Clara, onde o psicólogo e jornalista independente completou na quarta-feira um mês de jejum, a maioria dos moradores desconhece o assunto que colocou a cidade, de 200 mil habitantes e a 280 quilômetros de Havana, nas manchetes de jornais estrangeiros.

"Greve de fome? Aqui? Nunca ouvi falar disso", diz o estudante de eletrônica Henzi, de 22 anos - como todo cubano em contato com estrangeiros, ele prefere não revelar o sobrenome.

A reação de espanto dos moradores não surpreende. Na verdade, expõe a rígida censura imposta pelas autoridades cubanas às notícias que prejudicam o regime comunista da ilha. Em Cuba, só há imprensa ligada ao governo. O jornal oficial Granma falou sobre Fariñas em uma ou duas matérias, sempre desqualificando-o. O único jornal de Santa Clara, o semanário Vanguardia, ignorou o assunto.

Tanto as TVs quanto os jornais cubanos falam em "campanha midiática contra Cuba", mas evitam até mencionar nomes de quem é considerado dissidente para evitar que eles sejam conhecidos nacionalmente. "Somos os inomináveis", definiu ao Estado, com ironia, um dissidente político.

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domingo, 28 de março de 2010

Geopolítica da Vergonha

Por Maria Lúcia Victor Barbosa

Parlata

Um dia disseram a Lula da Silva que ele mudaria a geopolítica mundial. A idéia megalômana era a de projetar em curto prazo o Brasil como potência que ultrapassasse as existentes, especialmente, os Estados Unidos.

De imediato o presidente da República encampou a inebriante sugestão e assumiu o papel de super-homem também a nível internacional. Para uso interno já lhe havia sido construída a imagem de super-herói com traços divinizados, pois o Brasil, segundo a lenda da propaganda, se divide entre antes e depois de Lula da Silva.

Naturalmente, foram planejadas eficientes estratégias que culminaram no atual estado de coisas de total alienação popular, domínio dos partidos políticos, do Legislativo, do Judiciário e das instituições. Importante também a manutenção do poder, algo projetado para no mínimo vinte anos conforme sempre apregoou o sempre todo-poderoso José Dirceu.

A meta está focada em destruir o Estado de Direito democrático que inclui as liberdades civis, entre elas a de pensamento e de mercado, e os direitos humanos. Provém daí o estridente antiamericanismo que, na América Latina tem em seus expoentes os irmãos Castro, Hugo Chávez e seus satélites e, porque não, Lula da Silva que ultimamente tem aumentado tom e ritmo das provocações aos Estados unidos.

Note-se que na política externa, orientada basicamente por Marco Aurélio Garcia, o Brasil tem se posicionado a favor da escória mundial. Desse modo, nosso país tem vergonhosamente se calado sobre as violações de direitos humanos em Cuba, no Irã, na Coreia do Norte, no Sudão, no Congo, em Sri Lanca.

Acrescente-se que o presidente da República fica à vontade quando se trata de ir à Venezuela fazer campanha para Chávez e outros vizinhos que são companheiros. Porém, se absteve de comparecer á posse do presidente eleito no Chile, Sebastián Piñera, anatematizado por ser de direita.

O Brasil violou a soberania da pequena e valente Honduras, introduzindo na embaixada brasileira, a mando de Hugo Chávez, o defenestrado Manoel Zelaya. Lula da Silva tem visitado e apoiado ditadores africanos, mas o espetáculo mais vergonhoso aconteceu durante sua última viagem à Cuba, quando protagonizou espetáculo deprimente ao confraternizar alegremente com os ditadores Castro, enquanto o corpo martirizado do dissidente Orlando Zapata esfriava no caixão.

Ao mesmo tempo, o presidente brasileiro fez ouvidos moucos às súplicas dos dissidentes cubanos, defensores da liberdade, e os rotulou de bandidos. Certamente, o super-homem que contém o vírus da paz e do diálogo, classificará também as damas de branco, que em Cuba foram às ruas em protesto pacífico em nome da liberdade, de bandidas.

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sábado, 27 de março de 2010

Serra abre 9 pontos

Serra abre 9 pontos sobre Dilma, diz Datafolha

Estadão Online

AE - Agência Estado

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado mostra o pré-candidato do PSDB à presidência, o governador de São Paulo, José Serra, nove pontos à frente da pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff. Segundo o levantamento, realizado nos dias 25 e 26 de março, o tucano tem 36% das intenções de voto, enquanto a petista aparece com 27%. Há um mês, eles tinham 32% e 28%, respectivamente, no mesmo cenário.

O deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB, ficou com 11%, de 12% na pesquisa de fevereiro, e a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC) permaneceu estacionada com 8%. Dos 4.158 brasileiros com mais de 16 anos entrevistados, 7% disseram que vão votar branco, nulo ou estão indecisos e 11% souberam responder.

No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano também venceria por uma diferença de nove pontos. Serra aparece com 48%, contra 39% de Dilma. Em fevereiro, os porcentuais eram de 45% e 41%, respectivamente.

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sexta-feira, 26 de março de 2010

Chávez contra a imprensa

Por Renata Miranda

Estadão Online

suas diversas declarações referentes à liberdade de imprensa em seu país. No domingo, durante seu programa semanal de rádio e TV Alô, Presidente, Chávez negou as acusações de que estaria planejando restringir o conteúdo da internet no país e a liberdade de opinião.

No entanto, no dia seguinte, seu governo mandou prender Oswaldo Álvarez Paz, ex-governador do Estado de Zulia e integrante do partido de oposição Copei, acusado de conspiração, de espalhar informações falsas e de incitar a violência. Se condenado, ele pode ser sentenciado a penas de 2 a 16 anos de prisão.

Autoridades do país abriram um inquérito sobre as atividades do opositor no início do mês, depois que ele participou de um programa da rede de TV Globovisión, a única emissora que ainda é crítica ao governo de Chávez, e acusou o presidente de ter vínculos com o narcotráfico.

Ontem, o governo intensificou o cerco contra opositores e anunciou a detenção do empresário Guillermo Zuloaga, presidente da Globovisión, acusado de “ofender” o presidente durante reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em Aruba.

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Hospital Mazzorra, Cuba: 26 assassinados

Por Graça Salgueiro

Mídia Sem Máscara

Há exatamente um mês morria, em decorrência de uma greve de fome de 83 dias, o preso político cubano Orlando Zapata Tamayo. Sua morte suscitou indignação mundial mas a reação das esquerdas veio mais rápida do que a atenção os apelos feitos durante meses, para que a ditadura atendesse suas solicitações. Da calúnia de que Zapata exigia "telefone, televisão e cozinha" na sua cela, passou-se à difamação daquele que já não podia se defender.

Dias depois desta morte ter ganhado as manchetes mundiais, o Granma, jornal oficial da ditadura, utilizou o seu mais subserviente articulista, Enrique Ubieta, para difamar Zapata, onde dentre outras coisas ele lança esta pérola: "É difícil morrer em Cuba, não porque as expectativas de vida sejam as do Primeiro Mundo - ninguém morre de fome, em que pese a carência de recursos, nem de enfermidades curáveis -, senão porque impera a lei e a honra". Mas não foi o que disse o folclórico Panfilo, que diante das câmeras de televisão berrava que o problema de Cuba era a fome e que acabou lhe rendendo um confinamento no Hospital Mazorra.

E no Estadão de hoje (23.03) leio que a deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) encampou uma moção de apoio a Cuba. A enfurecida comunista sentencia: "Na verdade, os virulentos ataques a Cuba escondem um alvo maior, que são as conquistas de governos populares comprometidos com a democracia e a justiça social das grandes maiorias de nossa América". Dona Grazziotin insiste em bater na mesma tecla parida pelos ditadores Raúl e Fidel, e seu capacho das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, de que existe "uma insistente campanha promovida por meios de comunicação intransigentemente comprometidos com a desinformação".

Ora, dona Grazziotin "esquece" que desinformação faz parte da práxis comunista, quer seja no Brasil, em Cuba, na Rússia ou na Venezuela, então, nada melhor do que lançar nos outros a culpa que lhe cabe, pois disso ela entende bem. A matéria fecha com chave de ouro essas declarações da deputada comunista: "A revolução cubana é marcada por um bem sucedido processo de transformações políticas, econômicas e sociais caracterizadas nas condições de vida do seu povo, principalmente na saúde e educação. Por obra da mídia mercantil, do seu bloqueio informativo, nada disso chega aos leitores e telespectadores brasileiros".

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Imagens fortes no link acima

quinta-feira, 25 de março de 2010

O PNDH–3 e o fim do direito de propriedade no Brasil

Por Dom Bertrand de Orleans e Bragança

Sacralidade

No dia 21 de dezembro de 2009, o presidente Lula assinava — sem ler, segundo declarou —, acompanhado por 31 ministros, o decreto 7037/2009, que aprova o “Programa Nacional de Direitos Humanos” (PNDH-3). Trata-se de um programa extenso e abrangente, um instrumento de conquista do poder e de um violento sistema socialista no Brasil. De onde resultaria uma coletivização sem precedentes, com a destruição da livre iniciativa e do direito de propriedade no campo e na cidade.

Uma leitura atenta do decreto deixa ver uma realidade assustadora. Trata-se de um programa que, em seu conjunto, visa à demolição de princípios básicos de nossa civilização ocidental e cristã. O decreto chegou a ser qualificado de golpe branco ou revisão da Constituição. Alguns o denominam Constituição do Lula!

Hoje, no campo, a política do atual Governo Federal já golpeia fortemente o agronegócio, responsável entretanto por quase 40% de nosso PIB. Dominados por idéias de inspiração marxista, bem remunerados funcionários do Estado aparelharam a máquina estatal. E a partir desses postos decisivos destilam em decretos, portarias e outros expedientes administrativos toda sua aversão contra a propriedade privada e a livre iniciativa.

Os proprietários rurais e os empreendedores do agronegócio vivem sob uma série de ameaças que pairam sobre suas cabeças como espadas de Dâmocles: ameaça do MST e da Reforma Agrária socialista e confiscatória; ameaça dos movimentos indígenas e quilombolas; ameaças ambientalistas; ameaça de mudanças nos índices de produtividade agrícola; ameaça decorrente das mentiras relativas ao chamado “trabalho escravo”; ameaça de substituição do agronegócio pela “agricultura familiar”. Segundo a Embrapa mais de 70% do território nacional já não pode ser utilizado para a produção agropecuária, pois está engessado para a produção! Pois bem, nenhuma dessas ameaças o Plano deixou de lado, incorporando-as todas.

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segunda-feira, 22 de março de 2010

A Dama contra Fidel

Por Renata Miranda

Blog do Estadão

Laura Pollán, líder das Damas de Branco, grupo de mães e mulheres de presos políticos cubanos, consolidou-se esta semana como uma das principais figuras de oposição ao regime de Fidel e Raúl Castro. Encabeçado por esta senhora de pele clara e cabelos loiros, o movimento de dissidentes tem realizado diariamente protestos para marcar a primavera negra, ofensiva lançada pelo governo em 18 de março de 2003, que resultou na prisão e condenação de 75 opositores cubanos.

Casada com Héctor Maseda, preso em 19 de março de 2003 e condenado a 20 anos por “atentar contra a independência e a integridade territorial do Estado” cubano, Laura é professora de espanhol, mas abandonou a profissão depois que seu marido foi detido.

“Héctor está condenado injustamente porque em nenhuma parte do mundo se consideraria um delito pensar diferente de um regime governamental”, afirma Laura no site das Damas de Branco.

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sábado, 20 de março de 2010

Pensem Nisso

Por Olavo de Carvalho


Um dos traços constantes da vida brasileira é a coexistência de dois tipos de política heterogêneos e incomunicáveis: de um lado, a política "profissional" cuja única finalidade é o acesso a cargos públicos, compreendidos como posições privilegiadas para a conquista de benefícios pessoais ou grupais (acompanhados ou não de boas intenções de governo); de outro, a política revolucionária, empenhada na conquista do poder total sobre a sociedade e na introdução de mudanças estruturais irreversíveis.

A segunda usa ocasionalmente os instrumentos da primeira, mas sobretudo cria os seus próprios, desconhecidos dela. Os "movimentos sociais", o adestramento de formidáveis massas militantes dispostas a tudo, a ocupação de espaços não só na administração federal mas em todas as áreas estrategicamente vitais e, last not least, a conquista da hegemonia cultural estão entre esses instrumentos, que para o político "profissional" são distantes e até incompreensíveis, tão obsessiva e autocastradora é a sua concentração na mera disputa de cargos eleitorais.

As próximas eleições presidenciais vão opor, numa disputa desigual, as armas da política revolucionária às da política "profissional". Estas últimas consistem apenas nos meios usuais de propaganda eleitoral, enquanto as daquela abrangem o domínio sistêmico de todos os meios disponíveis de ação sobre a sociedade: o político "profissional" tem a seu favor apenas os eleitores, que se manifestam uma vez a cada quatro anos e depois o esquecem ou passam a odiá-lo. O revolucionário tem a vasta militância organizada, devotada a uma luta diária e constante, pronta a matar e morrer por aquele que personifica as suas aspirações.

Nas últimas décadas a expansão maciça da política revolucionária colocou os políticos "profissionais" numa posição de impotência quase absoluta, que reduz a praticamente nada as vantagens de uma eventual vitória nas eleições.

Se eleito, o Sr. Jose Serra terá de comandar uma máquina estatal dominada de alto a baixo pelos seus adversários, a começar pelos oito juízes lulistas do Supremo Tribunal Federal. O PT e seus partidos aliados comandam, além disso, uma rede de organizações militantes com alguns milhões de membros devotos, prontos a ocupar as ruas gritando slogans contra o novo presidente ao primeiro chamado de seus líderes. Comandam também o operariado de todas as indústrias estratégicas e a rede de acampamentos do MST espalhados ao longo de todas as principais rodovias federais e estaduais: podem paralisar o país inteiro da noite para o dia. Reinam, ademais sobre um ambiente psicossocial inteiramente seduzido pelos seus estereótipos e palavras de ordem, a que nem mesmo seus mais enfezados inimigos ousam se opor frontalmente.

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Link Correto: http://www.olavodecarvalho.org/semana/100105dc.html

Desculpe o Erro.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Modernização totalitária

Por Nivaldo Cordeiro

Mídia Sem Máscara

A palavra mais em voga na alta burocracia estatal é "modernização", basicamente entendida como a aplicação de sistemas informatizados às rotinas de trabalho. A informática mostrou-se uma ferramenta bastante adequada para a ossificação do poder da burocracia. Os fluxos de rotinas ficaram rigidamente estabelecidos, os registros de cada ação congelados para sempre em bancos de dados e o poder da hierarquia superior gerenciar cada etapa de trabalho e mesmo o desfecho de cada processo agigantou-se.

Informática e serviço público formam um binômio inseparável e não ao acaso o valor dos investimentos em serviços informatizados tem crescido a cada ano. O fato ganhou relevo com o mensalão do DEM, de José Roberto Arruda, que teve nos prestadores de serviços de informática o desagradável destaque no pagamento das propinas. O homem da modernização do GDF, Durval Barbosa, tem sido a grande estrela do escândalo, mais até do que o próprio governador.

Por suas características a informática se presta a ser um perigo nas mãos de governantes mal intencionados. É capaz de gerar prisões virtuais, como as tornozeleiras de acompanhamento de apenados, de monitorar indivíduos e mesmo multidões, de processar palavras em textos e em voz e, assim, servir de instrumento de vigília sobre o comportamento e o pensamento das pessoas. Se um Hitler ou um Stalin tivessem a informática ao seu dispor certamente sua eficácia na ação maléfica teria aumentado superlativamente.

Mais do que nunca a necessidade de haver governantes moralmente superiores se coloca como problema para a humanidade. Os meios de morte e de ação totalitária ganharam músculos nos últimos cem anos. As liberdades correm perigo.

Essas reflexões me vêm a propósito da mais recente ação do governo Lula no rumo do totalitarismo, mais até do que o nefando decreto que instituiu o Plano Nacional de Direitos Humanos. O termo "modernização" aqui foi usado como desculpa para desfigurar a ordem jurídica do país. Refiro-me à notícia de que o Executivo Federal remeteu ao Congresso Nacional três projetos de lei e um projeto de lei complementar com o objetivo de "modernizar"a administração tributária da União. O editorial do Estadão de hoje (Terror tributário) traz bem o resumo dos fatos e pontua, a partir do título, a essência da iniciativa legislativa.

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terça-feira, 16 de março de 2010

POBRE ESTADO DO RS!

Por Darcy Francisco Carvalho dos Santos

OpiniãoLivre.com.br

Em 2008, o Estado do RS, após quatro décadas de déficits operacionais, apurou um resultado fiscal positivo. Em decorrência desses déficits, entre 1970 e 1998, formou uma dívida que foi multiplicada por 27 vezes em termos reais. O resultado de 2008 só foi possível pela excelente arrecadação, decorrente de uma boa administração tributária e, principalmente, de um fenômeno nacional favorável, e pelos expressivos cortes de despesa.

Tais cortes, indispensáveis para a eliminação do déficit, foram mais significativos nos investimentos, que representam hoje apenas 10% do valor da década de 70 e primeiros anos da de 80, quando medidos em relação à receita corrente líquida.

O equilíbrio fiscal do RS é muito tênue e não podia ser diferente, diante de estrutura de despesa, que é muito rígida, por sua natureza e pelas vinculações da receita, que tornam automáticas ou obrigatórias novas despesas.

Fazendo-se uma continha simples, fica fácil de ser entendido. Vamos lá: Em 2008, atribuindo-se 100 ao valor da receita corrente, 66 eram (ou deveriam ser) despendidos com as chamada vinculações da receita.

Parte dessas vinculações é automática, como as transferências aos municípios (parte da receita lhes pertence), o pagamento de maior parte do serviço da dívida e o Fundeb (fundo da educação básica), cujo valor deve ser considerado só pela diferença entre o que o Estado envia que o recebe de volta. A outra parte das vinculações não é automática, mas é de aplicação obrigatória, por disposição das constituições federal e estadual.

Como vimos, restam 34% da receita corrente (bruta), dos quais 14% são destinados aos outros Poderes e órgãos especiais (Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública) restando apenas 20% para as ações do Poder Executivo.

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segunda-feira, 15 de março de 2010

Entrevista com Fariñas - Estadão

Ação de Lula foi hipócrita, diz Fariñas sobre críticas

Estadão Online

O dissidente cubano Guillhermo Fariñas, que faz greve de fome há quase 20 dias, criticou o presidente Lula e classificou suas declarações como hipócritas.

Lula comparou presos políticos a criminosos e foi criticado por não tocar no assunto dos direitos humanos durante sua visita a Cuba, no fim de fevereiro. Fariñas lembrou que o presidente já foi preso político e, assim como os detidos em Cuba, já fez greve de fome.

Na noite do sábado, 13, no hospital em que está desde quinta-feira, em Santa Clara, Fariñas falou por telefone ao Estado

ESTADO: Qual seu estado de saúde?

Estou internado com pressão em 9 por 6. Muito cansado e com sono. A cabeça dói muito quando sento. Ontem, consegui dormir bem, mas não sei como vou acordar. Cheguei a estar 36 horas sem urinar. O principal problema é a alimentação intravenosa. Já recebi sete picadas nos braços e minhas veias colapsaram. Agora, os médicos tentam pelo pescoço.

ESTADO: O sr. já fez 22 greves de fome. Esta é a última?

Como falo com um brasileiro, posso dizer que a bola está com o governo cubano. Há alguns dias o Granma escreveu meu epitáfio, lavou as mãos para a minha morte e me chamou de chantagista. Quero a libertação dos 26 presos políticos doentes prestes a morrer. A ação de Lula (o presidente brasileiro visitou a ilha no fim de fevereiro) foi hipócrita, pois ele já foi preso político em greve de fome.

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sábado, 13 de março de 2010

O MST Também vai à Universidade

PARLATA

Por Mario Guerreiro


Fico extremamente feliz em verificar que, após séculos de cultura intransigente e intolerante, os preconceitos e barreiras sociais vão sendo superados paulatinamente no Brasil. Demorou? Nunca é tarde demais para as grandes superações sociais!

Os homossexuais já não são vítimas passivas da homofobia: organizaram-se em quase toda parte e já lançaram seus brados de protesto nas Passeatas Gay, ocorrendo anualmente no Rio e em São Paulo. E com grande recepção do povo em geral composto de milhares de simpatizantes da causa.

Os detentos em presídios, que nada mais são do que meras vítimas da repressão da cruel sociedade capitalista –como bem asseverava Michel Foucault - já não ficam com suas famílias desamparadas, pois podem contar com o Auxílio Reclusão, uma quantia de R$ 752, 12, por cada filho, de acordo com a Portaria nº 48, de 12/2/2009, do INSS - uma medida socialmente justa, uma vez que a detenção os impede de trabalhar para sustentar suas famílias. E praticante de crimes hediondos também tem família!

Os não-brancos (id est: a extensa categoria incluindo negros, mulatos, pardos, índios, cafuzos, mamelucos, caboclos, extremo-orientais, etc.), que antes não tinham acesso à universidade por mero preconceito racial, agora já podem fazer os cursos tão desejados por eles, graças à Affirmative Action ou Ação Afirmativa - conhecida também como sistema de cotas – uma das poucas coisas boas importadas dos Estados Unidos, apesar dos contrários a abusivos transplantes ideológicos.

E isto malgrado mesmo os protestos dos reacionários de que tal medida - de alto alcance social, diga-se en passant - estaria ferindo gravemente a meritocracia e até mesmo a Constituição, uma vez que em seu capítulo destinado ao ensino ela diz explicitamente que o ingresso no ensino superior deve ser feito mediante avaliação da competência dos candidatos.

Ora, isto não é para ser tomado ao pé da fria letra: obviamente requer competente hermenêutica jurídica, para que seja desvelado o recôndito espírito da lei, malgrado os reacionários pedantes ficarem desperdiçando seu “latinorum” ao dizer, insistente e cansativamente, que in claris cessa interpretatio.

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sexta-feira, 12 de março de 2010

CINISMO EXPLÍCITO

Por Maria Lucia Victor Barbosa

OpiniãoLivre.com.br

O presidente da República é um homem de sorte incomensurável. Deixou a vida o levar e o destino lhe foi radiosamente propício. Somente um pequeno azar obscureceu mês passado, de modo fugaz, seu prestígio internacional, nada que os terremotos que abalaram o Chile não pudessem providencialmente distrair as atenções da rápida urucubaca ocorrida em Cuba quando foi ofertar generosos US$ 300 milhões de dólares ao seu ídolo Fidel Castro, contribuição que será paga por nós, contribuintes brasileiros.

Justamente em 23 de fevereiro, dia em que Luiz Inácio aportava eufórico nos braços dos queridíssimos irmãos Castro, um cubano negro, operário, “preso de consciência”, de nome Orlando Zapata Tamayo, teve o mau gosto de morrer depois de ter sido torturado nas masmorras cubanas e enfrentado uma greve de fome com meio de pedir condições humanas para os demais encarcerados e liberdade para seu país.

O martírio de mais um cubano nem de longe poderia incomodar os irmãos Castros acostumados a esse tipo de morte para eles insignificante e rotineira. Entretanto, um grupo de dissidentes cubanos que esperavam que Luiz Inácio intercedesse por eles, tendo enviado uma carta nesse sentido ao governo brasileiro, devem ter se desiludido com a indiferença do “cara”, suas esquivas, suas palavras sem nexo. E mais decepcionados ainda devem ter ficado se puderam ver a foto de Luiz Inácio junto aos Castro.

Na fotografia estampou-se a imagem de um Luiz Inácio esbanjando largo sorriso eufórico, rosto delirante de júbilo, face mais arredondada por irradiante felicidade, um deslumbramento abjeto diante do grande companheiro Fidel enquanto o corpo martirizado de Orlando Zapara Tamayo esfriava no caixão e outros dissidentes eram presos.

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quinta-feira, 11 de março de 2010

O Resgate do liberalismo

FHC faz defesa do resgate do liberalismo

Por CLAUDIA ANTUNES

Folha Online

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que a "verdadeira discussão" no Brasil hoje é se teremos um capitalismo "burocrático, corporativo", em que o Estado "manda e resolve", ou um "capitalismo de competição", de clara orientação liberal.

Apresentado como "eterno professor", FHC falou a 70 pessoas, que pagaram R$ 100 para ouvi-lo, na Casa do Saber, no Rio. Indagado por que "direita" e "liberal" eram consideradas palavras "feias", brincou: "Liberal e de direita, eu acho feio".

Ele defendeu o resgate do conceito original de liberalismo, de defesa das liberdades do indivíduo e da autonomia da sociedade, num país que "acha que Estado é igual à nação" e no qual o direito individual "vem depois da ideia do coletivo".

"No marxismo, o Estado é visto como expressão da classe dominante. Aqui ele é o libertador da nação, o que inverte as coisas. Já faz tempo que se sabe que competição não significa sufocar liberdade", disse.

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A impostora "Teodora Bolívar" e o informe sobre as FARC

Por Graça Salgueiro

Mídia Sem Máscara


O Notalatina hoje volta a falar das FARC, conforme eu havia prometido. Antes, porém, quero agradecer de coração à generosidade dos leitores e amigos que têm feito contribuições voluntárias à manutenção deste blog. Que Deus os cumule de bênçãos e os faça abundatemente prósperos, não só material como espiritualmente. Ainda a respeito das doações, quero avisar que já foi acrescentado o nome do banco, no banner ao lado, e que em breve também terei PayPal, atendendo solicitações.

Mas vamos ao que interessa. Desde o início do ano passado as FARC, querendo parecer magnânimas aos olhos do mundo, informaram que iriam libertar o cabo Pablo Emilio Moncayo, que depois se estendeu ao soldado Daniel Calvo, o primeiro seqüestrado há 12 anos, além dos restos mortais do capitão Julián Guevara, morto por maus tratos e falta de assistência médica enquanto estava em cativeiro. A respeito deste capitão, podemos acusar, seguramente, que ele foi torturado lentamente e assassinado pelas "humaníssimas" FARC, pois nos relatos contidos nos livros "Lejos del Infierno", escrito pelos três norte-americanos libertados na "Operação Xeque", e "Operación Jaque", do Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido, todos coincidem em revelar com detalhes o sofrimento deste militar que padecia de tuberculose e uma enfermidade na perna mas, mesmo assim, tinha de fazer longas caminhadas pela selva carregando um pesado fardo nas costas. Sem repouso, tratamento médico e alimentação adequada, morreu à míngua em 2006, depois de estar cativo há 8 anos. O mais cruel nisso tudo é que sua mãe só soube que ele havia morrido quando os militares libertados informaram do ocorrido, pois as "humaníssimas" FARC apenas o enterraram em uma vala comum, livrando-se assim de um peso a mais para carregar.

Na ocasião em que as FARC fizeram este anúncio dizia-se que, até abril de 2009, o ato seria consumado. Já era por demais sabido do Governo e Militares da Colômbia, tanto daqueles estudiosos do tema, que isto era apenas uma modalidade de chamar novamente a atenção da mídia sobre si, além de jogar uma cortina de fumaça que lhes permitisse continuar com suas ações criminosas e jogar a culpa pela demora na entrega - que já estava planejada - no presidente Uribe. Dito e feito.

O ano inteiro passou-se e as FARC seguiram com seus atos terroristas, seus seqüestros, sua venda de drogas que lhe rendeu só no ano passado 8 bilhões de dólares. Nada mudou, nem uma só vírgula nesta prática abominável, apenas alguns novos atores entraram na cena patética, também buscando protagonismo e dividendos pessoais. Recorrendo apenas à memória, para não alongar muito o texto, só em dezembro as FARC seqüestraram e assassinaram brutalmente os líderes afro-descendentes Manuel Moya e Graciano Blandón, em 17 de dezembro, e em 22 do mesmo mês, o governador do Caquetá, Luis Francisco Cuéllar Carvajal, foi seqüestrado em sua casa em trajes de dormir, torturado, degolado e abandonado em uma estrada no mesmo dia do seqüestro. Tudo isto foi feito pela "Coluna Teofilo Forero".

E enquanto "agiam", estes monstros inventavam mil e uma desculpas para não cumprir a promessa, sempre alegando que a culpa era do presidente Uribe e suas Forças Militares; depois, vieram com exigências não só da participação do Bispo de Bogotá, como de uma força mediadora externa, além de sua porta-voz "Teodora Bolívar", alcunha da senadora Piedad Córdoba e da Cruz Vermelha Internacional. Aceitaram a participação - muito providencial - do Brasil mas até hoje não entregaram o documento autorizando a chancelaria brasileira. O presidente Uribe denunciou que a demora na entrega não era responsabilidade do Governo que havia aceitado todas as exigências feitas, e alegou que estava havendo uma manipulação eleitoral por parte das FARC e da própria Teodora, uma vez que as eleições estavam próximas.

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Lula diz que greve de fome não pode ser pretexto para libertar presos

G1

Em entrevista à agência de notícias Associated Press nesta terça-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a situação dos presos políticos em Cuba com a de presos comuns do Brasil.

Lula declarou que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto para libertar pessoas em nome dos direitos humanos. O presidente pediu ainda respeito às determinações da Justiça cubana com relação à prisão dos dissidentes que se declaram em greve de fome.

"Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de deter pessoas em razão da legislação de Cuba, como quero que respeitem o Brasil", disse Lula, na entrevista à Associated Press, em Brasília.

A última visita de Lula a Cuba, no mês passado, começou um dia depois da morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo, que estava em greve de fome.

A declaração desta terça-feira de Lula coincide com a divulgação, em Havana, de um novo pedido para que ele interceda em favor dos dissidentes e ajude a acabar com a greve de fome de outro cubano, Gilhermo Farinas.

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terça-feira, 9 de março de 2010

desvio de R$ 100 milhões para as campanhas eleitorais do PT

Promotor calcula em R$ 100 milhões desvio em cooperativa ligada ao PT

Estadão Online

Por Fausto Macedo e Clarissa Oliveira

Pode ultrapassar R$ 100 milhões o total do desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), calcula o promotor de Justiça José Carlos Blat, da 1ª Promotoria Criminal da Capital. "A movimentação sob suspeita indica que o rombo supera R$ 100 milhões", disse Blat, após análise parcial de 8,5 mil extratos bancários da cooperativa, relativos ao período de 2001 a 2008.

Blat está convencido de que uma fatia do montante foi destinada a campanhas eleitorais do PT - ele não aponta valores exatos que teriam tomado esse rumo porque, alega, depende de investigações complementares.

Na sexta-feira, o promotor requereu a quebra do sigilo bancário e fiscal de João Vaccari Neto, que presidiu a cooperativa até fevereiro, quando deixou o cargo para assumir o posto de tesoureiro do PT. Também foi pedida uma devassa nos investimentos de dois ex-diretores da entidade, Ana Maria Érnica e Tomás Edson Botelho Fraga. O promotor quer o bloqueio das contas da Bancoop.

"Que houve desvio eu não tenho mais dúvida alguma", diz o promotor, após dois anos e meio de apuração. "Os dirigentes da cooperativa transformaram-na em negócio lucrativo, utilizando os benefícios da lei para lesar milhares de cooperados que aderiram através de contratos para a construção de moradias. Uma parte desse dinheiro foi para o PT, outra parte para o enriquecimento ilícito de ex-dirigentes da Bancoop."

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segunda-feira, 8 de março de 2010

A hora é agora

Por Fernando Henrique Cardoso

Estadão Online

Hora de avançar a partir do que conseguimos nestes 25 anos de democracia e de buscar um futuro melhor para todos. As bases para o Brasil preservar seus interesses sem temer o mercado internacional estão dadas. Convém mantê-las. Controle da inflação, pelo sistema de metas, câmbio flutuante, Lei de Responsabilidade Fiscal, autonomia das agências regulatórias são pilares que se podem ajustar às conjunturas, mas não devem ser renegados e não podem estar sujeitos a intervenções político-partidárias e interesses de facção. Há, contudo, desafios: o novo governo terá de cuidar de controlar os gastos correntes e de conter a deterioração do balanço de pagamentos (sem fechar a economia ou inventar mágicas para aumentar artificialmente a competitividade de nossos produtos).

Perdemos tempo com uma discussão bizantina sobre o tamanho do Estado ou sobre a superioridade das empresas estatais em relação às empresas privadas, ou vice-versa. Ninguém propõe um "Estado mínimo", muito menos o PSDB. Outra coisa é inchar o Estado, com nomeações a granel, e utilizar as empresas públicas para servir a interesses privados ou partidários. A verdadeira ameaça ao desenvolvimento sadio não é privatizar mais, tampouco o PSDB defende isso. Empresas estatais se justificam em áreas para as quais haja desinteresse do capital privado ou necessidade de contrapeso público. Não devem acobertar ganhos políticos escusos nem aumentar o controle partidário sobre a economia. Precisam dispor de sistemas de governança claros e transparentes. A ameaça é continuar a escolher, como o governo atual, quais empresas serão apoiadas com dinheiro do contribuinte (sem que este perceba), criando monopólios, ou quase-monopólios, que concentrarão mais ainda a renda nacional.

Os avanços sociais obtidos pelos últimos governos se deram nos marcos da Constituição de 1988. Incluem-se aí a "universalização" do acesso aos serviços de saúde (via SUS) e à escola fundamental (via Fundef), a cobertura assistencial a idosos e deficientes (via Loas), bem como o maior acesso à terra (via Programa de Reforma Agrária). Além disso, a política continuada de aumento real do salário mínimo a partir de 1994, a extensão de programas sociais a camadas excluídas e a difusão de mecanismos de transferência direta de renda (as bolsas) melhoraram as condições de vida e ampliaram o mercado interno. Tudo isso precisa ser mantido. Caberá ao novo governo reduzir os desperdícios e oferecer serviços de melhor qualidade, mais bem avaliados e com menor clientelismo.

Não se pode elidir uma questão difícil: a expansão dos impostos sustentou os programas sociais. Atingiu-se um limite que, se ultrapassado, prejudicará o crescimento econômico. É ilusão pensar que um país possa crescer indefinidamente puxado pelo gasto público financiado por uma carga tributária cada vez maior e pelo consumo privado. Falta investimento, sobretudo em infraestrutura, e falta poupança doméstica, principalmente pública, para financiá-lo. Maior poupança pública não virá de maior tributação. Ao contrário, é preciso começar a reduzir a carga tributária, sobretudo os impostos que recaem sobre a folha de pagamentos, para gerar mais empregos. Para investir mais, tributar menos e dispor de melhor oferta de serviços sociais não há alternativa senão conter o mau crescimento do gasto. Isso permitirá a redução das taxas de juros e o aumento da poupança pública, como condição para aumentar a taxa de investimento na economia. Sem isso, cedo ou tarde, se recolocarão os impasses no balanço de pagamentos, com a deterioração já perceptível das contas em transações correntes, e na dívida pública, que em termos brutos já ultrapassa 70% do PIB.

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domingo, 7 de março de 2010

A violação de direitos humanos na Venezuela e em Cuba

Por Ian Vasquez

OrdemLivre.Org

Um relatório lançado pela Comissão Inter-americana de Direitos Humanos condena, com ampla documentação, a crescente violação dos direitos humanos sob o regime de Hugo Chávez. O estudo, de 302 páginas, é mais uma confirmação das miríades de formas como indivíduos, ONGs, líderes sindicais, políticos, ativistas, empresários, estudantes, juízes, a mídia e outros que discordam as políticas do governo venezuelano estão sendo alvo do governo e seus defensores através de intimidação, uso arbitrário da legilação administrativa e criminal, e ocasionalmente violência e homicídio.

Entre os muitos casos que documenta, o relatório descreve como o governo no último ano interrompeu uma campanha publicitária em defesa da propriedade privada, promovida por nossos colegas no think-tank liberal CEDICE. O governo alegou que precisava fazê-lo para salvaguardar a ordem pública e a saúde mental da população.

Particularmente interessante é que a comissão que publica o relatório (produzido em dezembro mas, por alguma razão, tornado público apenas hoje) é parte da Organização dos Estados Americanos, que se mostrou, na melhor das hipóteses, inútil, e, na pior, contraproducente, diante das flagrantes violações de direitos pelo governo venezuelano e outros governos populistas latino-americanos na última década. Será que a mesma OEA que convidou Cuba a reintegrá-la no ano passado vai agora debater o novo relatório ou permanecer em silêncio, bem como seu presidente, como têm feito por tantos anos?

Enquanto em Cuba, país que Chávez tem como modelo, o prisioneiro político Orlando Zapata Tamayo morreu depois de entrar em greve de fome, ser espancado e ter água recusada pelas autoridades prisionais por 18 dias. Os maus tratos levaram a falência renal. Segundo a Cuba Archive, uma ONG que documenta mortes atribuíveis ao regime cubano, "Zapata foi mantido nu sob forte ar condicionado e desenvolveu pneumonia." O que terá o Conselho Permanente da OEA a dizer sobre isso?

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sábado, 6 de março de 2010

Brasil: paraíso de terroristas

Por Midia Sem mascara

CausaLiberal

Entre fins de janeiro e começo de fevereiro, as chancelarias do Paraguai e Brasil mantiveram conversações a respeito de crimes de seqüestro e morte praticados por três paraguaios, onde os envolvidos encontram-se sob o manto protetor do Brasil como "refugiados políticos". Como estava próximo do Carnaval, a imprensa brasileira, sempre muito generosa, não quis aborrecer os leitores com assunto tão desagradável e assim permanece até hoje.

Os fatos são os seguintes: em 2001, os dirigentes do Partido Pátria Libre (PPL) do Paraguai, Juan Francisco Arrom Suhurt, Anuncio Martí Mendez e Victor Antonio Colmán Ortega seqüestraram a senhora Maria Edith Bordón de Debernardi, que foi libertada após 64 dias de cativeiro pelo pagamento de US$ 1 milhão. Presos, foram a julgamento em 2002 mas como não ficaram detidos, conseguiram fugir para o Brasil. Segundo eles relatam, foram "barbaramente torturados" para confessar um crime que não cometeram e com ajuda das famílias fugiram para o Brasil, atravessando a Ponte da Amizade sem nenhum problema. Aqui chegando não procuraram ajuda do governo mas sim do advogado Marcos César Santos Vasconcelos, que na ocasião trabalhava como assessor técnico da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, em Brasília, presidida pelo então deputado Luiz Eduardo Greenhalgh. Greenhalgh e Marcos César de imediato abraçaram a causa e levaram o caso ao CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados).

Segundo Marcos César, "ouvi a história deles e procurei a versão do Estado paraguaio. Depois de três dias de conversa, decidi ajudá-los porque acreditei neles". Quer dizer, a justiça paraguaia apresentava provas testemunhais dadas por Marco Alvarez, pessoa que entregou o dinheiro do resgate a Arrom; Francisco Griño, que reconheceu Victor Colmán que também estava presente no recebimento do dinheiro; além das cópias das notas pagas pelo resgate que eram as mesmas dos US$ 50 mil apreendidos com Arrom, e Greenhalgh e seu assessor preferem acreditar apenas na palavra dos criminosos.

O CONARE aceitou os argumentos de Marcos César e concedeu o refúgio aos três criminosos em dezembro de 2003, malgrado todos os esforços do então procurador-geral do Ministério Público do Paraguai, Osmar Germán Latorre. A Procuradoria do Paraguai contestou tais refúgios e pediu uma revisão, alegando que não se tratavam de perseguidos políticos mas de criminosos comuns, enviando documentos ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil em maio de 2004, em julho de 2005 e finalmente em 2006. Nesta última solicitação o CONARE alegou que "os argumentos estabelecidos pelo Paraguai não justificavam a revisão" e manteve o status. Latorre se queixa de que passado todo este tempo, as autoridades do Paraguai sequer foram informadas dos fundamentos utilizados para a concessão do refúgio.

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sexta-feira, 5 de março de 2010

ESQUERDA SINISTRA

Por Aileda de Mattos Oliveira

Sacralidade

Diz a propaganda turística de Garanhuns que “quem bebe a água desta cidade, a ela retorna”. A ser verdadeira a legenda publicitária, o berço do nosso estadista não verá de novo o seu dileto filho, e do Brasil, tendo em vista, há muito, preferir as goladas dos alambicados e dos maltados. Integrar-se-á ao exótico acervo político-folclórico das grandes metrópoles, pois o Agreste, provinciano, será pequeno para conter a jactância do “homem que sabia javanês”. Lima Barreto, se vivo fosse, teria um mote de porte para a sua caricatura política.

Do macacão ou da calça jeans ao terno bem-talhado, há uma diferença de visual, mas não de mudança intelectual. De sindicalista à Sua Excelência, substituiu-se o tratamento, mas não o comportamento. Qual a razão da palavra ‘esquerda’ designar uma opção de tipos tão estranhos, tão revoltados com a natureza social, que insistem em impor o avesso das coisas, como norma de conduta? É como quererem pôr no pé direito o sapato esquerdo e vice-versa, sem questionarem o incômodo da troca imbecil e considerarem-na como norma natural.

Não é sem razão que ‘esquerda’ é sinônimo de ‘sinistra’ e na Idade Média era relacionada ao Tinhoso. Nada é gratuito na língua e, numa análise político-ideológica da palavra, há que considerar as novas possibilidades semânticas postas em prática pelo falante e que vão, por repetição, enriquecer o vocabulário de toda a sociedade.

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quinta-feira, 4 de março de 2010

Prisões desumanas em Cuba

Prisões desumanas levam a greve de fome em Cuba, diz HRW

Estadão Online

Por João Coscelli

A morte do dissidente cubano Orlando Zapata, na semana passada, após uma greve de fome de 85 dias, elevou o tom das críticas internacionais contra o regime de Raúl Castro. Segundo a Organização Não-Governamental Human Rights Watch, que monitora o estado dos direitos humanos no mundo, protestos como o do ativista são motivados pelas condições subumanas dos presídios cubanos.

Celas superlotadas, condições higiênicas subumanas, água e alimentos insuficientes e o tratamento igual dado tanto a criminosos quanto a presos políticos são aspectos que fazem com que o sistema carcerário de Cuba esteja abaixo dos padrões mínimos internacionais e mantenha seus prisioneiros em circunstâncias subumanas, disse o pesquisador para o setor das Américas da Human Rights Watch, Nik Steinberg, em entrevista ao estadao.com.br.

De acordo com Steinberg, a greve de fome é a única forma de os prisioneiros políticos de Cuba chamar a atenção para o tratamento que recebem. "O sistema carcerário cubano é falho no que diz respeito ao espaço para os presos de consciência protestarem. As autoridades não se manifestam sobre os abusos que são reportados e só com medidas drásticas conseguem ser ouvidos", explica o pesquisador.

"Prisioneiros que criticam o governo e são classificados como contrarrevolucionários sofrem consequências que danam sua saúde física e psicológica. Ficam longos períodos em celas de isolamento e a eles são negadas visitas e tratamento médico", acrescenta o membro da HRW.

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"O PT já nasceu corrompido"

Escrito por Olavo de Carvalho

Movimento Endireitar

Os escândalos que atingiram recentemente o DEM em Brasília e o PT na época do Mensalão são resultado de uma degradação da moral e da intelectualidade nacional que vem ocorrendo há duas décadas no País, analisa o filósofo Olavo de Carvalho. "Se o Brasil ficar assim mais cinco anos, ele não se levantará nunca mais". O filósofo concedeu esta entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília por telefone, de Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, onde mora desde 2005. Na Academia, Olavo de Carvalho é considerado um crítico impiedoso das esquerdas brasileiras. Para ele, o Partido dos Trabalhadores enganou a sociedade.

"O prestigio do PT cresceu pelo discurso de combate à corrupção. Mas a máquina de corrupção do partido já estava sendo montada há muito tempo". Nessa avaliação, ele aponta que, no quadro partidário atual, o eleitor não tem opção, pois faltam candidatos que consigam ou sejam interessados em representar os anseios do povo brasileiro, que "é profundamente conservador, sobretudo no aspecto social".

Da mesma maneira, ele considera que há um monopólio de pensamento político no Brasil. "Isso não pode acontecer num país". Os desafetos de Olavo de Carvalho o classificam de direitista convicto ou até reacionário, rótulo que ele desdenha. "Qual é o problema de ser de direita? É proibido? Não tem sentido você proibir a direita e ao mesmo tempo falar em pluralismo democrático. Em todos os países, há esquerdas e direitas. Agora, com quem vou debater isso no Brasil? Com pessoas indignas, cuja obra intelectual é zero? Imagine se eu vou querer que essas pessoas me respeitem ou me reconheçam!"

Nos EUA, o filósofo ocupa o tempo com um curso de Filosofia a distância que tem adesão de vários alunos brasileiros. Ele também está preparando uma publicação sobre o pensador Mário Ferreira dos Santos.

O PT durante anos brandiu a causa da ética. Ao chegar ao poder foi desgastado pelo escândalo do mensalão. O DEM passou a levantar a mesma bandeira, mas foi tragado com o caso de Brasília. A defesa da ética tem alguma maldição?

Em primeiro lugar, o prestígio do PT cresceu pelo discurso de combate à corrupção, mas a máquina de corrupção do partido já estava sendo montada enquanto isso acontecia. Tanto que foi organizado um serviço de inteligência privado do PT, que ficou conhecido como PTPol. A coisa foi denunciada pelo governador Esperidião Amin (Santa Catarina), mas nada se investigou depois. Em 1993, quando houve aquela famosa CPI da Corrupção, a máquina já estava montada, já fazia três anos que o PT fundara o Foro de São Paulo, associando-se a organizações de traficantes e seqüestradores como as Farc (Força Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o Mir chileno ao mesmo tempo em que, em público, pregava a moral e os bons costumes. Todo aquele combate aparentemente moralista era para encobrir o esquema. O PT foi o partido que mais enganou a população, pois ele já nasceu corrompido. Em segundo lugar, a decadência moral dos partidos acompanha a decadência geral do Brasil, que se aprofundou muito nos últimos 20 anos.

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quarta-feira, 3 de março de 2010

ICEBERG À VISTA

Por Maria Lucia Victor Barbosa

OpiniãoLivre.com.br

Apesar de se dizer que o Programa de Governo apresentado pelo PT para a candidata Dilma Rousseff nada tem de radical, que não passa de um amontoado de inocentes diretrizes, bem que poderia ter recebido como título: “Rousseff, o Socialismo do Século 19”.

Um dos influentes artífices do Programa foi o chanceler de fato Marco Aurélio Garcia, mentor de nossa desastrada política externa que não fracassa apenas em suas tentativas de obter cargos em organismos internacionais, mas que faz feio quando apóia países que afrontam direitos humanos; se intromete onde não deve como no caso de Honduras que resultou em tremendo fiasco para o Brasil; defende eleições fraudadas de tiranetes tipo Chávez ou déspotas como Mahmoud Ahmadinejad o qual, inclusive, recebe total aceitação brasileira no tocante aos seus intentos de explodir o mundo, a começar por Israel.

Imagine-se, então, se Rousseff se sair vitoriosa o que fará Garcia para dar seguimento à obsessão do PT de mudar a geopolítica do planeta. Para tanto, segue-se eliminando a companhia dos melhores e se juntando aos piores. Exemplo do que se fala é o nascimento, na cúpula da Calc (Cúpula da Unidade da América Latina de do Caribe) que está sendo realizada em Cancún, no México, da OEA do B, que exclui Estados Unidos e Canadá. A idéia, não há dúvida, é mais uma consequência da antiga dor de cotovelo latino-americana em relação aos vizinhos desenvolvidos, especialmente, aos Estados Unidos.

Sob as ordens de Lula da Silva o Programa do Governo Rousseff sofreu algumas modificações de cunho semântico para não ficar muito assustador para as “zelites”. Porém, mesmo tendo se alterado algumas palavras manteve conteúdo totalitário. Além de estatizante, o que foi corroborado pela candidata em discurso, as diretrizes aprovadas contemplam, entre outras coisas: “compromisso com a jornada de 40 horas”; “combate ao monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento e reativação do Conselho Nacional de Comunicação Social”; “atualização dos índices de produtividade das propriedades rurais passíveis de desapropriação, ampliação de restrição de compras de terras por estrangeiros, revogação da MP anti-invasão editada por FHC”; “tributação sobre grandes fortunas”; “apoio incondicional ao Programa de Direitos Humanos”.

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Dissidente cubano mantém greve de fome

Dissidente cubano diz que irá manter greve de fome "até o fim"

Folha Online

France Presse

O jornalista dissidente cubano Guillermo Fariñas afirmou que tem "vocação de mártir" e que vai prosseguir em greve de fome e sede até as últimas consequências para pedir a libertação de 26 presos políticos que estão enfermos, em uma entrevista publicada pelo jornal "El País".

"Até os psicólogos do ministério do Interior dizem que é meu perfil: eu tenho alta vocação para mártir", afirmou Fariñas, que está uma semana sem ingerir líquidos nem alimentos e que não hesitou na resposta ao ser perguntado se desejava morrer: "Sim, quero morrer".

"Já é hora de que o mundo perceba que este governo é cruel, e há momentos na história dos países em que devem existir mártires", insistiu.

"Orlando Zapata Tamayo foi o primeiro elo na intensificação da luta pela liberdade de Cuba. Eu fui o que pegou o bastão no revezamento, e quando eu morrer outro vai pegar".

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terça-feira, 2 de março de 2010

O ex-guarda-costas de Fidel conta tudo

Editoria MSM

Mídia Sem Máscara

Os sofrimentos impostos pelos socialistas – a miséria, a opressão, os assassinatos, a privação da possibilidade de que gerações inteiras possam construir suas vidas com um mínimo de liberdade e dignidade – não se dão apenas pelo fato de que suas teses sobre a natureza do ser humano, da sociedade, da economia e da política são totalmente falsas, inconsistentes e mentirosas. Suas quadrilhas (ou se quiserem, o "partido", ou o "movimento") precisam de líderes totalmente desprovidos de escrúpulos, mas talentosos na macabra "arte" do cinismo, da indiferença e da brutalidade. Só assim o "outro mundo possível" pode se tornar uma realidade: é preciso um Stálin, um Pol-Pot, um Hugo Chávez, um Fidel Castro.

Foi servindo como guarda-costas deste último que o tenente-coronel Juan Reinaldo Sánchez passou 17 anos. O terror que viu fez com que decidisse abandonar a função, mas o temor pela vida dos seus familiares o fez esperar até que todos tivessem conseguido sair de Cuba para se afastar do cargo. Como pena, foi condenado a oito anos de prisão. Hoje, livre e vivendo nos Estados Unidos com sua família, ele conta o que viu, o que sofreu e como age Fidel Castro e a nomenklatura cubana.

Os vídeos abaixo foram gravados pelo jornalista dominicano Oscar Haza para o programa "La mano limpia", aparentemente no ano de 2009. Confira neles o testemunho de Sánchez, de valor histórico para todos defensores das liberdades civis e da moralidade na esfera política.

Veja o Vídeo Aqui

Juiz espanhol acusa Hugo Chávez de cooperar com ETA e FARC

Por CLAUDIA JARDIM

Folha Online

Um juiz espanhol acusou o governo da Venezuela de "cooperar" com o grupo separatista basco ETA e com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), em um plano para atacar autoridades colombianas na Espanha.

De acordo com o juiz Eloy Velasco, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, e seu antecessor, Andres Pastrana, estariam entre os alvos dos ataques do ETA e das FARC.

Ainda segundo ele, as Farc teriam pedido ajuda a membros do ETA para localizar, na Espanha, o ex-presidente colombiano Andrés Pastrana, a ex-embaixadora colombiana na Espanha, Noemí Sanín, o ex-candidato a presidência e duas vezes prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, e o vice-presidente colombiano Francisco Santos, "com o objetivo de atentar contra a vida de algum deles durante sua permanência na Espanha".

Logo após o anúncio das acusações, o primeiro-ministro espanhol, José Luiz Rodríguez Zapatero, pediu "explicações" ao governo Chávez.

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segunda-feira, 1 de março de 2010

O hino à imbecilidade e o monumento ao cinismo

Por Augusto Nunes

Veja.com

Para fingir que não soube do pedido de socorro emitido por 42 presos políticos cubanos, o presidente Lula compôs um hino à imbecilidade. “As pessoas precisam parar com esse hábito de fazer cartas, guardarem para si e depois dizerem que mandaram para os outros”, começou. Como se o texto não tivesse sido reproduzido por todos os jornais do país. “Quando uma pessoa manda uma carta para um presidente, no mínimo, só pode dizer que o presidente a recebeu se protocolar a carta”, concluiu. Como se a ditadura dos irmãos amigos se dispusesse a fretar um avião para depositar na Praça dos Três Poderes um dos signatários do documento.

Para culpar o preso político Orlando Zapata Tamayo pela própria morte, Lula ergueu um monumento ao cinismo. “Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por fazer uma greve de fome”, começou, com um “se” obsceno. Como se Zapata tivesse permanecido 85 dias sem se alimentar para aprender o ofício de faquir. “Vocês sabem que sou contra, porque fiz greve de fome”, concluiu. Como se merecesse tal qualificação o anedótico jejum que simulou durante a paralisação dos metalúrgicos do ABC entre abril e maio de 1980.

“O pessoal escondia bala, acordava para roubar bolacha, uma vergonha”, diz José Maria de Almeida, um dos participantes da comédia. Em 1997, como atesta o video abaixo, Lula confessou que tentara contrabandear para a cela um pacote de balas Paulistinha. A pedido dos próprios metalúrgicos, em busca de uma saída honrosa para o falso problema, o cardeal Paulo Evaristo Arns solicitou-lhes que encerrassem o que nem começou. O fim da paródia foi celebrado com um amistoso jantar entre encarcerados e carcereiros. “Fiquei tão contente quando a greve de fome acabou que mandei servir lula a dorê para o pessoal”, conta o agora senador Romeu Tuma.

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