quinta-feira, 31 de março de 2011

Rumo ao PSD, Afif diz apoiar Serra em 2012


Por Roberto Almeida

Estadão Online

Um dia após o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ter declarado que o ex-governador José Serra é "o melhor nome" para disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, o vice-governador Guilherme Afif Domingos, que caminha rumo ao PSD ao lado do atual prefeito Gilberto Kassab, endossou a posição do tucano.

Nesta quarta-feira, 30, ao fim de evento no Palácio dos Bandeirantes, Afif afirmou que a escolha de Serra para suceder a Kassab está "dentro da coerência" do novo partido e acenou com a possibilidade de aliança entre as duas legendas para a disputa de 2012. "O Serra é um nome muito ligado a nós", ressaltou, em referência à nova legenda e ao PSDB. Segundo Afif, o ex-governador seria o "nome natural" do PSDB para disputar a prefeitura. Ao mesmo tempo, afirmou o vice, é preciso esperar por sua decisão de concorrer ou não no pleito do ano que vem. Até o momento, Serra tem negado desejo de disputar o cargo.

O apoio de Alckmin e Afif ao nome de Serra surge no momento em que a presidência do diretório municipal do PSDB, que dará as cartas no partido na próxima eleição, permanece indefinida. Alckmin pretende emplacar seu secretário de Gestão, Julio Semeghini, no comando da legenda em São Paulo, mas a bancada de vereadores do PSDB, ligada a Serra, também pleiteia a posição e deve endurecer a disputa.

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segunda-feira, 28 de março de 2011

O extermínio dos Romanov


Por Rodrigo Constantino

Ordem Livre

“Lênin era absolutamente indiferente ao sofrimento humano e não hesitava em ordenar as medidas mais selvagens para se vingar.” (Helen Rappaport)

Que o comunismo ainda consiga adeptos em pleno século 21 é um mistério, mas mais absurdo ainda é essa ideologia ser vista como nobre em sua origem. Muitos condenam o chamado “socialismo real” para proteger a utopia igualitária defendida por gente como Lênin, como se o comunismo tivesse se degenerado com o tempo. Mas o fato é que, desde sua concepção, aqueles atraídos pelo comunismo sempre foram os mais ressentidos. Os bolcheviques anunciaram que havia chegado a hora de fazer “a burguesia passar fome”. O próprio Lênin alimentava um ódio pela morte de seu irmão em 1887, enforcado por ter se envolvido em uma conspiração para assassinar o czar. A máscara do altruísmo foi usada pelos bárbaros em busca de vingança, sangue e violência.

Existem inúmeros casos que podem ser citados para corroborar com esta afirmação, mas poucos concentram tão bem esse lado negro do comunismo como o assassinato da família Romanov após a tomada de poder pelos bolcheviques. A historiadora Helen Rappaport, especialista em história russa, fez uma pesquisa minuciosa, relatada no livro “Os últimos dias dos Romanov”, sobre esse evento sombrio. O grau de detalhes contido no livro é impressionante, e ao mesmo tempo assustador. A frieza dos líderes bolcheviques fez com que as vítimas não fossem vistas como seres humanos, mas sim como representantes de uma classe política que deveria ser eliminada. Até mesmo as crianças eram apenas uma “instituição” a ser extirpada do jogo político para sempre.

Naturalmente, o destino dos Romanov não inocenta o governo autocrático de Nicolau, um czar tolerante à repressão violenta aos rebeldes. Mas nada justifica a forma com a qual os bolcheviques, liderados por Lênin, trataram a família durante a fase de consolidação do poder. O império de Nicolau estava bastante impopular devido à miséria agravada pela guerra. A imagem negativa de Alexandra, esposa de Nicolau, não ajudava; sua forte ligação com o manipulador Rasputin era motivo de insatisfação popular. O “homem santo” desfrutava da confiança da czarina pois Alexandra jurava que somente ele era capaz de cuidar da doença de seu filho hemofílico. Ainda assim, o povo russo, em geral, não compartilhava do mesmo ódio que os bolcheviques. Tanto que a prisão domiciliar de dezesseis meses da família e seu desfecho trágico tiveram que ser mantidos em sigilo, pois os bolcheviques sabiam o quão impopular seriam seus atos se viessem à tona.

O relato de Rappaport mostra uma família bastante comum durante o período confinada em uma casa em Ecaterimburgo, na Sibéria. O desespero frente às incertezas de seu destino fez com que a família imperial buscasse na fé religiosa a força para resistir. Seu cotidiano era basicamente preenchido com leitura e orações, uma vez que o confinamento dentro da casa era total. As janelas haviam sido pintadas e um muro de paliçada fora erguido para impedir a visão dos ilustres prisioneiros. Do lado de fora, reinava um clima de guerra civil, com a fome se espalhando após as medidas bolcheviques. As pessoas estavam sendo presas indiscriminadamente, e, com prisões lotadas, os hotéis e fábricas foram usados como locais de confinamento. Nesse tenebroso contexto, uma família buscava, unida, manter a esperança no futuro. Mas os bolcheviques tinham em mente um destino diferente para a dinastia dos Romanov.

Planos para resgatar o czar foram elaborados, mas Nicolau se recusava a ser salvo deixando para trás sua família. E resgatar todos, incluindo suas quatro filhas e seu primogênito doente, parecia tarefa quase impossível. Aceitando seu destino com resignação, Nicolau aguardaria aquilo que Deus tivesse preparado para sua vida. Ele não sabia que era Lênin, o diabo em pessoa, quem dava as cartas. Lênin considerava o regicídio uma necessidade, e julgamentos transparentes não passavam de uma besteira burguesa. Os bolcheviques jogavam no tudo ou nada, e quaisquer meios eram aceitáveis para seus fins. Trotski chegou a afirmar: “À nossa frente está a vitória total ou a ruína absoluta”. A palavra preferida dos bolcheviques era “aniquilação”: da propriedade privada, da monarquia, da religião, dos costumes burgueses etc. A palavra se tornou um eufemismo empregado pelos bolcheviques quando se referiam a assassinar seus oponentes, ou até para justificar uma extensa limpeza social.

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domingo, 27 de março de 2011

Walter Williams : o mercado vence o racismo


Por André Petry

Revista Veja

Walter Williams é um radical. Na juventude, preferia o incendiário Malcolm X ao pacifista Martin Luther King. Hoje, aos 74 anos, Williams admira os dois líderes negros, repudia a violência e se define como um libertário radical, como os americanos se referem aos que se opõem ao excesso de ativismo do estado e propugnam mais liberdade individual. Fiel ao seu ideário, é contra ações afirmativas e cotas raciais, e diz que o melhor instrumento para vencer a desigualdade racial é o livre mercado: "A economia de mercado é o grande inimigo da discriminação". Criado pela mãe na periferia de Filadélfia, Williams acaba de publicar uma autobiografia em que narra sua trajetória da pobreza à vida de professor universitário (desde 1980, leciona economia na Universidade George Manson, na Virgínia). Com 1,98 metro de altura, voz de barítono, bom humor, ele demonstra muita coragem nesta entrevista.

Quem lê sua autobiografia fica com a impressão de que ser negro nos Estados Unidos das décadas de 40 e 50 era melhor do que ser negro hoje.

Claro que os negros estão muito melhor agora, mas não em todos os aspectos. Hoje, se os negros americanos fossem uma nação à parte, seriam a 15ª mais rica do mundo. Entre os negros americanos, há gente riquíssima, como a apresentadora Oprah Winfrey. Há famosíssimos como o ator Bill Cosby, que, como eu, vem de Filadélfia. Colin Powell, um negro, comandou o Exército mais poderoso do mundo. O presidente dos Estados Unidos é negro. Tudo isso era inimaginável em 1865, quando a escravidão foi abolida. Em um século e meio, fizemos um progresso imenso, ao contrário do que aconteceu no Brasil ou no Caribe, onde também houve escravidão negra. Isso diz muito sobre os negros americanos e sobre os Estados Unidos.

Em que aspectos a vida dos negros hoje é pior?

Cresci na periferia pobre de Filadélfia entre os anos 40 e 50. Morávamos num conjunto habitacional popular sem grades nas janelas e dormíamos sossegados sem barulho de tiros nas ruas. Sempre tive emprego, desde os 10 anos de idade. Engraxei sapatos, carreguei tacos no clube de golfe, trabalhei em restaurantes, entreguei correspondência nos feriados de Natal. As crianças negras de hoje que vivem na periferia de Filadélfia não têm essas oportunidades de emprego. No meu próximo livro, Raça e Economia, que sai no fim deste mês, mostro que em 1948 o desemprego entre adolescentes negros era de 9,4%. Entre os brancos, 10,4%. Os negros eram mais ativos no mercado de trabalho. Hoje, nos bairros pobres de negros, por causa da criminalidade, boa parte das lojas e dos mercados fechou as portas. Outra mudança dramática é a queda na qualidade da educação oferecida às crianças negras e pobres. Atualmente, nas escolas públicas de Washington, um negro com diploma do ensino médio tem o mesmo nível de proficiência em leitura e matemática que um branco na 7ª série. Os negros, em geral, estão muito melhor agora do que há meio século. Mas os negros mais pobres estão pior.

O estado de bem-estar social, com toda a variedade de benefícios sociais criados nas últimas décadas, não ajuda a aliviar a situação de pobreza dos negros de hoje?


Todos os economistas, sejam eles libertários, conservadores ou liberais, concordam que sempre cai a oferta do que é taxado e aumenta a oferta do que é subsidiado. Há anos, os Estados Unidos subsidiam a desintegração familiar. Quando uma adolescente pobre fica grávida, ela ganha direito a se inscrever em programas habitacionais para morar de graça, recebe vale-alimentação, vale-transporte e uma série de outros benefícios. Antes, uma menina grávida era uma vergonha para a família. Muitas eram mandadas para o Sul, para viver com parentes. Hoje, o estado de bem-estar social premia esse comportamento. O resultado é que nos anos da minha adolescência entre 13% e 15% das crianças negras eram filhas de mãe solteira. Agora, são 70%. O salário mínimo, que as pessoas consideram uma conquista para os mais desprotegidos, é uma tragédia para os pobres. Deve-se ao salário mínimo o fim de empregos úteis para os pobres.



sexta-feira, 25 de março de 2011

Vale estatal


Por Míriam Leitão e Alvaro Gribel


Blog da Mírim Leitão

A conversa entre o Bradesco e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o pedido para retirar o presidente da Vale é um dos mais indecorosos sinais de retrocesso da economia brasileira. O banco certamente vai ceder, porque o Bradesco não é lá de querer briga com governo. O espantoso é o sinal dado de estatização e a interferência do ministro da Fazenda.

Roger Agnelli é um executivo com defeitos e qualidades, que está há muito tempo no cargo, e se os acionistas quiserem podem e devem tirá-lo; nenhum problema. O que assusta é a forma, o motivo e os objetivos da ação de degola. O jeito certo de fazer isso é na reunião do conselho da Valepar, que é o grupo controlador da Vale. Lá, o governo como um dos acionistas, através do BNDES, pode propor a alteração, e os fundos de pensão, também. Uma conversa do ministro da Fazenda pedindo a cabeça do principal executivo de uma empresa privada é absurdo. O Tesouro tem golden share, mas essa ação especial tem função específica e não é para administrar a companhia.

A Vale tem estatuto, tem reuniões programadas dos seus acionistas, e seus executivos têm mandato e planos a cumprir. Mesmo com os votos do banco estatal e dos fundos de pensão não se consegue a proporção de dois terços necessária para interromper um mandato no meio e aprovar outra diretoria. O Bradesco tem percentual suficiente para bloquear a ação. Por isso é que houve a conversa entre Mantega e Lázaro Brandão, do Bradesco. Mas ela é inconveniente. Ministro da Fazenda não tem essa função; o local é inadequado porque tem que ser discutido pela assembléia de acionistas; o motivo é indecoroso: o governo vem tentando capturar a Vale para a roda das nomeações políticas. É uma reestatização, na prática.

Todo mundo acompanhou o passo a passo dessa intervenção governamental porque ela foi explícita; feita de críticas e reclamações públicas. O pretexto foi que o ex-presidente Lula não gostou quando pediu que a Vale construísse siderúrgicas no Brasil. A empresa não atendeu inicialmente às pressões. Há razões empresariais. Hoje, o Brasil tem capacidade ociosa em aço; em 2009, chegou a desligar seis altos-fornos. Ao mesmo tempo, há mercado abundante no mundo para matérias-primas como o minério de ferro e outros minérios produzidos pela Vale.

Roger Agnelli já foi tratado com tapete vermelho no governo, depois passou a ser alvo das reclamações públicas do ex-presidente. E começou o disse-me-disse. Isso atrapalha a companhia. Essa intervenção, se for consumada, vai mostrar que a empresa tem um gravíssimo problema de governança, já que voltará na prática a ser estatal. Se o governo for bem sucedido no primeiro momento, depois virão os outros cargos, as chefias intermediárias e aí a Vale vai se tornar um bom e apetitoso pasto para os indicados políticos como são algumas estatais brasileiras como os Correios, as empresas do sistema Eletrobrás, principalmente Furnas. Para quem ainda tem dúvidas das motivações do governo é bom lembrar o tamanho do lucro que a empresa deu no último exercício: R$ 30,1 bilhões. Definitivamente, a cobiça não tem bons propósitos.

No meio dessa briga, Agnelli tentou agradar o governo. Convidou o ex-presidente Lula para acompanhá-lo na viagem à África, entre outros salamaleques. Estratégia equivocada. O que ele tem a fazer é tratar da questão com a máxima transparência. O Bradesco deveria pedir que a questão seja levada ao local adequado, que é a reunião de acionistas. Os minoritários deveriam exigir que isso deixe de ser tratado intramuros, como um acerto entre ministro da Fazenda e um banqueiro, porque a Vale é uma empresa de capital aberto que tem contas a prestar aos seus acionistas. Tudo nesse caso é inaceitável. Não pelo Roger Agnelli em si. Ninguém é insubstituível. O que não é substituível é o processo de governança transparente, o cumprimento das normas, estatutos e acordos de acionistas da companhia.

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segunda-feira, 21 de março de 2011

O terror comunista


Escrito por Carlos I.S. Azambuja

Movimento Endireitar

Muito já se escreveu sobre o terror comunista, mas nunca é demais detalhar como esse terror foi implantado por Stalin, com um relato baseado não apenas em memórias e diários inéditos de personagens importantes, e entrevistas com os sobreviventes e os descendentes dos poderosos da era stalinista, mas também – e sobretudo – beneficiado pela liberação recentíssima de documentos, cartas, bilhetes, anotações nas margens de documentos e de livros, minutas de reuniões, agendas e dos papéis que passavam todos os dias pela escrivaninha de Stalin, em muitos dos quais ele deixava a sua marca de aprovação, reprovação ou escárnio. Assim, foi possível mostrar tanto a intimidade do poder, que até agora permanecia envolta em brumas e mistério, como sua face mais brutal.

O primeiro dos grandes processos espetaculares do terror comunista teve início em 19 de agosto de 1936 no Salão de Outubro, no segundo andar da Casa dos Sindicatos, em Moscou. Os 350 espectadores eram funcionários do NKVD com roupas comuns, jornalistas estrangeiros e diplomatas. No centro, sobre um tablado, os três juizes, liderados por Vassili Ulrikh, sentaram-se em cadeiras semelhantes a tronos, cobertas com pano vermelho. A verdadeira estrela desse espetáculo teatral, o procurador Andrei Vichinski, com uma interpretação de ira espumante e pedantismo articulado. Os acusados, 16 sujeitos rotos, guardados por soldados do NKVD com baionetas caladas, sentaram-se à direita. Atrás deles uma porta que dava para um espaço comparável a uma sala de espera das celebridades em um estúdio de televisão. Ali, com sanduíches e refrescos, estava Guenrikh Grigorievitch Iagoda (Comissário do Povo de 1934 a 1936), que poderia conferenciar com Vichinski e os acusados durante o julgamento.

Dizia-se que Stalin a tudo assistia desde uma galeria escondida, com janelas escuras, nos fundos do salão.

Os acusados foram indiciados por uma quantidade fantástica de crimes tramada pela conspiração obscura liderada por Trotski, Zinoviev e Kamenev (o “centro Trotskista-Zinovievista Unido”) que conseguira matar Kirov, mas falhara várias vezes ao tentar matar Stalin. Durante seis dias eles confessaram esses crimes com uma docilidade que espantou os espectadores ocidentais.

A linguagem desses processos era tão obscura quanto hieróglifos e só podia ser entendida dentro do universo fechado bolchevique de conspirações do mal contra o bem, em que “terrorismo” tinha o significado de “quaisquer dúvidas sobre as políticas ou o caráter de Stalin”. Todos os seus adversários políticos eram tachados de “terroristas”. Mais de dois “terroristas” era uma “conspiração” e a reunião de “terroristas” de facções diferentes criava um “Centro Unificado” de espantoso alcance global, revelador da paranóia bolchevique, formada em décadas de vida na clandestinidade.

Enquanto os 16 réus esmagados diziam suas falas, o procurador Vichisnky combinava com brilhantismo o embuste indignado de um pregador com as maldições diabólicas de um feiticeiro. Uma testemunha ocidental achou-o parecido com um corretor da Bolsa, acostumado a almoçar no Simpson’s e jogar golfe em Sunningdale. De uma família polonesa nobre e rica de Odessa, Vichinsky fora companheiro de cela de Stalin, com quem dividia os cestos recebidos da família, investimento que pode ter salvado sua vida. Era desagradável com seus subordinados, mas servil com seus superiores. Seus subordinados o consideravam uma “figura sinistra”. Alerta, vigoroso, vaidoso e inteligente, impressionava os ocidentais tanto quanto os assustava com seus maneirismos forenses. Orgulhava-se muito de sua notoriedade: apresentado à princesa Margaret, em Londres, em 1947, sussurrou aos diplomatas que fazia as apresentações: “Por favor, acrescente meu antigo título de procurador nos processos de Moscou”.

As acusações deixaram sérias dúvidas entre muitos dos jornalistas, exacerbadas pelas asneiras cômicas do NKVD: a corte ouviu como Sedov, filho de Trotsky, ordenou os assassinatos em uma reunião no hotel Bristol, na Dinamarca, mas descobriu-se que esse hotel fora demolido em 1917...

Consta que Stalin teria gritado: “Para que diabos vocês precisam de hotel? Deveria ter dito estação ferroviária. A estação está sempre lá”.

Esse espetáculo teve um elenco maior do que as pessoas que estavam no palco, porque outras pessoas foram cuidadosamente implicadas, abrindo a perspectiva de outros famosos “terroristas” aparecerem em julgamentos posteriores. Os réus implicaram comandantes militares e outros, como Bukharin, Rikov e Tomski, e Wichisnky anunciou que iria instaurar processos contra esses nomes famosos.

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domingo, 20 de março de 2011

Dilma Continua Caprichando na Maquiagem

Por Mário Guerreiro

Ratio Pro Libertas

Desde o momento em que foi lançada por Lula como a sua candidata ao pleito eleitoral de 2010 - coisa que muita gente do PT não gostou mas teve que engolir - a companheira Dilma, que os sindicalistas já estão chamando de Dil-Má, por causa do salário mínimo de R$ 575, passou por um verdadeiro up-grade.

Procurou os serviços de especialistas na fala, de modo a atenuar sua notória dislexia. Estes fizeram tudo que puderam, mas parece que não adiantou muito. FHC, quando indagado sobre o que achava das ideias de Dilma, disse que não sabia dizer, porque ela não completava uma frase... Não sou FHC, mas também constatei isso.

Mas o up-grade incluía muitas outras coisas além das inconvenientes de caráter fonoaudiológico. Especialistas em retórica, que hoje tem o nome de arte de falar em público, procuraram complementar o trabalho de seu marqueteiro político, ambos preocupados com a imagem e a expressão verbal de Dilma.

E por falar em imagem, não poderia estar faltando um especialista em make up (maquiagem). Um novo penteado, cremes de rejuvenescimento para camuflar rugas e pés-de-galinha, entre todas aquelas coisas atormentam a existência de qualquer mulher, principalmente quando se trata de uma mulher pública, quer dizer: de uma ex-burocrata do Poder Executivo candidata a Presidente do Brasil. “Presidenta” só pode ser coisa de
“ignoranta”.

Tal como seu antecessor, Dilma especializou-se também na arte de dizer e se desdizer sem a mínima preocupação com a coerência e sem o menor pejo.

Apesar de ter feito várias declarações a favor do aborto, coisa que conseguiu angariar a antipatia de religiosos conservadores – católicos, cristãos ortodoxos, protestantes, kardecistas, israelitas, etc. - na sua campanha eleitoral disse que jamais defendera semelhante abominação e foi até a Basílica de Nossa Senhora de Aparecida, para ser filmada e fotografada fazendo o sinal da cruz erradamente. Tudo indica que conseguiu convencer milhões de ingênuos e mal-informados – uns 85% da população adulta do Brasil, o mesmo índice dos que aprovaram os (des)governos Lula.

Em matéria de desfaçatez econômica, Lula já havia emitido uma pérola para seu eleitorado de apedeutas e pascácios: dissera que tinha zerado a dívida externa. Não se pode dizer que ele tenha mentido, mas sim omitido. Zerou a dívida externa engrossando ainda mais a interna, que já está ultrapassando um trilhão de reais.

Por sua vez, Dilma já entrou no governo anunciando uma política de austeridade econômica, como se fosse ela a Margaret Thatcher dos trópicos.

Aparentemente contrariando o expansionismo de seu antecessor e de todos os cepalinos, i.e. membros e admiradores da CEPAL, Dilma inflou os pulmões e disse, para quem quisesse e quem não quisesse ouvir, que faria um corte no orçamento de 50.000.000.000 de reais.

Uau! Não parecia coisa pouca, tanto que os congressistas não gostaram nem um pouco da ideia, uma vez que ele incluía dilacerantes cortes de navalha nas suas infindáveis emendas ao Orçamento da União, velha colcha de retalhos.

Em face do caráter avultado do referido corte, eu mesmo cheguei a pensar que se tratava de uma necessária contenção de gastos, medida esta sempre louvável em qualquer governo, desde o de prefeitura de pequena cidade do interior até o do Governo Federal.

No entanto, graças ao excelente artigo de Alexandre Schwartsman *, economista-chefe do Banco Santander, publicado na Folha de São Paulo em 16/2/2011, fui esclarecido de que o que parecia um grande corte, era na verdade um bifinho daqueles que às vezes fazem os que têm o hábito de se barbear frequentemente - o que não é o meu caso nem tampouco o de Dilma, e assim, ainda que por diferentes razões, temos ao menos uma coisa em comum.

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Feministas querem mais mulheres em exatas: as outras, claro...


Klauber Cristofen Pires

Mídia Sem Máscara

De minha própria parte, quando leio as idiotices que se publicam nos jornais em razão de algumas datas específicas, sobra-me uma mistura de desprezo e desconsolo. Contentar-me-ia passar ao largo. Entretanto, destas aparentemente inofensivas sandices costumam brotar perigosas medidas positivadas pelo estado, seja na forma de aplicação de políticas públicas, seja por imposição de novas leis ofensivas às liberdades civis. Portanto, ponho-me à ação de denunciá-las. É o que eu posso fazer, crendo que uma mudança consciente de mentalidade geral possa inibir ou refutar de vez os projetos onguistas de poder totalitarista.

Desta vez, como o leitor mais esperto possa ter percebido, refiro-me especificamente ao Dia Internacional da Mulher. Datas como estas são muito bem-sucedidas, porque não há quem se disponha a contrariá-las. Quem há de negar uma gentil homenagem às mulheres por seu dia? Como se vê, a etiqueta social e o amor dos homens pelas mulheres que fazem parte de suas vidas camuflam e imunizam a agenda feminista nela embutida.



Vejamos, a propósito, esta notícia publicada pelo jornal O Liberal, de Belém, assim intitulada: "Discriminação de gênero tira mulheres de áreas exatas e preocupa governo":

Isto vai me dar um bocado de trabalho... percebam já a partir do título, a começar, pelo uso cretino deste termo, "gênero", quando o assunto é mulher. Ou será que o governo pretende quer incluir entre as mulheres para as suas políticas afirmativas todos aqueles do glossário GLBTSUVXZ? Todavia, considerando que a tal "discriminação de gênero" de fato exista, age com correção o jornal ao afirmar que ela "tira" mulheres da área das ciências exatas se neste espaço a presença feminina nunca foi marcante? Enfim, exsurge a questão: por quê isto preocupa o governo? Por quê isto deve causar preocupação ao governo? Será que os matemáticos do sexo masculino não estão executando seu trabalho a contento? Bom, talvez, quem sabe, um toque feminino há de arredondar o famigerado π ou a intuição feminina venha a descobrir, oxalá, quanto exatamente mede um lado de um cubo de 2m³...

Prestem atenção no que pensa sobre o assunto a Sra ministra Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SEPM) órgão ligado à Presidência da República:

"Esse direcionamento é feito pela família e também pela escola. As meninas vão, aos poucos, migrando para as áreas de assistência social, educação. Tudo que trata da área de cuidar do outro. Ficam com os meninos as áreas de mais ousadia e inovação. Isso é parte da explicação do porquê temos tão poucas mulheres cientistas"...


Então vejamos: de acordo com o estatuído pela Sra. ministra, nenhuma menina ou moça escolhe ou é capaz de escolher por si mesma se deseja seguir uma carreira ligada à área de exatas. Se ela opta por outras profissões, notadamente em humanas, é por causa da maléfica influência dos familiares e das escolas. Então, o que planeja nossa "guia infalível" para assuntos de igualdade de gêneros? Bingo: trocar a influência dos pais pela do estado. Brincadeira? Olha aí:

"Uma das nossas metas é chegar em 2014 com meio milhão de professores formados em gênero e diversidade, um programa que está sendo coordenado pelo Ministério da Educação. Temos que dar escala a essa formação e melhorar as condições para trabalhar a autonomia das mulheres"...

Para quem não entendeu, não se trata aí de colocar meio milhão de professores (ou professoras) de matemática a mais na rede pública, seja para ambos os sexos ou com prioridade para o feminino. Um feito como este e até eu tiraria o chapéu. O que o governo está preparando é pagar do bolso do contribuinte meio milhão de doutrinadores ideológicos feministas para fazerem uma lavagem cerebral nas meninas de modo a fazê-las pensar que o que elas desejam para si está errado e que os conselhos dos seus pais - aqueles que amam seus filhos, que desejam um futuro melhor para eles e que, ora bolas, pagam os impostos - isto é, se é que eles de fato influenciam tanto assim - devem ser rejeitados.

Agora vamos dar uma boa olhada na "cera demagógica" que jaz adiante:

A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2010, que busca fazer uma análise das condições de vida no país, tendo como principal fonte de informações a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, demonstrou que, mesmo mais escolarizadas que os homens, o rendimento médio das mulheres continua inferior ao dos homens. As mulheres ocupadas ganham em média 70,7% do que recebem os homens. A situação se agrava quando ambos têm 12 anos ou mais de estudo. Nesse caso, o rendimento delas é 58% do deles.

Ok, não vou negar, em princípio, os números apresentados, tampouco vou buscar justificativas mercadológicas ou sociológicas, que certamente existem (homens não tiram seis meses de licença-maternidade, por exemplo). Vou apenas apelar para a lógica rudimentar, acessível tanto para homens quanto para mulheres com um pingo de juízo na cachola : estes dados se verificam entre as mulheres profissionais engenheiras, arquitetas e cientistas, ou também englobam as médicas, as advogadas, pedagogas e biólogas? Ah, vale para todas as mulheres? Então por que raios estes dados estão sendo apresentados nesta reportagem? Percebam como contradizem diametralmente o objetivo almejado pelas declarações da ministra que, de acordo com seus próprios termos, induz ao raciocínio de que as mulheres ganham menos do que os homens justamente porque têm dificultado o acesso às "áreas de mais ousadia e inovação".

Entretanto, trechos assim não são colocados em destaque por mera estupidez, conquanto sempre tenhamos de dar aos seus responsáveis o benefício da dúvida. Na verdade, liquefeito, em geral, o senso crítico da grande massa de homens e mulheres, acostumados a balir números que lêem ou ouvem de terceiros sem se dar ao trabalho de interpretá-los, tais índices servem como ingrediente de propaganda subliminar. A coisa toda corre num âmbito subconsciente. Avaliem e confirmem outro flagrante do mesmo texto:

De acordo com a Pnad, as mulheres trabalham em média menos horas semanais (36,5) que os homens (43,9), mas, em compensação, mesmo ocupadas fora de casa, ainda são as principais responsáveis pelos afazeres domésticos, dedicando em média 22 horas por semana a essas atividades contra 9,5 horas dos homens ocupados.

Raciocinemos: se as mulheres trabalham em geral menos horas semanais que os homens, tal como afirma o parágrafo destacado da reportagem, qual a razão de usar a expressão "mas, em compensação, mesmo ocupadas fora de casa" para dizer que são as principais responsáveis pelos afazeres domésticos? Vejam como a expressão incorre numa inversão de lógica e simultaneamente em uma grotesca falsidade: a primeira acontece porque elas trabalham mais em casa justamente porque trabalham menos fora, e não, "em compensação"; destarte, e pasmem, elas fazem isto porque estão em casa, e não "mesmo ocupadas fora de casa". Vamos à prova real: 43,9 - 36,5 = 7,4 e 22 - 9,5 = 12,5. Assim, a maior parte da diferença, cerca de 60%, demonstra isto, sobrando apenas 5,1 horas em que as mulheres trabalham mais do que os homens e que este trabalho se dá em tarefas domésticas (E olhem que nisto está o fim de semana incluído). Entre 12, 5 e 5,1 há uma baita diferença, ou não?

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quinta-feira, 17 de março de 2011

Che Guevara sumiu do Escola Kids


Por Márcio Leopoldo

Escola Sem Partido

Nem o Che escapou. Depois da polêmica em torno do artigo que reverenciava o santo revolucionário, os responsáveis pelo site Escola Kids decidiram transformá-lo no que George Orwell chamou de “impessoa”. O artigo desapareceu do site, ou melhor, nunca existiu. Não deixa de ser coerente, a esquerda revolucionária não se retratava, tinha por hábito apagar; de tudo um pouco. Sumiam fatos, coisas e pessoas. Uma fotografia alterada aqui, um massacre ali e a esquerda revolucionária ia tecendo a história. Esse é o problema com as ideias infalíveis, quando falham “não falharam”.

Em 1940, logo após invadir a Polônia, soldados da União Soviética executaram, estima-se, 22 mil pessoas. Além de ordenar o massacre, as autoridades soviéticas esconderam o “milagre”. Pouco tempo depois culparam os nazista, antigos parceiros na divisão da Polônia. Durante as longas décadas que o seu país ficou sob domínio soviético, os poloneses foram obrigados a esquecer aquilo que sabiam e reconhecer a versão comunista como verdadeira. Convenhamos, foram sensatos. Enquanto o Massacre de Katyn permanecia em sua versão alternativa, Stalin passava a borracha nas fotografias. Mao Tsé-Tung logo dominou a técnica. Segundo as estimativas mais humildes, riscou do mapa 50 milhões de chineses!

A “superioridade” moral das ideias desses revolucionários não é compatível com o que eles realmente fazem na realidade, então é preciso apagar e reescrever. O Millôr Fernandes tem uma frase que, embora simples, capta com precisão a essência do projeto: “O comunismo é uma espécie de alfaiate que quando a roupa não fica boa faz alterações no cliente”. É a Reversal Russa.

E cá estão muitos dos nossos historiadores manipulando a história, tentam – e conseguem – criar no imaginário coisas que não aconteceram e apagar aquelas que realmente aconteceram. Há algo ainda mais sórdido na fábula criada pelo historiador do Escola Kids sobre o Che Guevara, além da manipulação e da mentira, o objetivo ao apresentar esse tipo de conteúdo para crianças (adolescentes) é blindar a imagem do Che para o dia em que essas crianças forem expostas à verdade. É bem provável que nesse dia as pilhas de corpos, os fuzilamentos, os campos de reeducação sejam inócuos para os seus corações e mentes. Talvez até digam um “bem feito” quando de fábula passarem para o escárnio do adversário. Aliás, normalmente o termo não é adversário, mas inimigo do povo.

Há um lado evidentemente positivo no sumiço do Che Guevara do site Escola Kids, antes era a verdade que sofria com a versão idílica do historiador. agora é a mentira que sofre um revés. É um avanço, porém, o melhor seria reconhecer o erro e contar a história verdadeira do Che. Como fizeram, fica parecendo que o artigo nunca existiu. O que realmente nunca existiu, e nisso os responsáveis pelo Escola Kids tem razão, é aquele Che Guevara que estava lá.


A foto acima é um dos clássico exemplos dos retoques fotográficos promovidos pelo stalinismo. Depois do retoque, Trotsky desapareceu da foto.

Fernandes, Millôr. A Bíblia do Caos, p. 109

quarta-feira, 16 de março de 2011

Manifestantes em Teresópolis pedem a saída do prefeito


Por FELIPE CARUSO

Folha Online

Cerca de 300 pessoas fecharam nesta terça-feira a principal rua de Teresópolis, protestaram em frente à prefeitura e à Câmara Municipal, pedindo a saída do prefeito, Jorge Mário Sedlacek (PT).

A Força Nacional, presente na região serrana do Rio desde a tragédia das chuvas de janeiro, que matou cerca de 900 pessoas, utilizou bombas de efeito moral para tentar controlar a população.

(...)

De acordo com os manifestantes, há indícios de corrupção nos contratos assinados após as enchentes.

"Uma vídeo locadora, por exemplo, com capital social registrado em R$ 80 mil e com sede num apartamento residencial se transformou numa empresa de engenharia que fechou contratos de aluguel de máquinas e caminhões por R$ 3,5 milhões", disse um dos manifestantes, o radialista Marcos Vinicius Ramos.

Sedlacek não foi encontrado para comentar as acusações. De acordo com aliados, ele estaria fora da cidade.

O movimento juntou grupos sociais e políticos, que protestavam também contra o sistema de distribuição de cestas básicas, a falta de pagamento de aluguel social, os buracos nas ruas da cidade, e vários outros problemas.

Matéria completa aqui

sábado, 12 de março de 2011

Marx contra Proudhon: derrota

Por Ipojuca Pontes

Ucho.Info

Depois da publicação de “O que é a propriedade?”, sabe-se, Marx tentou aliciar Proudhon, por carta, convidando-o a integrar a corriola do Comitê Comunista de Correspondência, base da futura Liga Comunista (sediada em Bruxelas). Mas na carta, em que pese elogiar Proudhon, o “Doutor do Terror Vermelho” não conseguiu disfarçar o caráter virulento e ataca um discípulo deste, Karl Grun (inventor de mais um tipo de socialismo – o “socialismo verdadeiro”), a quem considera um tipo suspeito. Proudhon não apenas recusa o convite, como defende Grun e adverte Marx quanto ao caráter violento e nocivo do seu dogma revolucionário.

Além do mais, para desconforto dos “socialistas científicos”, Proudhon zomba da dialética hegeliana, considerando-a mera pílula de miolo de pão. Diz ele em “La Guerre et la Paix” (Editora Tops/H. Trinquier. Paris, 2000), obra admirada por Tolstoi e que e o levou a homenageá-la como título do seu romance:

“O equilíbrio instável entre dois termos (tese e antítese), não nasce de um terceiro, mas de sua ação recíproca. A fórmula hegeliana só é uma tríade por prazer ou erro de Hegel, que vê três termos onde só existem dois e que não viu que a antinomia não se resolve. Com o seu sistema, Hegel só chega ao absolutismo governamental, à onipotência, à subalternização dos indivíduos e dos grupos. Pergunto-me se, devido a esta faceta de sua filosofia, Hegel conservou um único partidário na Alemanha”.

E para ampliar o abismo que aprofundou em definitivo a inimizade entre ambos, o anarquista francês cria dialética própria, que rejeita a síntese hegeliana e procura “equilíbrios nas diversidades” e a integração dessas diversidades em “totalidades”. A dialética, que Proudhon chama de “antinômica”, serve como método para a construção do “Sistema de Contradições Econômicas” (Paris, 1846), e permite a um tempo encarar a propriedade como sendo “produto espontâneo da sociedade e a dissolução desta mesma sociedade” ou, o que dá no mesmo, entender que a “propriedade é a liberdade e a propriedade é o roubo”. Como a dialética proudhoniana não admite nenhum tipo de síntese, os elementos antagônicos que movem a história formam “equilíbrios imprevistos” – esses, por sua vez, em permanente estado de ebulição.

Marx acusou Proudhon de nunca ter entendido Hegel, embora ele próprio fosse crítico severo da dialética hegeliana, que achava não passar de mera “manifestação de raciocínio”. Em “Miséria da Filosofia” (1847), resposta ao “Sistema de Contradições Econômicas” (livro que na verdade serve de modelo para “O Capital”), ele dá o troco, à moda da casa, cuspindo no prato que comeu, sem nenhum resquício de respeito ou gratidão. Provavelmente para dissimular a vultosa dívida contraída com o pensamento alheio e esconder a fonte de inspiração em que bebeu, Marx cola na testa de Proudhon a etiqueta de “ideólogo da pequena-burguesia”, a ser repetida indefinidamente pelos acólitos fanatizados. Curiosamente, atribui a Proudhon os seus próprios defeitos, entre eles o de ser um tipo “excessivamente vaidoso” e “pavão prepotente”.

Tudo até aqui levantado não traz nenhuma novidade. A leitura anotada de uma trintena de livros, entre eles os de Marx, poderá levar o interessado a conclusões semelhantes ou parecidas. Na prática, a teoria que envolve o “socialismo científico” de Marx mostrou-se tão pouco científica como qualquer outra e – o que já é lugar comum afirmar – suas “leis”, “tendências” ou “previsões” históricas jamais se cumpriram sequer remotamente. Superado o ciclo do historicismo determinista, e com ele as irrealistas projeções econômicas, os próprios membros da seita trataram de enfiar a viola no saco e partir para a institucionalização da “crítica cultural”, elegendo o infinito conceito da “alienação” como novo objeto de culto. São, por assim dizer, os sanguessugas de Marx, repetindo em bloco o mesmo que o “mestre” fez com Hegel, Feuerbach, Proudhon e tantos outros.

A igreja mais operante dessa nova fauna é, se não já era – ao lado das elucubrações teóricas erguidas pelo templário Antonio Gramsci (1891-1937) em torno da “revolução passiva” -, a Escola de Frankfurt, curiosamente erguida com o dinheiro de Hermann Weil, capitalista e explorador do trigo (e da mão-de-obra barata) argentino. Da cátedra da “Escola”, os seus integrantes mais notáveis (alguns deles filhos de banqueiros e milionários), diante da crescente supremacia do capitalismo, atiram sofisticados petardos contra o que julgam ser a “estrutura dominante“ da sociedade industrial contemporânea. Um dos seus mais destacados mentores, Theodor Adorno (1903-1969) – que morreu de enfarte após uma aluna ter ficado nua na sala de aula para testar o grau de sinceridade do mestre pelas liberdades individuais por ele proclamadas – era taxativo em afirmar (“Dialética Negativa”, 1966), por meio da “ênfase dramática”, que o mundo e as consciências viviam alienados e não tinham mais salvação, apontando a concentração do capital, o planejamento burocrático e a máquina “reificadora” da cultura de massa como forças destruidoras das liberdades individuais (vindo daí, naturalmente, todo o arsenal crítico mais pretensioso contra Hollywood).

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sexta-feira, 11 de março de 2011

ONG ligada ao PC do B terá de devolver R$ 565 mil à União


Por Leandro Cólon

Estadão Online

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou uma organização não governamental (ONG) ligada ao PC do B a devolver R$ 565 mil aos cofres públicos por desvios de recursos do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

"A documentação apresentada encontra-se, em sua maioria, eivada de vícios que a tornam imprópria para fins de prestação de contas de recursos públicos federais", diz relatório de investigação, cujo acórdão foi publicado quarta-feira no Diário Oficial da União.

A entidade punida é a Fundação Vó Ita, com sede na cidade de Arraias, no Tocantins.

O Tribunal de Contas da União incluiu na condenação Antônio Aires da Costa, que era presidente da ONG na época do convênio com o Ministério do Esporte. Ele é filiado ao PC do B, partido do ministro da pasta, Orlando Silva.

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Venezuela está no mesmo caminho da Grécia


Por Veja

Veja.com


Os investidores passaram grande parte do ano passado discutindo quais países europeus sucumbiriam à crise da dívida soberana iniciada na Grécia em 2009. Com o arrefecimento (para alguns apenas momentâneo) das turbulências na Europa, as apostas de uma parcela do mercado dirigiram-se a outro continente: a pujante América do Sul. A afirmação soaria estranha não fosse o fato de essa mesma região abarcar um país que já foi dos mais prósperos e que hoje encontra-se arrasado pelas estripulias de um ditador. A nação, novo alvo de desconfianças, é a Venezuela de Hugo Chávez.

Um relatório da consultoria americana CMA Vision, divulgado em janeiro, mostra que, no último trimestre de 2010, a probabilidade de a Venezuela não cumprir o pagamento de sua dívida externa em 2015 – medida pelo preço dos chamados ‘credit default swaps’, um tipo de seguro contra moratória – estava em 51,4%, perdendo apenas para a Grécia. Na última sexta-feira, o país já tinha alcançado a primeira posição no ranking dos ‘caloteiros’ mais prováveis.

A consultoria inglesa Capital Economics é ainda mais pessimista. Na semana retrasada, seus analistas divulgaram um alerta a seus clientes de que é cada vez maior o risco de o governo venezuelano não pagar a dívida externa de 5 bilhões de dólares que vence em 2012.

Diante desses avisos, a pergunta inevitável é: como Chávez conseguiu fazer com que os investidores passassem a temer a insolvência de um país que é o oitavo produtor mundial de petróleo?

Embora os preços do petróleo tenham atingido recentemente os elevados patamares do período anterior à crise de 2008-2009, a receita proveniente das exportações venezuelanas só diminui. O sucateamento da estatal petroleira PDVSA é a principal causa da diminuição na produção, que passou de 3,5 milhões de barris por dia em 1998, quando Chávez assumiu, para 2,3 milhões em 2010, de acordo com estimativas da Economist Inteligence Unit (EIU). O governo, que manipula os dados oficiais, insiste em dizer que produz 3,1 milhões de barris por dia.

Além de ter de administrar uma produção em queda, Chávez precisa reservar muitos barris para outro propósito. Diante de contas públicas esfaceladas, o presidente venezuelano recorreu em 2008 a um empréstimo de 12 bilhões de dólares concedido pela China. O pagamento é feito justamente em petróleo. A Capital Economics estima que esse acordo tenha reduzido as receitas anuais da PDVSA em 20%, já que limita a quantidade de barris que a estatal pode vender no mercado.

Os dois fatores, combinados com uma política cambial esdrúxula e a hostilidade de Chávez ao setor privado, provocaram uma seca de dólares no país, justamente no momento em que a América Latina enfrenta uma inundação de capital estrangeiro. Diante do problema, o governo venezuelano optou pela saída menos inteligente: endividar-se cada vez mais. De acordo com estimativas da EIU, a dívida pública do país saltou de 14% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 para 30% em 2010. “O governo começou a emitir títulos com muito mais frequência porque não há quantidade suficiente de dólares no país”, afirma o analista Federico Barriga, da EIU.

Uma das medidas tomadas por Chávez para ‘suavizar’ o impacto da fuga de capital foi a redução da oferta de dólares ao setor privado. A solução saiu pior que encomenda. Houve retração das importações, explosão da inflação, estagnação econômica e, conseqüentemente, queda na popularidade do presidente. Há risco de a situação, já insustentável, piorar um pouco mais. É que, com a aproximação das eleições presidenciais em 2012, Chávez pode expandir os gastos públicos, aumentando o descontrole das contas governamentais.


quinta-feira, 10 de março de 2011

TCU confirma fraude em licitação da TV Brasil


Por AG

Site Exame.com

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo aponta uma série de irregularidades, inclusive uso de documento falso e favorecimento, na licitação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do governo federal, que contratou por R$ 6,2 milhões a Tecnet Comércio e Serviços Ltda. Cláudio Martins, filho do ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins, é funcionário da empresa. Segundo o TCU, a Tecnet não poderia disputar a licitação, nem a EBC deveria ter aceito a sua participação.

A auditoria foi concluída no dia 20 de janeiro deste ano pela Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (Sefti) do TCU. O jornal revelou no dia 22 de setembro de 2010 que a Tecnet havia sido contratada no dia 31 de dezembro de 2009 para cuidar do sistema de arquivos digitais da TV Brasil, administrada pela EBC, num processo de licitação com indícios de fraude.

O resultado da auditoria, elaborado após a EBC ser ouvida, aponta que a Tecnet falsificou um atestado para comprovar que atendia aos requisitos da concorrência. A investigação do tribunal afirma ainda que “a empresa Tecnet Comércio e Serviços Ltda. não possui nos dias atuais, tampouco possuía à época da licitação, o sistema de gestão de ativos digitais em consonância com as especificações do instrumento convocatório”.

E continua: “A Empresa Brasil de Comunicação S.A. aceitou sistema de gestão de ativos digitais em desconformidade com os requisitos especificados no termo de referência do Pregão 85/2009, potencialmente lesando direitos de terceiros”.

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Jornalista mostra que a ultra-esquerdista Luciana Genro usa espaço público para interesse particular e recebe dinheiro de grandes empresas


Por Ricardo Setti

Coluna Ricardo Setti

O blog do jornalista gaúcho Políbio Braga traz nota sob o título “Luciana Genro não se intimida e continua usando serviços públicos para seu cursinho particular”, com o seguinte teor:

“A ex-deputada Luciana Genro, principal líder do PSOL no RS e filha do governador Tarso Genro, não se intimidou diante das denúncias feitas aqui, que foram de duas naturezas:

1) recebimento de dinheiro para seu curso pré-vestibular por parte de cinco grandes grupos econômicos, capitaneados pela Icatu Seguros, seguradora que detém o monopólio de todos os seguros do Banrisul, banco estatal subordinado ao império de seu pai, o governador.

2) utilização escrachada de instalações e serviços públicos (Colégio Júlio de Castilhos) para promover inscrições para o seu curso pré-vestibular, em pleno andamento.

O site do curso, chamado Emancipa (duas turmas de 50 alunos cada, com professores bem pagos), foi desenvolvido pela Drops Midia Digital, a mesma que trabalha para a RBS e para uma das agências que fez a campanha do pai de Luciana, a Competence. Clique no endereço a seguir para saber mais sobre o curso: http://www.emancipa-rs.com.br O Twitter é http://twitter.com/emancipa.

A administração do curso fica no antigo comitê eleitoral de Luciana Genro, candidatíssima a vereadora, que faz campanha antecipada: Praça Otávio Rocha, 93, sala 21.

O cursinho de Luciana Genro não tem objetivo apenas didático, mas também político e ideológico, conforme ela mesma confessa. Está tudo inspirado na Associação 19 de Setembro, uma Oscip de São Paulo que ela clona. O Manual dos Professores deixa isto bem claro.”

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quarta-feira, 9 de março de 2011

Bom, mas nem tanto

Por Merval Pereira

Instituto Millenium

Fez bem a presidente Dilma Rousseff em não comemorar excessivamente o crescimento de 7,5% no ano passado do PIB brasileiro, anunciado ontem pelo IBGE, já que seu governo está justamente empenhado em reduzir esse crescimento para conter a inflação. Um crescimento indiano — média de cerca de 6% nos últimos 30 anos — ainda é uma miragem para o Brasil, e qualquer comparação com Índia e China ainda nos deixa muito longe da imagem idealizada de potência global.

E nem precisa ser a comparação com o I e o C dos Brics. Embora tenha ficado no ano passado 2,5 pontos acima da média mundial, superando o crescimento de países desenvolvidos e dos Estados Unidos, o crescimento médio anual do PIB do país no governo Lula foi de 4%, abaixo da média (4,4%) do painel mundial, segundo estudos do economista Reinaldo Gonçalves, professor da UFRJ.

Por outro lado, um dia depois de o ex-presidente Lula, na estreia de sua atividade de palestrante internacional a R$ 200 mil por apresentação, ter rebatido as críticas que recebeu por ter dito que a crise financeira internacional seria “uma marolinha” no Brasil, os dados econômicos mostram que, ao contrário, o Brasil foi dos países mais afetados pela crise em todo o mundo.

O mesmo trabalho de Reinaldo Gonçalves mostra que, no painel mundial, o Brasil ocupa a 85ª posição nessa questão específica.

Dividindo este painel em quatro grupos, verifica-se que o país está no segundo grupo dos mais atingidos. A frágil posição brasileira, que teve uma queda do PIB de 0,6% em 2010, é evidenciada, segundo os dados do economista, quando se leva em conta que a taxa média de variação do PIB do painel é de 0,1%.

Na análise de Reinaldo Gonçalves, o Brasil é um país marcado por forte vulnerabilidade externa estrutural. O passivo externo bruto ultrapassou US$ 1,292 bilhão no final de 2010.

No período 2003-10, houve reprimarização da economia brasileira, inclusive com significativo aumento do peso relativo das commodities nas exportações brasileiras.

Também o professor André Nassif, da Universidade Federal Fluminense e do BNDES, acaba de publicar em livro da Unctad (United Nations Conference on Trade and Development) um trabalho onde avalia os impactos e respostas imediatos da crise de 2008 no Brasil e na Índia, em perspectiva comparada.

Ao contrário do que repete o ex-presidente Lula, foi na Índia, e não no Brasil, que a crise virou uma “marolinha”. O economista defende “com veemência” o uso da política fiscal no início da crise, mas considera que, passada a crise, o ajuste deveria retornar.

A tese do trabalho é que, para prevenir a recessão em um país, a rapidez e a intensidade das políticas fiscal e monetária são fundamentais.

A resposta contracíclica mais rápida e mais agressiva à crise global na Índia do que no Brasil explicaria por que a economia indiana foi capaz de evitar a recessão em 2009.

Na Índia, apesar do alto crescimento do PIB antes da crise, a economia vinha sendo desacelerada desde 2006 com a prioridade do Banco Central indiano de reduzir a inflação.

Entretanto, desde setembro de 2008 o governo mudou radicalmente sua prioridade com o objetivo de preservar o crescimento da economia.

A Índia não apenas teve sucesso em prevenir a recessão, mas também colocaram a economia em condições de retomar o crescimento.

Diferentemente do Brasil, que caiu em recessão em 2009, a Índia foi o segundo país menos afetado pela crise internacional, atrás apenas da China.

O economista André Nassif vê três razões principais para essa resiliência indiana. A Índia ainda seria um país com restrições a investimentos externos, apesar de ser relativamente aberto no mercado de ações.

Além disso, o Banco Central reduziu com rapidez e intensidade as taxas de juros, um essencial sinal para os mercados de que a prioridade era impedir uma redução das atividades
econômicas.

E, por fim, os estímulos fiscais foram adotados mais rapidamente, e também mais radicalmente, do que no Brasil. Segundo o economista, ficou claro que o governo indiano não aceitaria se desviar de uma trajetória de crescimento dos últimos 30 anos para ter um ano de recessão.

Tudo indica, diz o estudo, que os condutores da economia da Índia aprenderam que dar prioridade ao crescimento não é incompatível com a administração responsável de outras variáveis econômicas que preservem o equilíbrio.

Segundo André Nassif, os atuais condutores da economia brasileira parecem convencidos de que esse é o melhor caminho.

No estudo do economista Reinaldo Gonçalves, da UFRJ, no entanto, há a demonstração de que foi fraco o desempenho econômico da era Lula pelos padrões históricos do país.

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sábado, 5 de março de 2011

Sindicatos do Crime


Por Ann Coulter

Os Sindicatos para o Contribuinte: "Você vai ter que apertar o cinto."

Site Dextra

Enquanto Obama embolsa do dinheiro de Wall Street doações históricas para campanhas, os esquerdistas afirmam que os republicanos estão comprometidos com "os ricos". Como quer que seja, é muito mais verdade e muito menos comentado que o Partido Democrata é o partido dos sindicatos do setor público.

E agora, o país assiste impotente os sindicatos do setor público e seus aliados democratas dizerem ao governador de Wisconsin Scott Walker: Belo estado o seu, governador. Que pena seria se alguma coisa acontecesse com ele.

Para os democratas, a função do governo é dar empregos em abundância a pessoas que, sem isto, não seriam contratadas -- porque suas habilidades, seu comportamento ou seu senso de direitos são considerados indesejáveis pelo setor privado. E não, não estou falando só de Barack Obama.

Os democratas usam o dinheiro do contribuinte para financiar um programa de empregos no governo, empobrecendo a classe média e prejudicando as pessoas supostamente ajudadas pelos programas -- mas criando uma vasta classe de eleitores que devem seus empregos aos democratas.

Este é um sistema montado para forçar um aumento dos custos. Olhe para a história de toda entidade onde os funcionários públicos tenham se sindicalizado e você verá que não só os funcionários do Estado recebiam mais, mas também há muito mais deles fazendo um trabalho bem menos útil.

Poderia haver só dois alunos por sala que os democratas ainda estariam fazendo campanha por "turmas de menor tamanho," de modo que o governo fosse obrigado a contratar mais professores para escolas públicas, para disponibilizar pessoal para turmas de um aluno. Para os democratas, a função da educação pública não é educar as crianças; é criar empregos para "educadores."

Esqueça esta bobagem de trabalhadores com sujeira embaixo das unhas se arrastando de um emprego perigoso para outro, com chefes sem coração montados neles para obterem mais produção por salários menores -- estes caras são o que o jornalista esquerdista Harold Meyerson chama de "peso morto."

Estamos falando de funcionários públicos, a maioria dos quais -- quando aparecem para trabalhar -- se sentam em escritórios confortáveis e com ar-condicionado, param o trabalho às 3 da tarde, têm direito a um sem fim de dias de licença médica, feriados e licenças por motivos particulares, cujo desempenho nunca pode ser avaliado e que se aposentam aos 50 anos. (De novo, não estou falando só de Barack Obama aqui.)

Os funcionários públicos são ainda piores do que os vagabundos que vivem da Previdência. Na forma de uma praga tripla para o contribuinte, eles são: (1) abominávelmente caros, (2) impossíveis de se demitir, e (3) encarregados de fazer coisas que você não iria querer que fossem feitas por peço nenhum.

E aí? Adivinha: eu sou do governo e posso queirmar sua garagem até as cinzas por $300!

NÃO! NÃO ESTOU INTERESSADO!

Ok, beleza, vou fazer por apenas $20.

MAS EU NÃO QUERO QUE MINHA CASA SEJA QUEIMADA ATÉ AS CINZAS POR PREÇO NEHUM!

OK: o pessoal com os fósforos e a gasolina vai estar aqui entre 10 da manhã e 5 da tarde, algum dia da semana que vem.

Como tantas outras coisas, como restaurantes veganos e a epidemia do crack, a California lidera o país na destruição pelos sindicatos do Estado.

Os sindicatos e seus fantoches políticos: "Se eu for eleito..."


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sexta-feira, 4 de março de 2011

FARC busca indulto a terrorista


Por Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido

Mídia Sem Máscara

Com singular desdobramento midiático, o diário El Tiempo de Bogotá publicou a entrevista com o delinqüente prófugo da justiça, Yesid Arteta, integrante ativo das FARC, que representa em Barcelona, Espanha, os interesses do grupo terrorista, e evita uma condenação da justiça colombiana por ter assassinado um camponês acusado de violentar uma menina.

Com o habitual cinismo comunista, o terrorista fariano pede que o governo colombiano o indulte dessa acusação e, em troca, lhe proporcione casa, carro e bolsa de estudos, enquanto ele continua dedicado a desestabilizar as instituições colombianas e a buscar na Espanha a legitimação das FARC, em conluio com os cúmplices do grupo terrorista integrados à chamada Frente Internacional.

Este bandido não deveria nem estar no exterior falando mal da Colômbia, nem muito menos como gestor de paz, pois essa é outra das farsas das FARC. Este anti-social deveria estar em uma prisão purgando uma longa condenação, não só pelo crime que cometeu contra o violentador da menina, mas por todas as atrocidades que ordenou ou perpetrou, tanto como cabeça da Frente 29 das FARC nos estados de Cauca e Nariño, ou com o cognome de "Juaco", constituinte no Caquetá.
Em documentos apreendidos pelo Batalhão Diosa del Chairá em 31 de janeiro de 1996 da Frente 14 das FARC, ficou claro que Yesid Arteta ordenou o assassinato de vários camponeses no Baixo Caguán, roubou-lhes as fazendas e entregou estes terrenos a seu próprio irmão que também é integrante das FARC, e que na época cuidava de 16 laboratórios de coca de propriedade dos terroristas em conchavo com um tipo de cognome "Chamizo".

Yesid Arteta também esteve comprometido na instalação de células do Partido Comunista Clandestino (PC3) na região, e para impor o controle impositivo contra o campesinato, decidiu o assassinato de vários agricultores, inclusive um de apelido Chucho Pecas, a quem Arteta roubou pessoalmente sua parcela [de terra].

Os documentos apreendidos do Bloco Sul na referida operação de 31 de janeiro de 1996, na qual também morreu o bandido Arturo Medina, indicam que Yesid Arteta desenvolvia as seguintes atividades narcoterroristas ordenadas pelo Secretariado das FARC:

1. Consolidar as praças de San Antonio, La Máquina e La Unión Peneya para controlar toda a produção de base de coca nestes três locais.

2. Cobrar dos narcotraficantes do cartel de Cali $ 25 mil por quilo de coca, $ 30 mil por cristal de coca, $ 3 milhões por funcionamento de pistas clandestinas de aterrissagem e $ 200 mil dos cultivadores por cada hectare semeado com folha de coca.

3. Levar planilhas de controle por receitas e despesas das FARC (derivadas do narcotráfico).

4. Informar ao Secretariado das FARC, todas as segundas-feiras, as entradas de dinheiro detalhando sua origem.

5. Eliminar o lumpen das bases camponesas, e aplicar a justiça revolucionária (assassinar) aos "sapos", ladrões, violentadores e viciados.

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Fome na Rússia: o socialismo contra a lógica da economia


Por Thiago Bezerra Gomes

Mises Brasil

É possível que o leitor já tenha ouvido algum economista falar da importância da propriedade privada para o bom funcionamento da economia. Ludwig von Mises, um dos maiores economistas da História, demonstrou que sem a propriedade é impossível o cálculo econômico racional.

Os empreendedores estão atentos à demanda dos consumidores. Eles atuam tentando antecipar os preços futuros dos bens e, assim, usam os fatores de produção nesse sentido. Aqueles que obtiverem sucesso lucram e aumentam a eficiência do mercado. Os outros terão prejuízo e serão eliminados, deixando espaço para empreendedores mais eficientes.

Como todas as pessoas possuem meios e fins, esses empreendedores atuam para ajustá-los. Uma pessoa X tem o meio Mx e o fim Fx. Outra Y tem o meio My e o fim Fy. O meio Mx de X faz com que o fim Fy de Y seja alcançado, e vice-versa. Se X e Y souberem da existência um do outro e possuírem informações sobre seus meios, podem intercambiar. A importância do empreendedor é que geralmente ele coordena esses meios e fins.

Agora imagine uma sociedade sem propriedade. Automaticamente, o empreendedor não tem mais como calcular nada segundo o desejo dos consumidores, pois é proibido para ele ter legalmente os fatores de produção. O governo é o dono dos fatores; contudo, ele não possui as características dos empreendedores. "Mas e se o governo também tentar antecipar os preços?" Como Friedrich von Hayek demonstrou, o conhecimento é disperso na sociedade, e há uma categoria dele (do conhecimento) que é não-articulável, ou seja, não pode ser posta em um tipo de "manual". Então, é impossível para o governo antecipar os preços.

O leitor pode imaginar que há características dos mercados que são localizadas. Como o governo pode saber cada detalhe sobre cada meio e fim de todas as pessoas? E, mesmo que soubesse, como pode, no tempo necessário, dar todas as ordens? Sem propriedade privada, a economia não tem como funcionar.

Entretanto, os bolcheviques, ala do Partido Social-Democrata da Rússia do começo do século XX, discordavam totalmente disso. Para eles, seguindo o pensamento de Karl Marx, a propriedade era a origem de toda a exploração humana. Em outubro de 1917, os bolcheviques deram um golpe de estado no Governo Provisório que chegou via revolução em fevereiro (março do nosso calendário). O governo russo antes disso sempre havia sido fortemente intervencionista; o patrimonialismo no país era mais forte e evidente que o de qualquer outra sociedade européia. O monarca não apenas governava, como também era dono de todos os recursos.

Contudo, com o passar do tempo, esse poder foi se afrouxando e a monarquia passou a ceder espaço para o surgimento de um grupo de industriais. Além disso, permitia relativa liberdade aos camponeses e latifundiários. Com a Revolução de 1905 e a introdução do constitucionalismo, diversas leis foram aprovadas regulando a vida e a economia do Império. Mas o movimento socialista, dividido entre socialistas-revolucionários, mencheviques e bolcheviques, foi crescendo até que, em 1917, conseguiram cooptar vários militares e fizeram com que o czar Nicolau II abdicasse do trono.

Na realidade, diferente do que diz a historiografia marxista, até alguns setores conservadores pressionaram Nicolau, que renunciou porque temia que sua permanência no poder fizesse com que a Rússia saísse da Primeira Guerra. Contudo, tais detalhes sobre esses acontecimentos não nos interessam, e sim saber que, durante o czarismo, o governo instituído em 1905 e o em 1917 eram todos intervencionistas, com os dois últimos contando com a participação de socialistas.

Tal excesso de intervenção, misturado com o patrimonialismo russo, acarretou a fragilidade da propriedade privada no país. Muitos pequenos camponeses, em comunas ou não, não tinham respeito pela propriedade dos mais ricos. Inclusive, quando tiveram oportunidade, saquearam e roubaram.

Na realidade, pouco se tinha da noção de propriedade como tinham outros países com legislação mais avançada, como Alemanha e Inglaterra. Os bolcheviques incentivaram uma guerra civil, além de enviarem diretamente homens para aterrorizar o campo. O resultado foi uma terra sem lei, onde roubos não eram apenas tolerados, mas incentivados.

Com o tempo, os camponeses mais pobres sentiram a mão violenta do socialismo: o governo bolchevique, que já era pouco popular, estava enfrentando descontentamento social nas cidades, onde a fome aumentava a cada dia. Um bom governo instituiria um sistema legal com proteção para a propriedade, para aumentar a produção. Porém, obviamente, os socialistas não fizeram isso. Pelo contrário, estabeleceram que os camponeses só podiam ficar com uma parte da produção para consumo próprio e com outra para continuar plantando. Todo o excesso seria recolhido à força. Assim, a violência no campo não encontrou descanso.

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