sábado, 31 de outubro de 2009

Denúncia do governo colombiano contra as FARC

Colômbia denuncia suposto plano das Farc para matar juiz equatoriano
Folha Online


A Colômbia denunciou neste sábado um suposto plano da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para assassinar um juiz equatoriano e impedir a normalização das relações diplomáticas entre os governos de Bogotá e Quito.

A denúncia surgiu no momento em que os dois países buscam restabelecer os vínculos, um processo paralisado pela decisão do magistrado equatoriano de investigar o comandante das Forças Militares da Colômbia, o diretor da Polícia e um ex-comandante do Exército.

"As Forças Militares da Colômbia receberam informações de inteligência confiáveis que indicam que o grupo narcoterrorista das Farc, que opera na zona sul do país, na fronteira com o Equador, planeja realizar nos próximos dias uma ação terrorista para atentar contra a vida do dr. Daniel Méndez Torres, juiz de Sucumbíos", disse um comunicado.

"Os terroristas planejam se passar por outros grupos criminosos, buscando perturbar o processo de normalização diplomática com o país vizinho e tentando envolver de alguma maneira as autoridades colombianas", disse o Ministério da Defesa em um comunicado.

O ministro da Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, disse que entregou a informação às autoridades do Equador com o objetivo de frustrar o plano que classificou como "macabro".

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Tentativa fracassada de melhorar a imagem de Stalin na Rússia


Tribunal russo rejeita ação de neto de Stalin contra jornal

BBC Brasil

Um tribunal de Moscou rejeitou nesta terça-feira uma ação apresentada pelo neto de Joseph Stalin contra um jornal russo que ele acusava de ter difamado o ex-líder[ditador] soviético.

Yevgeny Dzhugashvili disse que um artigo publicado na Novaya Gazeta, que afirma que Stalin pessoalmente ordenou a morte de cidadãos soviéticos, seria mentiroso.

Ele queria uma indenização e um pedido de desculpas do jornal, que faz oposição ao governo russo.

O artigo publica o que diz serem documentos secretos com ordens de assassinatos que teriam a assinatura do próprio Stalin. Mas o neto afirma que seu avô nunca ordenou diretamente nenhuma morte.

Dzhugashvili tem cinco dias para apelar contra a decisão.

A imprensa russa diz que os motivos que levaram o tribunal a rejeitar a ação de Dzhugashvili vão ser divulgados posteriormente.

O caso é visto por muitos como parte de uma campanha do Kremlin para reabilitar a reputação do ex-líder.

Stalin, que sucedeu Lênin e se tornou o segundo líder da União Soviética, foi o secretário-geral do Partido Comunista do país de 1922 a 1953, quando morreu.

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O meteoro Obama


Por Luis Dufaur

Catolicismo.com.br

Obama entrou no cenário político como um astro pouco conhecido, ao menos no Brasil. Iluminado pela mídia, seu brilho foi inusual. Mas também foi incomum a rapidez com que começou a apagar-se. Agora, entra em fricção a toda velocidade com o duro chão da realidade.

“Obama está vendo suas promessas virarem cinza”, afirma o “The Wall Street Journal”, o qual constata “audiências populares iradas, queda no índice de aprovação e a crescente oposição à sua proposta de reforma do sistema de saúde”; e conclui: “Crescente número de americanos está se voltando contra o presidente, inclusive eleitores que ele conquistou durante a campanha”.(1)

Obama parece ter adquirido características de anti-Teflon: tudo parece colar nele. O caso dos “painéis da morte” é típico. Vejamos.

O presidente quer implementar a reforma do sistema da saúde, contida em cinco projetos que preenchem aproximadamente 2.000 páginas. A oposição extraiu de um parágrafo impreciso a suspeita de que o projeto criaria “tribunais da morte”. Quando o usuário atingisse certa idade, tais “tribunais” decidiriam se ele merece viver ou se lhe seriam negados auxílios para a sobrevivência. Imagine-se o leitor indo a um hospital para ouvir tal sentença...

A suspeita assustou o público. Doentes e não-doentes ficaram apavorados. Para acalmá-los, os congressistas democratas tentaram explicar o projeto em reuniões públicas nas prefeituras. O resultado foi o caos: idosos agastados, cartazes incendiários, empurra-empurra, agressões verbais, intervenções policiais. Num discurso do presidente no Arizona, um eleitor, amparado pela lei estadual, compareceu ao evento levando um fuzil automático nas costas, em sinal de desagrado. Acusaram também o projeto de financiar o aborto.

A reforma da saúde transformou-se em guerra ideológica. Proliferaram cartazes, panfletos, clips, charges, atos e passeatas públicas com frases e desenhos agressivos: “Obama socialista”; “Obama comunista”; Obama com bigodinho de Hitler, com boina do Che Guevara ou em cartaz “soviético” com caracteres cirílicos.

Diante da reação, o presidente moderou os projetos, prometendo até que a reforma não financiaria o aborto. Acabou ateando o incêndio na própria casa. Para Paul Krugman, um dos incondicionais defensores do “meteoro”, Obama “está surpreso com a reação furiosa dos progressistas”(2) irados com tais concessões.

Há poucos meses, Obama era tido como messias, o deus ex-machina destinado a superar a polarização ideológica que, em boa medida, paralisa a marcha revolucionária mundial. Hoje, tornou-se um fator radicalizador de antagonismos!

Postos-chave do governo não foram ainda preenchidos. Por exemplo, os relativos à América Latina e à embaixada no Brasil. Pesam ainda escândalos de funcionários nomeados que acabaram renunciando. Van Jones, conselheiro em política ambiental, demitiu-se após atos grosseiros no exercício de suas funções.(3) Outras nomeações não foram ratificadas pelo Senado, não obstante o governo ter maioria.

Mais sintomas de polarização
Em agosto, pesquisa da Gallup alertava que Obama “não só torrou todo seu capital político, como entrou no vermelho”.(4)

As ameaças ao chefe de Estado americano cresceram 400%, segundo o estudioso Ronald Kessler. A perspectiva é inquietante num país onde houve tantos atentados a presidentes.

A audiência da emissora conservadora Fox subiu 24%, a da progressista MSNBC 10%, enquanto a centrista CNN perdeu 22%, segundo o instituto de pesquisas Nielsen.(5)

Os três livros no topo da lista de best-sellers não-ficção do “New York Times” são políticos e conservadores. Entre os dez primeiros não há nenhum de autor esquerdista.(6)

Pelo menos 790.000 cidadãos reuniram-se em tea-parties (assim denominadas em alusão à destruição de fardos de chá britânico, como protesto contra os impostos, que serviu de estopim para a guerra de independência) em inúmeras cidades, para clamar contra novos impostos. Em mais um exemplo do fenômeno anti-Teflon, a perspectiva de aumento de impostos indispôs largos setores da opinião americana contra o governo democrata.(7)

Setembro de pesadelo

Se agosto foi ruim para Obama, setembro virou pesadelo. O astro cadente tentou começar bem o mês com um discurso a ser reproduzido nas escolas por ocasião do início das aulas. Porém, pais e mães assustados denunciaram “o novo Saddam Hussein”, “o Kim Jong-il”, “o Stalin” ou “Big Brother” que desejaria doutrinar seus filhos no sentido socialista e afastá-los da influência familiar!(8) O presidente recuou, publicando previamente um pouco expressivo speach.

No Congresso, em solene sessão para as duas casas legislativas, fez a apologia da reforma da saúde, visando “reverter a maré de baixa popularidade”:(9) “Acabou o tempo de disputas, não há mais tempo para jogos”, disse Obama. Mas, ao afirmar que o plano não previa cobertura para imigrantes ilegais, ouviu-se: “Mentiroso!”(10) Foi a exclamação de um congressista republicano, algo muito grave para deputados no país. Fez-se um embaraçoso silêncio, logo interrompido pelas palmas de vários democratas. Para a grande mídia, o discurso teria granjeado sensíveis quotas de aprovação ao polêmico projeto.

Três dias depois, autêntica maré humana invadiu os arredores do Capitólio, carregando cartazes no estilo “Obama socialista”. A mídia “tapou o sol com a peneira”. O “New York Times” constatou apenas “milhares” de manifestantes; o “Washington Post”, menos irrealista, “dezenas de milhares”; e esses números foram ecoados, sem análise crítica, por grandes jornais brasileiros. Para os organizadores, porém, compareceram 1,5 milhão. Após conferir fotos de satélites, a estimativa final ficou acima de 850.000. Portanto, pode ser considerado um ato histórico.

A manifestação patenteou o grau de galvanização e a amplitude da reação. Manifestantes de quase todos os estados repudiaram um vasto leque de iniciativas governamentais, da reforma da saúde aos impostos, enquanto outros defenderam a vida, a família e a religião atacadas pela política do “meteoro”.(11)

O impacto da estrela cadente com o conservadorismo americano está sendo impressionante. Qual será o resultado de tudo isso? Quando os abalos resultantes do choque amainarem, poderemos saber se Obama perpetuará sua hegemonia, ou se, abalado pelas fortes reações, ficará rachado. É difícil prever o que sobrará das legiões de espíritos esquerdistas, que engrossam a cauda do “meteoro” Obama.

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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

MERKEL RECOMEÇA


Por Márcio Coimbra

DiegoCasagrande.com.br

Angela Merkel foi empossada para seu segundo termo pelo Presidente da Alemanha, Horst Koehler, depois de receber 323 votos favoráveis a formação de seu governo no Bundestag.

Ela começará um audaz projeto de reformas, impulsionado principalmente pelo seu parceiro de coalização, o FDP, liderado pelo agora vice-chanceler, Guido Westerwelle. Para começar, já foi anunciado um brutal corte de impostos, de cerca de 24 bilhões de Euros.

O projeto, logicamente, não tem apoio dos socialistas, que buscam manter a carga tributária elevada e assim deixar o Estado responsável pela indução do desenvolvimento e de políticas assistencialistas e clientelistas, responsáveis pela letargia e ostracismo na economia. Mas o plano de Merkel e Westerwelle é exatamente o oposto, deixar o dinheiro dos contribuintes alemães em suas próprias mãos para que cada alemão decida o que fazer com seus próprios recursos.

Seu projeto já foi apoiado publicamente por Sarkozy, que vê na medida a única forma de a Alemanha diminuir seu enorme deficit, gerado por um Estado pesado e ineficiente que cobra mais impostos do que devia.

Como vemos, Merkel recomeçou muito bem seu segundo mandato, agora em coalizão com seus verdadeiros parceiros políticos. Os parceiros do FDP trouxeram novos e saudáveis ares para o governo.

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Bolsa Família versão argentina


Kirchner cria bolsa família para a Argentina

Dcomércio.com.br

Agência Estado

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta quinta-feira a distribuição de 180 pesos (cerca de R$ 90) para as crianças e adolescentes de até dezoito anos, filhos de pais desempregados ou que estejam na economia informal e não ganhem o suficiente para suas necessidades básicas.

O programa tem traços com o bolsa família brasileiro, já que exige a frequência na escola, além de comprovante de vacinação das doenças comuns no país para aqueles que têm até quatro anos.

"Eu estaria mentindo se falasse que com essa ajuda estamos acabando com a pobreza na Argentina. Mas esta é uma forma de socorrer aos mais carentes", afirmou a presidente, em rede nacional de rádio e de televisão.

Cristina destacou ainda que o "trabalho é o único instrumento" capaz de melhorar a vida das pessoas. Segundo ela, para isso o governo vai continuar "trabalhando" para que sejam geradas mais atividade industrial e comércio no país.

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MST afronta a sociedade brasileira

"Vai faltar cadeia para invasores", diz MST em ato no interior de SP

Folha Online

Agência Folha

Em um ato organizado nesta quinta-feira pelo MST próximo da fazenda da Cutrale, em Iaras (SP), que foi desocupada no dia 7 de outubro, lideranças do movimento disseram que "vai faltar cadeia" caso a polícia prenda todos as pessoas que participam de invasões nos país.

"A polícia vai ter que prender muita gente e outros que ainda vão vir para a região. Vai faltar cadeia para prender todo mundo", disse Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).

O ato contou com cerca de 800 pessoas, segundo o MST, e foi realizado à tarde dentro do assentamento Zumbi dos Palmares. Do local, é possível avistar a plantação de laranja da fazenda da Cutrale.

O MST diz que ato foi "em defesa da reforma agrária e contra criminalizarão dos movimentos sociais"[Movimento Social um pinóia! Movimento Criminoso!]. Participaram sindicalistas, representantes do PSOL, PT e PC do B, estudantes universitários, além de integrantes do movimento e integrantes dos três assentamentos da região.

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Argentina de Kirchner ataca a imprensa


Por Mary Anastasia O'Grady

OrdemLivre.Org

Uma das formas de um presidente subir em popularidade em uma economia em crise é lutando pelo controle do banco central e começando a imprimir muitos pesos. Não há nada como financiamento barato para restaurar o entusiasmo do mercado por comprar todo tipo de coisa — de ações a casas —a a preços de queima de estoque.

A grande reflação vai fazer as pessoas se sentirem ricas de novo. Uma moeda fraca vai ser também uma benção a curto prazo para os exportadores, cujos lucros então poderão ser tributados a taxas ainda maiores. Quem reclamar será denunciado por sua ganância.

É claro que essa máquina de movimento perpétuo vai eventualmente enguiçar, e, quando isso acontecer, um governo com esperança de sobreviver sentirá a necessidade de silenciar seus críticos. Pergunte aos argentinos, por exemplo, que estão vivendo tudo isso em tempo real.

Depois de mais de cinco anos de pesada intervenção do governo na economia, a Argentina está de novo escorregando para a recessão. Uma taxa de inflação de dois dígitos está se dirigindo para cima, e o governo está ficando sem dinheiro. Em resposta, a Presidente Cristina Kirchner está caindo em cima da imprensa livre. Os argentinos se perguntam se sua democracia vai sobreviver. É importante lembrar a história de como a Argentina chegou nesse ponto. A economia estava prostrada epois do colapso da "convertibilidade" de 2001-2002, o esquema monetário que equiparava o peso ao dólar. Uma nação desmoralizada procurava um redentor.

Acreditou tê-lo encontrado em Néstor Kirchner. Ele se tornou presidente em 2003 e pôs-se a restaurar o modelo de economia gerenciada pelo estado de Juan Peron; o mercado, argumentava, havia falhado. Kirchner assumiu o controle do banco central. Demonizou o setor privado e os investidores. Usando controles de preços, subsídios e regulamentação, ele se tornou um Robin Hood para as massas. O legislativo concedeu-lhe poderes extraordinários.

A economia se recuperou, como seria o esperado após uma brusca contração, e em 2007 sua esposa foi eleita presidente, com 45% dos votos.

Agora os ilusionistas estão perdendo o jeito. Não só a economia está azedando, como, de acordo com as pesquisas, a nação está perdendo a paciência com o que muitos consideram os abusos de poder do "primeiro casal".

Quatro exemplos servem para demonstrá-lo: primeiro, quando Cristina Kirchner atacou o setor agrícola no ano passado, por ter resistido ao seu plano de impor altas taxas de exportação sobre suas colheitas, a nação se reuniu na defesa dos agricultores, para sua surpresa. Segundo, sua decisão de confiscar contas de aposentadoria privadas foi ruidosamente denunciada como uma violação do estado de direito. Terceiro, há uma crença generalizada de que seu governo esteja usando o serviço de inteligência nacional para colher informações sobre os "inimigos" da presidente. Quarto, a maioria esmagadora dos argentinos se ressente dos privilégios e do estilo de vida exuberante da família da presidente, que contrasta com a queda acentuada nos padrões de vida nacionais.

Essa insatisfação popular apareceu nas pesquisas nas eleições intercalares de junho, quando a ala de Kirchner no Partido Peronista perdeu feio. Seu marido nem sequer conseguiu vencer em sua candidatura a uma cadeira na Câmara representando a província de Buenos Aires, supostamente um baluarte do casal.

Kirchner e seu marido decidiram que perderam por causa da má cobertura da imprensa. Estão particularmente desapontados com a empresa Clarin, que, embora os tenha apoiado antes, agora é uma crítica declarada. Em comentários públicos, o Sr. Kirchner frequentemente insinua que o governo está analisando a empresa para verificar se esta não precisa de cortes. Em setembro, as autoridades fiscais fizeram uma batida nos escritórios de Buenos Aires do jornal diário da companhia. As autoridades depois publicaram um pedido de desculpas pela incursão, mas o jornal sustenta que foi um ato de intimidação. No entanto, o problema da má imprensa para os Kirchner vai muito além da Clarin. Conforme o modelo econômico antimercado começa a derrapar, a nação se volta contra seus arquitetos, e uma imprensa livre não ficará em silêncio. É por isso que a presidente forçou ao legislativo a aprovação de uma lei de mídia, há duas semanas, criando uma nova junta reguladora "audiovisual", controlada pelo executivo.

A lei também dá ao executivo controle sobre o licenciamento do espectro de rádio e reserva pelo menos dois terços deste para emissoras estatais e não governamentais aprovadas pelo executivo. Existe a preocupação de que Kirchner esteja agora se preparando para ir atrás do maior fornecedor doméstico de papel de jornal, e que comece a usar o licenciamento de importações para controlar o acesso a produtos estrangeiros.

Hugo Chávez se tornou um ditador na Venezuela sob a guisa da democracia, e também ele encerrou a livre imprensa. Os argentinos estão preocupados.

Na semana passada, no jornal La Nación, o filósofo e escritor Santiago Kovadloff resumiu o sentimento da oposição sobre a forma como o governo vem usando "a lei" para consolidar seu poder: "A lei se tornou uma ferramenta para a corrupção", escreveu. "O executivo a colocou a seu serviço, e a manipula habilmente." E como fica a sociedade? "A insegurança não é mais uma ameaça. Já estamos na selva."

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Aprovação da entrada da Venezuela no Mercosul


Comissão aprova ingresso da Venezuela no Mercosul; veja como cada senador votou


A CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado aprovou nesta quinta-feira, por 12 votos a 5, o ingresso da Venezuela no Mercosul.

Apesar da pressão de senadores oposicionistas contra a adesão do país presidido por Hugo Chávez no bloco econômico, o governo tinha maioria na comissão para garantir a aprovação do voto em separado do senador Romero Jucá (PMDB-RR) --favorável ao protocolo de ingresso do país no Mercosul.

Antes de aprovar o voto de Jucá, a comissão rejeitou o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), contrário ao ingresso da Venezuela no Mercosul.

Veja abaixo como votou cada integrante da Comissão de Relações Exteriores do Senado sobre o ingresso da Venezuela no Mercosul.

A favor do ingresso da Venezuela no Mercosul:

Eduardo Suplicy (PT-SP)

Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)

João Ribeiro (PR-TO)

João Pedro (PT-AM)

Pedro Simon (PMDB-RS)

Francisco Dornelles (PP-RJ)

Romero Jucá (PMDB-RR)

Paulo Duque (PMDB-RJ)

Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR)

Flavio Torres (PDT-CE)

Renato Casagrande (PSB-ES)

Inácio Arruda (PCdoB-CE)

Contra o ingresso da Venezuela no Mercosul:

Heráclito Fortes (DEM-PI)

Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

José Agripino (DEM-RN)

Arthur Virgílio (PSDB-AM)

Tasso Jereissati (PSDB-CE)


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Relator da ONU é expulso do Zimbábue


Relator da ONU detido no Zimbábue é expulso do país




EFE


O relator especial das Nações Unidas sobre a Tortura, Manfred Nowak, detido ontem no aeroporto da capital do Zimbábue, foi expulso hoje do país e enviado a Johanesburgo, informaram fontes do Movimento para a Mudança Democrática (MDC).


Um assessor do primeiro-ministro zimbabuano, Morgan Tsvangirai, que falou à EFE em anonimato, disse que "é provável que Nowak tenha embarcado num voo para Johanesburgo na manhã de hoje".


Nowak foi detido ontem ao tentar visitar o Zimbábue para analisar, durante uma viagem de oito dias, a situação dos Direitos Humanos no país depois que várias ONGs denunciassem torturas contra ativistas por parte das forças da ordem, controladas pelo partido do presidente, Robert Mugabe.


O oficial da ONU tinha sido convidado pelo Governo do Zimbábue a visitar o país até 4 de novembro, mas, no último minuto, quando já estava em Johanesburgo em trânsito, rumo a Harare, lhe solicitaram que não viajasse ao país, segundo comunicado da ONU divulgado em Genebra.


As autoridades zimbabuanas argumentaram que não podiam receber ao relator nas datas propostas devido ao processo de consultas entre o Governo de união nacional (que sofre uma grave crise) e a Comunidade para o Desenvolvimento da África Meridional (SADC).


No entanto, ontem o primeiro-ministro do Zimbábue e líder do MDC, Morgan Tsvangirai, estendeu um convite pessoal ao relator especial da ONU, que seguiu viagem e chegou ontem à noite ao país, mas os funcionários de imigração não lhe permitiram a entrada.


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Grave ameaça à liberdade


Por Heitor de Paola




A estratégia do Foro de São Paulo, embora ainda muito forte e vitoriosa, começa a fazer água em alguns pontos da estrutura. Nada ainda decisivo, embora os sinais de alarme já estejam soando em vários países da Iberoamérica.


E no Brasil de São Lula, o Bem Amado? Parece-me que passou despercebida uma imensa ameaça que paira sobre nossa liberdade e a divisão de poderes: a condenação de Lula aos poderes fiscalizadores da República, particularmente ao Tribunal de Contas da União - isto um dia depois de dizer que a função da imprensa é informar e não fiscalizar. Logo após o indiciamento por ordem do TCU de 22 pessoas acusadas de fraude por superfaturamento (R$ 239 milhões) nas obras do PAC, Lula criticou duramente o órgão. Reclamou do rigor dos auditores, dizendo que "é difícil governar o País com a máquina de fiscalização atual e ameaçou divulgar um 'relatório de absurdos' com relação a obras interrompidas sem motivo razoável (segundo O Globo, 24/10/2009).


Além de querer se sobrepor ao TCU determinando ele mesmo o que é e o que não é razoável, competência exclusiva dos órgãos de fiscalização, ainda os ameaçou, defendendo "punição para quem determina a paralisação de obras" por razões que ele, Lula, não "considera corretas"! Se esta não é uma atitude ditatorial não sei mais o que seja. Que pretende Sua Excelência? Mandar prender os Desembargadores do TCU? Trocá-los por outros, ao estilo comunista explícito? Extinguir o órgão?


Não, Lula pode ser iletrado, mas é muito esperto e tenta disfarçar seus propósitos totalitários através da sugestão de uma "Câmara Inatacável". Com seu característico linguajar de botequim defendeu e definiu vagamente esta Câmara "Pessoas às vezes de 4º escalão resolvem que não pode e acabou. Não existe um fórum. Se for para a Justiça demora muito tempo, anos. Precisamos criar instrumentos em que estas coisas, na hora de decidir, na hora que alguém entender que uma obra tem que parar, tem que ter uma câmara, alguma coisa de nível superior, tecnicamente inatacável, para decidir. Porque senão o País vai ficar atrofiado".


Examinando os termos que coloquei em itálico:


Pessoas de 4º escalão: Ministério Público local e Juízes de Primeira Instância a quem cabe fiscalizar as obras locais. Com quatro palavras Sua Excelência atacou o cerne da descentralização do poder, a base do rule of Law e o fundamento das liberdades individuais. Como, no dizer de Lula, não existe curso para Presidente por isto não fez curso algum, ele não aprendeu que nos países civilizados em que impera o rule of Law, um único cidadão pode paralisar qualquer obra que julgue prejudicá-lo - por mais honesta que seja - até ser julgada sua ação pelo Poder Competente: a Justiça.


Justiça (morosa): sim, todos têm queixas da morosidade da Justiça brasileira, mas "ruim com ela, pior sem ela"! Gostemos ou não é ela que tem as funções de fiscalização e decisão sobre assuntos de sua competência. Mas Sua Excelência, julgando-se predestinado a acelerar o crescimento - pura balela eleitoreira! - não quer se submeter a ela e sugere substituí-la por alguma outra "coisa".


Alguma coisa de nível superior, tecnicamente inatacável: sugere Vossa Excelência sobrepor-se a Montesquieu, Tocqueville e outros da mesma estirpe, criar um quarto poder por considerar que os três existentes lhe barram o caminho para o poder total? Quem escolheria esta 'coisa' técnica? Quem nomearia seus integrantes? Os 'predestinados' como Sua Excelência? Ou seria 'uma coisa democrática', eleita ou referendada em plebiscito pelo povo alimentado pelo Bolsa Família?


A idéia de uma 'coisa' técnica é a eliminação total da política e da juridicidade, ideal de todas as ditaduras. Seria algo assim como o GOSPLAN, o Comitê Estatal de Planejamento, órgão cuja principal função era o estabelecimento dos Planos Qüinqüenais soviéticos - o PAC comunista -, cuja função inicialmente era só consultiva e posteriormente se tornou um órgão todo-poderoso? Ou o Ministério de Obras Públicas do III Reich que implementou o PAC nazista?


Estranho que ninguém tenha se dado conta do grave perigo que corremos no país natal do Foro de São Paulo.


Terrorismo de esquerda em Honduras


Polícia hondurenha denuncia suposto plano terrorista da esquerda radical




EFE


A Polícia Nacional hondurenha denunciou hoje um suposto plano da esquerda radical para assassinar e sequestrar empresários e membros desse corpo e das Forças Armadas, mas não relacionou essa informação diretamente com os crimes deste tipo ocorridos nos últimos dias no país.


"Nós confiscamos e temos em nosso poder um plano que eles tinham e que, de forma alguma, planejavam (...) a eliminação de policiais e o sequestro de empresários, e eliminação de oficiais das Forças Armadas", disse o comissário da Polícia Nacional, Danilo Orellana, à emissora "HRN".


O Ex-Ditador Fidel Castro ainda interfere nas decisões


Fidel ainda bloqueia mudanças em Cuba, diz irmã do ex-ditador




Reuters


Fidel Castro ainda influencia o governo do presidente Raúl, seu irmão, e impede quaisquer mudanças na direção de uma abertura democrática em Cuba, disse nesta terça-feira a irmã mais nova do ex-ditador cubano, que vive exilada em Miami.


Juanita Castro, de 76 anos, que nos seus 45 anos de exílio tem sido uma crítica permanente do governo comunista dos irmãos em Cuba, revelou nesta semana que colaborou com a CIA por três anos antes de deixar a ilha em 1964.


A revelação, feita em seu livro de memórias "Fidel and Raul, My Brothers, the Secret History" (Fidel e Raúl, meus irmãos, a história secreta), lançado na segunda-feira, acrescenta um aspecto desconhecido à saga da família Castro, que tem se entrelaçado de perto com a história de Cuba desde que a revolução de 1959, liderada por Fidel, atraiu a atenção do mundo.


Enfraquecido pela idade e por problemas de saúde, Fidel, de 83 anos, transferiu no ano passado a presidência de Cuba para seu irmão mais novo, Raúl, de 78 anos. O irmão caçula é menos carismático, mas bem mais pragmático do que Fidel.


Juanita Castro, que não fala com os irmãos desde que deixou Cuba em 1964, disse acreditar que Fidel ainda está influenciando a liderança de Cuba, mantendo no lugar o sistema de partido único, comunista, que ele estabeleceu com firmeza. Ele ainda mantém o poderoso posto de primeiro-secretário do comitê central do Partido Comunista cubano.


"Há duas pessoas governando Cuba atualmente, [Raúl] não é o único na direção, Fidel também está dirigindo de sua cama de doente, de seu retiro, ele também está em posição de decidir," disse ela à agência de notícias Reuters em entrevista em Miami, onde mora.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Nova base de lançamento de mísseis na Coréia do Norte


Coreia do Norte inaugura base de lançamento de mísseis




A Coreia do Norte concluiu a construção de uma nova base de lançamento de mísseis, mais sofisticada e de maiores proporções, a partir da qual tem condições de disparar projéteis intercontinentais, informou nesta segunda-feira, 26, a agência Yonhap. Fontes oficiais disseram à Yonhap que a base de Dongchang-ri é três vezes maior que a de Musudan-ri, a partir de onde a Coreia do Norte lançou em abril um foguete intercontinental, o que foi condenado pela ONU.


Para os governos dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, o regime comunista de Pyongyang provou com o lançamento de mísseis Taepodong-2 que tem capacidade de atingir, com um alcance de 3 mil quilômetros, a costa ocidental dos EUA. Dongchang-ri fica a 200 quilômetros ao oeste de Pyongyang e a 70 quilômetros da usina nuclear de Yongbyon, que o regime comunista afirma estar reativando após ter iniciado em 2007 sua desativação.


Conforme as autoridades oficiais, a conclusão da nova base representa um avanço no desenvolvimento do programa de mísseis balísticos. Da nova base podem ser lançados mísseis intercontinentais com um alcance de 5 mil quilômetros, segundo a Yonhap. Durante o ano, a Coreia do Norte lançou mísseis de curto alcance a partir da base de Musudan-ri, na província setentrional de Hamgyeong. Os últimos projéteis foram lançados em outubro durante manobras militares de rotina.


População venezuelana cada vez mais descontente com Chávez


Confiança em Chávez diminui entre venezuelanos, diz pesquisa




EFE


A confiança dos venezuelanos no governo do presidente Hugo Chávez diminuiu, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira, que também aponta uma queda de apoio à oposição.


A pesquisa --feita pelo instituto Datanálisis entre 23 de setembro e 8 de outubro em nível nacional-- mostra uma queda na confiança em Chávez em todos os setores da sociedade, especialmente entre os mais pobres, onde o recuo chega a 15 pontos.


Perguntados sobre em quem votariam se a eleição fosse amanhã, 51% dos entrevistados preferiram não responder, enquanto 17,2% disseram que votariam em Chávez, margem muito menor na comparação com os 31,1% que afirmaram o mesmo em setembro.


A pesquisa reflete que 21,5% dos indagados se definem como pró-governo --uma queda de 10,5 pontos que se centra, sobretudo, entre os mais pobres, habitualmente considerados mais chavistas.



Chávez aparelha politicamente o judiciário venezuelano


Relatório acusa Chávez de manipular o Judiciário




Por Denise Chrispim Marin


O Relatório O Estado Bolivariano do Não-Direito, elaborado pelos advogados Robert Amsterdam, de Toronto, Gonzalo Himiob Santomé e Antonio Rosich, de Caracas, adverte que o Judiciário da Venezuela funciona razoavelmente bem, mas somente para os propósitos do governo de Hugo Chávez. Como resultado desse modelo, há 62 presos políticos e 250 estudantes, que se manifestaram contra Chávez, estão sendo processados.


"O governo Chávez transformou o sistema penal em um instrumento arbitrário que serve aos interesses do governo", diz o texto. "A metodologia de Chávez inclui deixar os casos políticos a cargo de um seleto grupo de procuradores obedientes, falsificação de acusações de crimes comuns, manipulação de provas (incluindo subornos e tortura), recusa de provas da defesa, violações flagrantes de procedimentos devidos e prisão arbitrária prolongada."


O documento afirma ainda que os opositores são alvos recorrentes de perseguições morais e políticas e de agressões físicas. Milícias civis se encarregam de ações violentas contra alvos da oposição. Em vez de punidas, as ações violentas, em geral, são elogiadas por autoridades. Entre esses grupos, o La Piedrita, de Caracas, assumiu a responsabilidade por vários atos e se mantém afinado à Unidade Popular Venezuelana, bando de motociclistas armados.


De acordo com o relatório, o sistema jurídico da era Chávez vigora em detrimento das reações da comunidade internacional. Entre 1999 e 2009, o relatório contabilizou 152 reclamações contra a Venezuela na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Desse total, 52 foram aceitas pela Comissão, mas ignoradas por Chávez.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A pior recessão?


Por Richard W. Rahn




Será a atual recessão a pior desde a Grande Depressão? Apesar de o presidente, muitos membros do Congresso e muitos jornalistas repetirem continuamente que estamos vivendo a pior recessão desde a década de 1930, afirmar isso é no mínimo prematuro.


Ao fim da Segunda Guerra Mundial, de 1945 a 1946, houve uma queda muito acentuada (12,1%) na produção dos Estados Unidos, à medida que a economia de guerra começava sua transição para uma economia civil. A mais profunda e duradoura recesão por que os Estados Unidos passaram desde então começou em 1980, quando Jimmy Carter foi presidente (o produto doméstico bruto caiu 9,6% no segundo trimestre daquele ano) e não terminou até o quarto trimestre de 1982, já no segundo ano da presidência de Reagan. Houve trimestres positivos neste período de quase três anos, resultando no que é conhecido como dupla recessão, mas o produto doméstico bruto não voltou ao nível de 1979 antes de 2003. O desemprego atingiu o ápice de 10,6% no outono de 1982.


Tanto Reagan quanto Obama herdaram uma economia que sofria com um ano sem crescimento e desemprego em ascensão. (Os números são quase idênticos.) Mas Reagan enfrentou uma situação bem mais lúgubre, com a inflação na casa das dezenas e a taxa de juro preferencial em 20%. Obama, ao contrário, herdou uma economia na qual a inflação estava caindo (na verdade, a inflação esteve próxima de zero neste ano) e as taxas de juros, muito baixas.


Uma situação na qual o número de empregos disponíveis está caindo já é ruim o bastante, mas se além disso a inflação está destruindo o poder aquisitivo, cresce a miséria. Nos anos 1960, o economista Arthur M. Okun criou o Índice da Miséria, adicionando a taxa de desemprego à taxa de inflação. Na corrida presidencial de 1976, Jimmy Carter frequentemente atacou Ford por permitir que o Índice da Miséria alcançasse os 13,57%, embora este estivesse mais baixo quando Ford deixou o cargo do que o número herdado da era Nixon. Ironicamente, quatro anos depois, quando Carter estava concorrendo contra Ronald Reagan, o Índice da Miséria atingiu um recorde de 21,98%. Carter não teve como se defender, e perdeu a eleição. O Índice da Miséria caiu mais de dez pontos durante a presidência de Reagan, a maior melhora durante o mandato de qualquer presidente nos últimos 50 anos.


Os economistas não estão em total acordo quanto à definição precisa de uma recessão, embora "recessão" seja geralmente entendida como dois ou mais trimestres consecutivos de crescimento econômico negativo. O National Bureau of Economic Research (NBER), uma organização privada, funcionou como uma autoridade na definição de recessões nos Estados Unidos. O NBER usa uma variedade de fatores — incluindo seu julgamento, e não apenas mudanças no PDB — para caracterizar uma recessão. Outros economistas e organizações, como o Fundo Monetário Internacional, usam definições diferentes da proposta pelo NBER. Recessões podem durar apenas oito meses, como as recessões de 1990-91 e 2001, ou podem se estender por mais de um ano. Depressões normalmente são definidas como uma recessão de 10% ou mais, com mais de quatro anos de duração.


Obama escolheu uma abordagem diametralmente oposta à de Reagan para reiniciar a máquina de crescimento econômico. Reagan fez pressão por cortes nas taxas marginais de imposto, para encorajar as pessoas a trabalhar, economizar e investir, na tentativa de impulsionar a economia pelo lado da oferta, e não apenas pelo lado da demanda. Obama escolheu apenas aumentar enormemente os gastos do governo em uma tentativa de aumentar a demanda, enquanto, ao mesmo tempo, muitas de suas novas regulamentações trabalhistas, ambientais e energéticas, além de outras, obstruem o lado da oferta.


Obama teve a vantagem de ter ambas as casas do Congresso controladas por seu partido, de modo que pôde aprovar seu pacote de estímulo poucas semanas depois de assumir. Reagan foi prejudicado por ter o partido de oposição no controle da Câmara de Deputados, cujos membros atrasaram (até agosto de 1981) e diminuíram seu pacote de redução de impostos.


Na verdade, os cortes de impostos de Reagan não foram completamente implementados até 1983, mais de dois anos depois de ele assumir o cargo. Reagan, tolhido pela oposição do Congresso, não conseguiu a restrição ao crescimento dos gastos que desejava, de modo que substanciais déficits orçamentários ocorreram já no início de seu governo, alcançando em certo ponto 6% do PDB. Retrospectivamente, os déficits de Reagan parecem pequenos comparados ao déficit de 13,5% do PDB este ano, e às projeções do governo e do Escritório de Orçamento do Congresso de enormes déficits nos anos futuros.


Uma vez que os cortes de Reagan estavam largamente implementados, a economia decolou — cresceu 7,6% só em 1984. Estamos no meio de um experimento interessantíssimo. O governo e o Escritório de Orçamento prevêem crescimento econômico ininterrupto do fim deste ano até 2019. Se eles tiverem razão, a recessão de 1980-82, e não a atual, continuará a ser o mais longo período contínuo sem crescimento econômico desde a Segunda Guerra Mundial. Se estiverem errados, eles de fato terão a pior recessão desde a Grande Depressão, e ninguém a culpar exceto a si próprios.


Assassinatos em meio a crise política


Militar e sobrinho do presidente interino são assassinados em Honduras




Agências Internacionais


Um sobrinho do presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, e o chefe da Indústria Militar, coronel Concepción Jiménez, foram mortos em incidentes separados, informou a Polícia Nacional nesta segunda-feira (26).


O sobrinho de Micheletti, Enzo, de 24 anos estava desaparecido havia dias. Seu cadáver foi achado ao lado do de outro jovem próximo a Choloma, no norte do país. Seu corpo foi reconhecido por familiares. Ele e o outro homem foram mortos a tiros.


Já Jiménez foi atacado a tiros na noite de domingo em frente a sua casa na capital, Tegucigalpa, segundo Orlin Cerrato, chefe da polícia. Os suspeitos são "três ou quatro jovens" que deixaram o local em um táxi.


Segundo ele, a polícia trata os dois casos como crimes comuns, mas eles serão investigados de maneira apropriada.


Os crimes ocorrem enquando o país segue paralisado pela crise política provocada pelo golpe[contragolpe] de estado contra o presidente Manuel Zelaya, em 28 de junho.


Lacalle quer debate com Mujica antes de 2º turno


Lacalle pede debate com governista Mujica antes de 2º turno no Uruguai




da Ansa


O candidato da oposição no Uruguai, o ex-presidente Luis Lacalle, pediu nesta segunda-feira um debate com o governista José Mujica, da coalizão Frente Ampla, antes da realização do segundo turno no país, no próximo dia 29 de novembro. Com 82% das urnas apuradas, nenhum dos candidatos conseguiu a maioria dos votos nas eleições gerais realizadas neste domingo.


Mujica obteve 46,5% dos votos contra 30,1% de Lacalle, do Partido Colorado. Os resultados definitivos do pleito serão divulgados na manhã desta segunda-feira, informou a Corte Eleitoral.


"Quando alguém pede o trabalho de presidente da República, quer mostrar as atitudes e não há melhor maneira do que contrastá-la com as de quem também quer o cargo", afirmou.


O Partido Colorado, que dividiu por décadas o poder no Uruguai com o Partido Nacional, obteve apenas 17,5% dos votos. Já o Partido Independente teve apenas 2,3% dos votos e a Assembleia Popular, 0,6%.


Em um discurso, Lacalle disse respeitar Mujica e também aproveitou para agradecer ao candidato colorado, Pedro Bordaberry, que já adiantou seu apoio na segunda rodada das eleições. "Não é contra a Frente Ampla. Entendo que Lacalle nos dá seguranças e certezas das quais precisamos", justificou Bordaberry.


domingo, 25 de outubro de 2009

QUEM CHEIRA MATA..




VEJA


Será difícil. Será doloroso. Os fatos ocorridos na semana passada, no Rio de Janeiro, ilustram o tamanho e a complexidade do desafio de elevar a níveis satisfatórios a segurança na cidade que sediará os Jogos Olímpicos de 2016. A dimensão do problema é abismal. Das 1020 favelas da cidade, 470 estão nas mãos de bandidos. No Rio, são vendidas 20 toneladas de cocaína por ano, comércio que produz 300 milhões de reais e financia a corrida armamentista das quadrilhas que disputam territórios a bala.


Diante dessa realidade - e de cenas assombrosas, como a de um corpo despejado em um carrinho de supermercado e de policiais queimados nos escombros do helicóptero derrubado - a pergunta que se estampou na imprensa mundial foi: será possível para a cidade sediar a Olimpíada? A resposta existe. Sim, é possível. Mas para isso precisa tomar como norte as palavras do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. "Foi o nosso 11 de setembro". A alusão aos ataques terroristas nos Estados Unidos, em 2001, se justifica. Não tanto pela semelhança e gravidade dos acontecimentos, mas pela necessidade do país inteiro se mobilizar para resolver o problema da segurança do Rio.


Nunca antes os traficantes haviam chegado tão longe. Incumbido do resgate de feridos no confronto - que se estendeu pelos dias seguintes produzindo 33 mortos, 41 presos e dez ônibus incendiados -, o helicóptero se preparava para pousar pela terceira vez na favela. Alvejado, caiu em chamas, matando três ocupantes. O armamento pesado, capaz até de perfurar blindagens, já está em poder das quadrilhas há mais de dez anos, como demonstram as apreensões feitas pela polícia.


A polícia carioca tem um histórico de conivência com a bandidagem que a faz a mais corrupta do Brasil. Essa promiscuidade criminosa mina o ambiente de trabalho dos policiais e fortalece os bandidos. Se restavam dúvidas, elas se dissiparam, na semana passada, nas cenas de policiais flagrados em mais um crime. Ao invés de prender os homens que acabaram de cometer um assassinato, eles assaltaram os bandidos, sem saber que levavam as roupas da vítima. O governador Sérgio Cabral tem uma avaliação realista sobre a situação de sua polícia. "Estamos longe, muito longe do ideal", diz. Mas garante que isso não interferirá na realização dos Jogos. "Se eles fossem daqui a três meses, não haveria problema. A mobilização das forças de segurança em eventos assim é muito grande. O desafio é construir uma segurança de fato".


A dificuldade maior, daqui para diante, será admitir que, para mudar, é preciso enfrentar velhos problemas, e assumir responsabilidades sobre eles. A seguir, estão expostos 15 pontos sistematicamente varridos para debaixo do tapete quando se discutem soluções para a prevalência do crime no Rio. Trazê-los ao debate é a contribuição de VEJA para a reconstrução de uma cidade maravilhosa.


1 - Quem cheira mata


O usuário de cocaína financia as armas e a munição que os traficantes usam para matar policiais, integrantes de grupos rivais e inocentes.


A venda de cocaína aos usuários cariocas rende 300 milhões de reais por ano aos bandidos. Os usuários de drogas financiam a corrida armamentista nos morros. Cada tiro de fuzil disparado tem também no gatilho o dedo de um comprador de cocaína. Os cariocas fingem não ver essa realidade e, quando a coisa fica muito feia, fazem ridículas passeatas "pela paz" ou "contra a violência". Só haverá algum progresso quando a luta for contra os bandidos e seu objetivo deter o crime.


2 - A cegueira do narcolirismo


Os traficantes são presença valorizada em certas rodas intelectuais, de celebridades e de jogadores de futebol. Isso facilita os negócios do tráfico e confere legitimidade social à atividade criminosa.


O goleiro Júlio César, da seleção brasileira, já teve de dar explicações à polícia por ter aparecido num grampo telefônico falando com o traficante Bem-Te-Vi, ex-chefão da Rocinha. Escutas telefônicas revelaram que outros jogadores, como Romário, também mantinham algum tipo de contato com o bandidão.


3 - A tolerância com a "malandragem carioca"


O "jeitinho brasileiro", a aceitação nacional à quebra de regras, se une, no Rio, ao culto da malandragem que, ao contrário do que parece, não é inocente. Reforça a ilegalidade.


No início do ano, a prefeitura demoliu um prédio com 22 cubículos, construído ilegalmente, na Rocinha. Havia uma proprietária "de fachada", moradora da favela, que conseguiu decisões liminares impedindo a demolição. Descobriu-se depois que o verdadeiro dono do prédio era um morador de classe média da zona Sul.


4 - O estímulo populista à favelização


Os políticos se beneficiam da existência das favelas, convertidas em currais eleitorais. Elas abrigam 20% dos eleitores da cidade.


A invasão eleitoreira se dá por meio de instituições batizadas de centros sociais, mantidos por deputados e vereadores. Em troca de votos, esses centros fornecem serviços que deveriam ser disponibilizados pelo poder público, de creches a tratamento dentário. Transformar a pobreza num mercado de votos mostrou-se um negócio lucrativo. Quase metade dos deputados estaduais fluminenses e 30% dos vereadores cariocas mantêm centros sociais.


5 - O medo de remover favelas


Os aglomerados de barracos, com suas vielas, são o terreno ideal para o esconderijo de bandidos. É hipocrisia tratar a remoção como desrespeito aos direitos dos moradores.


As favelas não param de crescer. Um estudo feito pelo Instituto Pereira Passos (IPP) mostrou que, entre 1999 e 2008, o aumento de áreas faveladas na cidade foi de 3,4 milhões de metros quadrados, território equivalente ao do bairro de Ipanema. O número de favelas no Rio passou de 750, em 2004, para 1.020 neste ano. A maior parte das novas favelas tem menos de 50 barracos.


6 - Fingir que os bandidos não mandam


Eles mandam. Indicam quem vai trabalhar no PAC e circulam livremente com seus fuzis próximo aos canteiros de obras do principal programa do governo federal. Decidem sobre a vida e a morte de milhares de inocentes.


Tortura e assassinato fazem parte da rotina. Um dos métodos de execução é o "microondas", um improvisado forno crematório no qual a vítima é queimada viva, depois de ser torturada. A barbárie foi mostrada para o país inteiro em 2002, quando o jornalista Tim Lopes, da TV Globo, foi capturado e morto em um "microondas" por traficantes da Vila Cruzeiro.


7 - Combater crime com mais crime


O governo incentivou a criação de grupos formados por policiais, bombeiros e civis para se contrapor ao poder do tráfico. Deu o óbvio. Onde esses grupos venceram, viraram milícias e instalaram a lei do próprio terror.


Atualmente, mais de 170 favelas são dominadas por milícias no Rio de Janeiro. Esses bandos exploram clandestinamente serviços como venda de gás, transporte e até TV a cabo. Com os traficantes desalojados por eles, matam e torturam inocentes nas áreas dominadas.


8 - Marginais são cabos eleitorais de bandidos


Muitas associações de moradores funcionam como fachada para que criminosos apareçam como "líderes comunitários" e possam fazer abertamente campanha por seus candidatos. Na Câmara dos Vereadores e na Assembléia Legislativa existe uma "bancada da milícia".


O caso mais emblemático é o de Nadinho, que acumulou as funções de líder da milícia e de presidente da Associação de Moradores da favela Rio das Pedras. Quando ele ocupava esse posto, só fazia campanha por ali o político que "fechasse" com Nadinho, que foi um importante cabo eleitoral do PFL e elegeu-se vereador pelo partido, o mesmo do ex-prefeito César Maia. Acabou assassinado este ano. Na Rocinha, a atuação como líder comunitário garantiu a Claudinho da Academia uma vaga de vereador. No caso, com o apoio do tráfico de drogas.


9 - A corrupção torna a polícia mais inepta


A taxa de resolução de homicídios no Rio é de 4%. Em São Paulo, é de 60%.


Isso acontece porque policiais agem como marginais. Um exemplo chocante da atuação de bandidos fardados deu-se na semana passada, quando Evandro Silva, integrante do grupo AfroReggae, foi baleado e morto em um assalto no Centro da cidade. Minutos depois, dois PMs chegaram ao local do crime. Silva ainda agonizava. Eles nem olharam para a vítima. Os policiais correram a achacar os criminosos, que foram abordados e soltos depois de entregar aos PMs o fruto do latrocínio - uma jaqueta e um par de tênis.


10 - As "comunidades" servem de escudos humanos


Os bandidos usam a população civil sob seu domínio para dificultar a ação da polícia. Quando um morador morre e noticia-se que foi vítima do confronto, o bandido vence a guerra da propaganda. Se não houvesse criminosos, não haveria confronto.


Os moradores são massa de manobra dos traficantes. No início do ano, quando o traficante Pitbull, da Mangueira, foi morto durante uma operação policial, bandidos usaram moradores para promover tumultos nos arredores da favela. Quatro ônibus foram incendiados. Cerca de 70 pessoas foram ao enterro do traficante.


11 - O governo federal está se lixando


Como o crime no Rio não afeta a popularidade do presidente, a questão não é prioritária. Dos 96 milhões de reais previstos para modernizar a polícia em 2009, somente 11 milhões de reais chegaram aos cofres do estado.


Um dos projetos que não foram atendidos é o de identificação biométrica de armas, que permitiria o melhor controle do armamento utilizado pela polícia. Está orçado em 17 milhões de reais. Outro projeto, de 2,6 milhões de reais, é o da aquisição de um simulador de tiros, aparelho em que o policial treina combates virtuais.


12 - As favelas não produzem drogas nem armas


Nunca se fala ou se age decisivamente contra a estrutura profissional e internacional de fornecimento de cocaína e armas aos traficantes cariocas. Inexiste a fiscalização de estradas, portos e aeroportos.


A fiscalização nas fronteiras do Brasil é pífia. O país tem em média um policial federal para cada 20 quilômetros de fronteira. Com tão pouca gente, é impossível impedir a entrada de cocaína, principalmente considerando-se que os países que concentram a produção mundial da droga são nossos vizinhos — Bolívia, Peru e Colômbia.


13 - O Porto do Rio é uma peneira


Somente 1% dos contêineres que passam pelo Porto do Rio são escaneados para a fiscalização do contrabando de armas e drogas. É uma omissão criminosa, pois 60% do tráfico de drogas se dá por via marítima. Nos demais portos brasileiros é a mesma coisa.


O porto do Rio é o terceiro mais movimentado do país, atrás apenas de Santos e Paranaguá. No ano passado, passaram pelo terminal carioca 8,8 milhões de toneladas de cargas. Como é impossível fiscalizar todos os contêineres, a inspeção se dá por amostragem. Policiais que atuam no combate ao tráfico admitem que dependem de denúncia para flagrar carregamentos de drogas.


14 - Quem manda nas cadeias são os bandidos


As organizações criminosas comandam a operação na maioria dos presídios brasileiros. Elas cobram pedágios dos presos - pagos lá fora pelos familiares à organização -, planejam e coordenam ações criminosas.


Em 2002, Fernandinho Beira-Mar e outros chefões do tráfico lideraram uma rebelião que terminou com quatro detentos mortos em Bangu 1. Os líderes da rebelião foram transferidos, mas a situação não se alterou muito. Nos últimos nove anos, sete diretores de presídio foram assassinados no Rio.


15 - Os advogados são agentes do tráfico


Eles têm acesso constitucionalmente garantido aos presos que defendem nos tribunais. Muitos usam esse direito para esconder seu real papel nas quadrilhas: o de levar ordens de execução e planos de ataque.


Em 2007, a Polícia Federal descobriu que, mesmo trancafiado no presídio de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Fernandinho Beira-Mar continuava comandando seus negócios. Para isso, contava com a ajuda dos advogados e da mulher, também advogada, que o visitava constantemente na prisão. Ela acabou presa, com outras dez pessoas, numa operação da PF.


Menos apreensões, Mais violência


Gestão Cabral apreende menos e prisões diminuem no Rio




Por Wilson Tosta


Uma comparação de números brutos de segurança pública de 32 meses do atual governo do Rio com dados de igual período da administração passada indica contradições entre a política de confronto com o crime, propalada pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), e os resultados reais. O levantamento, feito pelo Estado no site do Instituto de Segurança Pública (ISP), mostra que nesta gestão as polícias fizeram 33,56% menos apreensões de armas, 13,87% menos de drogas e 20,2% menos prisões em comparação com a anterior, de Rosinha Garotinho (PMDB), criticada por sua política e resultados na área de segurança.


Na outra ponta, subiram roubos a ônibus (53,91%) e a transeuntes (183,1%). O atual governo, porém, diz que homicídios e roubos de veículos caem e lembra que os dados de apreensão de drogas não são por peso.


A comparação mostra que, no governo Cabral, foram apreendidas 26.706 armas, ante 40.198 no período correspondente da gestão anterior. Por mês, isso significou recuo nas médias de 1.256,18 para 834,56 armas apreendidas. Em drogas, o número de apreensões caiu de 31.803 para 27.390. A diminuição nas prisões foi de 58.706, em 32 meses da gestão passada, para 46.840 no governo atual. Mensalmente, o recuo na média foi de 1.834,56 para 1.463,75 suspeitos presos. Ou seja, a cada mês do governo Rosinha (janeiro de 2003 a agosto de 2005), foram recolhidas 421,62 armas ilegais a mais e acabaram presas 370,8 pessoas também a mais, na comparação com período equivalente do governo Cabral.


sábado, 24 de outubro de 2009

A baixa popularidade de Barack Hussein


Aprovação de governo Obama cai para 53%, diz pesquisa




Pesquisa do Instituto Gallup mostrou que a aprovação do presidente Barack Obama em seu terceiro trimestre no cargo (período entre 20 de julho e 19 de outubro) caiu para 53%, bem abaixo do porcentual de períodos anteriores, nos quais sua aprovação era superior a 60%.


A queda de 9 pontos porcentuais na comparação com o período anterior é a maior já medida pelo Gallup para um presidente eleito entre os segundo e terceiro trimestres de governo. Apenas Harry Truman, que não foi eleito para seu primeiro mandato, teve desempenho pior. Entre o segundo e terceiro trimestres de seu governo, sua aprovação caiu 13 pontos.


O assunto dominante do governo Obama no período foi a reforma no sistema de saúde. O presidente esperava que o assunto fosse votado pelo Congresso antes do recesso de agosto, mas isso não aconteceu. O desemprego também subiu no período, chegando perto dos 10%. O ponto alto do terceiro trimestre do mandato foi o fato de Obama ter sido agraciado com o Prêmio Nobel da Paz.


A queda de 9 pontos porcentuais do governo Obama está entre as maiores registradas para presidentes durante o primeiro ano no cargo. A maior foi a queda de 19 pontos de Harry Truman (entre o terceiro e quarto trimestres), seguida pela baixa de 15 pontos de Gerald Ford, registrada entre o primeiro e segundo trimestres. Para um presidente eleito, a maior marca foi de Bill Clinton, cuja aprovação caiu 11 pontos entre o primeiro e segundo trimestres de governo.


Governo equatoriano acolhe membros das FARC. Cadê a OEA?


Colômbia estima que 1.800 membros das Farc estejam no Equador




Por LUIS JAIME ACOSTA


REUTERS


Cerca de 1.800 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) estão refugiados na província equatoriana de Sucumbíos para fugir da ofensiva das Forças Militares da Colômbia, revelou na sexta-feira um alto funcionário da segurança.


O funcionário, que pediu anonimato, disse à Reuters que parte dos integrantes das Farc está em dois acampamentos no território equatoriano.


A Colômbia estava disposta a levar ao Equador a informação sobre a localização dos acampamentos rebeldes, mas desistiu por causa da decisão de um juiz de ordenar a captura do comandante das Forças Militares, general Freddy Padilla de León.


A província equatoriana de Sucumbíos, que faz fronteira com a Colômbia, está na região da floresta amazônica e tem infraestrutura petrolífera.


Foi nessa região que aconteceu o bombardeio das Forças Militares da Colômbia, em 1o de março de 2008, no qual morreu o líder das Farc, Raúl Reyes, e pelo menos 24 pessoas.


JOSÉ MUJICA — IDENTIKIT DE UM TERRORISTA


Por Prof. Alexander Torres Mega




Agora ele é conhecido como dirigente de uma coalizão de partidos, partidecos, grupos, grupelhos, caciques e índios, que têm como locomotiva o Partido Comunista e integrantes da organização criminosa guerrilheira que assassinou, seqüestrou, roubou, atentou etc.


Custa admiti-lo, mas hoje é candidato à presidência da república (que baixo caiu nosso país!) graças à torpeza e à fraqueza cúmplice dos dirigentes dos meios políticos, empresariais, militares e publicitários.


Não se trata unicamente de um homem com aspecto desleixado e aparência imunda, mescla de bruto, demagogo e palhaço. É mais do que uma combinação de Cantinflas e Robin Hood, com uma boca que parece uma cloaca como as utilizadas por ele e seu bando para esconder-se. Trata-se de alguém com um passado muito negro e com uma alma muito suja, muito mais suja do que sua aparência física.


Um passado tenebroso (do qual jamais mostrou arrependimento algum) e um presente carregado de ódio que hoje o leva a toda espécie de hipocrisias, contanto que chegue a tomar as rédeas do governo e complete a tarefa revolucionária, frustrada na via militar, mas que avançou na propagandística.


Na realidade, mais que negro, um passado cor vermelho sangue, que agora pretende alvejar, com um vice que é um anestésico eficaz para adormecer os círculos dirigentes e cativar o centro da opinião pública. Assim, enquanto Mujica estimula e consolida os mais radicais, Astori é quem deve atrair os moderados, desorientados e confusos que se localizam no meio do espectro ideológico.


Esse exemplar paleolítico, do populacho, desgrenhado, deliberadamente vulgar, desfruta e lucra mostrando-se bruto. De passagem, com isso, procura obter as simpatias dos menos favorecidos, dizendo-lhes ser tão inferior quanto eles, e que votem nele porque é o seu único salvador.


A mídia se empenhou, durante os últimos anos, em fabricar, difundir e valorizar uma imagem diferente para Mujica:


— ocultando sistematicamente seu passado sanguinário;


— apresentando suas imbecilidades mais bestiais como lampejos de genialidade emanados de um homem espontâneo, quase sábio, sincero, modesto, austero, idealista.


A verdade é outra: tem um passado de terror e nada tem de espontâneo em seus ditos ressaltados pela mídia. Estamos diante de um fenomenal artifício de propaganda, que foi capaz de transformar um terrorista em um aparente homem bom do campo, meio besta, mas sensível para com os pobres.


O mesmo que soube dirigir uma organização assassina com total desprezo pela vida humana, pisoteando direitos e liberdades, atropelando a lei e as instituições e desconhecendo a dignidade do ser humano, hoje aparece como pomba angelical, financiado por empresários, o astro preferido pelos meios de comunicação, e viajando em um avião cedido por uma empresa privada!!!


Os mesmos que poderiam ter sido seqüestrados ou assassinados, hoje financiam a campanha. Que castigo celestial merecem esses mercadores!


Dupla identidade


José Mujica Cordano, "o Pepe" (como quer que o chamem), teve outro nome: era José Antonio Mones Morelli, codinome escolhido para atuar na clandestinidade com um grupo de assassinos "tupamaros" que jamais se arrependeu de seus crimes.


Incapazes de enfrentar viril e frontalmente, especializaram-se em matar de forma traiçoeira e covarde atirando nas costas. Resumimos de informações da imprensa da época, a descrição de parte de seu passado delituoso e alguns de seus crimes de sangue:


— "Do tiroteio no bar "La Vía" localizado em Larrañaga e Monte Caseros, resultaram dois feridos. Um anti-social e um policial. O 'réu' que resultou ferido é José Alberto Mujica Cordano (aliás 'Emiliano'), conhecido também como 'Pepe', portando documentos com o nome de José Antonio Mones Morelli".


— Em 11 de janeiro de 1971 foi assassinado pelo bando tupamaro o policial José Leonardo Villalba. A autópsia revelou que recebeu sete impactos de bala nas costas.


— Em 21 de dezembro de 1971, a organização criminosa "MLN-Tupamaros", da qual Mujica foi alto dirigente, assassinou o peão rural Ramón Pascasio Baez Mena, o qual, ao tropeçar em um esconderijo subterrâneo ("toca de tatu"), na fazenda Espartaco, foi capturado pelos terroristas que ali estavam. Reunida a cúpula da organização, esta decidiu pelo seu assassinato mediante a aplicação de uma injeção letal de pentotal. O peão foi enterrado nas proximidades e veio a ser o primeiro desaparecido. Os responsáveis pela morte foram Henry Engler, Israel Bassini Campiglia, Néstor Sclavo, Conrado Fernández, Jorge Becca, Gloria Etcheveste y Xenia Itté González.


Este mesmo José Mujica denomina "expropriações" aos roubos cometidos por ele e seus comparsas. Chama de "justiçamentos" aos assassinatos. E com a maior desembaraço chega a dizer que essa luta — com os assassinatos, roubos, seqüestros, e atentados cometidos — foi por um mundo melhor, por uma sociedade mais justa, pelo bem dos pobres, blá, blá blá, todo o discurso mentiroso, propagandístico e perverso que conhecemos.


Tenhamos bem presente que não estamos diante de um romântico sonhador incapaz de matar uma mosca, senão de um alto dirigente inescrupuloso de um grupo criminoso que assassinou, seqüestrou, roubou etc.


Anistiado pelos políticos, dedicou-se a reconstruir a organização que — agora com maquiagem pacifista — procura se fazer de governo nacional. Os métodos (no momento) são outros, mas os fins últimos são os mesmos de sempre, os mesmos que pretendeu alcançar quando era conhecido como José Antonio Mones Morelli.


São dois nomes: José Mujica Cordano e José Mones Morelli, mas uma mesma pessoa, que apresenta mudanças cosméticas — pintam-lhe o cabelo, fazem-no tomar banho com mais freqüência, colocam-lhe um paletó, dizem-lhe que simule cara de avô meigo — mas é o mesmo sujeito.


Alerta


Nunca antes foi tão claro que a opção atual é entre a liberdade e o despotismo, entre a verdadeira democracia e o populismo autoritário e liberticida.


Reajamos. Ainda é tempo. Depois será tarde demais, e veremos "chorar como mulheres os que hoje não querem ou não se animam a lutar como homens".


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Campanha antecipada do PT


Em evento com Lula, Mendes volta a criticar campanha antecipada


Por Jeferson Ribeiro




O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, voltou a criticar a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas viagens que tem feito pelo país para fiscalizar e inaugurar obras. Na cerimônia em que Lula empossou o novo ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Mendes disse que também viaja bastante, mas não está "em campanha eleitoral".


“Eu não tenho nada contra viagem. Ele [Lula] que viaje bastante. Não há nenhum problema quanto a isso. Eu só estou dizendo quando se transforma eventual fiscalização de obra em comício ou manifestação eleitoral”, disse. Questionado se era o que estava acontecendo, Mendes respondeu: “É”.

Nesta semana, os partidos de oposição ingressaram com mais uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra as atividades de Lula pelo país. Desta vez, o alvo foi a visita do presidente e da candidata à sua sucessão, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, às obras de transposição do Rio São Francisco.


Chávez decreta o fim da propriedade privada


Por Graça Salgueiro




Uma notícia gravíssima, que não vi comentada aqui no Brasil, feita na calada da noite pela ditadura chavista, está deixando os venezuelanos de cabelos em pé e não sem razão. Foi publicado na Gaceta Oficial do dia 25 de setembro de 2009, uma "Providência Administrativa" que torna edifícios, casas, praças, monumentos, igrejas, etc., "patrimônio cultural" do município Libertador, do Distrito Capital de Caracas. (Abro um parênteses: neste mesmo dia, a Assembléia Nacional aprovou por unanimidade o caráter "sigiloso e inviolável" dos acordos militares entre Venezuela e Rússia, enquanto Chávez e o PT de Lula ficam "exigindo" que a Colômbia revele integralmente seus acordos com os Estados Unidos. Mas isto comento em um artigo proximamente). Trocando em miúdos, isto significa dizer que Chávez decretou que tudo agora é patrimônio do Estado, de modo que qualquer proprietário de imóvel perdeu seu direito legítimo de fazer qualquer coisa com seu bem, seja alugar, doar, vender ou deixá-lo em herança, pois a partir da data de sua publicação, quem decide o que fazer com a propriedade de cada um agora é o Estado. Não é uma violência isso?


Chamo a atenção deste fato, sobretudo para os empresários e políticos que estão se rasgando para colocar este psicopata comunista no MERCOSUL a qualquer preço, pois isto que ele acaba de fazer - fora os incontáveis roubos que ele cinicamente chama de "expropriação" -, é uma atitude reconhecidamente de regimes totalitários ditatoriais, onde não existe democracia, nem liberdade - em nenhuma de suas formas -, nem Estado de Direito e tampouco o Império das Leis. Chávez está seguindo fielmente a cartilha do ditador Fidel Castro, exatamente como naquela carta que o Notalatina divulgou há alguns anos e republicou há pouco, lembram?


Traduzo abaixo um artigo escrito por Mercedes Montero, jornalista venezuelana, pois ela explica com clareza o que este infame decreto quer dizer. Entretanto, os que quiserem ver o que textualmente diz o Decreto, podem fazê-lo através de Noticero Digital, em seu original em espanhol.


Antes, porém, o Notalatina apresenta com exclusividade para o Brasil dois Comunicados da Secretaria de Relações Exteriores do Governo de Honduras, ambos datados de 21 de outubro de 2009 em formato PDF. No primeiro deles, a acusação formal ante a OEA, da intromissão nos assuntos internos de Honduras e incitação à rebelião feita por Chávez e Daniel Ortega, durante o último encontro da ALBA em Cochabamba. Além disso, denuncia e clama providências à OEA, quanto a uma aeronave de matrícula venezuelana apreendida há poucos dias em território hondurenho, contendo drogas e armas que está em poder das autoridades militares de seu país. E no segundo comunicado, o presidente Micheletti justifica a demora na resolução da Comissão Negociadora da Mesa de Diálogo Guaymuras, que está sendo travada por Zelaya e seus representantes, que não aceitam o único ponto referente ao retorno ou não de Zelaya ao poder, além de incitar seus seguidores a exigir uma assembléia constituinte e desconhecer as eleições marcadas para 29 de novembro. Não deixem de ler estes documentos, pois neles pode-se ver a transparência e integridade com que age o Governo de Micheletti, em detrimento da irresponsabilidade e desonestidade de Zelaya e seus militantes comunistas.


Leiam agora o artigo de Mercedes Montero e pressionem os senadores da Comissão de Relações Exteriores do Senado a não permitirem a entrada deste psicopata comunista no MERCOSUL. Fiquem com Deus e até a próxima!


Adeus, propriedade privada!


Mercedes Montero


A Gaceta Oficial nº 39.272 de 25 de setembro de 2009, trouxe a seguinte informação, que foi transmitida por diversas vias.


Segundo Providência Administrativa nº 019/09, datada de 28 de agosto de 2009, do Ministério Popular para a Cultura, foram declarados Bens de Interesse Cultural e incluídos no Catálogo do Patrimônio Cultural Venezuelano, ruas, avenidas, parques zoológicos, praças, monumentos, estádios, bibliotecas, árvores, centros culturais chácaras, casas, edifícios, clubes, colégios privados, colégios gremiais, comércios, bancos, clínicas e hospitais públicos e privados, centros comerciais, igrejas, capelas e conjuntos habitacionais inteiros, de todos os bairros do Município Libertador do Distrito Capital, sem exceção.


Isto significa que qualquer ato de disposição, como são venda, doação, herança, constituição de gravamens, deverá ser previamente autorizado pelo Instituto do Patrimônio Cultural, pelo qual os registradores, notários e juízes não poderão dar curso a documentos pertinentes ao ato de autenticar, registrar, decretar medidas, etc., sem a prévia autorização referida. Ademais, os registradores deverão proceder a escrever a correspondente nota de afetação a estes imóveis em sua margem correspondente.


Ao revisar a Gaceta Oficial nº 39.272, sem cair em detalhes que tomam páginas e páginas, temos que os bairros afetados (não se pode aplicar um termo diferente) são os seguintes: Altagracia, Antímano, Caricuao, Catedral, Coche, El Junquito, El Paraíso (Vista Alegre), El Recreo, El Valle, La Candelaria, La Pastora, La Vega, Maracao, San Agustín, Paseo Vargas, Santa Rosália, San Bernardino, San José, San Juan, San Pedro, Santa Teresa, Sucre e 23 de Enero.


Nesses bairros está situado o lastro histórico da cidade, são os terrenos mais caros de Caracas, há uma grande densidade populacional, a maioria dos habitantes é gente humilde ou de classe média aos quais lhes custou um grande esforço adquirir um apartamento ou uma casinha humilde, ou vivem em super-blocos ou em ranchos que construíram com suas próprias mãos, muitas vezes mendigando à autoridade de turno ou ao político em campanha que lhes doe alguns tijolos, sacos de cimento ou pranchas de zinco para levantá-los. Os que levantaram centros comerciais, hospitais e clínicas, bancos, etc., investiram o produto de seu trabalho de muitos anos e criaram fontes de trabalho. Em grande quantidade de casos, os proprietários ainda estão pagando os empréstimos adquiridos para montar um negócio ou comprar uma moradia. Absolutamente todos, têm direito e desejam uma propriedade sua, por essa razão deram metade de suas vidas para tê-la.


O arquiteto José Manuel Rodríguez é o Presidente do Instituto de Patrimônio Cultural (Encarregado), entretanto, é quem aparece assinando o decreto declarando o patrimônio cultural a metade de Caracas. O significado desta ação é a limitação de todos os direitos que a propriedade privada dá aos legítimos donos dos imóveis.


A pergunta que cabe formular, é: a que se deve tal abuso? Será pelo simples fato de que Caracas votou em Ledezma para Prefeito e, portanto, tem que castigar os cidadãos que exerceram seu direito de se expressar? O certo é que é sim um assalto.


Porém, aqui na Venezuela não está acontecendo NADA; se acredito que não afeta a "mim", que bobagem! Passo agachado, sou transparente, não me diga, não ouço, não é comigo. Adeus propriedade privada! A Cuba de Fidel parece ser nosso destino!


Traduções e comentários: G. Salgueiro