quinta-feira, 30 de abril de 2009

LULA E O CONTROLE DA CULTURA

por Ipojuca Pontes

Conforme determina cláusula pétrea, um dos primeiros passos de Lenin na rota da “construção do socialismo” dentro da URSS foi estabelecer o controle dos “meios sociais de produção”, nele incluído, óbvio, completo domínio sobre os veículos de comunicação, estabelecimentos de ensino e da produção cultural. Mas, antes de adotar qualquer medida, demonstrando grande senso de objetividade, logo depois de desfechar seguro golpe sobre o Governo Provisório de Kerensky, o mentor da “ditadura do proletariado” tomou a iniciativa de mandar um bando armado se apossar das chaves do cofre do Banco do Estado russo. Ele queria, desde logo, o controle da grana.

(Só a título de ilustração, o historiador inglês Orlando Figes, no seu bem documentado livro sobre a revolução russa, “A Tragédia de um Povo” - Record, Rio, 1999 -, relata episódio, considerado a um só tempo grotesco e brutal, do infeliz diretor do banco oficial que, ao negar a entrega das chaves da caixa-forte ao bando revolucionário, levou um tiro na nuca depois de perder parte da mão arrancada por uma dentada).

Ao impor o seu sistema de governo, de caráter totalitário, Lenin, amparado no poder dissuasório da coerção e da violência, tinha por objetivo a tomada (e a destruição) dos “meios de produção e expressão do pensamento burguês” (em russo, “burzhooi”), tidos historicamente como ultrapassados. Caberia a ordem emergente estabelecer os padrões de supremacia dos valores do pensamento proletário e fazer dos meios de comunicação e da produção cultural instrumentos ideológicos a serviço da propaganda e das metas revolucionárias sob o controle burocrático do Partido Bolchevique (leia-se comunista).

O modelo de “organização da cultura” imposto por Lenin nos primeiros anos do regime, embasados na censura e no patrocínio estatal, só atingiu o patamar da excelência na Era Stalin, univocamente voltada para a expansão da ideologia comunista no seio da sociedade. Para consolidar tal projeto, e manter o ativo controle do aparato burocrático sobre a difusão das idéias e da criação artística, Joseph Stalin, então considerado “Guia Genial dos Povos”, não precisou chafurdar muito: ele tinha ao seu dispor, alojado no Comitê Central do Partido Comunista, a figura de Andrei Aleksandrovich Jdanov, o estrategista da política cultural do regime e mentor do “realismo socialista”, o preceito estético, de “valor universal”, que tinha como princípio comprometer a criação artística – notadamente no cinema, teatro, literatura, música e pintura – com “a transformação ideológica e a educação do proletariado para a formação do novo homem socialista”.

Desde logo, com as chaves do cofre nas mãos, Jdanov disse a que veio: fiel interprete do espírito revolucionário, deixou a entender que dali em diante a atividade cultural seria uma empresa voltada para implantação do socialismo. Dentro deste escopo, Jdanov selecionou artistas e burocratas afiliados ao PC e estabeleceu as novas regras para obtenção dos financiamentos oficiais no terreno das artes. Para avalizar os projetos culturais (ou censurá-los), e distribuir as benesses, ele fixou critérios, organizou comissões e conselhos e, no controle seletivo da produção cultural, em vez de arte, criou a mais formidável máquina de propaganda jamais imaginada, capaz de fazer o mundo acreditar que Stalin era Deus e que o povo russo, submetido a eternas cotas de racionamento, vivia no Paraíso Terrestre.

Pensadores e artistas genuínos pagaram caro pelo processo cultural acionado pelo stalinismo, decerto mantido até hoje em várias partes do mundo (vide Cuba, China e adjacências). A partir da “seletividade” imposta por Djanov no campo da produção cultural, centenas de criadores foram marginalizados da atividade artística. Outros foram presos ou ficaram loucos. Outros tantos foram cortados da lista de distribuição de benesses oficiais e segregados como “formalistas”, “reacionários”, “cosmopolitas” e “inimigos do povo”.

No reino discricionário da cultura oficial soviética, por exemplo, a notável poetisa Ana Akhmatova (para Jdanov, “meia-freira, meia-meretriz”) foi levada à miséria, Maiakoviski ao suicídio, Solzhenitsyn e Boris Pasternak aos campos de concentração. Dostoievski, por sua vez, foi banido das bibliotecas públicas. O próprio Serguei Eisenstein, o inventivo cineasta da propaganda stalinista, amargou o diabo depois que exibiu para o crivo crítico de Stalin a sua versão de “Ivan, O Terrível” (parte dois), morrendo em seguida.

Em tempos recentes, depois da morte de Stalin, aos preceitos do Jdanovismo foram adicionados, no campo da “organização da cultura” socialista, os ensinamentos de Antonio Gramsci (“Il Gobbo”), teórico comunista italiano, criador da estratégica “revolução passiva”. O modelo traçado por Gramsci para a construção do socialismo, em vez do apelo ao mito da força proletária, privilegia o papel da cultura e o poder multiplicador dos meios de comunicação, fundamental para a difusão de um novo “senso comum” no seio da sociedade. Sem a “revolução do espírito”, diz Gramsci, “a ser disseminada pelo intelectual orgânico, não se pode destruir o Estado burguês” (leia-se democrata).

No Brasil, ao assenhorear-se do poder, Lula e seus agentes, passaram a laborar, dia e noite, aberta ou veladamente, na “construção do socialismo”. Para consolidar tal projeto, se faz necessária, como o presidente-sindicalista já deixou claro, a expansão do “Estado Forte”, onde ao indivíduo cabe pouco mais do que o papel de burro de carga, a alimentar uma colossal e dispendiosa estrutura burocrática.

Na esfera da cultura, desde a proposta de criação da Ancine, em 2004, o governo, sempre tentando o controle total sobre os recursos tomados à sociedade, busca a ingerência direta no processo da criação artística. Nada leva a crer que a atual investida na revisão da Lei Rouanet tenha outro objetivo.
(Como a parafrasear Fidel, o Nosso Guia, com a grana no bolso, por enquanto esconde o definitivo recado: “Dentro do socialismo, tudo; fora do socialismo, nada”).

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lula quer às FARC no poder

Lula sugere às Farc criar partido para chegar ao poder



Estadão on-line



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 28, que se as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) quisessem chegar ao poder, "seria muito mais fácil" que criassem um partido político para disputar eleições.

"Se, em um continente como o nosso, um índio e um metalúrgico podem chegar à Presidência, por que alguém das Farc, disputando eleições, não pode?", disse Lula em Rio Branco (AC), na entrevista coletiva após se reunir com o presidente peruano, Alan García.



Lula fez as afirmações enquanto comentava uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a quem sugeriu olhar à América Latina com perspectiva diferente, porque o continente mudou desde a época da Guerra Fria, e já não há grupos que usem a luta armada, com exceção das Farc.


Comentários


Não se trata de um discurso simples, é a complacência do governo Lula com todos os crimes que às FARC comentem todos os dias. Eu disse complacência?Que inocência minha! Isso é um apoio formal ao Grupo Terrorista mesmo! Nem é o interesse desses bandidos entrarem no poder por via democrática, o objetivo das FARC é o golpe de estado na Colômbia, a possibilidade é mínima que esses terroristas adotem uma ação lícita para governar o país. É a mesma coisa se Lula sugerir que o PCC faça um partido no Brasil, mas, sinceramente, acho que isso não está longe de acontecer, aliás, com uma ex-guerrilheira prestes a se tornar presidente do Brasil, nada mais normal o apoio de Lula ao Grupo Armado, o que me surpreende nesse caso, é que nada foi dito pela imprensa brasileira, é essa omissão que pode afetar a democracia no nosso continente.


Essa Frase de Lula é de doer: 'Se índio e metalúrgico podem chegar à Presidência, por que alguém das Farc, disputando eleições, não pode?'


Bom, se o PT chegou ao poder, então os traficantes e ladrões devem ter o mesmo direito, não é Barbudo?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Jovens blogueiros cambojanos contra o comunismo


Jovens do Camboja usam blogs para lutar por liberdade política e de informação



JULIANA CUNHA colaboração para a Folha de S.Paulo



Eles vivem no Camboja, um dos países mais corruptos do mundo, que enfrentou anos de guerra civil e de golpes de Estado e onde um terço da população ganha menos de R$ 1,50 por dia.



Liderados pelo escritor e fotógrafo Bun Tharum, 26, eles são os chamados "cloggers" --jovens blogueiros cambojanos que têm conseguido, mesmo com conexões lentas e equipamentos limitados, dar alguma voz a uma população acostumada a ter suas discussões políticas restritas ao lar.



"O Camboja é um país muito conservador. Aqui, as pessoas, principalmente as mulheres, precisam de uma oportunidade para discutirem as coisas e os seus sentimentos", disse a blogueira Sreng Nearirath, 22, em entrevista ao techradar.com.



Seu blog --My World vs. Real Scary World (blackandwhiter.blogspot.com)-- é um dos mais conhecidos, na contramão do cenário tecnológico dominado por homens.



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domingo, 26 de abril de 2009

Em Cuba - Sobreviver Calado

Canal Brasil

Filme / Documentário
Nome Original: Sobreviver Calado
Direção: Felipe Lacerda
País: Brasil
Ano: 2007
Cor: Colorido

O episódio revela como funciona o sistema de vigilância, coerção e controle ideológico que sustenta o regime cubano há quase 50 anos. Destaque para o depoimento de um médico que trabalha como garçom, contraposto ao relato de uma senhora fidelista, chefe dos dedos-duros de seu quarteirão.
PARTE 1

PARTE 2
PARTE 3

sábado, 25 de abril de 2009

A minha modesta opinião sobre a África do Sul


O novo presidente da África do Sul será mesmo Jacob Zuma, do partido ANC, que com essa vitória, o partido irá completar duas décadas no poder. Mas, não tem muita coisa para comemorar, o país vem atravessando um momento extremamente difícil, como o aumento do desemprego, a violência generalizada e o grande número de infectados pela AIDS no país africano.


O Partido ANC é conhecido pelo fato de ter lutado contra o apartheid com a liderança de Nelson Mandela na África do Sul, mas que ultimamente está envolvidos em inúmeras denuncias de corrupção, inclusive, denunciado por fazer crime eleitoral, trocando comida por votos. A preocupação da imprensa mundial em desvincular a imagem de Nelson Mandela ao futuro presidente Jacob Zuma, é bem clara. Não estou aqui querendo diminuir a importância de Nelson Mandela para o país, mas é preciso dizer que mesmo durante sua gestão, a África do Sul já estava tento sinais de dramaticidade nas questões sociais.


Bom, muita gente irá questionar que a responsabilidade não foi do partido de Nelson Mandela, e sim, dos Homens Brancos de olhos azuis que governaram a África do Sul durante 500 anos. Oficialmente, Nelson Mandela começou a governar em 1994, mas antes, houve uma transição de governo a partir de 1990, sendo que ele era presidente da ANC na época. Portanto já faz dezenove anos que a ANC está no poder, e quase nada foi feito para melhorar a questão moral (do partido) e social (do povo). É inquestionável o aumento da importância econômica da África do Sul para o mundo a partir das eleições democráticas em 1994, que é hoje, o maior participante econômico do continente. Mas o povo sul-africano não se beneficiou diretamente com o desenvolvimento do país, através dos altos índices de desemprego, por causa da mão-de-obra estrangeira, principalmente a chinesa, que tomou conta dos postos de trabalho na África do Sul, em suma, isso mostra que a educação não foi prioridade para qualificar a população diante do desenvolvimento econômico do país.


O Partido da ANC foi muito importante para colocar a democracia na África do Sul, mas é preciso deixar de ser somente um partido de Nelson Mandela, e resolver as questões que precisam ser administradas imediatamente. Mesmo com a minha desconfiança em relação ao governo de Jacob Zuma, eu torço para que dê tudo certo na África do Sul.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O PT quer calar a oposição



Por GABRIELA GUERREIRO da Folha Online


O PT vai recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a propaganda eleitoral veiculada pelo PPS que alerta os brasileiros sobre mudanças na caderneta de poupança --com risco do governo federal confiscar a caderneta de poupança nos moldes do que ocorreu durante o governo Fernando Collor de Mello.


O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), disse que o "boato" tem como único objetivo alarmar as pessoas sobre algo que não existe.


"Ao manipular informações com o objetivo de alarmar as pessoas, o PPS age como uma sublegenda dos neoliberais tucanos. O PPS utiliza de forma indevida o horário partidário no rádio e televisão para espalhar o pânico", afirmou o petista.


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Comentários


Se tem um Partido Político que manipula as informações nesse país, é o próprio PT de Lula. É só voltarmos ao ano de 2006, e ver todas as barbaridades ditas pelos petralhas durante a eleição presidencial. O Geraldo Alckmin não iria privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil, segundo os Petistas? O Geraldo Alckmin não iria tirar o Bolsa-Familia dos pobres? E o Escândalo do Dossiê que continha informações mentirosas contra o Serra? Não sabem de nada, não é? O PT é um partido terrorista que tenta calar a oposição, e que, pratica o terrorismo ideológico falseando e quebrando a credibilidade de seus opositores. É um partido que joga sempre sujo vinculando informações totalmente sem lógica, mas, que os militantes “idiotas-úteis” tratam-nas como se fossem verdades.




quinta-feira, 23 de abril de 2009

SOCIALISMO BANANEIRO

por Maria Lucia Victor Barbosa

O socialista latino-americano é antes de tudo um chato. Hipócrita por excelência, falso até a medula, intrinsecamente autoritário, cultivador da mentalidade do atraso, ele bate no peito para se dizer defensor dos pobres e oprimidos, mas no fundo sonha com as delícias da burguesia que sabe apreciar como ninguém quando alcança o poder.

A 5ª Cúpula das Américas, realizada em Trinidad e Tobago, nos dias 18 e 19 deste, provou a chatice congênita do esquerdista latino-americano e seu insuperável vezo bananeiro. Apesar da fila do beija-mão que se formou diante de Barack Obama, não esteve de todo ausente o doentio antiamericanismo, resultado da inveja mórbida que os reiterados fracassos da América Latina provocam em seus povos diante dos êxitos e do progresso norte-americano.

A previsão para a Cúpula era a de que Hugo Chávez e seus seguidores do exótico socialismo do século 21 dariam o show costumeiro contra o “Grande Satã Branco”, destilando retórica plena de insultos e ataques aos Estados Unidos. Se tal não aconteceu foi porque o presidente Barack Obama já tinha comido o bolo quando vieram com o fubá. Isto porque, se o grande assunto da Cúpula foi centralizado no embargo cubano, Obama previamente dera um passo importante ao eliminar as restrições às viagens e remessas de fundos dos cubanos-americanos à ilha. Em resposta Raúl Castro declarou que: “estamos dispostos a discutir tudo – direitos humanos, liberdade de imprensa e presos políticos”. Algo a se duvidar partindo de quem partiu, pois o regime comunista cubano acumulou em quase meio século, sob o tacão de Fidel Castro, horrores que vão da perda da liberdade à execução de dissidentes e o total desrespeito aos direitos humanos. Enfim, esses tormentos próprios dos sistemas comunistas que, se perpetrados por companheiros, são louvados e admirados pelos socialistas bananeiros, inclusive, por Lula da Silva e seus petistas que consideram Fidel Castro um modelo de líder democrático.

Engrossando o coro do fim do embargo, a presidente da Argentina, Cristina Kirchiner, choveu no molhado ao exortar o presidente norte-americano a “construir uma nova relação entre as Américas”, tema sobre o qual Obama expôs com êxito, conforme os altos elogios que recebeu em Trinidad e Tobago.

Evo Morales, mais gordo ainda depois de uma hipotética greve de fome, bateu de frente com o companheiro Lula no tocante aos biocombustíveis, cobrou do Obama pronunciamento sobre um fictício atentado que teria sofrido, mas sucumbindo também ao carisma do norte-americano disse que iria pensar se readmitia o embaixador dos Estados Unidos, por ele expulso numa imitação grotesca de seu mentor Hugo Chávez.

Chávez, que em qualquer evento só falta dar cambalhotas para aparecer, apresentou seu filho a Obama e presenteou o presidente com a bíblia ultrapassada do anti-imperialistas, “As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano. Célebre por seus constantes insultos aos Estados Unidos e tendo recentemente chamado Obama de “pobre ignorante”, Chávez resolveu reclassificá-lo de inteligente e disse querer ser amigo do presidente norte-americano que, naturalmente, deverá se precaver diante desse tipo de amizade.

O comunista e revolucionário Daniel Ortega, hoje de novo no poder na Nicarágua, e que deixara como herança a seu povo uma dívida de milhões de dólares, discursou durante longo e entediante tempo exaltando as virtudes da esquerda, cujos adeptos adoram como ele morar em mansões.

O Brasil não poderia deixar de aparecer, preferencialmente com destaque. Mas o “cara” desta vez não brilhou como queria. No seu estilo de metamorfose ambulante, Lula da Silva, também deslumbrado com a presença do companheiro Obama, primeiramente foi todo elogios. Provavelmente repetindo o chiste de algum assessor, disse que o norte-americano tomara um banho de América Latina, quando tudo indica que foi o contrário, os latino-americanos tomaram um banho de Estados Unidos. Mas para dar aquele inevitável toque de esquerda bananeira, Lula da Silva fez sua crítica. Disse que ajuda de US$ 100 milhões dos Estados Unidos para pequenas empresas da América Latina, é esmola. E olha que de esmola Lula entende com suas bolsas-cata-votos. A crítica, porém, deve ter agradado ao PT que se reunirá em 22 de novembro para discutir várias diretrizes, entre elas, “virar à esquerda, reatar com o socialismo”.

Sobre o embargo é bom esclarecer que a rigor não existe. Sua origem foi o confisco de propriedades norte-americanas por Fidel Castro. Mas produtos dos Estados Unidos entram na ilha via Canadá, Panamá, Venezuela, sendo que Cuba pode comprar de qualquer país. O problema é que os cubanos, que vivem na mais desgrenhada miséria, não têm acesso aos cativantes objetos de desejo da burguesia.
Apesar do clima amistoso criado por Obama, prevaleceu o socialismo bananeiro e apenas Trinidad e Tobago assinou a declaração final da Cúpula. Como disse o cubano Carlos Alberto Montaner, no “Manual do perfeito idiota latino-americano”: “A relação sentimental mais íntima e duradoura do idiota latino-americano é com a revolução cubana. E um velho amor não se esquece nem se deixa”. Nem a mentalidade do atraso, acrescento.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Recomendação de leitura a Hugo Chávez


Durante o encontro dos principais lideres do continente americano, na cúpula das Américas, o presidente venezuelano Hugo Chávez aproveitou a ocasião para fazer mais uma de suas ações midiáticas para chamar a atenção, e ofereceu a Barack Obama um exemplar do livro “As veias abertas da América Latina”, uma publicação caricata de Eduardo Galeano que critica o imperialismo americano e europeu na América Latina.


Se eu tivesse a oportunidade de ficar cara a cara com o Hugo Chávez, eu iria oferecer um livro que serviria muito bem para qualificar a personalidade desse ditador, o livro intitulado “O Manual do perfeito idiota latino-americano”, seria um bom presente para que ele se dê conta do quão imbecil ele é. O presidente Venezuelano é a discrição perfeita de um idiota latino-americano que sempre deseja ficar em cena, mesmo quando não está agradando. A corja Bolivariana pensa que somos pobres porque a Europa e os americanos são ricos, o bem-sucedido sempre será alvo de inveja, por isso esse derrotismo idiota, na qual bem salientou o jornalista peruano Mário Vargas, no prefácio do livro.


Até quando o Hugo Chávez vai continuar fazer papel de imbecil na frente de lideres mundiais? É bom que ele leia esse livro para que ele tenha um pouco de vergonha na cara, aliás, é muita pretensão minha que ele tenha vergonha na cara, todos os socialistas têm a mesma personalidade de um “perfeito idiota latino americano”.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Depoimentos de Jornalistas que foram feitos reféns pelo MST

No Globo Online

- Eles (os sem-terra) mandaram que desligássemos as câmeras e avisaram que íamos ficar com eles. Mandaram que continuássemos andando na direção dos seguranças. Andamos uns 50 metros e ainda alertamos os sem-terra que ia haver tiro. Eles disseram: "Vocês que estão na frente que se virem". Quando o tiroteio começou, todo mundo correu, mas não consegui correr e fiquei lá filmando e rezando para não acontecer nada comigo.

Cinegrafista Felipe Almeida, da TV Liberal

"Repórteres foram impedidos de gravar imagens dos sem-terra na caminhada até o retiro. Alguns sem-terra tomaram os equipamentos e, somente próximo do retiro São José, devolveram. Para piorar ainda mais a situação, os jornalistas foram feitos de escudo humano".
Repórter Ednaldo Sousa, do "Opinião"
- Não nos deixaram sair pela frente da fazenda. Só conseguimos retornar na tarde de domingo. Mesmo assim, o gerente da fazenda queria que nós ficássemos lá porque, para ele, éramos uma garantia de segurança. Mas nós não aceitamos porque não havia mais condições de permanecer lá.
Victor Haor, repórter da TV Liberal

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Espero que a Imprensa tenha aprendido sua lição


Eu até acho graça, durante toda essa semana a imprensa paraense deu ênfase ao tal "massacre" de Eldorados dos Carajás, já que o MST fez uma manifestação na Praça do Trabalhador em Belém, para lembrar a morte dos 19 “trabalhadores rurais”. E agora, os jornalistas que deram tanta importância a essa manifestação, foram usados como escudo pelos militantes do MST, para invadir uma fazenda no sul do Pará. Uma atitude que lembra o grupo terrorista Hamas, que usa crianças como escudo humano.


A imprensa brasileira trata o MST como se fosse um Movimento Social, que de social não tem nada, é somente um grupo terrorista que quer se apossar de terras arbitrariamente, como se a lei fosse mera casualidade. Espero que os Jornalistas tenham aprendido a lição de não apoiar esses marginais. Continuando com a mesma visão romântica desse movimento, é compactuar com todos os crimes cometidos pelo MST, inclusive essa, de colocar jornalistas e advogados como escudos humanos.

domingo, 19 de abril de 2009

Esse é o cara!

Autor Desconhecido

Apesar de o presidente Barack Obama pa­recer simpático com o presidente Lula, a frase "Esse é o cara!" estava in­completa. Penso que podemos completar o que falta...

Esse é o cara que esteve em dois mandatos à frente desta nação e não teve coragem nem competên­cia para implantar reforma alguma neste país pois as reformas tributárias e traba­lhistas nunca saíram do papel, e a educa­ção, a saúde e a segurança estão piores do que nunca.

Esse é o cara que mais teve amigos e aliados envolvidos da cueca ao pescoço em corrupção e roubalheira, gas­tando com cartões corporativos e dentro de todos os tipos de esquema.

Esse é o cara que conseguiu inchar o estado brasileiro com tantos e tantos funcionários e ainda assim fazê-lo funcionar pior do que era.

Esse é o cara que mais viajou como presi­dente deste país, tão futilmente e à nossa custa.

Esse é o cara que aceitou todas as ações e humilhações contra o Brasil e os brasileiros diante de: Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai e outros.

Esse é o cara que, por tudo isso e mais um monte de coi­sas, transformou este país em um lugar li­bertino e sem futuro para quem não está no grande esquema.

E a nós, pobres mortais, resta sonhar, pois o pesadelo é quando abri­mos os olhos!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

LULA SE ATRAPALHA COM A CRISE

por Paulo Moura

O presidente Lula reage mal à afirmação de que ele é um político de sorte que se beneficiou de um longo período de bonança na economia mundial, ao contrário de seu antecessor, FHC, que teve que gerenciar cinco crises financeiras internacionais ao longo de seus dois mandatos.

A crise atual, a primeira que Lula precisa enfrentar, tem servido de termômetro sobre a capacidade do presidente e de sua equipe para lidar com adversidades de grande magnitude. E os indicadores não são animadores.

Antes convém destacar, que a equipe econômica, exceção feita ao presidente do Banco Central, é totalmente petista. O ministro do Planejamento é petista; o ministro da Fazenda é petista, e o presidente do IPEA, que subsidia os estudos que orientam o planejamento das políticas públicas do governo em matéria econômica, é petista.
O primeiro e mais grave erro do governo foi o diagnóstico da crise. Conforme já registrado em artigo aqui publicado anteriormente, tudo indica que o governo, incluindo o ex-tucano Henrique Meirelles, acreditou que o impacto da crise sobre a economia brasileira se faria sentir apenas como uma marolinha. Decorrência disso, o governo demorou a agir e agiu de forma inadequada quando percebeu que o problema era mais grave do que o previsto.

Todos se lembram das declarações do presidente Lula ordenando aos brasileiros que não parassem de consumir e revelando contrariedade com os prefeitos recém eleitos e governadores que, fazendo a leitura correta da crise, cortaram despesas e investimentos antevendo, já no final do ano passado, a queda de arrecadação decorrente do impacto da crise sobre nossa economia.

Ao mesmo tempo o presidente Lula ordenou a desoneração tributária do IPI e do IR, justamente impostos que a União compartilha com estados e municípios, deixando intactas as contribuições que irrigam sem distribuição para outras unidades federadas, os cofres do governo federal.

Resultado: o desespero bateu à porta dos prefeitos e governadores e o presidente Lula se vê obrigado a adotar medidas de socorro emergencial sob pena de ser responsabilizado pela crise no atendimento dos serviços públicos que decorrerá da secura dos cofres de prefeituras e governos estaduais. O socorro anunciado, que prevê o repasse de menos de 1/3 do valor cortado apenas, não será suficiente para salvar Lula das críticas das quais será alvo por parte de administradores locais e regionais indignados.

O temor à perda de popularidade assombra as noites do presidente. O lançamento do pacote habitacional revelou o mais impressionante conjunto de improvisos em curto espaço de tempo que se tem conhecimento nesse segundo mandato de Lula. Inicialmente anunciado para contemplar a construção de 200 mil moradias, o plano foi elevado para 500 mil e finalmente para um milhão de casas populares, cifra a que, tudo indica, esperava aprovação final dos marqueteiros do governo. O vistoso número, no entanto, não resiste ao contraste com a real capacidade pretérita do governo para transformar essa retórica em realidade.

A recente mudança de presidente do Banco do Brasil é outro lance político desastrado do governo. Alegando a resistência do demitido em obedecer à ordem de baixar os juros, Lula, pessoalmente, ordenou sua substituição. A forma como a troca se deu deixa transparecer o desespero de Lula em confrontar a realidade que contraria sua vontade. O resultado do voluntarismo presidencial, contra a lógica da boa técnica de gestão, foi a perda milionária do valor de mercado do banco estatal, em prejuízo de acionistas e contribuintes.
Mas a prova mais cabal do desnorteio governamental provém do IPEA (ver editorial do Estadão de hoje replicado aqui). Recentemente esse órgão, que realiza estudos e pesquisas para orientar o planejamento das políticas públicas federais, divulgou estudo comparando o tamanho do Estado brasileiro com o de uma lista de países. Segundo o IPEA nosso paquiderme patrimonialista é menor que o estado nos EUA, Espanha, Alemanha, França, Suécia, Argentina, Uruguai e Paraguai (http://www.ipea.gov.br/default.jsp). Por trás da pesquisa está a aparente intenção de justificar o inchaço e a politização da máquina pública patrocinado pelo governo Lula.

Em primeiro lugar, convém frisar que é justamente a concessão de aumentos reais de salários ao funcionalismo público e a contratação de milhares de novos servidores nos últimos anos a principal vulnerabilidade a ameaçar a capacidade de resposta do governo à crise global em curso. O aumento do custeio da máquina gerou despesas com crescimento inercial incontornável e, com isso, limitou a capacidade de investimento do governo, forçando-o a queimar reservas e avançar sobre fundos públicos para financiar as políticas de resposta à crise, medidas essas cujos custos se refletirão no bolso do contribuinte nos próximos anos.

Além disso, pergunta-se: se o estado brasileiro é menor que o estado da lista de países antes referidos e mesmo assim consome 40% da riqueza produzida anualmente pelos brasileiros, o que interessa constatar como conclusão do estudo do IPEA não é a comparação entre o tamanho dos estados citados pela pesquisa, mas sim o altíssimo custo de um estado ineficiente na prestação dos serviços essenciais à população. Ou seja, o governo Lula, sob orientação dos estudos do IPEA, está empatando o dinheiro do contribuinte no aumento de um estado ineficiente, ao invés de direcionar esses recursos para investimentos produtivos que poderiam abreviar e baratear a saída da crise.
Site: DiegoCasagrande.com.br

terça-feira, 14 de abril de 2009

O "AEROEVO"


Evo Morales diz sentir "vergonha" de usar aviões emprestados


colaboração para a Folha Online


O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta terça-feira que sente "muita vergonha" de utilizar aviões fornecidos pela Argentina, Brasil e Venezuela. A declaração foi feita, pouco depois que ele anunciou ter desistido de comprar um avião para poder investir o dinheiro economizado recursos na preparação de um novo sistema eleitoral para o país.


(...)


Morales decidiu que o orçamento de US$ 17 milhões previsto para comprar o avião presidencial será usado para financiar um sistema moderno de biometria para as eleições presidenciais do próximo mês de dezembro. Atualmente, ele utiliza nas suas viagens pela Bolívia um pequeno avião dos anos 60, além de helicópteros fornecidos pela Venezuela, mas tem repetidamente utilizados aviões de outros governos nas viagens pela região ou para a Europa atinja.


segunda-feira, 13 de abril de 2009

Propaganda é Prioridade no Governo Lula


Governo Lula gastou R$ 1 bi em publicidade em 2008


da Folha de S.Paulo



O governo federal, comandado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gastou mais de R$ 1,027 bilhão com publicidade nas administrações direta e indireta em 2008, contra R$ 968,8 milhões no ano anterior (valor já corrigido pela inflação medida pelo IPCA).


(...)


O valor engloba todas as publicidades realizadas pelas empresas estatais, de "utilidade pública", feita por ministérios e outros órgãos da administração direta, além de propagandas de caráter institucional, que divulgam ações governamentais sob responsabilidade da Secom.


A Folha revelou no dia 29 de março que a administração Lula deu um grande salto nos patrocínios de estatais nos últimos anos. Houve um pulo de 96% entre 2003, ano da posse, e 2006, quando o petista foi reeleito, passando de R$ 555 milhões para R$ 1,086 bilhão.


Em 2008, foram R$ 918,4 milhões em patrocínios, valor que, somado ao da publicidade, chega a quase R$ 2 bilhões, número próximo aos grandes anunciantes privados, como Casas Bahia ou Unilever.


lê mais aqui





domingo, 12 de abril de 2009

O polêmico projeto de lei de Hugo Chávez



A noticia não é nova, mas é de grade importância e ao mesmo tempo preocupante. O portal argentino Total News denunciou um projeto de lei que foi intitulado pelo site de “O Medieval projeto de Hugo Chávez para a infância”,uma lei que delega o Estado a apoderar-se das crianças venezuelanas que completam três anos de idade. Essa denuncia foi feita em 2007 pelo site, mas esse projeto está em pauta desde 2005 na Assembléia Legislativa da Venezuela, esperando ser aprovada.

O Jornal cita três artigos do tal projeto de lei que Hugo Chávez tenta implementar na Venezuela. Farei um breve resumo das questões mais importantes contidas nesses artigos:

"Todas as crianças venezuelanas, a partir dos 3 anos de idade, passarão à guarda do Estado, até os 20 anos.

Será retirada dos pais e levada para educação pelo Estado. Até os 10 anos, será colocada, preferencialmente, em Organização autorizada próxima ao local onde moram os pais. Terá direito a passa 2 DOIS DIAS por mês com os pais, para não perder o elo com o núcleo familiar.

Após os 10 anos, ela será enviada para local onde o Estado julgue ser mais conveniente para sua educação."

comentários: Ligia Sanz


Acompanhe também os comentários de um locutor de uma radio argentina. Vídeo Disponível acima.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Eu sou 100% Morales !


O Evo Morales, presidente da Bolívia, anunciou nessa semana sua greve de fome, para pressionar a oposição a aprovar a mudança da lei eleitoral, permitindo sua reeleição até 2015.


Nunca pensei durante toda a minha vida que eu iria estar de acordo com a atitude de um socialista. Fiquei sensibilizado, e agora apoiarei 100% à greve de fome do cocaleiro. É claro, seria melhor se ele fizesse uma greve de respiração, ou ficar debaixo d’água, mas como ele decidiu passar fome, eu estou com ele e não abro, e espero que a oposição demore muitas semanas antes de tomar alguma medida nesse caso, e que o Evo Morales cumpra com a sua palavra até o fim.


Vamos lá! Tenha coragem! Estaremos junto com você Evito para o que der e vier, e leve com você toda a cambada de sindicalistas e representantes de movimentos sociais para esse ato nobre.


quinta-feira, 9 de abril de 2009

Kim Jong-il é reeleito com 100% dos votos

O ditador norte-coreano, Kim Jong-il, inicia amanhã seu terceiro mandato com a formação oficial da nova Assembleia Suprema do Povo (Parlamento), quatro dias depois do polêmico lançamento feito pelo regime comunista de um foguete de longo alcance.
O Parlamento foi escolhido nas eleições legislativas feitas há um mês, quando foram designados mais de 600 novos legisladores e Kim foi reeleito com 100% dos votos, segundo informações do regime de Pyongyang.

A Assembleia Suprema do Povo deve designar amanhã Kim como presidente da Comissão Nacional de Defesa, que controla o Exército, seu cargo oficial.

Isso representará o início de seu terceiro mandato desde que em 1994 assumiu o poder, após a morte de seu pai, Kim Il-sung, fundador da nação comunista. Assim, o ditador confirmará que controla o país depois que, em agosto, sofreu um derrame que o manteve ausente da vida política por meses e gerou uma série de especulações no exterior.
Fonte: EFE - UOL

terça-feira, 7 de abril de 2009

Os equívocos do PT

A RESOLUÇÃO política do Diretório Nacional do PT de 10/2, que se propõe a analisar a crise econômica internacional, seus desdobramentos no Brasil e sua influência nos debates da sucessão presidencial é um documento que, além de simplista, é revelador.

Nele o PT se recusa a fazer a análise de maneira profunda, preferindo sentenciar: "Estamos diante de uma crise do sistema capitalista como um todo, na forma neoliberal que assumiu nos últimos 30 anos". É isso mesmo?O mundo experimentou de 2003 a 2007 o mais intenso ciclo de expansão econômica da história, e o Brasil se beneficiou da globalização da economia mundial, com bem menos eficiência, é verdade, que países como China, Índia, Coreia do Sul e Rússia.
É fato, porém, que o sistema capitalista sofre crises cíclicas e que a atual foi precipitada pelos riscos assumidos pelos mercados financeiros e agravada por deficiências na regulamentação das suas atividades exercida pelas agências governamentais de controle.

Agora, acreditar, como faz o PT, que a crise significa um tiro de morte no sistema de produção capitalista é uma aposta que não possui nenhuma aderência à realidade. Mesmo porque inexiste hoje no mundo qualquer alternativa de organização do sistema econômico que não nos moldes da economia de mercado, com graus diferenciados de intervenção estatal -não só necessária como legítima.

Diferentemente do que pensa o PT, a superação da crise, dada sua profundidade e seu alcance, passa por uma reforma profunda das atividades financeiras em escala global e na redefinição de atividades econômicas nos países desenvolvidos, rompendo-se as cadeias de subsídios e ineficiências explicitadas por ela.Ao PT, que se coloca como arauto de um projeto de "horizonte socialista", exaltado na resolução, cabe a reflexão, ainda que tardia, sobre o desaparecimento no final do século passado dos regimes socialistas e comunistas do Leste Europeu. O que o PT pretende alcançar? Qual é o outro modelo econômico-social de que fala o PT?É a volta à economia centralizada e seus mirabolantes e ineficazes planos quinquenais, com a presença esmagadora do Estado? É a instituição do regime político de partido único a conduzir todas as atividades político-econômicas? Ou é a simples troca de um projeto de nação por um projeto de poder, conforme denunciou Frei Betto em recente entrevista?
Encontramos na resolução petista a seguinte afirmação: "Os neoliberais que nos antecederam no governo do Brasil, que ainda governam Estados brasileiros e cidades muito importantes, que têm forte presença no Congresso Nacional (...)". Ora, ora, ora, se não são os vícios de uma esquerda de pensamento antidemocrático se manifestando na expressão "ainda".

Como se as conquistas do recente processo de democratização do país -o pluripartidarismo e a convivência de vários partidos no comando de Estados e municípios- fossem uma excrescência, e não a normalidade da vida democrática, e como se ao governo Lula se opusesse apenas uma corrente do pensamento político nacional.
Ora, ninguém minimamente lúcido, no Brasil ou no mundo, deseja uma recessão econômica. Os empresários porque, com ela, perdem muito dinheiro, e os trabalhadores porque perdem o emprego. Logo, a luta contra a recessão não é um privilégio petista. Agora, afirmar que a crise pode apressar a transição para o tal horizonte socialista, conforme afirma a resolução, não passa de delírio.
Se o governo Lula seguiu uma direção correta, foi ter-se mantido na trilha aberta pelo governo FHC de controle da inflação, responsabilidade fiscal, aumento da participação da iniciativa privada nos projetos de infraestrutura e fortalecimento do sistema financeiro nacional.

Mas batizar com novos nomes programas em andamento (o PAC é isso) ou assumir como sua a criação de projetos gestados no passado pode funcionar no campo da propaganda, mas não esconde a verdade: o que o governo Lula tem de melhor foi e é a continuidade -em uma fase de grande desenvolvimento da economia mundial, que se iniciou em 2003 e durou até 2008- de esforços do governo anterior, algo que o governo Lula se recusa a reconhecer. Até quando vão fugir das responsabilidades com as dificuldades por que passa o país?

Eis aqui a minha modesta contribuição ao debate ideológico. Estou convicto de que a sociedade brasileira deve travar esse debate para 2010 e optar entre um projeto de poder de exclusividade de um grupo político ou um projeto de país com foco na justiça social, comprometido com a ampliação dos espaços democráticos e de cidadania.

ALBERTO GOLDMAN, 71, engenheiro civil, é vice-governador do Estado de São Paulo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O CAPITALISMO APÓS A CRISE GLOBAL DE 2008

por Paulo Moura

Após ouvir o presidente Lula afirmar, no dia 2 de abril passado, que gostaria de passar para a história como o primeiro presidente brasileiro a botar dinheiro no FMI, quem pensava que estamos diante da crise final do capitalismo fica obrigado a rever seus conceitos. O que estamos testemunhando é mais uma crise de reciclagem do sistema capitalista, que sairá dessa diferente, mas ainda, capitalista.

Entender a natureza e o sentido dessa crise é essencial para quem precisa lidar com ela na hora de tomar decisões estratégicas de natureza pessoal, profissional, empresarial e/ou política. Quem acerta o diagnóstico pode acertar o remédio e se beneficiar das conseqüências de suas escolhas. Quem erra deve arcar com o preço de seu erro, e tornar-se-á vítima dele. Ou fará vítimas entre as pessoas que dependem de suas decisões.

Sob influência do cristianismo que prevê uma vida eterna e paradisíaca após a morte do nosso corpo físico, a sociedade ocidental incorporou em seu imaginário uma noção linear do desenvolvimento. A noção que temos de progresso social, implícita à lógica do conhecimento científico, trás subjacente a idéia de que marchamos, inexoravelmente para frente e para cima, rumo a um mundo cada vez melhor e tecnologicamente mais desenvolvido. O “paraíso” da ciência chegaria no dia em que dominássemos completamente as forças da natureza, igualando-nos a Deus.

Para os orientais - assim como para os gregos da antiguidade clássica -, o tempo é cíclico. O tempo gira em forma de espiral fazendo com que as coisas se repitam, tal como as fases da lua e as estações do ano que sempre voltam, embora nunca de forma exatamente igual. A matriz religiosa oriental nasceu da observação da natureza. Sua essência reside em buscar a felicidade pela harmonia com as forças da natureza; não na tentativa de dominá-la.

Não é possível saber se o capitalismo um dia encontrará seu fim como sistema econômico e social. No entanto, esse sistema parece encontrar sua força justamente na capacidade de se reciclar e se autorreformar, sobrevivendo às crises que a ambição incontida do ser humano engendra.

Os ciclos do capitalismo são ciclos de espasmo e contração. O primeiro grande ciclo de espasmo ocorreu na segunda metade do século XIX e encerrou-se com a crise de 1929, que marcou o apogeu do capitalismo industrial. O motor dos ciclos de espasmo é o anseio humano por liberdade que, ao encontrar seus limites, experimenta o desgaste que os engenheiros chamam de “fadiga dos materiais”. O desgaste requer a substituição de peças ou a modernização tecnológica para permitir que o sistema siga funcionando.

O ciclo de contração que se seguiu à crise de 1929 veio mercado pelo avanço do Estado repressor sobre a liberdade social e de mercado. Duas guerras mundiais deram vazão à reação totalitária nazista, fascista e comunista. Os dois primeiros derrotados em 1945; o último derrotado em 1989 e 1991, com a queda do Muro de Berlim e o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A síntese entre os extremos foi o Welfare State (estado do bem estar social), que se constituiu nos EUA a partir do New Deal de Roosevelt e nos países europeus após a derrota do nazifascismo.

A década de 1980 deu início à crise do Estado e ao novo espasmo, sob impulso do processo de globalização turbinado pela interligação do mundo em redes distribuídas de comunicação em tempo real e de transporte em alta velocidade. O aumento do volume, da complexidade e da velocidade de circulação de riquezas, de informações e de gente pela superfície do planeta, arrombou as fronteiras dos estados nacionais. Libertaram-se novamente as forças sociais e de mercado, dando início ao ciclo de crescimento econômico que levou o Brasil, a China, a Índia, a Rússia e outras potencias médias ao G-20, novo grupo de nações que lideram a condução dos destinos do mundo.

A crise atual corresponde ao ciclo de reação; de contração, oposto ao espasmo que marcou as duas últimas décadas do século XX. A queda das Torres Gêmeas exerceu a função de agulha de punção do furúnculo infecto pelo vírus da burocracia e da corrupção, remanescente do capitalismo industrial em extinção, nas entranhas do capitalismo global emergente.

Para entender a natureza da crise é preciso abrir a grande angular da história. O foco no curto prazo e em indicadores localizados que, vez por outra, provocam euforia nas bolsas de valores, sempre sedentas para enxergar a luz no fim do túnel, induz o observador ao erro. Até essa reunião do G-20 recém encerrada, governos e instituições financeiras mundiais haviam anunciado a liberação de apenas 1/3 dos recursos necessários para tapar o rombo criado pelo delírio dos derivativos. Faltavam 2/3.

O mundo empobreceu. Riqueza está sendo queimada em cifras de trilhões de dólares e euros e os recursos prometidos por governos e instituições financeiras globais para socorrer bancos, empresas e países, são riqueza futura, que se esperam, as pessoas produzam para cobrir esse rombo criado por financistas aventureiros em aliança com políticos e burocratas de governos ineficientes e corruptos.

Higienizar o mercado e o sistema político mundial vai custar caro. Muito caro! E a cota será paga por quem sempre paga: o povo. Ela virá em forma de inflação, déficit público e endividamento dos governos. A chegada da fatura na conta dos contribuintes é questão de tempo. A dor poderia ser abreviada se os políticos do mundo compreendessem que a saída passa pela maior abertura econômica e pelo aumento da circulação de riquezas no mercado global. Mas, na política reina a hipocrisia. Ao mesmo tempo em que os governantes do mundo declaram intenções contrárias ao protecionismo, na prática, adotam medidas subreptícias de fechamento de suas economias. O governo Lula é o campeão da hipocrisia protecionista.

Mesmo assim, não há fim do capitalismo na saída do túnel dessa crise. Sob a liderança de Obama, os EUA apontam para uma mudança no paradigma energético e no padrão de consumo nas sociedades capitalistas avançadas. O ocidente parece ter começado a entender que é melhor viver em harmonia com a natureza do que brincar de Deus e tentar dominá-la completamente. Impossível!

Um novo sistema multilateral de regulação e governança da sociedade global está em gestação. Embora seus contornos ainda estejam indefinidos, a hegemonia dos EUA, inaugurada no período pós-Segunda Guerra Mundial, parece encerrada. Mas, a liderança mundial dos EUA segue de pé, e é Obama quem delineia os contornos da nova agenda.

O sistema financeiro e político mundial precisarão ser depurados da burocracia e da corrupção. O ciclo de revitalização do novo capitalismo já começou. Quem imagina que vivemos o fim da globalização, não está entendendo nada. Para que isso fosse possível seria preciso abolir a internet e demais sistemas de comunicação global em redes distribuídas, e acabar com o sistema de transporte, de gente e de riquezas em grande volume e alta velocidade de um lado para outro do planeta. Isso não vai acontecer, a menos que vivamos um colapso energético e tecnológico. O capitalismo do futuro será outro; mas, repito, ainda será capitalismo.

domingo, 5 de abril de 2009

Delegado, Militante ou Candidato ?


"Gosto de ser delegado da Polícia Federal. Há um clamor público com a possível candidatura, mas no momento permaneço delegado da Polícia Federal."


Delegado Protógenes


Mais um nome surge no cenário político brasileiro, próximo de ser um ex-delegado da Policia Federal, Protógenes já começa fazer seus comícios se apresentando como possível candidato do PSOL nas eleições de 2010, segundo ele, com a aclamação do público.


Um delegadozinho que agora se posa de “perseguidor de banqueiros”, tenta promover sua imagem de bom moço nas carreatas lideradas pela Heloísa Helena. Até um ato de solidariedade foi feito pelo PSOL para apoiar as arbitrariedades de Protógenes na Operação Satiagraha que tem o risco de perder seu posto na Policia Federal. Na verdade, ele me parece mais um novo Chavista irresponsável, que violou a lei de interceptação, quebrou os sigilos funcionais, abuso de autoridade, e que agora faz campanha política, sendo funcionário de uma instituição que deveria ser apartidária.


No código de conduta, no seu artigo 43, proíbe o policial valer-se do cargo para obter proveito político-partidário, para si ou para terceiros. Em 2008, Protógenes fez campanha para a Luciana Genro para a Prefeitura de Porto Alegre. Ele agiu como militante socialista usando o nome da Policia Federal numa atitude leviana que suja a verdadeira conduta dos policiais que ali trabalham com isenção e competência. A Policia Federal não pode mais permitir pessoas como Protógenes que usam o cargo de forma politicamente volúvel e incorreto.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Denúncias políticas

As eleições de 2010 estão se aproximando, e o Brasil vira palco de varias denúncias envolvendo partidos políticos e personagens da política brasileira. É uma batalha campal para tentar provar a população qual o partido político mais corrupto do país, o cenário já está armado, as ações são verdadeiramente filmes estilo americano, e a conjuntura política apresenta cada vez mais instabilidade em momentos de crise econômica.

A busca incessante pelas tenebrosas transações tem como lógica, a arte de fazer chantagem, e também, promover logo de antemão um embate político entre as Agremiações envolvidas nas eleições do ano que vem. As atuações da Policia Federal têm sido claramente políticas, a investigação contra o Grupo Camargo Corrêa, por exemplo, foi um plano voltado para atingir a imagem da oposição, divulgando nomes dos partidos que receberam os repasses da construtora, dando a entender que eram ilegais e que os mesmo estavam compactuados com os crimes da empresa através do caixa dois. E o Delegado Protógenes? Esse se sente no direito de fazer justiça com as próprias mãos, provas ilegais que foram juntadas aos autos que só fez beneficiar o principal alvo das acusações Daniel Dantas, uma conduta arbitrária, típico socialista rancoroso, alias, ele foi o principal militante do PSOL durante a toda campanha da filha de Tarso Genro para a prefeitura de Porto Alegre.

E as articulações nos bastidores não param por aí. O Senador Tião (PT-AC) foi responsabilizado por repassar o telefone celular do senado a sua filha que viajava ao México, evidentemente, que tudo isso teve a participação do PMDB no caso, depois de varias discussões entre PT e PMDB pela disputa do senado nacional, a provocação surtiu efeito, e os dois partidos se reuniram na calada da noite para conter os ânimos. Mais ao sul do país, os barbudinhos gaúchos tentam de qualquer forma desestabilizar o governo de Yeda Crusius fazendo manifestações exacerbadas, visando unicamente às eleições de 2010, já que Tarso Genro poderá ser adversário da governadora no Rio Grande do Sul.

Com a aproximação das eleições para governador e presidente, as denúncias soam como armas para as campanhas dos partidos políticos envolvidos na disputa, é o momento para articular discursos e obter votos com as denuncias em mãos, assim são as “regras do jogo” para se estabelecer no poder.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O lado Humorístico do Comunismo


Uma bomba explodiu nesta quarta-feira e atingiu a estátua do ex-líder soviético Vladimir Lênin, no centro de São Petersburgo, sem deixar vítimas, informou o ministério para Situações de Emergência da Rússia.


Fonte: Folha de São Paulo

Frase sensacional de Gordon Brown

"Eu estive na semana passada no Brasil e eu acho que o presidente Lula vai me perdoar por citá-lo. Ele me disse: 'Quando eu era sindicalista, eu culpava o governo. Quando eu era da oposição, eu culpava o governo. Quando eu virei governo, eu culpei a Europa e os Estados Unidos'"


Frase dita pelo Primeiro Ministro britânico Gordon Brown durante uma reunião que teve com Barack Obama em Downing Street.


Fonte: BBC