quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Congresso de Honduras rejeita a volta de Manuel Zelaya à Presidência


Congresso de Honduras rejeita restituição de Zelaya; Lobo respalda decisão

Folha Online

O Congresso de Honduras rejeitou na noite desta quarta-feira a volta de Manuel Zelaya à Presidência, pondo um fim ao acordo de Tegucigalpa/San José assinado por ambas as partes como saída à crise política. O novo presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, do opositor Partido Nacional, respaldou a decisão do Parlamento.

Com uma votação por ampla maioria, incluindo os colegas do Partido Liberal, Zelaya foi proibido de retornar ao poder até o fim de seu mandato --em 27 de janeiro de 2010.

Para ser restituído, Zelaya precisava dos votos de 65 dos 128 deputados do Congresso Nacional. No total, 111 deputados votaram contra e apenas 14 a favor. Três deputados não compareceram à votação. Os votos a favor vieram de alguns colegas do Partido Liberal e outros da Unidade Democrática (UD).

A bancada do Partido Nacional votou em bloco contra Zelaya, segundo o líder do grupo conservador, Rodolfo Irías Navas.

O Congresso rejeitou assim o ponto cinco do acordo assinado pelas delegações do presidente deposto e do governo interino de Roberto Micheletti, no dia 30 de outubro, sob patrocínio dos Estados Unidos. O acordo, contudo, já havia sido rejeitado por Zelaya em 6 de novembro --depois do fracasso da formação do governo de unidade e do adiamento da votação do Congresso para depois da eleições de 29 de novembro.

O presidente deposto chamou a decisão do Congresso de "vergonha nacional" e "punhalada armada na democracia", em uma entrevista a rádio Globo, na qual se disse "decepcionado" com a atitude do presidente eleito, que pertence ao Partido Nacional.

"Zelaya já é história", afirmou mais cedo Micheletti em entrevista ao Canal 10 de TV. Ele reassumiu a presidência na quarta-feira, depois de ter passado uma semana afastado para não perturbar as eleições. "O povo respondeu todas as perguntas, como ele havia exigido", completou.

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